sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás

Os acusados negam ter cometido os crimes. Entre as vítimas, estão adolescentes

Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás
Notícias ao Minuto Brasil
Há 19 Horas por Notícias Ao Minuto
Justiça Sacrifício de Abraão

Um casal de pastores foi indiciado por estupros de fiéis, nessa quarta-feira (18), em Edeia, no Sul de Goiás. Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz, presos desde setembro, induziam as vítimas, sendo a maioria adolescentes, a ter relações sexuais alegando que era para quebrar maldições. Os acusados negam ter cometido os crimes.



Ainda de acordo com a reportagem, o pastor estuprou cinco fiéis da Igreja Falando com Deus. Duas das vítimas tinham 13 e 14 anos. A mulher, por sua vez, responderá pelos abusos sexuais cometidos contra duas adolescentes. “Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer o ‘sacrifício’”, explicou o delegado.
O caso foi descoberto graças à mãe de uma vítima, de 16 anos, que questionou sobre virgindade no namoro. “O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, explicou Barreto.
O delegado acredita que podem haver mais vítimas. “Acreditamos que teve gente que não quis falar, ficou com receio de revelar. Mesmo com a conclusão do inquérito, as vítimas que desejarem podem procurar a delegacia para denunciar os abusos”, explicou.

comentário do blog:

É muito triste nos depararmos quase que diuturnamente com este tipo de notícia, o que torna mais grave é o cunho religioso, que nos coloca com um pé na frente e outro atrás, visto  que, em época de tanta discriminação e preconceito religioso, cabe as autoridades, investigarem a fundo este fato, para que se não cometam injustiças. Sabemos que existem aproveitadores, embusteiros, estelionatários e outros tipos de criminosos dentro de todos os segmentos religiosos, mas não podemos generalizar, pois como advogado, já atuei em muitos casos de pessoas que foram acusadas de terem cometido crimes os mais nefastos possíveis, e no final, logramos comprovar a inocência dessas pessoas, não quero dizer que este é o caso, mas cautela e investigação são binômios que andam entrelaçados. todavia, comprovada a culpabilidade  dos indiciados, obedecendo-se o princípio da ampla defesa e da inocência, pois segundo a nossa Carta Magna todos são inocentes até prova em contrário, entre outros direitos garantidos a qualquer acusado (indiciado), aí então aplique-se a lei, pois a lei é "sede lex dura lex", a lei é dura mais tem que ser obedecida.

João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/Sacerdote afro brasileiro/ whatSapp  99136-4780

domingo, 15 de outubro de 2017

Papa torna santos os primeiros 30 mártires do Brasil

Cerimônia canonizou fiéis massacrados no RN em 1645

Papa torna santos os primeiros 30 mártires do Brasil
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 11 HORAS POR ANSA
MUNDO CERIMÔNIA
Maior país católico do mundo, o Brasil ganhou 30 novos santos na manhã deste domingo (15). Em uma cerimônia na praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco canonizou os "mártires do Rio Grande do Norte", grupo de fiéis católicos assassinados por holandeses calvinistas em 1645.

 Pronunciando a fórmula ritual da canonização, o Pontífice declarou santos os sacerdotes diocesanos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, o camponês Mateus Moreira e outros 27 leigos, incluindo quatro crianças.
Ao anúncio do Papa, um grande aplauso se elevou da multidão formada por peregrinos e delegações oficiais provenientes do Brasil e dos países de origem dos outros cinco santos proclamados por Francisco: os adolescentes indígenas mexicanos Cristobal, Antonio e Juan, que viveram no século 16, o espanhol Faustino Míguez (1831-1925), e o italiano Angelo d'Acri (1669-1739).
"Não se pode dizer 'Senhor, Senhor', sem viver e colocar em prática a vontade de Deus. Necessitamos nos revestir a cada dia com seu amor, de renovar a cada dia a escolha de Deus. Os santos canonizados hoje, sobretudo os tantos mártires, indicam esse caminho. Eles não disseram 'sim' ao amor apenas com palavras, mas com a vida, e até o fim", disse Jorge Bergoglio em sua homilia.
Os dois padres e 28 leigos do Rio Grande do Norte são os primeiros mártires brasileiros santificados pela Igreja Católica, encerrando um processo de quase três décadas. A história dos massacres de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, só começou a ser divulgada no fim dos anos 1980, graças às pesquisas do monsenhor Francisco de Assis Pereira (1935-2011), que escreveu um livro sobre o tema, chamado "Beato Mateus Moreira e seus companheiros mártires".
Segundo o relato da Igreja, invasores holandeses calvinistas assassinaram 69 pessoas que assistiam a uma missa celebrada pelo padre André de Soveral na cidade de Cunhaú (atual Canguaretama), em 15 de julho de 1645.
Menos de três meses depois, em 3 de outubro, outro grupo de católicos foi massacrado, em uma paróquia de Natal. De lá, o sacerdote Ambrósio Francisco Ferro foi levado para a cidade de Uruaçu (São Gonçalo do Amarante) e morto ao lado de outros 80 fiéis.
De acordo com Pereira, todos foram assassinados porque os holandeses, que também recrutaram índios para realizar o massacre, não admitiam o catolicismo nas áreas sob sua dominação. Segundo seu relato, o camponês Mateus Moreira repetia a frase "Louvado seja o Santíssimo Sacramento" antes de ter seu coração arrancado.
Algumas vítimas tiveram as línguas arrancadas para que não fizessem mais suas orações católicas. Outras tiveram braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas.
Calcula-se que cerca de 150 pessoas tenham morrido nos dois ataques, mas apenas 30 foram identificadas, beatificadas e canonizadas. Desse total, 28 eram brasileiras, uma era portuguesa, e outra, possivelmente francesa ou espanhola.
O processo de beatificação dos mártires foi aberto em 16 de junho de 1989 e concluído em 5 de março de 2000, em uma cerimônia celebrada pelo papa João Paulo II. Em geral, o rito de beatificação e canonização pede a comprovação de milagres, mas essa condição é dispensada em caso de martírio por motivos de ódio à fé católica.
Os 30 brasileiros canonizados pelo Papa neste domingo são: André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela Cid, Antonio Vilela e sua filha (identificada apenas como uma criança do sexo feminino), Estêvão Machado de Miranda e duas filhas (também não identificadas), Manoel Rodrigues de Moura e sua esposa (não identificada), João Lostau Navarro, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, João Martins e seus sete companheiros (identificados apenas como um grupo de jovens que se recusaram a lutar pela Holanda contra Portugal), a filha de Francisco Dias - que não está entre as vítimas, mas é provável que ele tenha morrido junto à pequena -, Antônio Baracho e Domingos de Carvalho. Com informações da Ansa.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bolsonaro é condenado por danos morais a negros e quilombolas

Deputado terá de pagar R$ 50 mil, que será revertido em favor do Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, conforme sentença da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

HÁ 2 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA SENTENÇA

Odeputado federal Jair Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 50 mil, por danos morais a comunidades quilombolas e à população negra, conforme sentença da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, publicada nesta segunda-feira (2).
Em abril, os procuradores da República no Rio de Janeiro Ana Padilha e Renato Machado ajuizaram ação civil pública contra o deputado, após ele ministrar uma palestra no Clube Hebraica, na capital fluminense, e afirmar que visitou uma comunidade quilombola e que “o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas”. “Não fazem nada, eu acho que nem para procriador servem mais”, completou, na ocasião.
Para os procuradores, tais afirmações desumanizam as pessoas negras, retirando-lhes a honra e a dignidade ao associá-las à condição de animais. Na ação, eles sustentaram que o réu usou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra.
“Com base nas humilhantes ofensas, é evidente que não podemos entender que o réu está acobertado pela liberdade de expressão, quando claramente ultrapassa qualquer limite constitucional, ofendendo a honra, a imagem e a dignidade das pessoas citadas, com base em atitudes inquestionavelmente preconceituosas e discriminatórias, consubstanciadas nas afirmações proferidas pelo réu na ocasião em comento”, afirmaram os procuradores na ação.
Na decisão, a juíza considerou que a declaração de Bolsonaro "evidenciada a total inadequação da postura e conduta praticada pelo réu, infelizmente, usual, a qual ataca toda a coletividade e não só o grupo dos quilombolas e população negra em geral".
O dinheiro será revertido em favor do Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, de acordo com informações do portal G1.
COMENTÁRIO DO BLOG
Este é um retrato de um deputado cujo perfil é por demais conhecido, odiado por muitos e amado por outros, porém, os afro-descendentes que são a maioria neste país, não podem se calar diante da postura adotada pelo deputado ante o afirmado por ele, pura discriminação racial, que lhe valeu uma condenação. Sabemos que para as novas eleições o Brasil não tem quadros dignos de credibilidade para ocupar o cargo máximo da república, porém, isto não significa que vamos nos precipitar e eleger alguém que não tenha o devido respeito para com aqueles que construíram este país, e para com os quais o Brasil tem uma dívida impagável. Mas pelo menos o respeito se exige para com esse povo sofrido, degradado, espoliado, humilhado, execrado, e a quem são reservados os piores empregos, as piores oportunidades dentro da sociedade brasileira.
João Batista  de Ayrá/advogado/Jornalista/Babalorixá
21- 99136-4780 Whatsap.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

3 Desculpa Para Matar - Completo e Dublado - HD

Milícia religiosa é suspeita de ataques a terreiros do Rio



Ação de traficantes ligados a pastores
O Governo do Rio suspeita que uma milícia religiosa, formada por traficantes ligados a pastores, seja a responsável pelos ataques a terreiros de candomblé e umbanda na cidade carioca e Baixa Fluminense.

“Estamos recebendo denúncias de que falsos pastores têm criado uma relação com o tráfico de drogas de regiões como as de Nova Iguaçu, para lavar o dinheiro do tráfico dentro das igrejas”, disse o secretário Átila Nunes, de Direitos Humanos e Polícias para Mulheres e Idosos.

Nunes não explicou qual seria, para ele, a diferença entre um “falso” pastor e um “verdadeiro”.

Ele usou o termo “milícia religiosa” pela primeira vez em agosto de 2017, ao informar que os ataques têm sido feitos por pessoas mascaradas.

“A perseguição é religiosa”, disse o secretário.

“Eles [os bandidos] atacam os umbandistas e condomblecistas.”

A Polícia Civil disse não haver provas de que um grupo criminoso esteja agindo por motivo religioso, mas até agora ela não prendeu sequer um suspeito, embora, nas últimas semanas, tenha havido pelo menos oito invasões e depredação de terreiros.

A Mãe Elaine de Oxalá afirmou ter informação de que um traficante mandou fechar um terreiro em Nova Iguaçu.

A associação de traficantes com religiosos não é nova nos morros cariocas.

Em 2013, este site informou que traficantes evangélicos proíbem no Rio cultos de matriz africana.

A consolidação desse tipo de crime levou a Polícia Civil a decidir a criar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

Com informação do Extra, Uol e de outras fontes. A foto se refere a um ataque a um terreiro em 2014.
fonte do Blog Paulo Lopes

terça-feira, 26 de setembro de 2017

 A LENDA DE MATINTA PERERA



Conta a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo.A Matinta Perera é uma ave de vida misteriosa e cujo assobio nunca se sabe de onde vem. Dizem que ela é o Saci Pererê em uma de suas formas. Também assume a forma de uma velha vestida de preto, com o rosto parcialmente coberto. Prefere sair nas noites escuras, sem lua. Quando vê alguma pessoa sozinha, ela dá um assobio ou grito estridente, cujo som lembra a palavra: “Matinta Perêra…”


A lenda da Matinta Perera
Para os índios Tupinambás esta ave, era a mensageira das coisas do outro mundo, e que trazia notícias dos parentes mortos. Era chamada de Matintaperera.
Para se descobrir quem é a Matinta Pereira, a pessoa ao ouvir o seu grito ou assobio deve convidá-la para vir à sua casa pela manhã para tomar café.


No dia seguinte, a primeira pessoa que chegar pedindo café ou fumo é a Matinta Pereira. Acredita-se que ela possua poderes sobrenaturais e que seus feitiços possam causar dores ou doenças nas pessoas.
Em alguns lugares, se apresenta como um velho, a cabeça amarrada com um pano ou lenço, como se fosse uma pessoa doente, indo de porta em porta, também a pedir tabaco.
Um ponto em comum em todas as versões encontradas, é que se trata de um indivíduo nômade, que anda a gritar, ou com seu assobio de pássaro, ou a tocar uma flauta, sempre a pedir tabaco. No Tupi encontramos Mata como significado de coisa grande, e mati para coisa pequena. No nosso caso da Matinta-Pereira, o mati significa um ente misterioso, nem ave, nem quadrúpede, nem serpente, mas tendo de todos estes alguma coisa. Mora nas ruínas, junto com onças, corujas e cobras.
Há na região Norte, sociedades secretas femininas chamadas de Tapereiras, que o povo chama de Mati-taperereiras. Às vezes usam do medo que provocam na população para obterem vantagens. Conta-se que garotos de 10 a 14 anos, como serventes e nas noites sem luar, saem a gritar imitanto a Matinta-pereira. O povo assustado fecha as portas e janelas, e todos se calam para não atrair o “demônio” para suas casas.


Matinta Perera
Nos dias seguintes a essa noite, todos sabem que durante o dia chegará às suas portas uma velha a pedir tabaco. Nesse caso é melhor dar, ou charutos, e mais alguma coisa para comer. Insatisfeita tentará entrar na casa; Satisfeita ela irá embora sem causar mal algum.
A Matinta Pereira – Notas Complementares:
Nomes comuns: Matinta Pereira, Matinta, Mati-tapereira, Matim-taperê, etc.
Origem Provável: Mito que ocorre no Sul, Centro e Norte e Nordeste do Brasil. Para alguns é uma variação da lenda do Saci.
Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz:: – Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo.


A lenda da Matinta Perera
Na região Norte, especialmente Pará, a Matinta Pereira, seria um pequeno índio, de uma perna só e com um gorro vermelho na cabeça, semelhante ao Saci, que não evacua nem urina, sujeito a uma horrível velha, a quem acompanha às noites de porta em porta, a pedir tabaco. A velha que o acompanha canta, ao som do canto de um pássaro noturno chamado Matin-ta-perê.
Em Pernambuco há uma referência a uma ave noturna, cujo canto se assemelha a um grito, muito temido por todos, por ser considerado de mau agouro. É a mesma Matinta, mas esta parece dizer: “Saia-Dela”.
Esta é provávelmente uma adaptação da lenda do Saci. Inclusive o pássaro no qual ela se transforma, chamada Matin-ta-perê, que além de ser preta tem o costume de andar pulando numa perna só, é a mesma que entre os Tupinambás, com o tempo se transformou no moleque Saci.
A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de “virar” Matinta Perera, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perera pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo “rasga-mortalha”. Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta: “Quem quer? Quem quer?” Se alguém responder “eu quero”, pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de “virar” Matinta Perera.


Matinta Perêra apavora às pessoas.
Existem várias formas de escrever o seu nome: Matinta Pereira, Matinta Perêra, Matinta Perera, Mati-Taperê, Mat-taperê, Matim-Taperê, Titinta-Pereira. Ela se apresenta como sendo uma velha, geralmente acompanhada de um pássaro. O pássaro assobia, à noite, para perturbar o sono das pessoas e assustar as crianças.


Matinta Pereira, Matinta Perêra, Matinta Perera, Mati-Taperê, Mat-taperê, Matim-Taperê, Titinta-Pereira.
Há os que dizem que já tiveram a infeliz experiência de se deparar com a visagem dentro do mato. A maioria a descreve como uma mulher velha com os cabelos completamente despenteados e que tem o corpo suspenso, flutuando no ar com os braços erguidos. Ao ver uma Matinta, dizem os experientes, não se consegue mover um músculo sequer. A pessoa fica tão assustada que fica completamente imóvel! Paralisada de pavor!


Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça 


Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça 


Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça 


Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça 


Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça 

Matinta Perera com Cachimbo – Escultura em epóxi por Nelson Nabiça


 FONTE : NO AMAZONAS É ASSIM




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Lá no Maranhão esta entidade é muito respeitada e temida, não se trata de uma lenda urbana, é uma manifestação espiritual, por demais comum, tanto na zona rural quanto nas cidades, visto que, o seu local de aparecimento é sempre nas estradas em noites escuras, porém, existe algo que ainda não foi dito sobre esta entidade, é que, se a pessoa que tiver a coragem de convidá-la à sua casa para lhe dar fumo, tabaco ou charuto, quando ela for pegar o que lhe foi prometido, deve-se enrolar os presentes em um papel com o nome dos inimigos da pessoa, que o ofertante deseja vê-los mortos, e embaixo dos nomes deve-se escrever o seguinte:" Sra. Matinta, que eles estejam contigo, e não cá entre os vivos, e que mais fumo e tabaco eu vou lhe dar, por sete vezes na lua minguante".

João Batista de Ayrá - advogado/jornalista/babalorixá do Tambor de Mina Gêge Nagô do Maranhão - Whatsapp (21) 99136-4780
MAIS UMA VEZ, CRIVELLA FAZ CENSO RELIGIOSO NA PREFEITURA DO RIO

ÁTILA NUNES


Para participar do programa Academia Carioca da Secretaria Municipal de Assistencia Social, que estimula a prática de atividade física nas Unidades Básicas de Saúde, é necessário preencher um formulário onde os candidatos respondem perguntas sobre seu estado de saúde.

Tem duas perguntas, contudo, que são intrigantes. Uma, que indaga sobre a cor do pretendente. E a outra, sobre qual religião por ele praticada.

Chegou às minhas mãos uma cópia desse formulário, e por isso, decidi denunciar ao MP – mais uma vez - Crivella e a Prefeitura, porque, mais uma vez, a máquina pública está sendo utilizada para a realização de censo religioso.

Crivella repete a mesma conduta que levou a Guarda Municipal a ser denunciada por mim ao MP. Dessa vez, ele quer saber qual é a religião do cidadão que se inscreve para participar do programa Academia Carioca. Aliás, além da religião, quer saber a sua cor. Em qual academia do Brasil, alguém tem que preencher um formulário em que conste perguntas sobre sua crença e sua cor?

Além de denunciar Crivella ao MP, irei à Justiça para que seja suspensa a distribuição dos formulários pela Secretaria de Assistencia Social para o programa Academia Carioca. “O artigo 5º da Constituição Federal diz que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, não existindo qualquer razão, portanto, para uma repartição pública indagar de candidatos a fazerem exercícios físicos através de um programa social, que informem sua crença religiosa e sua cor.

Uma pergunta fica no ar: o responsável na Secretaria de Assistencia Social pela seleção dos candidatos que participarão desse programa pertence a que religião? Seus critérios serão baseados em que? Naqueles que têm religião semelhante a dele? E os que professarem outra crença, estarão automaticamente excluídos? Qual outra razão para saber qual a fé do cidadão que deseja apenas exercitar-se?

Continuo recebendo informações sobre a utilização da prefeitura carioca para objetivos religiosos que contrariem nossas leis

Vamos continuar mantendo contato. Abraço forte do
Deputado Átila Nunes
Whatsapp: (21) 925715153?


COMENTÁRIO DO BLOG.



A laicidade do Estado Brasileiro, prevista na nossa constituição Federal, é a pedra de toque, o marco divisório, entre aqueles que tentam pensar e agir diferente ao previsto na lei maior, e que não obstante este óbice (impedimento), vivemos, devido esta pluralidade religiosa, uma verdadeira guerra santa, que infelizmente, não é mais somente velada, mas sim declarada, não existe o respeito a lei da laicidade, existe, sim, segmentos religiosos, que no amparo das suas gordas receitas financeiras, patrocinam verdadeiras campanhas contra segmentos outros religiosos, que não leem pela sua mesma cartilha. O respaldo jurídico para fazer valer este direito, está no artigo 5º, inciso VI, da Constituição: "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias".


Direito esse também previsto, na Declaração Universal dos Direitos Humanos. E o Código Penal Brasileiro prevê punição para os infratores desta lei. O que cada cidadão independente do seu credo assumido, é que não deve se deixar vergar, dominar, humilhar ou até ser agredido fisicamente por aqueles que vivem diuturnamente a desrespeitar esse direito, cada um tem que defender a sua convicção religiosa e dela se orgulhar e bater no peito com muita fé, e dizer: “ Eu sou católico, Candomblecista, Umbandista, Mulçumano, Evangélico, Islâmico, Budista, Judeu, Xintoísta (e outros), com muito orgulho, e exijo respeito”

"Quanto ao irmão Átila Nunes, devemos todos ajudá-lo cada um a seu modo nesta batalha que é contínua".
João Batista de Ayrá, advogado, jornalista, Babalorixá do Tambor de Mina Gêge Nagô do Maranhão, com Abassá (Ilê Ashé) sediada em Duque de Caxias, RJ.
WHATSAPP (21) 99136-4780


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

sábado, 16 de setembro de 2017

Mãe de Santo vai tirar filhos do país após terreiro atacado

Terreiro de Lúcia de oxum seria 32º atacado este ano apenas na região metropolitana do Rio

Mãe de Santo vai tirar filhos do país após terreiro atacado
Notícias ao Minuto Brasil
Há 5 Horas por Notícias Ao Minuto
Justiça Por medo
A mãe de Santo Iya Lúcia de oxum afirmou disse que terá que retirar seus filhos do país, depois de ter seu terreiro atacado por homens armados em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, durante a última semana. Este seria o 32º terreiro de umbanda e candomblé atacado desde o começo deste ano apenas na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo informações do jornal Extra. Somente em Nova Iguaçu foram registrados oito casos, sob investigação da 58ª DP (Posse).
Em geral, os ataques se deram por meio de homens armados que invadiram os locais e obrigaram mães e filhos de santo a destruírem objetos religiosos. Algumas ações chegaram a ser filmadas e divulgadas nas redes sociais.
+ Traficantes evangélicos obrigam mãe de santo a destruir terreiro
Lúcia de oxum revelou pensar em tomar a mesma providência e mudar para o exterior. Tal revelação teria sido feita nesta sexta-feira (15), durante reunião em que dez representantes de religiões de matrizes africanas solicitaram o apoio do Ministério Público Federal (MPF) para solucionar os ataques contra a rede de religiões afrobrasileira.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

JOÃO BATISTA DE AYRÁ - DOUTRINA DE ENCANTARIA GÊGE NAGÔ DO TAMBOR DE MINA.

Caros internautas,atendendo à  inúmeros pedidos passarei doravante a passar alguns encantamento (feitiços) ligado a ao meu segmento afro brasileiro.
feitiço para se livrar de um inimigo:
Em primeiro, lugar, é necessário que vc tenha certeza que se trata de inimigo verdadeiro,que quer ver a sua destruição, não adianta fazer contra um inocente:
ingredientes:
1- um ovo de pata podre (goro
2- todo e qualquer tipo de pó de destruição encontrado no mercado.
3- 7 qualidades de pimenta: pimenta da costa; pimenta malagueta e outras cinco qualidades de pimenta(todas devem ser socadas juntas, fazendo uma pasta homogênea), e misturadas aos pós de destruição
4- um pedaço de carvão, com o qual vc vai escrever o nome do indigitado inimigo no ovo;
5) vai fabricar uma bolsinha de morim preto, costurando as laterais com uma agulha com linha nas cores preta e roxo (preta simbolizando a escuridão da incerteza que reina no balé de Oyiá,e o roxo que simboliza a morte.
6- a sacola preta deve ser feita uma bainha e por dentro dela passar um fio de palha da costa trançado em três pernas, e depois com todos os ingredientes dentro, amarrar com sete nós.
7- lembrando que dentro da sacola de morim devem ser colocados o ovo, as pimentas socadas, os pós de destruição.
8- colocar também escrito em um papel sem pauta com lápis, o nome do indigitado inimigo, sete vezes embaralhado, e colocado também dentro da sacola.
8- local onde deve ser despachado o  ebó:
em uma lixeira, próxima a uma ribanceira.

Encantamento (efó).

Deve ser recitado no ato do despacho o seguinte encantamento:

"pela força e poder da Dona Maria Molamo da lixeira e dos seus comandados, em conjunto com as forças das feitiçeiras da noite, e na força dos sete mil diabos , que fulano (nome do inimigo), seja destruído de corpo e alma, e que antes do seu perecimento final, ele role pelas estradas assim como rolam as folhas secas , e que ele não tenha teto, amigos, e que a insalubridade do tempo seja o seu lar, seja o seu teto, até a sua morte, em nome do fogo, das águas turbulentas da rainha Oxum e de todos os elementares da natureza, assim seja.

Obs: não esquecer que todo lugar tem um dono: antes de fazer o despacho arriar uma garrafa de "otim funfun" (caçhaça), um charuto, que deve ser aceso, e posto em cima da garrafa aberta, e uma caixa de fósforo entre aberta, pedindo licença ao dono do lugar.

obs2: acender uma vela para o seu anjo de guarda antes de sair de casa, lembrando das cautelas, que se deve ter ao deixar vela acesa em casa, sempre um um copo de vidro com fundo de alumínio, e em um lugar alto longe de material de fácil combustão. 

Obs3: após a conclusão, conforme o grau de sua fé, é só aguardar o resultado.
E não se esqueçam, quem não se cuida é cuidado! 

Contatos: João Batista de Ayrá - advogado - jornalista- voduno/babalorixá do tambor de mina do Maranhão.
contatos: palestras e orientações espirituais: WaatsApp (21) 99136-4780 - E. Mail: drjbayra@.com 
Axé!

Museu da escravidão e da liberdade.




Siro Darlan de Oliveira, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e membro da Associação Juízes para a democracia.



Há mais de cem anos foi abolida a escravidão no Brasil, mas seus efeitos ainda estão estampados na sociedade brasileira como uma tatuagem a lembrar o horror dessa prática. O holocausto, palavra que designa o extermínio dos judeus europeus durante a segunda guerra mundial é lembrado permanentemente através de eventos e museus espalhados por todo mundo como forma de preservar a memória e evitar que se repita.



Outro holocausto histórico que durou mais de quatro séculos é a escravidão e o sacrifício dos africanos que foram arrancados de suas nações de origem, separados de sua cultura, religião e família para atravessarem o Atlântico em condições adversas e cruéis para servirem de escravos para os colonizadores e a elite colonial. Se a escravidão foi abolida há mais de cem anos, suas consequências ainda clamam por justiça social e o açoite ainda se faz presente por ações e omissões do poder público e da sociedade que ainda destina ao pelourinho os descendentes desse povo tão sofrido.
A ausência de políticas públicas inclusivas e decisões judiciais nitidamente preconceituosas como os mandados de busca e apreensão coletivos e indiscriminados destinados aos guetos empobrecidos onde residem em sua maioria negros e pobres, demonstra que ainda não estamos libertos dessas práticas dos capitães do mato. Assim como fazem os irmãos judeus, está na hora de erguer um museu para coletar, preservar e lembrar as memórias dolorosas desse passado histórico tão vergonhoso para promover o estudo e o debate em torno desse tema tormentoso e evitar que ele continue frutificando em nosso meio.



A Casa da Cidadania que renasceu com a ação protetora de Joãozinho Trinta que acolheu nesse espaço as crianças e adolescentes remanescentes da Chacina da Candelária dando a eles abrigo, alimentação e educação. E, mais tarde a ação cidadã de Betinho que conscientizando a sociedade sobre a necessidade da solidariedade como instrumento essencial para matar a fome daqueles que clamam por alimentação, educação, cultura e justiça utilizando do mesmo espaço. Bem próximo está o Cais do Valongo, onde aportaram milhares de africanos arrancados de suas raízes para serem sacrificados pelos horrores da escravidão.



Ainda que não seja um resgate, pelo menos essa iniciativa de criar o Museu da Escravidão e da Liberdade pela Prefeitura do Rio de Janeiro no mesmo espaço onde tanto se exercita a cidadania, o Edifício Docas Pedro II, já é um início que prenuncia a necessidade de se resgatar essa dívida histórica e promover a integração social, democrática, igualitária e real de nosso povo, sem qualquer resquício do velho preconceito racial. MEL – Museu da Escravidão e Liberdade deve surgir para adoçar nossa história desse amargor que somos obrigados a levar como se fosse um pecado original a macular toda e qualquer tentativa de alcançar o marco civilizatório da igualdade, fraternidade e legalidade.