quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dois eventos comemoram o Dia de Combate à Intolerância Religiosa nesta quinta



Dois eventos comemoram o Dia de Combate à Intolerância Religiosa nesta quinta
A TARDE On Line e Agência Estado


Ialorixá Jacira dos Santos mostra jornal da Universal que publicou foto de sua mãe.
Local onde funcionava terreiro Oyá Unipé Neto demolido em 2008>> Você já foi vítima de intolerância religiosa ou conhece algum caso? Conte sua história.

Dois eventos lembram o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa nesta quinta-feira, 21. Integrantes do terreiro Axé Abassá de Ogum participam de uma caminhada em Itapuã. Eles percorrerão o trecho que vai da Sereia de Itapuã ao Parque Metropolitano do Abaeté.

Pela tarde, a partir das 14h, acontece o ato plurirreligioso no Espaço Cultural da Barroquinha, ao lado do Cine Glauber Rocha. A previsão é que o evento tenha a participação de religiosos de matriz africana, indígena, espíritas, budistas, islâmicos, seicho-no-iê, batistas e ortodoxa Bielo-Russia cristã.

Histórico - O caso de intolerância religiosa que teve mais repercussão foi da mãe-de-santo Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda, que adoeceu e morreu após ter sua foto publicada em uma matéria no jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, com o título "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. Os filhos e marido de Mãe Gilda entraram com ação na justiça, que condenou a Igreja Universal, em agosto de 2009, a pagar R$145,2 mil de indenização.

Em fevereiro de 2008, o terreiro Oyá Unipé Neto, no Imbuí, foi demolido por fiscais da Sucom em um ato que os adeptos do candomblé consideraram preconceituoso. Entidades do movimento negro e líderes da religião protestaram e o prefeito João Henrique pediu desculpas, alegando um erro de funcionários do órgão.

Política - Na véspera do dia de Combate à Intolerância Religiosa, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, pré-candidata do PT à Presidência, adiou nesta quarta, 20, o anúncio do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. O lançamento do projeto, que fornece legalização fundiária aos imóveis ocupados por terreiros de umbanda e candomblé, além do tombamento de casas de culto, estava previsto para esta quarta, mas no último momento o governo adiou a divulgação alegando que precisa revisar questões jurídicas.

O adiamento ocorre na esteira da polêmica envolvendo o Programa Nacional de Direitos Humanos, que pôs o Palácio do Planalto numa enrascada política, provocando crise dentro e fora do governo. Temas controversos, como descriminação do aborto, união civil de pessoas do mesmo sexo e proibição do uso de símbolos religiosos em repartições públicas, foram alvo de fortes críticas, principalmente por parte da Igreja.

Na avaliação do Planalto, é preciso evitar novos embates que possam criar "ruídos de comunicação" e prejudicar a campanha de Dilma. Desde o ano passado, a ministra tem feito todos os esforços para se aproximar tanto de católicos quanto de evangélicos e já percorreu vários templos religiosos.

"O programa de promoção de políticas públicas para as comunidades tradicionais de terreiro já estava adequado, mas, como é um plano de governo, precisa ser pactuado para não haver constrangimentos", afirmou o ministro-chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Edson Santos.

Apesar de dizer que nunca é demais dar "outra passada de olhos" no texto, para maior observância à Constituição e ao Código Penal, Santos não escondeu a decepção com a ordem para suspender o anúncio do plano, que seria feito justamente na véspera do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado hoje. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Astrid Fontenelle se casa em Salvador no Candomblé



Astrid Fontenelle se casa em Salvador

Apresentadora se uniu a Fausto Franco em cerimônia do candomblé

QUEM Online


Astrid Fontenelle se casou com o produtor da banda Chiclete com Banana, Fausto Franco, na noite deste sábado (17), em Salvador.

A apresentadora do programa "Happy Hour", do canal GNT, fez sua entrada com o filho adotivo, Gabriel, no colo. A Grécia foi escolhida como tema do evento, cujas primeiras imagens foram divulgadas por convidados no Twitter.

A cerimônia, realizada dentro dos ritos do candomblé, foi comandada por Mãe Carmen e aconteceu no Zank Boutique Hotel, mesmo lugar onde deverá se hospedar a cantora Beyoncé durante sua passagem pela cidade, em fevereiro.

O vestido da noiva foi assinado por Samuel Cirnansck, também responsável pelo look de Juliana Paes em seu casamento com Eduardo Baptista, em 2008.

sábado, 16 de janeiro de 2010

ZILDA ARNS - DEUS SABE POR QUE A LEVOU!



ONDE QUER QUE HOUVESSE UM QUESTIONAMENTO SOBRE O BEM ESTAR , SOFRIMENTO, OU NECESSIDADES, DOS MAIS POBRES E OPRIMIDOS, PRINCIPALMENTE SE FOSSEM CRIANÇAS, LÁ ESTAVA COM CERTEZA, ESTA FIGURA IMPAGÁVEL, DA MÃE ZILDA ARNS. E FOI NO EXERCÍCIO DESTE MISTER, QUE CHEGOU AO HAITI, PARA COMO SEMPRE, LEVAR AJUDA MATERIAL E ESPIRITUAL AQUELE POVO TÃO SOFRIDO, EM ESPECIAL, AS CRIANÇAS. FOI QUANDO VEIO O RESGATE DE SUA ALMA, DEUS ESCOLHEU AQUELE PAÍS, AQUELE DIA, AQUELE MOMENTO, E ATRAVÉS DE TÃO GRANDE TRAGÉDIA, PARA ALÇÁ-LA À LUZ DA ESPIRITUALIDADE, FICANDO O SEU EXEMPLO COMO UM DOS MAIORES QUE DEUS PODE DEIXAR A HUMANIDADE, NO SENTIDO DE QUANTO O HOMEM PRECISA SER SOLIDÁRIO PARA COM SEU SEMELHANTE, NÃO IMPORTA A DISTÂNCIA EM QUE ELE SE ENCONTRE.
ADEUS MÃE ZILDA! O BRASIL, O HAITI E O MUNDO, CHORAM À TUA PARTIDA, MAS, LÁ EM RIBA, LÁ EM CIMA, AS TROMBETAS TOCADAS PELOS ANJOS ANUNCIAM A TUA CHEGADA, É FESTA NO CÉU. A TUA LACUNA JAMAIS SERÁ PREENCHIDA. MAS SEMPRE QUE OLHARMOS UMA CRIANÇA, UMA FLOR, UM POBRE, UM DESVALIDO, ESTAREMOS VENDO O TEU SORRISO. ADEUS, OU MELHOR, ATÉ LOGO! QUIÇÁ POSSAMOS UM DIA ESTAR NO MESMO LUGAR QUE A TI JESUS RESERVOU.

João Batista de Ayrá - sacerdote afro-brasileiro, advogado e jornalista.

ESTAMOS DE LUTO



Estamos de luto, por tantos irmãos mortos no Haiti. A tristeza é sentimento comum em todo o mundo,se pode ajudar, estaremos orando a Deus e aos Orixás e espíritos de luz, para que eles com seus fachos de luz celestiais iluminem os espíritos de tantos desencarnados nesta terrível trajédia, bem como dos sobreviventes.O nosso luto é duplo, pois é o Haiti um país irmão, colonizado por africanos, que para lá foram levados para o Cultivo da cana de açucar, um país que foi o primeiro nas américas a se livrar da escravidão, que sempre permitiu os cultos aos seus antepasados, sempre buscando a paz, porém de guerra em guerra, de golpe em golpe de estado, foi construindo a sua história, e hoje é considerado o país mais pobre do mundo, pelo abandono da outras nações.O grande grito de socorro deste povo humilde foi de solidariedade, e nós brasileiros, fomos os primeiros a atender este apelo, e para lá fomos com nossas missões de paz, tão presente, que também fomos vítimas deste terremoto terrível, vários militares oriundos do Brasil sucumbiram a tragédia,mas a bandeira brasileira, ainda termulará por muito tempo naquele país, até que seja reconstruído e seu povo volte novamente a sorrir, esquecendo-se de tão terrível tragédia.
João Batista de Ayrá -sacerdote afro-brasileiro, advogado e jornalista.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Homem que atirou em João Paulo II vai deixar a prisão



Homem que atirou em João Paulo II vai deixar a prisão
Agência Estado

O homem que atirou e feriu o papa João Paulo II disse hoje que vai responder às perguntas sobre o ataque de 1981 depois de sair da prisão. Na segunda-feira, ele termina de cumprir uma outra pena de dez anos pelo assassinato, em 1979, de Abdi Ipekci, um jornalista turco.

Sabe-se muito pouco sobre o que levou o turco Mehmet Ali Agca a atirar contra o papa quando o pontífice passava pela Praça de São Pedro, além das declarações feitas por ele de que poderes estrangeiros conspiraram para matar o papa. "Eu vou responder a todas essas perguntas nas próximas semanas", disse, em carta. O pontífice se encontrou e perdoou Agca em 1983, quando o atirador cumpria uma pena de 19 anos numa prisão italiana.

Historiadores, integrantes de forças de segurança e seguidores de João Paulo II buscam respostas sobre o ataque, dentre elas se a ação foi um plano para assassinar o papa, cujo apoio ao movimento de trabalhadores Solidariedade foi importante para a queda do comunismo no bloco soviético.

Quando Agca foi detido, minutos após o atentado, ele declarou que agira sozinho. Depois, deu a entender que a Bulgária e a KGB soviética estavam por trás da ação. No entanto, recuou da afirmação. Suas declarações contraditórias, dentre elas a de que era o messias, frustraram promotores e levantaram questões sobre sua saúde mental.

O magistrado italiano Rosario Priore disse estar convencido de que havia um complô contra o papa e que Agca não agiu sozinho, mas ele não conseguiu convencer um júri de Roma em 1986 de que a Bulgária e a KGB soviética estavam envolvidas. O júri italiano absolveu seis acusados - três búlgaros e três turcos - da "conexão búlgara". Um julgamento de apelação realizado em 1987 chegou à mesma conclusão.

O próprio João Paulo II falou sobre a questão durante uma visita à Bulgária em 2002, afirmando que nunca acreditou na conexão búlgara. Porém, em seu livro "Memória e Identidade: Conversações entre Milênios", o papa disse, sobre seu agressor, que "alguém planejou isso, alguém mais trabalhou por isso". João Paulo II morreu em 2005.

MEMÓRIA - LUTA DOS QUILOMBOLAS DA ILHA DE MARAMBAIA NO RIO DE JANEIRO


sábado, 1 de dezembro de 2007
Quilombolas e ONGs pedem intervenção da ONU no caso Marambaia



A Campanha Marambaia Livre, liderada por 18 organizações e movimentos sociais, encaminhou denúncia às Nações Unidas sobre as graves violações de direitos humanos que vêm ocorrendo contra os quilombolas da Ilha da Marambaia, em Itacuruçá (RJ). Desde a década de 1970, quando a Marinha do Brasil assumiu a administração da Ilha, os remanescentes de quilombos estão impedidos de construir, reparar ou ampliar suas casas e ainda realizar pescas, tudo isso em nome da segurança nacional.
O informe relata as sistemáticas violações ao direito à titulação da terra, à moradia adequada e ameaça de despejos forçados aos moradores remanescentes de quilombolas da Ilha. O documento foi encaminhado ao Representante do Alto Secretariado de Direitos Humanos de Deslocamentos Internos, Walter Kälin, e ao Relator Especial sobre Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Relacionadas de Intolerância, Doudou Diene.
A denúncia está sendo enviada às Nações Unidas dois meses depois de o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro (TRJ) acatar o pedido de suspensão de segurança solicitado pela União.O recurso jurídico – criado em 1964 em plena ditadura militar e ao qual somente o governo tem acesso – foi acatado pelo TRJ suspendendo os efeitos da interpretação do juiz da Vara Federal de Angra dos Reis, Raffaele Felice Pirro, favorável à conclusão dos procedimentos – no prazo de um ano – para a titulação das terras dos quilombolas da Ilha da Marambaia.
O informe faz um breve histórico sobre a presença dos remanescentes de quilombos na Ilha, cujas comunidades foram organizadas entre os anos 1532 e 1888, período em que Joaquim Breves, conhecido traficante de escravos, trazia os escravizados para a região com o objetivo de recuperá-los fisicamente, antes de serem vendidos.
Desde então, os quilombolas ocupavam a Ilha pacificamente, até a chegada da Marinha, em 1971. Os militares restringiram visitas de familiares e vetaram as atividades de agricultura e pesca. No entanto, enquanto proibia a comunidade de realizar suas atividades, a Marinha do Brasil construía estradas, depósitos de lixo, pista de pouso e manobra. Tais atividades vêm afetando sistematicamente os sítios arqueológicos da região, cemitério, incluindo a área residencial.
Batalha jurídica
A batalha judicial começou em 1997, quando os militares passaram a recorrer a ações judiciais contra os moradores, qualificando-os de invasores. Até 1999, muitas famílias foram expulsas e suas casas demolidas.
Em 2002, o Ministério Público Federal contestou as ações da Marinha entrando com uma Ação Civil Pública contra a União e a Fundação Cultural Palmares. No mesmo ano, a Fundação Palmares assinou contrato com a organização civil e ecumênica Koinonia para elaborar relatório técnico de identificação e demarcação dos limites dos territórios quilombolas. Em 2003, a comunidade organizou-se na Associação de Remanescentes de Quilombos da Ilha da Marambaia (ARQIMAR). Em 2004, a Fundação Palmares expediu a Certidão de Reconhecimento para a comunidade quilombola.
Há pouco mais de um ano, uma comissão federal apresentou uma proposta de delimitação da área que reduzia drasticamente as terras pertencentes à comunidade e não atendia as necessidades básicas dos moradores. A proposta não foi aceita. Recentemente, a Marinha intimou sete moradores a depor (entre eles, o casal Renata Mariano e Lázaro Santana), porque, amparados por uma decisão judicial, construíram casas ou retornaram à Ilha. Uma clara tentativa de criminalização dessas ações. Hoje a Ilha da Marambaia integra 14 praias e abriga 600 pessoas distribuídas em 90 casas.
Além da ONU, a denúncia também está sendo encaminhada para diversas autoridades brasileiras, entre elas a Casa Civil, Secretaria Especial de Direitos Humanos, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e o Incra.
FONTE: Observatório Quilombola

STJ garante a quilombolas posse de terras na Ilha da Marambaia (RJ)


STJ garante a quilombolas posse de terras na Ilha da Marambaia (RJ)
Extraído de: Folha Online - 12 de Janeiro de 2010 A Primeira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) assegurou aos descendentes de escravos a posse definitiva de terras situadas na Ilha da Marambaia, no Rio de Janeiro. A disputa pela posse era entre a União e um pescador descendente de escravos, que vive há mais de 40 anos na região --uma área de segurança controlada pela Marinha.

Além de ajuizar ação de reintegração de posse, a União pretendia receber do pescador indenização por perdas e danos no valor de um salário mínimo por dia, a partir da data de intimação ou citação até a restituição do imóvel.

A União havia conseguido em primeiro grau a reintegração de posse, mas teve o pedido de indenização negado. A decisão havia sido mantida pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, mas o pescador recorreu ao STJ.

O ministro Benedito Gonçalves chegou a rejeitar o recurso por razões processuais, mas acabou mudando o entendimento após o ministro Luiz Fux apresentar uma série de fundamentos para justificar a posse da área pelos descendentes de escravos.

A ministra Denise Arruda pediu vista e acabou acompanhando as considerações do ministro Fux, de forma que a decisão da Turma foi unânime.

Ataques de submarinos

A Marinha se instalou na região em 1971, quando criou o Cadim (Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia). As famílias de civis ocupam a ilha desde a época da escravidão. A Marambaia era um dos principais entrepostos do tráfico negreiro no litoral brasileiro.

Em 2006, a Marinha apresentou à Casa Civil da Presidência da República e ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a possibilidade de ataques de submarinos a usinas nucleares de Angra 1 e 2 como argumento para não aceitar a permanência na Ilha da Marambaia de 200 famílias remanescentes de um quilombo que existiu ali, no século 19.

Nas discussões sobre a presença dos descendentes de escravos, a Marinha listou instalações que poderiam vir a ser atacadas por submarinos. Integram a relação, entre outras, as usinas nucleares de Angra dos Reis, o porto de Sepetiba, a Casa da Moeda e o terminal de minérios em Ibicuí.

Apesar da ocupação militar, o local é considerado uma espécie de paraíso ecológico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), já passaram temporadas de descanso nas praias.

Com informações do STJ
Autor: colaboração para a Folha Online

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Quimbanda - Mais uma expressão das Religiões Afro-Brasileiras


07
Janeiro
Quimbanda
Mais uma expressão das Religiões Afro-Brasileiras

A Quimbanda, também conhecida popularmente como macumba, quimbanda (ou kimbanda) nunca deve ser confundida com a KIUMBANDA (magia negra), pois está presente na Umbanda desde a sua fundação pelo médium Zélio Fernandino de Morais já que o mesmo admitiu Exú como guia por ordens de seus guias.

Na estrutura interna, a quimbanda e a umbanda são muito parecidas, sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão e ameríndio, e também não procurou adaptar-se à mitologia do catolicismo. A natureza específica da quimbanda é muito ambígua, pois há casos de prática de quimbanda em terreiros de umbanda, por pequenos grupos. Registra a gramática de kibungo, do professor José L. Quintão, página 107 - umbanda arte de curar e quimbanda quer dizer o curandeiro. Várias são definições de quimbanda ou kimbanda. Tem sua fonte de origem no quimbundo, que é uma mistura de dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões tribais de Angola e Moçambique. Quim ou kim, quer dizer em linguagem africana, médico ou grão-sacerdote dos cultos bantos. Banda quer dizer lugar ou cidade. A quimbanda trata as enfermidades diagnosticadas por adivinhação, debela os azares, restabelece a harmonia conjugal ou provoca a inimizade, concede poderes para o domínio do amor ou para a anulação de demandas. Busca a cura, nas matas ou campos, cachoeiras, mares, enfim nos elementos da natureza, aonde vai em busca de plantas medicinais.

A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação da umbanda que pratica a magia negra. Embora cultuem os mesmos Orixás e as mesmas entidades, se sirvam das mesmas indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como a presença de gongá repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e pretos velhos, existem entre as duas religiões diferenças fundamentais e decisivas. Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus. Existem muitos Exus:

Exu das Almas, Exu Caveira, Exu das Matas, Exu Tranca Rua.

Existem de igual forma, Exus femininos, ou pombagiras:
Maria Padilha, Mulambo, Cigana, entre outras.

Uma das práticas mais conhecidas da Quimbanda é a Gira dos Exus, ou Enjira dos Exus, cerimônia realizada, via de regra à meia noite, na qual diversos Exus incorporam nos médiuns e passam a dançar, beber, fumar, utilizando-se de uma linguagem própria.

Segundo estudiosos, assim como há as sete linhas que regem e organizam as forças existentes dentro da Umbanda, dentro da Quimbanda:

1ª Linha - Linha Malei - Chefe - Exu Rei, é composta por 7 falanges, cada qual com seu chefe, e seus sete respectivos subordinados.
1 - Exu Rei das Sete Encruzilhadas
2 - Exu Marabô
3 - Exu Mangueira
4 - Exu Tranca Ruas das Almas
5 - Exu Tiriri
6 - Exu Veludo
7 - Exu dos Rios ou Campinas
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

2ª Linha - Linha das Almas - Chefe - Omulu, encontra-se nesta linha espíritos vulgarmente conhecidos como omulus.
1- Exu Mirim
2- Exu Pimenta
3- Exu 7 Montanhas
4- Exu Ganga
5- Exu Kaminaloá
6- Exu Malê
7- Exu Quirombô
Pomba Gira - Pomba Gira das Almas

3ª Linha - Linha do Cemitério ou dos Caveiras - Chefe - Exu Caveira
1- Exu Tatá Caveira
2- Exu Brasa
3- Exu Pemba
4- Exu do Lodo
5- Exu Carangola
6- Exu Arranca Toco
7- Exu Pagão
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha dos Cemitérios

4ª Linha - Linha Nagô - Chefe - Exu Gererê
1 - Exu Quebra Galho
2- Exu 7 Cruzes
3- Exu Gira Mundo
4- Exu dos Cemitérios
5- Exu da Capa Preta
6- Exu Curador
7- Exu Ganga
Pomba Gira- Pomba Gira Maria Padilha

5ª Linha - Linha de Mossorubi - Chefe - Kaminaloá
1- Exu dos Ventos
2- Exu dos Morcego
3- Exu 7 Portas
4- Exu Tranca Tudo
5- Exu Marabá
6- Exu 7 Sombras
7- Exu Calunga
Pomba Gira - Pomba Gira Maria Molambo

6ª Linha - Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Chefe - Exu Pantera Negra
1- Exu 7 Cachoeiras
2- Exu Tronqueira
3- Exu 7 Poeiras
4- Exu da Matas
5- Exu 7 Pedras
6- Exu do Cheiro
7- Exu Pedra Negra
Pomba Gira - Pomba Gira da Figueira

7ª Linha - Linha Mista - Chefe - Exu dos Rios ou Campinas.

fontes: http:www.obara6a.ubbi.com.br/paginas3.html e jornal A Gaxéta.