
Em Angola, aidéticos deixam remédios por crer em cura na Iurd
Sessão de cura na Universal de Luanda (imagem do Youtube)
Pacientes com o vírus HIV de Angola estão desistindo da assistência médica da Aspalsida (Associação de Soropostivos e Ativista da Luta contra a Sida) para se tornar fiéis da Igreja Universal por acreditar na pregação dos pastores de cura divina.
Ana Paz, dirigente da associação, afirmou que a expectativa dos pacientes por um milagre com a intercessão da Igreja Mundial tem sido uma das principais causas dos abandonos do tratamento.
Por isso ela solicitou das autoridades apoio na divulgação de esclarecimento sobre a síndrome e como mantê-la sob controle. Ana citou a Republica da Zâmbia como exemplo de divulgação eficiente de informações de combate à epidemia.
Ex-colônia de Portugal, Angola tem população de cerca de 17 milhões de habitantes. Apenas 42% dos angolanos são alfabetizados.
A estimativa oficial é de que 500 mil pessoas estejam contaminadas pelo HIV. Menos de 60 mil recebem tratamento médico sistemático. Atualmente, a Aspalsida cuida de 527 adultos e 96 crianças, além de dar palestras em escolas e hospitais.
Há vários templos da Igreja Universal em Angola, onde se instalou há 18 anos. Só em Luanda, a capital do país, existem quatro.
A Folha Universal informou que recentemente houve na Catedral da Fé da Iurd em Luanda “a maior corrente de tratamento espiritual da região”. “O bispo Robson [Martins] falou da necessidade de o povo se revestir da armadura de Deus, para que nenhuma maldição prospere”, registrou o jornal.
“Os angolanos puderam testemunhar a manifestação do poder de Deus. Milhares de pessoas que chegaram ali enfermas e sofrendo com uma maldição ficaram curadas após a oração e foram libertas dos males que agiam em sua vida há décadas.”
Com informação da Angola Press e da Folha Universal.
Comenntário do Blog:
É triste e lamentável que em um país de 17 milhões de habitantes onde apenas 42% são alfabetizados, aconteça algo semelhante. Não que o poder de Deus não seja tão grande a ponto de curar doenças, mas a histeria coletiva tem sido a causadora de muitos desastres na humanidade, basta lembrar os fanáticos daquela seita que em uma ilha ceifou centenas de vidas, após a injestão de bebida alucinógena. Acredito que tal fato acontecendo em Angola, é caso de saúde pública, a partir do momento em que as pessoas estão abandonando o tratamento médico legal, para buscar uma cura subjetiva, o que não pode acontecer, a população precisa ser orientada a não abandonar seus tratamentos oficiais não obstante as suas crenças. E as crenças, sejam elas quais forem deveriam se abster de causar este tipo de polêmica, graças a Deus que no Brasil, as pessoas são mais politizadas, e jamais, quisera Deus, teremos um fato dessa natureza.