sexta-feira, 11 de janeiro de 2019


REGENCIA DO ANO DE 2019 - OGUM NANÃ E O ODU EJILAXEBORÁ.
Por João Batista de Ayrá- Babalorixá, Advogado e Jornalista, do Tambor de Mina Jêge Nagô do Maranhão, Catimbozeiro, Feiticeiro, Quimbandeiro, Quiumbadeiro, Nagozeiro e Pagé.



O ano de 2019 terá a regência do Orixá Ogum e do Orixá Nanã, responsáveis pela renovação de tudo que a natureza nos oferece, e que dela podemos extrair, sendo a natureza a fonte de toda a riqueza, existente na terra, teremos a obrigação, e o dever legal de dela cuidarmos e pleitear para que, ela nos seja mãe, e não madrasta.

Nanã um dia junto com Omolu, conta a diáspora africana, que juntando o barro, tomou de um pouco de mesmo e tentou formar o ser humano, mas o barro se lhe apresentou inconsistente, por falta de humidade, e juntos tomaram da aridez do barro e a água, emanada de Nanã, juntos tentaram moldar o ser humano, assim, o conseguiram, porém, faltava o elemento água, que somente poderia vir da natureza do poder de emanar, e de todas as Yabás com ligação com os rios, com as   cachoeiras, lagos, chuvas torrenciais e, garoas,  finas e grossas, e das águas das pororocas, a junção das águas dos rios com a águas do mar.

Mas faltava um elemento maior, o sopro da vida, que somente poderia ser dado por nosso grande Pai Olodumare, pois somente ele assim como no velho testamento, ele representa a primeira e última palavra grega “o alfa e o ômega”, ou seja, o princípio e o fim, de forma que o Deus que nos sopra o ar para podermos viver, e nos tira este mesmo ar, quando chega o sublime momento da nossa passagem para o Orum (Céu), ou algum outro local por ele escolhido.

E desta forma, foi formado o ser humano com todas as suas vicissitudes, bondades, e amores, sentimentos angelicais, demoníacos, vingativos, de desprendimento em prol do nosso semelhante  ou contra ele, desde que que sejamos vítimas, mas nos dando a graça sempre do perdão.

Esperamos da grande Mãe Nanã, a sua benevolência e amor, para que tenhamos, nesta segunda metade do ano, o resgate, o início, da paz e da benevolência e das prosperidades e a graça de ter a nossa saúde  resgatada, conforme o merecimento  de cada um.

Na primeira metade do ano a regência será do grande Ogum, que virá com  seus resgates, que por ser o executor, o senhor dos caminhos, o punidor dos malfeitores, virá distribuindo e executando as sentença estipuladas pelo grande Rei Xangô, que no ano que se finda, baixou seus decretos condenatórios junto com a Orixá Yansã, que com sua espada e, seus raios e belicosidade, ajuda o grande rei a cumprir a sua missão distributiva da justiça.

Haja vista, a grande revolta de justiça praticada pelo Rei Xangô, que condenou  e puniu muitos malfeitores, cabendo agora, a Ogum juntamente com Exu que é o grande caçador, haverão de dar prosseguimento do cumprimento das sentenças proferidas no ano que se finda pelo grande Rei Xangô.

Ogum, por ser o caminho, o dono do ferro (regente do ferro e do aço), estará ligado ainda à prisão, à soltura, as decisões nos tribunais de primeira, segunda e terceira instância, prendendo quem deverá ser preso e libertando que deverá ser solto.

A violência estará em alta, mas se fará necessária para o verdadeiro cumprimento da justiça. De forma, que deveremos estar antenados com os princípios de Ogum, sejamos dele ”omorixás” (FILHOS) ou não, devemos ter o dever legal de agirmos de acordo com seus postulados, de justiça e de cumpridor desta.

Ogum, ainda nos trará muitas vitórias no campo das criatividades que envolvam o ferro, haverá muitos avanços nas melhorias das energias elétricas, pois aqui Ogum estará junto com Yansã, que rege os raios e as tempestades, e estará propícia a nos fornecer maiores confortos através da expansão da sua regência da sua força elétrica.

A indústria automobilística tem tudo para dar uma alavancada rumo a dias melhores.
Um ponto que pode se tornar algo negativo, será a facilidade da população ter o poder de poder se armar para fazer frente à violência, pois tal atitude governamental, poderá se tornar uma faca de  dois gumes, para todo o povo, em face da sua fragilidade junto ao crime organizado. Devemos ter muito cuidado com essa nova situação.

Os presídios ainda continuaram superlotados, e quem estiver no regime prisional, continuaram tentando de lá evadir-se a qualquer custo, refregas (contendas continuarão acontecendo dos dois lados).

É a belicosidade de Ogum, que também vê tanto um lado quanto o outro.
Na economia, esta, ainda andará a passos pequenos, em face dos buracos econômicos deixados no passado pela malversação do dinheiro público.

O grande problema será o novo governo encontrar a fonte para tapar os buracos que restaram do passado, para encontrar subsídios para novos projetos, para tirar a população brasileira deste buraco enorme de desemprego e miséria em que se encontra para um sol nascente e um poente melhor, nas suas contas e necessidades.

Ogum estará laborando neste sentido, com coerência e determinação.

Em suma, todos estaremos sendo regidos por todos os Orixás, pois a natureza de todos eles prescindem,  de cada um dar a sua contribuição, para formarmos um todo uno e indivisível.

Teremos ainda a regência do ODU EJILAXEBORÁ, que é o Odu de Xangô e de seus doze ministros, em que seis decidirão a favor e outros seis decidirão contra, significa, que quem tem papeis (processos-pendengas judiciais), ainda estarão, sujeitos a resolução.
Que tenhamos no geral um ano bom e próspero e que Ogum, Nanã, e Ejilaxeborá nos protejam rumo a dias melhores.
AXÉ!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018






JOÃO BATISTA DE AYRÁ
VAMOS MELHORAR DE VIDA ATRAVÉS DA MAGIA E DE FEITIÇOS
Os tempos estão muito difíceis, desemprego, desapego de pessoas queridas, todos os seguimentos religiosos, evangélicos, espíritas, católicos oferecem caminhos, porém, somente o candomblé, com as suas quiumbandas, quimbandas, candomblé de caboclo e xambá entre outras magias, é que está preparado para dar uma resposta mais rápida  a tantos problemas, tudo através de magia e feitiços, é só nos procurar, e iremos trabalhar com todas as formas de magias para restituí-lo ao seu caminho de prosperidade e progresso, temos em nossas  mãos as mais variadas formas de magias e feitiços  para recolocá-lo nos trilhos, é só querer, venha nos procurar, e o subteremos  a um tratamento de choque espiritual, pois Deus não quer ninguém na miséria ou na míngua, venha ser feliz, temos os mais variados tipos de oráculos jogo de búzios, assistência com Exus Eguns, e outras entidades, não somos os melhores, mas temos caminhos espirituais que muitos não possuem, receitas do tambor de mina jêge nagô e catimbó do Maranhão. É SÓ MARCAR UMA CONSULTA, PELO TEL.(21)99136-4780,E.MAIL:DRJBAYRA@HOTMAIL.COM E O DESENGANO DA VISTA É VER.
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OBS: ESTE ANÚNCIO É O RESULTADO DE CENTENAS DE PESSOAS QUE NOS INDAGAM SE NÃO FAZEMOS ATENDIMENTO ESPIRITUAL, A RESPOSTA, É QUE DEVIDO AS INÚMERAS ATIVIDADES COMO ADVOGADO E JORNALISTA, QUASE NÃO NOS SOBRA TEMPO PARA ESTES TIPOS DE TRABALHOS, PORÉM, AGORA RESOLVI ARRANJAR UM TEMPO MAIOR, PARA AJUDAR AS PESSOAS, QUE TANTO PRECISAM. É SÓ ME CONTATAREM.

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TJ: É POSSÍVEL CRIME DE EXTORSÃO POR AMEAÇA ESPIRITUAL






 A ameaça supersticiosa, isto é, aquela que se refere a uma crendice, simpatia ou macumba (item nº 26).
Recentemente, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, de forma unânime, decidiu, sob relatoria do Ministro Rogerio Schietti Cruz, no REsp 1299021, que a ameaça de emprego de forças espirituais para constranger alguém a entregar dinheiro é apta a caracterizar o crime de extorsão, mesmo que não haja violência física ou outra forma de ameaça. Transcrevo parte da ementa:
[…]
3. A alegação de ineficácia absoluta da grave ameaça de mal espiritual não pode ser acolhida, haja vista que, a teor do enquadramento fático do acórdão, a vítima, em razão de sua livre crença religiosa, acreditou que a recorrente poderia concretizar as intimidações de “acabar com sua vida”, com seu carro e de provocar graves danos aos seus filhos; coagida, realizou o pagamento de indevida vantagem econômica. Tese de violação do art. 158 do CP afastada.
[…]
(REsp 1299021/SP, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 14/02/2017, DJe 23/02/2017)
No caso analisado, a vítima teria contratado a acusada para realizar trabalhos espirituais de cura. Posteriormente, a vítima passou a se recusar a dar mais dinheiro pelos serviços, momento em que a acusada teria, segundo a denúncia, exigido 32 mil reais para desfazer “alguma coisa enterrada no cemitério” contra os filhos da vítima. Também teria dito que “agiria em nome de espíritos”. Por esse fato, o STJ considerou a prática do crime previsto no art. 158 do Código Penal.
O relator considerou que para a vítima e boa parte da população brasileira existe a crença na existência de forças espirituais, motivo pelo qual a atitude imputada à ré seria capaz de gerar intimidação.
Essa decisão não significa, obviamente, que qualquer “ameaça espiritual” contra qualquer pessoa constitui ameaça para fins penais. Na verdade, o STJ considerou que, nesse caso concreto, a ameaça espiritual possuía eficácia em razão do fato de a vítima ter pago os valores exigidos mediante constrangimento. O pagamento, que seria mero exaurimento do crime de extorsão (classificado como crime formal), demonstraria que a vítima teria se sentido intimidada.
A ameaça, como crime (art. 147 do Código Penal) ou elemento de outro crime (por exemplo, os arts. 146, 157 e 158 do Código Penal), não pode ser aferida abstratamente, porquanto necessária a sua capacidade de causar temor à vítima.
Assim, a ameaça espiritual, por si só, não causaria temor indistintamente a toda e qualquer pessoa. A controvérsia surge quando se tenta definir qual é o critério utilizado para balizar se há ou não intimidação.
Poder-se-ia adotar, como pretendido pela defesa nesse caso julgado pelo STJ, o critério do “homem médio”, ou seja, uma análise objetiva do que outras pessoas teriam sentido – intimidação ou indiferença – após ouvirem as afirmações que teriam intimidado a vítima. Nesse contexto, não seriam consideradas as crenças da vítima. Ademais, a defesa argumentou que o meio utilizado seria absolutamente ineficaz para a finalidade de concretizar uma ameaçar.
Por outro lado, há quem defenda que deve ser considerada a condição subjetiva da vítima, desconsiderando o critério do “homem médio”. Adotando esse critério, seria evidente que no caso julgado pelo STJ as ameaças espirituais constituiriam ameaça para fins penais, porque a vítima acreditava em forças espirituais, razão pela qual, inclusive, havia procurado a acusada para promover cura espiritual.
De qualquer sorte, trata-se de um tema que merece maior atenção acadêmica, a fim de evitar que sejam adotados critérios distintos (objetivo ou subjetivo) de forma casuística.






Rio inaugura delegacia especializada em combater crimes raciais e de intolerância
Data: 18/12/2018
No evento, a campanha “Liberte Nosso Sagrado” cobrou a devolução de objetos religiosos apreendidos pela polícia
Por Clívia Mesquita, do Brasil de Fato 
Policias estão passando por uma série de capacitações para atender vítimas de crimes como homofobia, racismo e intolerância religiosa / CARL DE SOUZA / AFP
Na última quinta-feira (13) a Polícia Civil inaugurou na Rua do Lavradio, n º155, região central da cidade, a Delegacia Especializada em Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Segundo o delegado titular da unidade, Gilbert Stivanello, os policias estão passando por uma série de capacitações para atender as vítimas de crimes como racismo, xenofobia, intolerância religiosa e homofobia.
No mesmo endereço também funciona a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) e a de Proteção à Criança e ao Adolescente. Estiveram presentes na inauguração representantes do poder legislativo, judiciário, autoridades da área de Segurança Pública e também lideranças de diversas religiões.
A campanha Liberte Nosso Sagrado
“É importante dizer que esses passos vêm de longe e que são mais de 10 anos acompanhando esse movimento que hoje se materializou”, palavras da Mãe Meninazinha de Oxum, grande líder do movimento Liberte Nosso Sagrado.Durante o evento que marcou a inauguração da Delegacia Especializada, representantes da campanha cobraram a devolução de objetos sagrados apreendidos pela polícia quando as religiões de matrizes africanas eram criminalizadas por lei no Brasil.
Jorge Santana, membro da campanha Liberte Nosso Sagrado e um dos diretores do documentário “Nosso Sagrado”, ressaltou a luta de mais de 70 anos para o resgate dos objetos.
“A gente tem como propósito retirar esses objetos de lá porque desde 1945 essas religiões deixaram de ser criminalizadas e os objetos não foram devolvidos aos seus verdadeiros donos que são as lideranças religiosas da umbanda e do candomblé”, explicou.
O filme “Nosso Sagrado” foi mais um desdobramento da campanha e se tornou uma importante plataforma de denúncia do descaso das autoridades para com as religiões de matriz africana no Brasil. O documentário resgatou, a partir de depoimentos de ialorixás e pesquisadores, o histórico de perseguições por parte do Estado. O diretor do filme, Fernando Sousa, destacou o aspecto do racismo religioso presente na postura das instituições.
“A gente discute a importância que esses objetos sagrados têm para a umbanda e o candomblé, e a gravidade deles estarem ainda hoje no Museu da Polícia Civil, do fato de já terem sido classificados como coleção de magia negra e expostos de forma inadequada” , disse.
O documentário, produzido pela Quiprocó Filmes, tem percorrido festivais como o Los Angeles Brazilian Film Festival, onde será apresentado na próxima semana, e feito debates em terreiros e escolas públicas sobre racismo religioso.
Marco Teobaldo, que também participa da campanha pela transferência dos objetos para o Museu da República, apontou a necessidade urgente de cuidado do acervo para evitar a sua completa deterioração.
“No momento, o acervo está sendo vistoriado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Museu da Polícia, a gente acompanhou algumas das vistorias, o acervo não está em bom estado e realmente precisa ser cuidado da maneira que merece porque é a primeira coleção tombada pelo IPHAN em 1938”, diz o curador do Instituto Pretos Novos.