quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Embaixada de Israel diz que, se vivo, Jesus seria linchado por palestinos

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A embaixada de Israel em Dublin publicou em sua conta no Facebook que se Jesus e Maria estivessem vivos provavelmente seriam linchados em Belém por serem judeus que não contavam com proteção. A cidade onde Jesus nasceu é hoje parte da Cisjordânia, na Palestina. O comentário no Facebook gerou polêmica nas redes sociais e foi apagado pouco depois, com um pedido de desculpas.
"Uma reflexão para o Natal... Se Jesus e Maria estivesses vivos hoje, eles seriam, como judeus sem proteção, linchados em Belém por palestinos hostis. Só uma reflexão", dizia a mensagem. O comentário veio acompanhado por uma imagem de Jesus e Maria. A mensagem foi recebida com críticas pelo uso político de um símbolo cristão e acusada de racismo.
Uma montagem divulgada no Facebook como crítica ao comentário mostra Jesus e Virgem Maria em uma famosa foto que mostra judeus radicais humilhando uma palestina expulsa de sua casa para dar lugar a colonos no bairro palestino de Sheikh Yarrah, em Jerusalém Oriental. Outra montagem mostra um diálogo entre Jesus e Maria em hebraico no qual Cristo responde que pior que judeu em Belém, é ser palestino em Hebron, a única cidade cisjordaniana com um assentamento judaico em seu interior.
A embaixada argumentou que o comentário foi feito "sem o consentimento do administrador da página do Facebook" e pediu "desculpas para quem tenha se ofendido". A conta da missão diplomata israelense em Dublin é administrada pela vice-embaixadora Nurit Tinari-Modai, esposa do embaixador Boaz Modai, segundo a edição digital do jornal israelense Haaretz.
Nurit já se viu envolvida em polêmicas anteriores: em junho, o canal 10 da televisão israelense revelou uma mensagem dela enviada ao ministério das Relações Exteriores com críticas aos ativistas israelenses pela paz. "A atividade desses ativistas contra o Estado (de Israel) não é, ao meu julgamento, necessariamente ideológica, mas baseada em motivos psicológicos (geralmente de decepção com seus pais, problemas de identidade sexual) ou a necessidade de obter um visto em um país europeu", escreveu.

EFE via Terra

20/12/2012 - 13h59

Para leitor, crença no fim do mundo é falta de Deus e da Bíblia

LEITOR JOSÉ RIBAMAR BOGÉA FILHO
DE SÃO PAULO
Que "grande" profecia sem credibilidade. É o que acontece quando a pessoa não se debruça sobre a Palavra de Deus como devia, e não se aprofunda na leitura das Escrituras Sagradas.

Tantos livros e revistas para ler, que não cabem mais nas estantes. Mas, o livro dos livros em milhões e milhões de lares continua no meio da sala, empoeirado, aberto em um único Salmo, sempre o 91.
Assim, as pessoas são enganadas, passam momentos de medo, pavor e desespero, sem a mínima necessidade. Muitos sem qualquer conhecimento bíblico, tentam mostrar frieza e coragem, mas morrendo de medo. E como tem gente com medo do próximo dia 21 de dezembro.
Isso só acontece pela falta de confiança no que está dito nas Escrituras Sagradas, naquilo que vem de Deus, a Palavra revelada em Jesus Cristo. O homem acredita na voz que procede de todos os lados, mas não acredita na voz que vem do alto revelada no livro sagrado. Não sabe discernir o que procede de Deus e o que vem do maligno.

Fim do calendário maia

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Saúl Martínez - 18.dez.12/Efe
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Homem segura um trompete de madeira em cerimônia no sítio arqueológico Iximche, em Chimaltenango, na Guatemala
Essa profecia não tem qualquer credibilidade. Não está escrito na Biblia ser dessa forma sobre o fim. A Biblia é a verdade, é o mapa da vida, e não consta nenhuma data revelando o dia. Errais por não conhecer as Escrituras, diz a Palavra de Deus.
Tem uma coisa que precisamos ficar cientes e que estejamos preparados: o grande dia de Jesus Cristo, o Senhor.
Preparados para o dia do arrebatamento da igreja. da noiva de Cristo. Isso sim é verdade e vai acontecer a qualquer momento (queiram ou não) num abrir e piscar de olhos.
Pode acontecer até mesmo antes do dia 21 de dezembro. Quem sabe? Está escrita essa profecia. É só ler em 1 Tessalonicenses 4:17. Está próximo como nunca esse dia.
Passem a vista sobre todos os procedimentos dos homens nos últimos tempos --não apenas de um, mas de todos-- e vejam se não bate com o que está dito na Palavra.
O homem criado por Jesus, nunca esteve tão vazio como hoje. E esse vazio precisa ser preenchido antes seja tarde demais.
Isto afirmo porque a qualquer momento Jesus vai voltar para resgatar a sua noiva, e o homem vazio, sem Deus, com toda certeza, vai ficar. Não estou querendo aterrorizar ninguém, mas falar aquilo que Jesus ordenou que falássemos para o bem do homem.
Todos estão sendo avisados quanto a esse grande e terrível dia.
É por isso que o evangelho está sendo pregado em todos os lugares: para preencher esse grande buraco, esse grande vazio de amor, de perdão e de todos os outros frutos do Espírito que formam a árvora da vida.
Mais uma vez quero dizer que essa profecia dos Maias não tem nenhuma credibilidade. Não se assustem quanto a isso, mas lembrem-se quanto ao arrebatamento e estejam alertas pra esse dia.
E vai aqui uma boa advertencia: esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos.
Vejam que a Palavra de Deus quando se refere aos santos está se referindo àqueles que aqui em vida compreenderam à mensagem do evangelho, que morreram e nasceram pela segunda vez.
Quem tem ouvidos, que ouça.
*
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As Religiões e o abate de Animais
04.06.12
Budismo
É contra a morte intencional de qualquer animal, por qualquer motivo; considera que todo ser vivo é sagrado e busca evitar sofrimento. Possuem o ‘direito’ de viver.
Islamismo
Os animais foram criados por Deus para servir aos homens; define normas de abate para consumo, como a proibição de matar um animal na frente do outro. Dão preferência ao abate de carneiros.
Candomblé
O sacrifício de animais é uma troca de energia (axé) entre homens e deuses. Os animais são sagrados, e os rituais são feitos em contato com a natureza. O que os homens não comem, são as partes sagradas entregues aos Deuses Africanos (*). O abate de animais na cultura africana negra é para fins de sobrevivência e não com fins religiosos.

Judaísmo
O ideal é não matar para comer, mas não impede o consumo de alguns bichos. Segue preceitos de abate. Alguns ortodoxos sacrificam galinhas para expiar pecados. Há sacrifícios de ovelhas.
Cristianismo
Os animais são dignos de piedade, mas inferiores ao homem por não contarem com o livre-arbítrio.
Umbanda
Como no candomblé, considera a natureza sagrada e regida pelos deuses, mas não realiza sacrifícios de animais.
Espiritismo
Não admite o sacrifício de animais. O espírito do animal é inferior, está para o humano como este para o divino. Precisam viver para colaborarem com o desenvolvimento dos seres humanos.
Hinduísmo
Em geral não admite o sacrifício de animais. Algumas divindades possuem aspectos de animais, como Vishnu (peixe, tartaruga e javali) e Ganesh (elefante). A vaca é um animal sagrado e dedicado ao Deus Krishna, e seu abate é um interdito imperdoável. Há templos que adoram macacos e ratos, pois estes pertencem aos deuses ou são suas representações. Ao Deus Agni é oferecido em abate, o cavalo.
(*) No Brasil as pontas dos animais abatidos eram dadas aos escravos: orelhas, pés e rabos de porcos eram aproveitados, nas ralas e pobres refeições das senzalas. Do simples ‘cozido’ da escravidão nasce a famosa feijoada.

Fontes: Reginaldo Prandi (sociólogo da USP especializado em religiões africanas)
Ruben Sternschein (rabino da congregação Israelita de SP)
Márcio Alexandre Gualberto (Coletivo de entidades Negras)
Solange Ramos de Andrade (historiadora)
Luiz Felipe Pondé (filósofo e psicanalista)
Pesquisa A Gaxéta.

Paulo Paim é novo relator de projeto que criminaliza a homofobia

MICHAEL CACERES 19 DE DEZEMBRO DE 2012
o  senador Paulo Paim (PT-RS) informou que será o novo relator do PLC 122/06, na Comissão de Direitos Humanos (CDH). O projeto inclui a homofobia entre os crimes punidos pela lei de racismo, que já criminaliza a discriminação por religião, etnia e procedência nacional. O senador disse que vai buscar o consenso para levar o projeto à votação e aprovação na CDH.
A relatora do projeto na comissão era a senadora Marta Suplicy (PT-SP),  que deixou a relatoria do PLC 122 quando assumiu o Ministério da Cultura em setembro. Paim disse que desde então vem sendo pressionado por grupos favoráveis e contrários à criminalização da homofobia para indicar um relator.
Como forma de facilitar o entendimento, o senador acabou optando por tomar para si a função. Ele lembrou que não se trata de um projeto fácil de aprovar e que a matéria não foi votada antes a pedido da relatora, Marta Suplicy, que não via condições políticas de aprovação da matéria.
– Se o PL 122 fosse fácil de votar, nós já teríamos votado há muito tempo. Só a senadora Marta Suplicy, que foi vice-presidente do Senado, ficou com ele dois anos. Não é falta de boa vontade da comissão. O projeto não foi colocado em votação por outros presidentes, porque toda vez que foi colocado em votação, da forma que estava, o projeto seria derrotado – afirmou Paim.
O senador gaúcho disse vai tentar construir um acordo e que se não houver acordo o novo presidente da CDH no próximo ano poderá indicar outro relator para o projeto.
Em pesquisa feita em outubro pelo DataSenado sobre a reforma do Código Penal, 77% dos entrevistados se disseram favoráveis à criminalização da homofobia.
Caso aprovado na CDH, a proposta ainda será votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e pelo Plenário do Senado. No Senado, a matéria foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais em 2009, na forma de substitutivo da então senadora Fátima Cleide. O projeto havia sido aprovado na Câmara dos Deputados em 2006.
(Fonte Agência Senado)

Cotas de cinismo
21.11.12
Cotas de cinismo
 No editorial da Folha de São Paulo de 16/10/2012, intitulado “Cotas de populismo” a Folha, em sua usual crítica aos avanços promovidos pelo governo nas políticas de ações afirmativas, demonstra seu inconformismo com a proposta da Presidenta Dilma em reservar 30% das vagas no serviço público para negros (pretos e pardos para o IBGE). Essa e outras medidas poderão ser anunciadas no dia 20 de novembro próximo, Dia Nacional da Consciência Negra.

Na verdade, não se importa com a injusta ausência de negros na administração pública, a Folha considera “problemático” essa onda de inclusão de negros em espaços até então branco, não querem a multifacetada cara do povo brasileiro em espaços de poder. Apesar da fracassada e sistemática tentativa da grande mídia e setores reacionários de impedir o desenvolvimento das ações afirmativas em nosso solo, bons ventos arejam o campo da igualdade racial no Brasil a partir da ascensão das forças democráticas e popular no poder. 

Temos exemplos de importantes iniciativas ocorridas no corrente ano, como: o reconhecimento unânime da constitucionalidade das políticas de ações afirmativas e a legitimidade das cotas raciais proclamado pelo Supremo Tribunal Federal - STF; a aprovação da Lei 12.711/12 no Senado Federal, apesar do voto contrário do senador paulista, o tucano Aloísio Nunes, além da correção na regulamentação da lei apresentada pelo MEC; o alvissareiro Programa de Prevenção à Violência Contra a Juventude, cuja finalidade principal é combater o alto índice de homicídio sobre a juventude, em especial a juventude negra; os editais no Ministério Cultura que, além da arte e cultura negra, privilegia o artista, produtor, autor negro, essas medidas demonstram que os três poderes se envolveram com as ações afirmativas, que o ano corrente tem sido pródigo em matéria de avanços das reivindicações históricas do movimento negro brasileiro, que o governo federal sob a condução do terceiro governo popular, paulatinamente, caminha em direção da necessária reparação da dívida histórica com a população negra e ao enfrentamento dos mecanismos modernos de perpetuação das desigualdades raciais e do racismo.

Há certo cinismo na elaboração dos argumentos contrários as cotas e as ações afirmativas, visto que a classe e setores sociais resistentes reconhecem o processo histórico que legou a população negra à pobreza e marginalidade, estão conscientes da desigualdade racial, auferiram na prática que as cotas não ferem a meritocracia, não tenciona e nem divide racialmente o povo, ao contrário, contribui para integrar mais da metade da população a plena cidadania, sabem que as vagas das universidades públicas são majoritariamente preenchidas pelas classes mais abastadas, em razão da excelência universitária oferecida. Manifestam na retórica preocupação com o alto índice de desigualdade socioeconômica no Brasil, sabem que não há ambiente para democracia, desenvolvimento e prosperidade onde impera o racismo. 

Fica evidente que a causa da resistência é que as cotas são um modelo de ação afirmativa que atende especialmente os sem oportunidade. Promover justiça social gera conflito, pois é impossível viabilizá-la sem colocar históricos privilégios em xeque, sem desarticular mamatas, para termos uma sociedade socialmente justa é necessário distribuir insumos materiais e políticos que busque equalizar as relações socioeconômicas na sociedade. Como resultado dessa equação, alguém deixa de ganhar exclusivamente. Há, também, a certeza que a presença de negros e pobres nas melhores universidades mudará o Brasil, incidirá em breve futuro na composição das classes dirigentes, é as universidades públicas o celeiro de formação da elite. Por isso verificamos a tenaz resistência da gananciosa elite brasileira, dos setores conservadores e de uma parcela reacionária da classe média, todos em conluio e bem representados pela grande mídia.

A resistência da igualdade racial tem fundamento classista e ideológico, será sempre uma batalha sem trégua, não é possível desenvolver socioeconomicamente mais metade da população brasileira sem desarticular privilégios, de modo que estamos diante de um campo constantemente conflitivo. A correta resposta a mais uma coto do cinismo da Folha nesses próximos dias é no voto, temos que vencer a batalha eleitoral derrotando politicamente seus aliados no segundo turno da eleição municipal, manter a mobilização nacional para eleger aqueles que têm compromisso com a plataforma do movimento negro e social. A luta social não prospera e se desenvolve adequadamente distante da luta política, pois em última instância os movimentos sociais buscam são direitos negados a muitos em beneficio de poucos.
Edson França
Historiador e Coordenador Geral da Unegro
 
Fonte: Portal Vermelho

FREI DE FORQUILHINHA CONDENADO A 20 ANOS DE PRISÃO POR ABUSO CONTRA JOVENS

    18/12/2012 17:53Listar notíciasConsultar notíciasEnviar esta notícia por e-mailVisualizar a notícia anterior Visualizar a próxima notícia

   O juiz Felippi Ambrósio, titular da comarca de Forquilhinha, no sul do Estado, condenou um frei daquela cidade à pena de 20 anos de reclusão, em regime fechado, pela prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra dois jovens menores de 14 anos.

    A ação penal, proposta pelo Ministério Público, teve denúncia recebida pela Justiça em 19 de julho deste ano. Ao longo do processo – a que o frei respondeu recolhido no presídio Santa Augusta, em Criciúma – foram ouvidas mais de 30 pessoas, entre vítimas, testemunhas e o próprio acusado.

   O frei, segundo o MP, cometia abusos contra alunos que frequentavam a catequese, a maioria na faixa etária de 11 a 13 anos. Nos dois casos a que se refere a condenação, os delitos foram cometidos no ato da confissão religiosa que antecedia a primeira comunhão dos jovens.

   O magistrado, ao prolatar a sentença condenatória, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, principalmente pelo fato de ele ter aguardado o julgamento encarcerado, como forma de assegurar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.

   “Se os indícios extrajudiciais autorizavam a custódia cautelar, com muito mais razão autorizam a sua manutenção neste momento, pois demonstrada, pela prova submetida ao crivo do contraditório, a existência da materialidade e da autoria de parte dos crimes que foram imputados ao réu. A ordem pública exige a manutenção da prisão, haja vista a gravidade dos fatos praticados em face de crianças e adolescentes, atingindo-lhes a dignidade sexual”, anotou o juiz Ambrósio. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

fonte> Poder Juduciário de Santa Catarina

terça-feira, 27 de novembro de 2012

G News : Polícia prende pai de santo que matou menino em ritual de magia negra
Enviado por folhagospel em 14/07/2011 09:18:53 (328 leituras)
O pai de santo Willian Domingos da Silva, condenado por matar um menino de quatro anos durante um ritual de magia negra, foi preso 22 anos depois de cometer o crime..

Ele foi acusado pelo Ministério Publico de sacrificar Michel Mendes em abril de 1989, no Setor Rio Formoso, em Goiânia (GO).

O inquérito ficou parado desde o fato até 1998, quando foram retomadas as investigações. Silva foi julgado pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia e condenado, em janeiro de 2009, a 19 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado: crime cometido por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Logo depois da condenação, começaram os recursos. O último pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) foi negado, e agora o réu terá de cumprir a pena. Willian ainda acredita que não deveria ter sido condenado, pois as motivações do crime foram além das vontades dele, que teria sido guiado por entidades superiores.

O pai de santo ficou em liberdade e na direção do terreiro de candomblé onde ocorreu o fato, que permaneceu aberto durante todos estes anos. Segundo ele, o que resta agora é cumprir a pena. “Já que fui condenado, vou cumprir o que foi determinado”, afirmou.

O crime
Na denúncia do Ministério Público, consta que a criança foi morta em um ritual no terreiro de candomblé Axé Ilê Oxalufá. Laudos cadavéricos e o depoimento de uma testemunha que já morreu incriminaram Silva.

A esteticista Elsa Soares da Silva, que teria sido a mandante do crime, foi condenada a 18 anos de prisão. Contra ela, pesou o fato de terem sido encontrados em sua residência objetos iguais aos usados durante o ritual. O processo foi desmembrado antes do julgamento, para não haver conflito na defesa dos dois. Elsa mora no exterior, e aguarda em liberdade o resultado dos recursos.

Segundo o MP, Elsa estaria decepcionada com sua vida amorosa, por isso teria recorrido ao pai de santo para que um ex-namorado tivesse problemas com o novo relacionamento.

Wilian teria recorrido à magia negra e pedido à esteticista que lhe entregasse um menino. Elsa teria apontado Michel, que na época morava com uma tia, vizinha da esteticista.

O garoto então foi sacrificado em um ritual de magia negra coordenado por Willian com o objetivo de resolver os problemas amorosos dela. Raptado, o menino foi amordaçado e passou, entre outras crueldades, por espancamento, retirada de três dentes, amputação de todos os dedos das mãos para, ao final, ser decapitado.

O corpo foi encontrado 13 dias depois, no dia 8 de abril de 1989, pela polícia, enterrado em uma cova rasa próxima ao terreiro de candomblé. A defesa dos réus tentou alegar que o Ministério Público não teria apresentado provas contra o pai de santo e a esteticista.

Para o promotor do caso, Milton Marcolino, a sentença foi justa. "A Justiça atendeu a todos os pedidos feitos pelo MP". Os outros acusados de participação no crime, Alexandre dos Santos Silva Neto e a faxineira Eva dos Santos Marinho morreram antes de serem julgados.

Fonte: UOL

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

É impossível livrar poder público da presença da religião, diz jornalista

Título original: O nome de Deus

por Hélio Schwartsman para Folha
"'Deus seja louvado' no real não
causa aborrecimento grave"

Num ponto eu e a CNBB estamos de acordo: há coisas mais essenciais com as quais se preocupar do que o dito "Deus seja louvado" nas cédulas de real. Ainda assim, vejo com simpatia o pedido do Ministério Público para que a expressão seja retirada das notas.

Sou ateu, mas convivo bem com diferenças. Se a religião torna um sujeito feliz, minha recomendação para ele é que se entregue de corpo e alma. O mesmo vale para quem curte esportes, meditação e literatura. Cada qual deve procurar aquilo que o satisfaz, seja no plano físico ou espiritual. Desde que a busca não cause mal a terceiros, tudo é permitido.

Isso dito, esclareço que não acompanho inteiramente a tese do procurador Jefferson Aparecido Dias de que o "Deus seja louvado" constrange os que cultuam outras divindades ou não creem. Em teoria, isso pode ocorrer, mas, convenhamos, não é um aborrecimento tão grave que coloque em risco a liberdade religiosa ou estorve a vida em sociedade.

Vou além. Embora o laicismo preconize uma separação radical entre Estado e Igreja, na prática, é impossível desligar inteiramente o poder público de elementos religiosos. Não me incomoda, por exemplo, que o governo paulista mantenha o Museu de Arte Sacra ou que financie uma orquestra que executa peças religiosas.

Penso que o "Deus seja louvado" deveria ser retirado por uma razão mais prosaica: cédulas, bem como as paredes de tribunais, não são um lugar adequado para manifestar a adesão a crenças religiosas. Ainda que a maioria da população professe alguma forma de cristianismo, não marcamos o nome de Deus em todos os bens públicos, como se vê pelas placas de trânsito, viaturas policiais etc. E as notas estão mais próximas dessa categoria do que dos museus.

O que me surpreende nessa história é o fato de religiosos não serem os primeiros a protestar pela inclusão do nome de Deus em algo tão profano e mal-afamado como o dinheiro.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/11/eh-impossivel-desligar-totalmente-poder-publico-de-elementos-religiosos.html#ixzz2D5IjNQ5x
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 

 
 

Procurador é ameaçado após pedido para retirar expressão em cédulas

19 de novembro de 2012  08h09  atualizado às 18h30
Procurador Jefferson Dias SP revela ameaças de morte após ação que pede o fim da expressão Deus seja louvado nas cédulas de Real. Foto: Talita Zaparolli/Especial para Terra
Procurador Jefferson Dias SP revela ameaças de morte após ação que pede o fim da expressão "Deus seja louvado" nas cédulas de Real
Foto: Talita Zaparolli/Especial para Terra
TALITA ZAPAROLLI
Direto de Marília
Procurador da República há 16 anos em Marília, interior de São Paulo, Jefferson Aparecido Dias foi destaque na mídia nacional e internacional após uma ação contra o Banco Central exigindo a retirada da expressão "Deus seja louvado" das cédulas de Real. Ele também é autor de outras ações polêmicas, como uma ajuizada em 2009 que pedia a retirada de símbolos religiosos que estivessem expostos em repartições públicas federais. O argumento proposto era o de que, apesar de ter uma população majoritariamente cristã, o Brasil é um País laico e, por isso, não poderia haver vinculação entre o poder público e qualquer igreja ou crença religiosa.
Em outra ação judicial, desta vez contra a prefeitura de Marília, Dias exigia que a cor da bandeira do município, adotada há quase três décadas, voltasse a ter a cor vermelha. Na época, o então prefeito Mário Bulgarelli, alegou que a mudança ocorreu em razão da cor do uniforme do time de futebol da cidade, o Mac (Marília Atlético Clube) e pelo fato dos prédios públicos municipais ostentarem a cor azul. Para Dias, a mudança lesava o patrimônio cultural da cidade, além do que, a população não havia sido consultada sobre a alteração. O pedido foi aceito pela Justiça e houve a troca do azul pelo vermelho.
O procurador moveu ainda duas ações contra uma das maiores emissora de TV do País. Em uma delas, a exigência era para que a emissora explicasse, durante um reality show, as formas de transmissão do HIV. A medida foi tomada depois que um participante do programa disse que heterossexuais não contraíam aids. Já na outra, Dias ajuizou uma ação civil pública para que cenas que pudessem estar relacionadas a crimes não fossem exibidas. A ação foi motivada depois que a emissora exibiu imagens de um suposto estupro ocorrido no mesmo programa.
Além de ocupar o cargo de procurador da República em Marília, no interior de São Paulo, Jefferson Dias também responde pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), com sede na capital. O mandato à frente da PRDC é de dois anos, podendo haver reeleição. Ele encerra quatro anos no comando da procuradoria no início de 2013. A escolha do sucessor será feita mediante eleições internas.
Em entrevista exclusiva ao Terra, ele fala sobre os motivos que o levaram a propor a ação, se diz católico e revela que vem sofrendo ameaças de morte.
Como surgiu essa ação?
Jefferson Dias - 
Uma pessoa ateia entrou com uma representação na PRDC questionando a existência do "Deus seja louvado". Na procuradoria, as queixas são distribuídas e, dependendo da temática, vai para a PRDC. Toda essa temática de liberdade religiosa vai para a PRDC e aí eu passo a investigar. A reclamação era só no aspecto de laicidade do Estado, um estado laico. E aí nós constatamos também que não tem uma lei autorizando, que era um pedido pessoal do ex-presidente da República num primeiro caso e, depois, um pedido pessoal do ministro da Fazenda. Então aí a ação é proposta sob dois aspectos: violação da legalidade e violação do princípio da laicidade do Estado.
A pessoa que entrou com a representação se sentia incomodada com a expressão?
Jefferson Dias - 
Ela relata que se sentia afetada na sua liberdade religiosa pelo fato dela não crer em Deus e ter que conviver com a manifestação estatal de predileção por uma religião. Se chegar uma representação pra mim, independente de qual for a temática, eu sou obrigado a investigá-la. É uma obrigação legal minha.
A substituição das cédulas vai gerar despesas ao Banco Central?
Jefferson Dias - 
Não vai gerar nenhum gasto. As cédulas vão se danificando e vão sendo substituídas gradativamente. Ela tem um tempo de vida útil e aí ela acaba se deteriorando e sendo substituída. Na ação nós pedimos que, nessa substituição de cédulas, elas sejam trocadas sem a expressão. Nem que demore 10, 15 ou 20 anos. Mas acredito que demore menos.
Um ateu entrou com a representação por se sentir ofendido, mas fato de retirar a expressão "Deus seja louvado" das cédulas não vai ofender uma população 64% católica, além das demais religiões cristãs?
Jefferson Dias - 
O Estado não pode manifestar predileção religiosa. O Brasil optou em 1890 por ser um estado laico. O mais grave que um eventual sentimento dos católicos, é o fato de ser ilegal. Por exemplo, eu não gosto de pagar impostos, então não quero pagar impostos, mas é ilegal. Mesmo sendo católico, eu ouso discordar um pouco. Porque, se você for estudar a Bíblia, Jesus nunca teve uma posição materialista. Jesus disse que, quando lhe é perguntado se ele deveria dar dinheiro, pagar imposto a César, ele fala "A César o que é de César, a Cristo o que é de Cristo". Quando ele encontra vendedores no templo, ele os expulsa de lá dizendo que "A casa do Senhor não é casa de comércio". Perguntado sobre o rico, ele fala que "seria mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus". Então, em nenhum momento Jesus deu a atender, para quem é cristão, que o dinheiro deveria trazer o nome dele ou o nome de Deus. Acho que é uma inversão de valores.
Com tantas injustiças e violência, essa não seria uma forma de ressaltar certa religiosidade, pregar o cristianismo?
Jefferson Dias - 
Mas essa é uma injustiça e uma violência. Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus.
Ameaças em que sentido?
Jefferson Dias - 
De que vão me matar. A religião é usada para violação de direitos humanos também. Acho um pouco de hipocrisia do religioso que usa um discurso, mas não usa uma prática condizente. Eu tenho uma religiosidade, a minha, mas acho que o Estado não pode ter religiosidade. Cada cidadão tem direito de optar pela sua.
O senhor já foi abordado na rua, questionado sobre essa a ação?
Jefferson Dias - 
Na sexta-feira, em um jantar, fui bastante abordado. Mas para ser elogiado pela iniciativa. As pessoas me questionam mais pelo Twitter.
O senhor responde aos comentários?
Jefferson Dias - 
Em alguns casos eu respondo. Só não quando a pessoa falta com a educação porque a abordagem está sendo agressiva, desrespeitosa.
O senhor poderia divulgar o seu endereço no Twitter?
Jefferson Dias - 
Claro, é @jeffdiasmpf.
Qual a posição do senhor com relação à crítica do ex-presidente e presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) que disse "eu acho que isso é uma falta do que fazer"?
Jefferson Dias - 
Eu acho que as pessoas não se dão ao trabalho de pesquisar sobre o trabalho da PRDC. Só nos últimos seis meses, por exemplo, nós fizemos um acordo com o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) em uma ação nossa, que é o maior acordo da história do instituto. Em torno de 3 milhões de pessoas serão beneficiadas e R$ 15 bilhões. Nós conseguimos obrigar o governo federal a fornecer remédios para o AVC (acidente vascular cerebral), em abril desse ano. Temos uma ação contra a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que ela obrigue as empresas aéreas a transportar cadeiras de rodas sem custo, porque ela cobra. Na página da Procuradoria nós temos relatórios semestrais. Há uma PRDC por Estado e nós somos a que mais tem demanda, a que mais tem ações, a que mais produz. Então eu estou um pouco acostumado. Se eu entro com uma ação defendendo portadores de necessidades especiais, falam que eu não tenho o que fazer. Se eu entro com uma ação defendendo homossexuais, falam que eu não tenho o que fazer. Então, isso é desculpa de quem se sente incomodado com alguma das nossas medidas. Sempre as pessoas acham que o outro problema é mais importante.
O senhor foi procurado por algum representante do Banco Central, do governo federal ou até mesmo por algum religioso para que a ação fosse retirada?
Jefferson Dias - 
Até o momento não.
Na moeda americana, o dólar, também há a expressão religiosa "In God we trust" (Nós confiamos em Deus) e também uma em latim "annuit coeptis" (Deus ajudou na nossa empreitada). O senhor é contra essas manifestações?
Jefferson Dias - 
A história do dólar é um pouco diferente. Essas expressões foram colocadas no dólar em 1.776 pelos maçons porque eles ajudaram na independência do País. Existe toda uma história. Mas no Brasil foi mandado colocar pelo ex-presidente José Sarney em 1986. Não tem história nenhuma. E da forma como está hoje, um presidente poderia mandar colocar "Vai Corinthians", por exemplo. E se a maioria entender que é para colocar essa expressão? Aí o restante vai ter que aceitar? Pelo discurso do Banco Central, poderia colocar isso.
Então se quisermos escrever alguma outra expressão nas cédulas, como "Pague seus impostos em dia", por exemplo, poderia?
Jefferson Dias - 
Pela tese do Banco Central, sim. Segundo o governo federal, pode ser colocada a mensagem que quiser. E é contra isso que eu estou lutando.
Por se tratar de uma ação demorada, sua saída da PRDC (no início de 2013 devido ao término do mandato) enfraqueceria esse pedido?
Jefferson Dias - 
Em tese não. Mas pode ser que haja alguma decisão e ninguém recorra. Não tem como prever o que vai acontecer. Principalmente porque, em tese, é uma ação que pode ser levada até o Supremo Tribunal Federal. E as decisões do Supremo são bem interessantes. O ministro Marco Aurélio Mello quando foi julgar o caso do aborto de anencéfalos, no voto dele, ele fala muito sobre as cédulas. Ele já fala que ele acha que deveria ser retirada a expressão. Tanto que a ação foi baseada muito no voto dele também. Inclusive, ele conseguiu dados que o Banco Central se recusava a me informar. Porque o BC foi muito reticente em me dar informações sobre por que havia sido incluído, quem mandou, e quem conseguiu foi ele.
O Banco Central dificultou de alguma forma?
Jefferson Dias - 
O Banco Central dificultou sim a obtenção de informações, acho que, já desconfiado de que ia ter alguma medida judicial. Num primeiro momento ele respondeu única e exclusivamente que a expressão foi incluída porque estava no preâmbulo da constituição, só. Aí depois que o ministro Marco Aurélio descobriu tudo e colocou no voto dele, aí sim o Banco Central começou a reconhecer que não era bem assim, que existiam pedidos pessoais.
Mas a expressão usada no preâmbulo da Constituição não é feita em nome de Deus?
Jefferson Dias - 
Sim, é outra. Inclusive o Supremo já decidiu que a palavra Deus no preâmbulo não tem força normativa, não gera efeitos jurídicos. Pessoalmente, acho que estamos abstraindo um problema de sentimentos pessoais. Acho que é inevitável. O Brasil, mais cedo ou mais tarde, vai ter que fazer essa separação efetiva entre Estado e governo. O interessante é que a própria Igreja Católica tem documentos dirigidos aos países muçulmanos. Quando diz respeito a países muçulmanos, a Igreja Católica defende a separação de Estado da igreja. Mas quando é do lado dela, ela defende outra coisa.
Essas expressões não são utilizadas apenas pela Igreja Católica, mas por outras igrejas cristãs também.
Jefferson Dias - 
Mas tudo indica que foi incluída pela Igreja Católica. Além de ser uma expressão que não vai incorporar os politeístas e os ateus. Vamos supor que o próximo presidente da República seja ateu e ele queria escrever "Deus não existe". Pela regra que eles falam, poderia.
Como senhor avalia as decisões tomadas pelo Supremo, já que o citou, diante de temas polêmicos como o aborto de anencéfalos, o uso de células tronco e a união homoafetiva?
Jefferson Dias - 
O Supremo está decidindo juridicamente e não de acordo com religião. Acho isso importante. São decisões acertadas que debatem a partir de preceitos legais, funcionais, e acho que é o caminho. Esses são os grandes temas discutidos hoje em que os argumentos não são jurídicos, são religiosos. Esse desejo da Igreja Católica de continuar pautando decisões a partir de visões religiosas e não legais, acho que não tem mais espaço. Superamos essa fase. Muitas pessoas vão ficar incomodadas, mas acho que é um preço muito pequeno a se pagar pela democracia.
Especial para Terra