sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás

Os acusados negam ter cometido os crimes. Entre as vítimas, estão adolescentes

Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás
Notícias ao Minuto Brasil
Há 19 Horas por Notícias Ao Minuto
Justiça Sacrifício de Abraão

Um casal de pastores foi indiciado por estupros de fiéis, nessa quarta-feira (18), em Edeia, no Sul de Goiás. Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz, presos desde setembro, induziam as vítimas, sendo a maioria adolescentes, a ter relações sexuais alegando que era para quebrar maldições. Os acusados negam ter cometido os crimes.



Ainda de acordo com a reportagem, o pastor estuprou cinco fiéis da Igreja Falando com Deus. Duas das vítimas tinham 13 e 14 anos. A mulher, por sua vez, responderá pelos abusos sexuais cometidos contra duas adolescentes. “Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer o ‘sacrifício’”, explicou o delegado.
O caso foi descoberto graças à mãe de uma vítima, de 16 anos, que questionou sobre virgindade no namoro. “O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, explicou Barreto.
O delegado acredita que podem haver mais vítimas. “Acreditamos que teve gente que não quis falar, ficou com receio de revelar. Mesmo com a conclusão do inquérito, as vítimas que desejarem podem procurar a delegacia para denunciar os abusos”, explicou.

comentário do blog:

É muito triste nos depararmos quase que diuturnamente com este tipo de notícia, o que torna mais grave é o cunho religioso, que nos coloca com um pé na frente e outro atrás, visto  que, em época de tanta discriminação e preconceito religioso, cabe as autoridades, investigarem a fundo este fato, para que se não cometam injustiças. Sabemos que existem aproveitadores, embusteiros, estelionatários e outros tipos de criminosos dentro de todos os segmentos religiosos, mas não podemos generalizar, pois como advogado, já atuei em muitos casos de pessoas que foram acusadas de terem cometido crimes os mais nefastos possíveis, e no final, logramos comprovar a inocência dessas pessoas, não quero dizer que este é o caso, mas cautela e investigação são binômios que andam entrelaçados. todavia, comprovada a culpabilidade  dos indiciados, obedecendo-se o princípio da ampla defesa e da inocência, pois segundo a nossa Carta Magna todos são inocentes até prova em contrário, entre outros direitos garantidos a qualquer acusado (indiciado), aí então aplique-se a lei, pois a lei é "sede lex dura lex", a lei é dura mais tem que ser obedecida.

João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/Sacerdote afro brasileiro/ whatSapp  99136-4780

domingo, 15 de outubro de 2017

Papa torna santos os primeiros 30 mártires do Brasil

Cerimônia canonizou fiéis massacrados no RN em 1645

Papa torna santos os primeiros 30 mártires do Brasil
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 11 HORAS POR ANSA
MUNDO CERIMÔNIA
Maior país católico do mundo, o Brasil ganhou 30 novos santos na manhã deste domingo (15). Em uma cerimônia na praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco canonizou os "mártires do Rio Grande do Norte", grupo de fiéis católicos assassinados por holandeses calvinistas em 1645.

 Pronunciando a fórmula ritual da canonização, o Pontífice declarou santos os sacerdotes diocesanos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, o camponês Mateus Moreira e outros 27 leigos, incluindo quatro crianças.
Ao anúncio do Papa, um grande aplauso se elevou da multidão formada por peregrinos e delegações oficiais provenientes do Brasil e dos países de origem dos outros cinco santos proclamados por Francisco: os adolescentes indígenas mexicanos Cristobal, Antonio e Juan, que viveram no século 16, o espanhol Faustino Míguez (1831-1925), e o italiano Angelo d'Acri (1669-1739).
"Não se pode dizer 'Senhor, Senhor', sem viver e colocar em prática a vontade de Deus. Necessitamos nos revestir a cada dia com seu amor, de renovar a cada dia a escolha de Deus. Os santos canonizados hoje, sobretudo os tantos mártires, indicam esse caminho. Eles não disseram 'sim' ao amor apenas com palavras, mas com a vida, e até o fim", disse Jorge Bergoglio em sua homilia.
Os dois padres e 28 leigos do Rio Grande do Norte são os primeiros mártires brasileiros santificados pela Igreja Católica, encerrando um processo de quase três décadas. A história dos massacres de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, só começou a ser divulgada no fim dos anos 1980, graças às pesquisas do monsenhor Francisco de Assis Pereira (1935-2011), que escreveu um livro sobre o tema, chamado "Beato Mateus Moreira e seus companheiros mártires".
Segundo o relato da Igreja, invasores holandeses calvinistas assassinaram 69 pessoas que assistiam a uma missa celebrada pelo padre André de Soveral na cidade de Cunhaú (atual Canguaretama), em 15 de julho de 1645.
Menos de três meses depois, em 3 de outubro, outro grupo de católicos foi massacrado, em uma paróquia de Natal. De lá, o sacerdote Ambrósio Francisco Ferro foi levado para a cidade de Uruaçu (São Gonçalo do Amarante) e morto ao lado de outros 80 fiéis.
De acordo com Pereira, todos foram assassinados porque os holandeses, que também recrutaram índios para realizar o massacre, não admitiam o catolicismo nas áreas sob sua dominação. Segundo seu relato, o camponês Mateus Moreira repetia a frase "Louvado seja o Santíssimo Sacramento" antes de ter seu coração arrancado.
Algumas vítimas tiveram as línguas arrancadas para que não fizessem mais suas orações católicas. Outras tiveram braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas.
Calcula-se que cerca de 150 pessoas tenham morrido nos dois ataques, mas apenas 30 foram identificadas, beatificadas e canonizadas. Desse total, 28 eram brasileiras, uma era portuguesa, e outra, possivelmente francesa ou espanhola.
O processo de beatificação dos mártires foi aberto em 16 de junho de 1989 e concluído em 5 de março de 2000, em uma cerimônia celebrada pelo papa João Paulo II. Em geral, o rito de beatificação e canonização pede a comprovação de milagres, mas essa condição é dispensada em caso de martírio por motivos de ódio à fé católica.
Os 30 brasileiros canonizados pelo Papa neste domingo são: André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela Cid, Antonio Vilela e sua filha (identificada apenas como uma criança do sexo feminino), Estêvão Machado de Miranda e duas filhas (também não identificadas), Manoel Rodrigues de Moura e sua esposa (não identificada), João Lostau Navarro, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, João Martins e seus sete companheiros (identificados apenas como um grupo de jovens que se recusaram a lutar pela Holanda contra Portugal), a filha de Francisco Dias - que não está entre as vítimas, mas é provável que ele tenha morrido junto à pequena -, Antônio Baracho e Domingos de Carvalho. Com informações da Ansa.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bolsonaro é condenado por danos morais a negros e quilombolas

Deputado terá de pagar R$ 50 mil, que será revertido em favor do Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, conforme sentença da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

HÁ 2 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA SENTENÇA

Odeputado federal Jair Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 50 mil, por danos morais a comunidades quilombolas e à população negra, conforme sentença da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, publicada nesta segunda-feira (2).
Em abril, os procuradores da República no Rio de Janeiro Ana Padilha e Renato Machado ajuizaram ação civil pública contra o deputado, após ele ministrar uma palestra no Clube Hebraica, na capital fluminense, e afirmar que visitou uma comunidade quilombola e que “o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas”. “Não fazem nada, eu acho que nem para procriador servem mais”, completou, na ocasião.
Para os procuradores, tais afirmações desumanizam as pessoas negras, retirando-lhes a honra e a dignidade ao associá-las à condição de animais. Na ação, eles sustentaram que o réu usou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra.
“Com base nas humilhantes ofensas, é evidente que não podemos entender que o réu está acobertado pela liberdade de expressão, quando claramente ultrapassa qualquer limite constitucional, ofendendo a honra, a imagem e a dignidade das pessoas citadas, com base em atitudes inquestionavelmente preconceituosas e discriminatórias, consubstanciadas nas afirmações proferidas pelo réu na ocasião em comento”, afirmaram os procuradores na ação.
Na decisão, a juíza considerou que a declaração de Bolsonaro "evidenciada a total inadequação da postura e conduta praticada pelo réu, infelizmente, usual, a qual ataca toda a coletividade e não só o grupo dos quilombolas e população negra em geral".
O dinheiro será revertido em favor do Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, de acordo com informações do portal G1.
COMENTÁRIO DO BLOG
Este é um retrato de um deputado cujo perfil é por demais conhecido, odiado por muitos e amado por outros, porém, os afro-descendentes que são a maioria neste país, não podem se calar diante da postura adotada pelo deputado ante o afirmado por ele, pura discriminação racial, que lhe valeu uma condenação. Sabemos que para as novas eleições o Brasil não tem quadros dignos de credibilidade para ocupar o cargo máximo da república, porém, isto não significa que vamos nos precipitar e eleger alguém que não tenha o devido respeito para com aqueles que construíram este país, e para com os quais o Brasil tem uma dívida impagável. Mas pelo menos o respeito se exige para com esse povo sofrido, degradado, espoliado, humilhado, execrado, e a quem são reservados os piores empregos, as piores oportunidades dentro da sociedade brasileira.
João Batista  de Ayrá/advogado/Jornalista/Babalorixá
21- 99136-4780 Whatsap.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

3 Desculpa Para Matar - Completo e Dublado - HD

Milícia religiosa é suspeita de ataques a terreiros do Rio



Ação de traficantes ligados a pastores
O Governo do Rio suspeita que uma milícia religiosa, formada por traficantes ligados a pastores, seja a responsável pelos ataques a terreiros de candomblé e umbanda na cidade carioca e Baixa Fluminense.

“Estamos recebendo denúncias de que falsos pastores têm criado uma relação com o tráfico de drogas de regiões como as de Nova Iguaçu, para lavar o dinheiro do tráfico dentro das igrejas”, disse o secretário Átila Nunes, de Direitos Humanos e Polícias para Mulheres e Idosos.

Nunes não explicou qual seria, para ele, a diferença entre um “falso” pastor e um “verdadeiro”.

Ele usou o termo “milícia religiosa” pela primeira vez em agosto de 2017, ao informar que os ataques têm sido feitos por pessoas mascaradas.

“A perseguição é religiosa”, disse o secretário.

“Eles [os bandidos] atacam os umbandistas e condomblecistas.”

A Polícia Civil disse não haver provas de que um grupo criminoso esteja agindo por motivo religioso, mas até agora ela não prendeu sequer um suspeito, embora, nas últimas semanas, tenha havido pelo menos oito invasões e depredação de terreiros.

A Mãe Elaine de Oxalá afirmou ter informação de que um traficante mandou fechar um terreiro em Nova Iguaçu.

A associação de traficantes com religiosos não é nova nos morros cariocas.

Em 2013, este site informou que traficantes evangélicos proíbem no Rio cultos de matriz africana.

A consolidação desse tipo de crime levou a Polícia Civil a decidir a criar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

Com informação do Extra, Uol e de outras fontes. A foto se refere a um ataque a um terreiro em 2014.
fonte do Blog Paulo Lopes