sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Racismo – Intolerância Religiosa - Violência Contra Mulher - Abuso de Autoridade - Tortura



Ação Racista, Sexista na Bahia através da Policia MilitarTexto publicado na íntegra, sem alterações – Enviado por e-mail “Trata-se de mais uma ação racista, sexista do Estado da Bahia na figura de sua Policia Militar com o requinte de Pedrito Gordo contra os candomblés estaremos em Ilheus nesta terça-feira[...] “.

Hamilton Borges Walê

Ilhéus (BA) – Urgente - Racismo – Intolerância Religiosa - Violência Contra Mulher - Abuso de Autoridade - Tortura
”Sábado dia vinte e três de outubro de 2010, por volta das 14: 00 hora, um pelotão da Polícia Militar da Bahia, invadiu o assentamento D. Helder Câmara, em Ilhéus, levando a comunidade de trabalhadores e trabalhadoras rurais a viverem um momento de terror, tortura e violência racial. Os fatos: Ao ser questionado pela coordenadora do assentamento e sacerdotisa (filha de Oxossi) Bernadete Souza, sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, por ser este uma jurisdição do INCRA – Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária e, portanto a polícia sem justificativa e sem mandato judicial não poderia estar ali.

Menos ainda, enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, o que se constitui numa grave violação de direitos humanos. Diante deste questionamento, o comandante alegando “desacato a autoridade” autorizou que Bernadete fosse algemada para ser conduzida à delegacia. Neste momento o orixá Oxossi incorporou a sacerdotisa que algemada foi colocada e mantida pelos PMs Júlio Guedes e seu colega identificado como “Jesus”, num formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões, enquanto os PMs gritavam que as formigas eram para “afastar satanás”.

Quando os membros da comunidade tentaram se aproximar para socorrê-la um dos policiais apontou a pistola para cabeça da sacerdotisa, ameaçado que se alguém da comunidade se aproximasse ele atirava. Spray de pimenta foi atirado contra os trabalhadores. O desespero tomou conta da comunidade, crianças choravam, idosos passavam mal. Enquanto Bernadete (Oxossi) algemada, era arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida jogada na viatura, os policiais numa clara demonstração de racismo e intolerância religiosa, gritavam “fora satanás”! Na delegacia da Polícia Civil para onde foi conduzida, Bernadete ainda incorporada bastante machucada foi colocada algemada em uma cela onde havia homens, enquanto policias riam e ironizavam que tinham chicote para afastar “satanás”, e que os Sem Terras fossem se queixar ao Governador e ao Presidente.

A delegacia foi trancada para impedir o acesso de pessoas solidarias a Bernadete, enquanto os policias regozijavam – se relatando aos presentes que lá no assentamento além dos ataques a Oxossi (incorporado em Bernadete) também empurraram Obaluaê manifestado em outro sacerdote atirando o mesmo nas maquinas de bombear água. Os policias militares registraram na delegacia que a manifestação dos orixás na sacerdotisa Bernadete se tratava de insanidade mental.

A comunidade D. Hélder Câmara exige Justiça e punição rigorosa aos culpados e conclama a todas as Organizações e pessoas comprometidas com a nossa causa. Contra o racismo, contra a intolerância religiosa, contra a violência policial, contra a violência à mulher, pela reforma agrária e pela paz.
Projeto de Reforma Agrária D. Hélder Câmara
Ylê Axé Odé Omí Uá
Reaja

Samuel Azevedo
África 900
Diretor Presidente
Filiado Á Conen - Bahia
Relações Internacionais”

comentário

É simplesmente estarrecedor, tal fato, principalmente por ter acontecido na Bahia (Ilhéus) onde tudo começou, ou seja, de lá assim como da Maranhão partiram para o resto do Brasil a cultura dos negros djeges, fanti ashantis, mandingas, fulas, angolas, bantos, yorubás entre outros. Nós afro descendentes sempre tivemos a Bahia como um referencial religioso da mais alta seriedade, pois de lá surgiram grande lideranças tais como, Mãe Menininha do Gantois, Olga de Alaketo, Iyá Detá, Iyá Nassô, Mãe senhora, entre muitos outros pelo tronco religioso, e pelo tronco cultural podemos destacar Jorge Amado, Dorival Caíme, Caribé, Pierre Verger e outros. E de repente em uma explosão de preconceito, racismo e violência contra a mulher, partindo justo de quem tem o dever legal de primar e zelar pela integridade física e moral dos cidadãos, no caso, a polícia de Ilhéus. Nada, mas nada mesmo pode justificar tanta violência e selvageria, que nem na época do Brasil Colônia ter-se-ia encontrado. Principalmente pelo fato de ter ocorrido em momento de transição política, no calor do embate público dos candidatos a presidência da república, tendo sido noticiado, outrossim, que o Governador reeleito do PT, Jaques Wagner esteve em Ilhéus um dia antes agradecendo a expressiva votação obtida naquele Município, bem como a candidato Dilma Rousseff. Inobstante isto, os facínoras que travestidos de policiais, de homens da lei, não respeitarem os direitos básicos de qualquer cidadão em uma democracia, ou seja, de que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme insculpido no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Os criminosos sequer portavam um mandado judicial, e já chegaram agredindo física e moralmente as vítimas. Desrespeitando os postulados religiosos da religião afro brasileira, os orixás, que em transe nos seus Omós (filhos) se fizeram presente no intuito talvez e minorar tão nefasta agressão, mesmo assim, uma das suas filhas, a sacerdotisa Bernadete foi arrastada, posta em cima de um formigueiro, e jogado em um calabouço junto com homens, que é defeso (proibido) por lei. Os nossos postulados (orixás) foram taxados de demônios, e seus Omós (filhos) de insanos mentais (loucos). Deus do céu! É muita ignorância, praticada com certeza em nome do preconceito religioso, o que querem nossos inimigos, varrer da face da terra o nosso culto, as nossas práticas religiosas? Tudo por que, eles acham e acreditam que o Deus deles, é somente deles, e que o nosso seria um demônio de rabo e de chifres, que para nós é uma falácia (um mito), criado por eles mesmos, para sufocar povos e Nações. Pois nós cultuamos as forças vivas e divinizadas da natureza, os orixás, nkisses, voduns, encantados e espíritos de luz. Mas temos certeza tais agressões hediondas não ficarão impunes.
João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/advogado

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Morre Mãe Celeste, chefe da legendária Casa das Minas


Morre Mãe Celeste, chefe da legendária Casa das Minas
Publicado em 26 de outubro de 2010 por santos

Mãe Celeste, chefe da legendária Casa das Minas
Vítima de ataque cardíaco, morreu em São Luís, na manhã desta segunda-feira (25), a mãe-de-santo Maria Celeste Santos, chefe da Casa das Minas, o mais antigo e mais tradicional terreiro de tambor de mina do Maranhão, localizado na Rua de São Pantaleão.
Mãe Celeste, cujo senhor era o vodum Averequete, tinha 86 anos de idade. Ela nasceu em São Luís no dia 13 de abril de 1924 e, ao longo dos últimos anos, era a responsável pela Festa do Divino, uma das manifestações mais apreciadas na Casa das Minas.
De acordo com informações de integrantes da Casa de Jeje, por volta das 10h30 da manhã, Mãe Celeste sentiu-se mal no quarto onde morava, na Casa das Minas. Ela gritou pedindo socorro e foi levada às pressas para o Hospital Municipal Djalma Marques onde, segundo familiares, já chegou morta.
Mãe Celeste tinha duas filhas de criação, Antônia Maria dos Santos e Luciana Travincas Santos. Quando se sentiu mal, Mãe Celeste foi socorrida por Antônia Maria, que juntamente com dançantes da Casa pediu ajuda a vizinhos na Rua São Pantaleão.
“Há duas semanas, minha mãe se sentiu mal; ela teve uma brusca queda de pressão. O professor Sérgio Ferreti, muito amigo dela, esteve aqui e a levou na sexta-feira para uma consulta com um cardiologista, amigo dele. No sábado, ela fez vários exames. E hoje (segunda-feira), ela iria se internar no Hospital Presidente Dutra, para fazer uma revisão no marcapasso, que ela usava há dois anos. Mas veio de repente o pior”, afirmou Antônia Maria.
Ao lado de Deni Prata Jardim, a dançante mais antiga e matriarca da Casa, Mãe Celeste era a mais conhecida mãe-de-santo do Tambor de Mina do Maranhão. O velório está sendo realizado na Casa das Minas e o sepultamento deverá ocorrer na tarde desta terça-feira (26), no Cemitério do Gavião.

COMENTÁRIO

O povo do Tambor de Mina Geje Nagô está de luto por conta da passagem (morte), de uma das matriarcas das Casas das Minas, a mais tradicional das casas de candomblé no Brasil,Mãe Celeste de Verequete, cumpriu a sua missão a frente daquela casa, daquela comunidade de terreiro, pelo menos, assim pensamos. Todas as casas de Tambor de Mina Geje Nagô apresentam suas condolências a esta grande líder desta casa centenária, de onde se originam todas as demais casas de santo do Tambor de Mina, que embora na sua maioria sejam um misto de Mina de Encantariae e Nagô Vodum, mas não podem negar esta origem. Verequete o Vodum da Mãe Celeste, amoldou-se também aos ritos do Geje da Casa Real do Daomé e ao misticismo da encantaria, e até o sincretismo, visto que, Verequete adora (sincretisa) com São Bendito, o santo da Igreja católica padroeiro ou patrono do Tambor de Crioula, padroeiro dos cozinheiros, e santo para quem se "arriam! inúmeros ebós e fazem simpatias para nunca faltar comida nas casas.
Mãe Celeste, que Eviovodum (Deus) te receba em seus braços, e te envolva no manto reservado as grandes dignidades da religião afro, que dedicaram sua vida ao bem comum
.
Homenagens do Voduno/Babalorixá do Tambor de Mina-Geje-Nagô/João Batista de Ayrá/advogado/jornalista.

Morre Dona Celeste, Vodúnsi da Casa das Minas



Morre Dona Celeste, Vodúnsi da Casa das Minas Ela tinha 86 anos e era a responsável pela Festa do Divino na Casa das Minas São Luís (MA) - Morreu nesta segunda-feira (25 de outubro de 2010), vítima de uma parada cardíaca, Dona Maria Celeste Santos, Vodúnsi da Casa das Minas Jeje. Seucorpo foi velado no próprio Terreiro. O enterro, ocorreu em 26 de outubro, no Cemitério do Gavião.

Dona Maria Celeste Santos nasceu em 13 de abril de 1924, no bairro Monte Castelo e começou a freqüentar a Casa das Minas ainda jovem, em 1950, ao tempo da famosa mãe Andresa. Foi iniciada Vodúnsi-He. Dando continuidade a uma tradição que vem do século XIX, em 1968, Dona Celeste assumiu a responsabilidade pela organização da festa do Divino na Casa das Minas. Como especialista no assunto, ajudou a organizar essa e muitas outras festas, em várias Casas e Terreiros de São Luís e Alcântara. Era considerada uma das grandes conhecedoras da Festa do Divino no Maranhão. Foi operária tecelã da Fábrica de Cânhamo. Morou de 1954 a 1967 no Rio de Janeiro, onde organizou a Festa do Divino, no Parque da União.

Na missa campal que celebrou no Aterro do Bacanga, quando visitou o Maranhão em 1991, o Papa João Paulo II recebeu presentes típicos das mãos de diversos representantes do povo maranhense. Dona Celeste ofereceu ao Papa uma pomba branca, símbolo dessa devoção, que em São Luís é assumida principalmente pela Religião Afro-Brasileira.

Em 1993, quando visitou o Benim, a convite de Pierre Verger, participando da cerimônia de inauguração de um monumento que assinalava o local do embarque dos escravos em Ouidah, Dona Celeste entoou cântico da Casa das Minas, que foi reconhecido e acompanhado pelos mais velhos, conhecedores do culto, que estavam presentes.

A Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (SECMA) sente-se consternada com o falecimento. O secretário da Cultura, Luis Henrique de Nazaré Bulcão e todos os funcionários da SECMA juntam-se à família da Casa das Minas nesse momento de dor e pesar.

Fonte: Imirante
De Jesus/O Estado

Eleição mobiliza pastores e divide fiéis após cultos no Rio



Eleição mobiliza pastores e divide fiéis após cultos no Rio

A corrida pelo voto evangélico nas eleições deste ano mobilizou pastores de igrejas por todo o Brasil, mas fiéis que frequentam cultos no Rio de Janeiro dizem nem sempre seguir a orientação de seus líderes religiosos na hora de votar, embora admitam que temas sensíveis à religião influenciem a decisão.

Em dois cultos visitados no Rio, o apoio dos líderes é declarado.

Na ADud (Assembleia de Deus dos Últimos Dias), no município de São João de Meriti, o pastor Marcos Pereira entrou na campanha de Dilma Rousseff (PT) após apoiar Marina Silva (PV) no primeiro turno.

Já na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no bairro da Penha, o pastor Silas Malafaia se declara pró-José Serra (PSDB) desde o início da disputa.

"É lógico que, antes, eu preferi apoiar a Marina, porque ela é evangélica", afirma Pereira. "Com isso, acho que agregamos pelo menos uns 80% dos votos da comunidade para ela."

"Agora, com a Dilma, creio que através da nossa pessoa ela consiga uns 3 milhões de votos. Vai balançar", aposta o pastor, que é conhecido por seu trabalho com presidiários e se autointitula "o pastor que cuida de mendigo, encarcerado, drogado, crackudo".

A popularidade rendeu ao cantor Waguinho, ex-pagodeiro e parceiro de Pereira no trabalho social, mais de 1,3 milhão de votos na corrida para o Senado.


Já o pastor Silas Malafaia declara seu apoio a Serra não apenas aos fiéis que frequentam a sua igreja --no último domingo, eram mais de 2.500 pessoas reunidas em canto vigoroso-- como também a seus seguidores no Twitter, aos telespectadores do programa Vitória em Cristo (transmitido por três emissoras de televisão) e a quem assiste a seus vídeos no YouTube.

Em um deles, Malafaia comenta a postura de cada candidato em relação ao aborto e ao projeto de lei criticado pelos evangélicos por buscar criminalizar o preconceito contra homossexuais, entre outras minorias.

"Oriento os fiéis a avaliarem a proposta de cada candidato, no que ele acredita, com que está comprometido, o que quer para o Brasil. E repito sempre: 'você é livre para votar em quem quiser, o pastor não é dono do seu voto. Não vai ter anjo na urna fiscalizando'", diz Malafaia, que conta ter dedicado 30 de seus programas à conscientização sobre a importância de exercer a cidadania nas eleições.

Os temas do aborto e do casamento gay são citados por muitos fiéis como decisivos para suas escolhas.

Na igreja de Marcos Pereira, o motorista André Vidal, de 35 anos, conta que acabou de cumprir oito anos de prisão, se converteu evangélico há um mês e também mudou seu voto para Serra.

Vidal diz que desistiu de votar na candidata do PT porque, em suas palavras, "no começo das eleições, ela estava querendo apoiar o aborto e o casamento de mesmo sexo".

OPORTUNIDADE

O bispo Manoel Ferreira, presidente da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, é coordenador da campanha evangélica de Dilma Rousseff e diz que o voto pode variar muito de uma denominação para a outra.

De acordo com Ferreira, a orientação política não é transmitida na hora da liturgia. "Mas, nos momentos logo após o culto, a gente tem a oportunidade de falar às lideranças, e assim isso chega lá na base do povo", diz.

No culto da noite da última segunda-feira, o pastor Marcos Pereira não falou em política. Durante as orações, ele "libertou" fiéis que foram para o altar no fim da cerimônia, fazendo-os cair após prensar sua mão contra suas testas.

Pereira também conclamou uma prece fervorosa entoada por toda a comunidade em prol da conversão do traficante Marcinho VP, que está preso no Paraná e cujos filhos e esposa estavam no culto. O casal de adolescentes, que no ano passado lançou um CD, cantou para os fiéis.

CONSCIÊNCIA

Apesar de o posicionamento político dos pastores ser conhecido, nem todos os fiéis seguem o mesmo caminho na hora de votar.

A manicure Mônica Lima dos Santos, de 43 anos, ainda não definiu seu voto, mas diz que "na hora, com certeza, a consciência vai pelos projetos, não tem nada a ver com religião". "Religião é uma coisa, política é outra", completa.

Na igreja de Malafaia, também há indecisos entre os fiéis. O mecânico Josuel José, de 43 anos, diz que só vai decidir na hora do voto.

"Aqui as pessoas são livres para votar. Claro que procuram ter informações no meio para decidir, porque há confiança entre os fiéis. O pastor Silas conhece muita gente importante e dá um norte para a gente se orientar", afirma

Mesmo sem saber em quem vai votar, a desempregada Jacqueline Hollanda, 42 anos, afirma que a consciência política entre os evangélicos aumentou durante a campanha.

"Antes, diziam que era pecado se envolver com política. Hoje, sabemos que é importante formar opinião como cidadãos e temos consciência de que podemos mudar a história da política", afirma a fiel da igreja de Malafaia.

da BBC Brasil

aborto, assassinato, Band, CQC, Silas Malafaia


Pr. Silas Malafaia no CQC: A experiência de uma mulher contra os argumentos do pastor.
aborto, assassinato, Band, CQC, Silas Malafaia
O programa CQC no quadro “Documento da Semana” aborda um tema que tem sido o de maior polêmica nestes últimos dias, a apresentadora do CQC já começa afirmando ser o aborto uma questão de saúde pública.

No quadro foi exibida a opinião de diferentes personalidades, alguns representantes de Igrejas, como o pastor Silas Malafaia, e também houve a participação de uma jovem que já vivenciou a experiência do aborto.

Entre todos os entrevistados, o quadro focou a opinião de Silas Malafaia contra a experiência de Penélope Nova;

“Eu sou contra e digo por que, é muito simples, o feto não é prolongamento do corpo da mãe” Silas Malafaia

“Eu acho que o grande problema de aborto e da prática, é que as pessoas confundem aborto com assassinato, é tão mais complexa que essa afirmação rasa” Penélope Nova

“Eu não tinha a menor condição, nem financeira, nem psicológica, para fazer o aborto, não era hora, eu tinha 15 anos de idade” Penélope Nova

“A maioria das mulheres que fazem o aborto, é uma imposição do macho; amante, namorado ou pai, não é uma decisão dela” Silas Malafaia

“Eu falei sim com a minha vó e com a minha mãe, alias foi minha mãe que me orientou” Penélope Nova

“A verdade é essa amigo, aborto em 99% dos casos é fruto de promiscuidade e irresponsabilidade” Silas Malafaia

“Eu nunca fui uma pessoa promiscua, acho que já tive grandes momentos de irresponsabilidades, mais conheço vários representantes de Igrejas que foram bem irresponsáveis” Penélope Nova

Comentário
O tema aborto, ao longo da campanha presidencial, tanto no primeiro quanto no segundo turno, se tornou a tônica da discussão, quem era contra ficou a favor, e quem já era a favor, ficou mais ainda, desde que a igreja católica e igreja evangélica se manifestaram sobre em não dar apoio ao candidato que fosse a favor do aborto. Essa questão tem demonstrado o quanto o fator religioso infelizmente, ainda possui o ranço da época do Brasil colônia, quando a igreja ainda era estado, e hoje, apesar da independência dos poderes, ainda vivemos sob a égide da interferência da religião nos destinos do país. Esquecem-se essas pessoas que o aborto um problema de saúde pública, que atinge um grande número de mulheres em todo o país, segundo as mais robustas estatísticas sobre o tema, morrem mais mulheres vítimas de complicações decorrentes do aborto, do que no trânsito. Em assim sendo, querer criar obstáculos políticos religiosos por conta do aborto, é demonstrar total ignorância aos mais basilares princípios éticos, morais e democráticos. Pois embora seja a prática do aborto um crime previsto na nossa legislação penal, a grande questão está em que a mulher ao praticar o aborto, normalmente está possuída de razões que a própria razão desconhece. Cabendo ao homem, não querer entender essas razões, mas tão somente interpretá-las, evitando assim, fazer julgamentos precipitados sobre um fenômeno sobre o qual ele (o homem) não tem compreensão. Mas vamos continuar rumo ao futuro para encontrarmos um divisor de águas entre a permissividade do aborto além do que hoje se permite, e a criminalização, para que assim, não se puna tanto e nem tanto se permita.
João Batista (de Ayrá) Martins de Souza/advogado/jornalista/babalorixá

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vaticano reconhece milagre de Irmã Dulce e inicia canonização



Vaticano reconhece milagre de Irmã Dulce e inicia canonização
Graça foi alcançada por uma mulher em 2001, no interior da Bahia.
Para se tornar santa, Igreja precisa comprovar um segundo milagre.

Processo de canonização de Irmã Dulce deve ser
anunciado pelo Papa Bento XVI antes do Natal
(Foto: Reprodução/TV Globo)A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano reconheceu, nesta terça-feira (26), um milagre atribuído a Irmã Dulce em 2001. Essa era a etapa que restava para a religiosa ser considerada beata. Agora, para ser canonizada, será necessário comprovar um segundo milagre. O processo de canonização deve ser anunciado pelo Papa Bento XVI até o Natal, segundo informações de dom Geraldo Majella, arcebispo primaz do Brasil.

Em junho deste ano, fiéis fizeram vigília na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Salvador, em homenagem a irmã Dulce, que morreu em 1992 e é conhecida como Anjo Bom da Bahia.

Análise científica
O médico Sandro Barral, um dos investigadores e peritos que confirmaram o milagre, considerou o feito preternatural (quando a ciência não explica). A agraciada e a criança permanecem com a identidade sob sigilo, por recomendação do Vaticano.


Dom Geraldo Majella fala sobre beatificação de Irmã
Dulce (Foto: Divulgação/Ciro Brigham/Ascom OSID)“Foi um caso de pós-parto, onde a paciente apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável. Em um período de 18 horas, por exemplo, ela chegou a passar por três cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, a hemorragia subitamente parou e a paciente passou a ter uma impressionante recuperação”, disse Barral.

Segundo a Osid, para ser beatificada, o processo da freira baiana foi analisado por um grupo de teólogos, em seguida por peritos médicos e cientistas e, por fim, pelo colegiado de cardeais e bispos do Vaticano. Em todas as três etapas, o milagre atribuído a Irmã Dulce foi confirmado, por decisão unânime.

Burocracia religiosa
Para ser considerada beata, uma vasta documentação foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce em junho de 2003. Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.

Ainda de acordo com a Osid, a abertura do processo de beatificação começou em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.

Homenagens
O período da vigília foi o último em que as relíquias da religiosa puderam ser vistas antes da beatificação. Relíquia é a designação católica para os restos mortais de uma pessoa antes de ser canonizada. No Brasil, três beatos estão na fila para serem canonizados. A beata catarinense Albertina Berkenbrock recebeu homenagem, na quarta-feira (20), pelo terceiro aniversário de sua beatificação, ocorrida em outubro de 2007.
Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo

Professora é presa sob acusação de manter relações sexuais com alunas no Rio

27/10/2010
Professora é presa sob acusação de manter relações sexuais com alunas no Rio

Uma professora de matemática de 33 anos foi presa na madrugada desta quarta-feira sob a acusação de ter mantido relações sexuais com duas alunas de 13 anos em uma escola municipal em Realengo, zona oeste do Rio. A polícia informou que localizou a acusada após receber uma denúncia da mãe de uma das garotas.

Promotoria denuncia homem por manter site de pornografia infantil em SP
Homem é acusado de abusar de sobrinha de seis anos em Guarulhos (SP)
Câmeras de empresa flagram funcionário durante abuso de criança em SP
Mãe que matou agressor do filho é inocentada em São Carlos (SP)
Universitária paulista de 21 anos é encontrada morta em Três Rios (RJ)

"A mãe de uma das adolescentes disse que a filha estava desaparecida desde segunda-feira (25) e comentou que a menina falava muito com essa professora por telefone e pelo MSN", disse à Folha o delegado titular da 33ª DP (Realengo), Angelo Jose Lages Machado. "Conseguimos localizá-la [a professora] por volta das 4h de hoje na casa da mãe dela. Ela confessou que estava no motel com uma das meninas e inclusive contou detalhes de como se relacionava com elas", afirma.

O delegado afirmou que a professora foi presa em flagrante sob a acusação de estupro de vulnerável e corrupção de menores.

Segundo Machado, a acusada confessou que mantinha relacionamento com uma aluna desde maio deste ano. "Em agosto, ela disse que pediu para a menina chamar uma amiga para ir ao motel. Elas frequentavam o lugar sempre no horário escolar para as mães não desconfiarem", disse Machado.

A mãe da adolescente disse que chegou a fazer uma reclamação contra a professora na direção da escola, mas a unidade apenas transferiu a funcionária.

O delegado ainda afirmou que a professora era casada e o marido dela ficou emocionalmente abalado com a notícia. O motel que permitia a entrada das meninas também está sendo investigado.

A Folha tentou contato com a Secretaria Municipal de Educação, mas não tinha obtido retorno até as 12h30 de hoje.
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DIANA BRITO
DO RIO

Negado habeas corpus a homem condenado por

Negado habeas corpus a homem condenado por
racismo contra a filha de uma empregada
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso em habeas corpus em que um homem condenado por racismo no Ceará pedia o trancamento da ação penal por ausência de justa causa.

O homem foi condenado por incitar discriminação racial contra uma adolescente que residia no mesmo condomínio que ele. A menina era filha de empregada doméstica e morava no apartamento onde a mãe trabalhava. A jovem fez amizade com outras adolescentes que moravam no mesmo condomínio e passou a frequentar a piscina do prédio.

O denunciado, que exercia a função de síndico, informou ao morador do apartamento em que a menina vivia que não era permitido aos empregados usar a piscina. Ele afirmou que isso era proibido pelo fato de a garota ser filha de uma empregada doméstica. Na ocasião, um funcionário encerrou o acesso à piscina antes do horário habitual.

A mãe da menina resolveu registrar um boletim de ocorrência quando soube das restrições impostas pelo então síndico. No depoimento da jovem e de testemunhas, consta que o homem se referia à vítima como aquela negrinha e que ele teria alertado algumas mães sobre a inconveniência de permitirem que as filhas tivessem amizade com a filha da empregada doméstica.

O homem foi condenado a um ano de reclusão em regime aberto. A pena foi substituída por uma restritiva de direitos prestação de serviço à comunidade.

Para o relator, ministro Jorge Mussi, o trancamento da ação pela via de habeas corpus só é admissível quando a ausência de indícios que fundamentam a acusação é demonstrada sem a necessidade de exame do conjunto fático ou probatório.

O ministro afastou a alegação de carência de justa causa por entender que os elementos de informação produzidos no inquérito policial davam base adequada à denúncia. Jorge Mussi ressaltou ainda que o argumento foi enfraquecido, também, pela existência de posterior sentença condenatória.

Autor: Coordenadoria de Editoria e Imprensa
Extraído de: Superior Tribunal de Justiça

STF deve retomar julgamento sobre Lei da Ficha

STF deve retomar julgamento sobre Lei da Ficha
Limpa quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje (27) à tarde a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano. O assunto é o primeiro item da pauta de julgamento do plenário, com o recurso de Jader Barbalho, cujo registro foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O julgamento sobre a lei será retomado do zero, como se nenhum ministro tivesse se posicionado sobre o assunto. A Lei da Ficha Limpa começou a ser julgada no final de setembro, em cima do recurso de Joaquim Roriz (PSC), então candidato ao governo do Distrito Federal.

Na ocasião, o placar ficou em 5 a 5 pela validade da norma nestas eleições. Não houve o voto do 11º ministro da Corte, já que a cadeira está vaga após a aposentadoria do ministro Eros Grau. Os ministros acabaram discutindo os possíveis desfechos para o impasse e chegaram a cogitar a espera da nomeação do novo ministro. Depois de adiar a proclamação do resultado, os ministros foram surpreendidos pela desistência de Roriz, que indicou a mulher, Weslian Roriz, para concorrer em seu lugar.

O motivo da impugnação de Barbalho é o mesmo de Roriz: renúncia de mandato para escapar de possível processo de cassação por quebra de decoro. Por esse motivo, o julgamento de hoje deve ser mais ágil. O julgamento de Roriz foi dividido em dois dias, totalizando cerca de 16 horas.

Fonte: Nominuto.com

Extraído de: Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte - 1 hora atrás

comentário:

A nação brasileira espera que desta vez o Supremo Tribunal Federal, resolva esta questão de uma vez por todas. Sendo certo que o grande pomo da discórdia deste tema, não é a revogação da Lei da Ficha Limpa, pois esta, veio pôr uma grande dose de moralidade no processo de seleção na escolha de candidatos a cargos políticos, por conta dos inúmeros casos de corrupção, nos quais estão e estiveram envolvidos com corrupção nos mais variados níveis.
A grande questão é a retroatitividade desta lei, que pela mais singela apreciação do princípio constitucional de que a lei jamais poderá retroagir para prejudicar, e sim para beneficiar. Veremos que este princípio, se não obedecido estar-se-ia indo na contra mão da democracia. Assim, esta é a questão que o Plenário do STF precisará estar resolvendo nesta quarta feira.
Existem algumas vertentes que entendem que no caso em análise, admitir-se-á a retroatividade, porém, pelo espírito da análise sem emoção do texto legal, (a lei), esta retrotividade surge como no mínimo, um casuísmo que poderá abrir precedentes perigosos para a sociedade brasileira como num todo.Desta forma, entendo que, estará na vanguarda da democracia o STF, se votar pela irretroatividade desta lei, fazendo valer os demais artigos da citada lei. Assim esperamos!

João Batista (de Ayrá) Martins de Souza/advogado/jornalista/babalorixá

De hoje até terça-feira, o eleitor só pode ser preso

De hoje até terça-feira, o eleitor só pode ser preso
em flagrante

Assim como aconteceu no primeiro turno, a partir desta terça-feira (26) até 48 horas depois do encerramento da votação (ou seja, até o dia 2 de novembro), nenhum eleitor pode ser preso ou detido, a não ser em flagrante delito ou em decorrência de condenação judicial por crime inafiançável. No próximo domingo (31), eleitores de todo o país voltam às urnas para eleger o presidente da República. Em oito estados e no Distrito Federal, também haverá segundo turno para a eleição de governadores. As sessões de votação serão abertas às 8h e fecharão às 17h.

De hoje até terça-feira, o eleitor só pode ser preso em flagrante

Até as eleições, prisão só em flagrante
Extraído de: Associação do Ministério Público do Paraná

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casal é linchado até a morte no sudeste da Bolívia por praticar bruxaria

Casal é linchado até a morte no sudeste da Bolívia por praticar bruxaria
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DA FRANCE PRESSE, EM LA PAZ

Um casal foi linchado em uma comunidade quíchua no sudeste da Bolívia, acusados de praticar bruxaria, disse a polícia, segundo o jornal "Correo del Sur" na cidade de Sucre.

A polícia foi à região "para realizar um levantamento legal dos cadáveres e determinar quem matou as duas pessoas", disse o chefe da unidade policial, o coronel Raúl Matos.

Os primeiros relatos indicam que o incidente aconteceu na cidade de Tomina, na região subandina do Departamento (Estado) de Chuquisaca, a mais de 800 km ao sudeste de La Paz. O casal, de 48 e 46 anos, foi morto a golpes e estrangulado por um grupo de vizinhos.

Os moradores tinham denunciado --segundo o jornal-- o casal a um promotor local por exercer a bruxaria, mas o promotor desconsiderou o pedido, alegando que a prática não é considerada como delito pelas leis bolivianas.

Pastor assassino é preso durante culto em Sumaré

Pastor assassino é preso durante culto em Sumaré
Não se sabe exatamente que trecho da Bíblia o pastor Jaime Martiniano dos Santos, 33, lia durante o culto, se era, por exemplo, algum que ressaltava que roubar e matar são pecados, coisas do diabo.

O fato é que ele não terminou o culto de sábado (24) porque policiais militares lhe deram voz de prisão e o levou algemado para a delegacia.

Santos estava sendo procurado pela polícia por ter sido condenado a 23 anos e 4 meses de prisão. Em 2002, ele roubou e matou uma pessoa na vila Matilde, São Paulo.

Ele era pastor da Igreja Mundial da Palavra de Deus, do templo do Jardim das Palmeiras, em Sumaré, cidade paulista de 242 mil habitantes que fica a 115 km da capital.

Desde 2005 morava em uma cidade vizinha, Hortolândia.

Com informação do jornal Liberal
paulolopesweblog

Para um quarto dos americanos, religiões cristãs estimulam o ódio


segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Para um quarto dos americanos, religiões cristãs estimulam o ódio
Um quarto dos americanos apontou como efeito mais negativo das religiões cristãs a fomentação do ódio, fanatismo, intolerância e falta de compaixão. Foi o que apurou pesquisa feita por telefone com 1.000 adultos entre os dias 16 e 22 de agosto pelo The Barna Group, entidade que que se dedica ao acompanhamento da religiosidade nos Estados Unidos.

Os pesquisadores não induziram os entrevistados a se manifestar de maneira positiva ou negativa. As perguntas foram neutras.

Os evangélicos (48% do total deles) se mostraram os mais críticos quanto às distorções causadas pela igreja.

Do total dos entrevistados, 19% citaram como contribuição positiva o fato de os cristãos ajudarem os pobres. Nesse percentual, os evangélicos tiveram pouco peso: apenas 11% deles destacaram esse tipo de assistência social.

Entre todos entrevistados, ou seja, entre as pessoas das mais diversas religiões, incluindo as não cristãs, 25% disseram não se lembrar de qualquer contribuição positiva para a sociedade dos cristãos nos últimos anos e 11% afirmaram que não houve nada de bom.

Com informação do Christian Post
paulolopesweblog

Pastor diz que sua igreja é para hipócritas, mentirosos e fracassados


segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Pastor diz que sua igreja é para hipócritas, mentirosos e fracassados



O pastor Brad Powell, da Igreja de Northridge, sudeste de Michigan (EUA), espalhou em outdoors, ônibus e shoppings a mensagem de que a sua denominação é para hipócritas, mentirosos e fracassados. Questionado em entrevista à imprensa sobre a reação negativa de fiéis, Powell disse: “Mas essa é a verdade”.

Ele explicou que resolveu promover essa campanha para conscientizar os fiéis de suas atitudes e despertá-los para o verdadeiro sentido de uma igreja.

Falou que as pessoas que frequentam a igreja acreditam ser melhores do que as outras. “Mas essa não é a verdade”, disse. “Somos todos iguais, os de dentro [da igreja] e os de fora. Também somos falhos, fracassados, hipócritas.”

Alguns fiéis de Northridge pediram que o pastor suspendesse a campanha e ameaçaram mudar de igreja.

Outros, depois do impacto inicial, passaram a dar apoio Powell por acreditar que agora mais pessoas vão procurar a Northridge, já que o pastor deixou claro que a igreja está aberta a todo tipo de pecador.


Powell quis provocar polêmica
Powell (foto) afirmou estar satisfeito com a repercussão da campanha porque conseguiu o que queira: colocar em discussão o papel hoje em dia da igreja e dos fiéis.

Com informação do The Christian Post.


blogpaulolopes

domingo, 24 de outubro de 2010

Eleições: O Povo de Santo se porta como verdadeiro suicida


Eleições: O Povo de Santo se porta como verdadeiro suicida Lideranças Religiosas - as primeiras a atuar mediante uma prática verdadeiramente desabonadora e acintosa à memória dos nossos ancestrais - Jayro Pereira (Ogiyán Kalafor) Como nunca antes visto no Brasil, uma quantidade relativamente grande de candidatos, sobretudo, no âmbito das eleições estaduais se apresentaram com propostas voltadas para as Comunidades de Terreiros da Religião de Matriz Africana e Afro-Indígena, bem como para os adeptos de tais crenças. Nas minhas andanças por esse país, sobretudo, nesse período das eleições gerais que vão de deputado estadual, federal, senador, governador e presidente da República, procurei ficar atento para essa questão, já que chama a atenção de todos/as a enorme quantidade de evangélicos declarados e que manifestam suas propostas voltadas para os interesses da população pentecostal e neo-pentecostal que unidas elegem seus candidatos, inclusive aqueles/as que de forma explicita demonstram a sua intolerância religiosa ou a sua afrotheofobia veementemente como forma de angariar votos tantos fiéis das várias denominações como da camada populacional que acredita na dicotomia judaico cristã do bem e mal e que por isso elege os Terreiros como locus de Satanás ou do Diabo.

Sem nenhuma reação política dos Adeptos Afros, as bancadas evangélicas das mais variadas denominações e do grupo de carismático da igreja católica vão crescendo de maneira vertiginosa e nos espaços legislativo agem no sentido de através de mecanismos legais atingir os Cultos Afros e seus vivenciadores/as consequentemente. A intolerância religiosa é uma realidade que prossegue na sociedade brasileira como num crescente, sem que possa ser detida ou contida pelos meios legais que advogam pela liberdade religiosa e proíbe a sua discriminação. A verdade é que os episódios de intolerância religiosa que acometem templos e religiosos afros, pululam por todo esse imenso Brasil onde se faz notória a presença de valores de origem africana, notadamente da teologia e da filosofia como tradução nos Terreiros, da cosmovisão africana em que se reverencia as Divindades seja dos Orixás, dos Inquices, dos Voduns, dos Encantados, das Entidades, dos Guias Espirituais da Umbanda e da Jurema Sagrada no seu aspecto tradicional.

Sob a lógica do “toma lá dá cá”, o Povo de Santo se porta como verdadeiro suicida. Cada um/a agindo por conta própria e de maneira a atentar contra a sua dignidade e contra a Tradição de Matriz Africana. Destituído do espírito de corpo, as Lideranças Religiosas Afro que pela posição que ocupam deveriam funcionar como protótipos, são os primeiros a atuar mediante uma prática verdadeiramente desabonadora e acintosa à memória dos nossos Ancestrais e Antepassados. Ou seja, se vendem por qualquer coisa. Temos sabido de “Sacerdotes e Sacerdotisas Afros” que mantém relações espúrias e desabonadoras com candidatos e como se não bastasse com candidatos evangélicos que sabidamente cerram fileiras contra a Religião Afro. A lógica da corrupção, da negociata e de ilicitudes, o que demonstram esses dirigentes de Terreiros, seja de Candomblé, de Umbanda ou da Jurema é de que os/as mesmos/as não merecem nenhum respeito enquanto “lideranças” que orientam e conduzem Comunidades Religiosas.

Eles são um mal exemplo e que sem sombras de dúvidas alimentam a Intolerância Religiosa que querem ver debelada. Sem uma ação política sob a égide da Ética Afro, nada vai mudar nesse contexto [...] Enquanto isso os/as candidatos evangélicos, pentecostais, neo-pentecostais e carismáticos foram eleitos e com margens expressivas de votos. Os Religiosos Afros precisam repensar as suas práticas sociais, política, ética e moral. Da forma como vêem procedendo, os Adeptos Afros não precisam de inimigos externos.

Jayro Pereira de Jesus (Ogiyàn Kalafor), é Teólogo da Religião Afro, Bacharel em Teologia, Licenciado em Ciências Religiosas e presidente da ATRAI (Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Afro-Indígena).

Fonte: Baba Dyba de Yemanjá

STJ nega redução de pena a golpista que

STJ nega redução de pena a golpista que
enganava evangélicos
Extraído de: Superior Tribunal de Justiça - 22 de Outubro de 2010
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de um estelionatário à pena de quatro anos e seis meses de reclusão em regime inicial semiaberto. Ele é acusado de lesar 35 vítimas que se inscreveram em um consórcio habitacional, pagaram prestações e não tiveram cumprida a promessa de entrega dos imóveis, nem receberam o dinheiro de volta.

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Em 1991, o golpista e outros dois acusados criaram um consórcio de imóveis destinado a evangélicos. Em 1992, um pastor segundo o processo, agindo de boa-fé divulgou o plano em uma comunidade de Juiz de Fora (MG). No ato da inscrição, na própria igreja, as vítimas receberam carnês bancários, sendo informadas de que, pagas as dez primeiras mensalidades, receberiam o imóvel e, após certo prazo, reiniciariam os pagamentos.

Entretanto, após o pagamento das dez mensalidades, os associados foram informados da impossibilidade do prosseguimento do plano. Eles deveriam se dirigir à igreja, levando os comprovantes das prestações pagas, para receber a devolução dos valores. Os associados receberam os cheques emitidos pela Cooperativa Habitacional Evangélica de Minas Gerais (Coohev), mas estes foram devolvidos por falta de fundos.

No recurso especial enviado ao STJ, a defesa pediu o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal, o que foi rechaçado pelo relator do caso, ministro Napoleão Maia Filho. Além disso, a defesa argumentou que, sendo o réu primário e de bons antecedentes, não deveria ter sua pena fixada acima do mínimo legal.

O ministro afirmou que, apesar de o recorrente ser primário, ele tirou vantagem de sua posição dentro da comunidade evangélica e causou grande prejuízo às vítimas, circunstâncias essas que justificam a condenação acima do mínimo legal. Desse modo, a Quinta Turma considerou a pena devidamente fundamentada e manteve a decisão de primeira instância.

Autor: Coordenadoria de Editoria e Imprensa

Eu sou o presidente do STJ, e você está demitido, fora daqui!’

sábado, 23 de outubro de 2010‘
Eu sou o presidente do STJ, e você está demitido, fora daqui!’



O estagiário e estudante de administração Marco Paulo dos Santos (foto), 24, registrou na polícia B.O. (Boletim de Ocorrência) acusando o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler (foto), 63, de ser demitido por ele injustamente em um acesso de fúria e de humilhação.

“Eu sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”, disse o magistrado, de acordo com a versão de Santos.

Ele contou que na terça-feira (19) estava tentando fazer uma transação em um caixa no posto do Banco do Brasil no prédio do STJ, em Brasília. Como a máquina deu defeito, foi orientado por uma funcionária a usar outra, a do lado, que estava sendo usada por Pargendler, a quem o rapaz não conhecia pessoalmente.

O presidente do STJ teria dito para Santos que se afastasse dele porque estava fazendo uma “transação pessoal”. O estagiário respondeu: “Mas estou atrás da linha de espera”. Foi quando, segundo Santos, Pargendler perdeu o equilíbrio emocional.

“Sai daqui. Vai fazer o que você tem que fazer em outro lugar”, disse aos berros o ministro, sempre na versão do estagiário.

Santos argumentou que aquela caixa era a única disponível no momento para depósito, mas o presidente do STJ não se acalmou.

Fabiane Cadete, estudante de direito, estava no posto bancário e viu quando Pargendler “avançou sobre o estagiário e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço e gritou: “Você já era! Você já era! Você já era!”

Disse Fabiane: “Foi uma violência gratuita. Fiquei horrorizada. O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.

O estagiário falou que teve de se curvar para que Pargendler pegasse seu crachá. “Ele ficou puxando com muita força.”

Quando Santos voltou para seu departamento foi informado de que estava demitido.

Pargendler foi procurado por jornalistas para dar a sua versão, mas a assessoria de imprensa do STJ informou que por ora ele não quer se manifestar, apesar da repercussão que o caso vem tendo na imprensa e nos meios jurídicos.

Pagendler assumiu a presidente do STJ no dia três de agosto. Ele já foi ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Santos é filho de africano com brasileira. Ele nasceu na Grécia. Está no Brasil desde os dois anos, quando seus pais se separaram. No começo do ano se candidatou a estagiário no TST. Ficou entre os dez primeiros lugares. Ganhava R$ 600 por mês e auxílio transporte de R$ 8 por dia.

O delegado Laércio Rosseto, da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, encaminhou o caso para o STF (Supremo Tribunal Federal) porque não tem competência legal para apurar o que de fato houve. Pargendler, como magistrado, tem foro privilegiado.

Santos informou que vai mover contra Pargendler uma ação para obter uma indenização por danos morais e materiais. "Eu fui esculachado", disse. "Tinha contrato até janeiro do ano que vem e fazia planos para esse dinheiro."

"Acho que é o meu dever representar contra esse tipo de autoridade. Não vou julgar o STJ, os outros ministros. A experiência que tive é de que ele é uma pessoa injusta, ao contrário do exemplo que tem que dar. A Justiça no Brasil é muito parecida com isto: usa a autoridade em benefício próprio."

Com informação do Estado, Globo e CBN.

Padre suspeito de pedofilia teria mutilado seus testículos, diz polícia

sábado, 23 de outubro de 2010

Padre suspeito de pedofilia teria mutilado seus testículos, diz polícia
Um padre de Araranguá (SC) acusado de pedofilia teria amputado seus testículos como forma de penitência, conforme suspeita a polícia. Na quarta-feira (20), em depoimento ao delegado Jorge Giraldi, ele disse ter sido emasculado por um casal após uma discussão na qual criticou o homossexualismo.

Para o delegado, contudo, até agora a versão do padre não convenceu porque ele entrou em contradições diversas vezes. Além disso, pareceu estranho, para a polícia, que o padre tenha demorado para ir a um hospital fazer curativo.



O padre disse ao delegado estar proibido de exercer o sacerdócio por causa das acusações de pedofilia que existem contra ele na região do Rio Pardo.

Giraldi sugeriu-lhe que fizesse um exame no IML (Instituto Médico Legal), mas ele não se apresentou ao médico legista. Depois do depoimento, o padre desapareceu. Até ontem à noite, ninguém tinha informação do paradeiro dele.


A residência fixa dele seria em Porto Alegre (RS) ou lá teria morado. A polícia e a igreja não revelam o nome do sacerdote porque o seu caso ainda se encontra em apuração.

Os testículos do padre foram encontrados em uma casa no Balneário Arroio do Silva, onde ele passou alguns dias. Havia também no local curativos, seringa com um líquido supostamente anestésico e outros materiais hospitalares. Tudo foi enviado para a perícia.

A mutilação pode ter ocorrido no dia 17, um domingo. Ninguém do balneário escutou pedido de socorro ou gritos de dor.

Com informação do Correio do Povo.

comentários
Anônimo disse...
A associação de pedofilia com homossexualidade é perigoso. Uganda quer condenar os gays, por pressão religiosa. Magno Malta quer prisão perpétua a pedófilos, num show de pirotecnia e apelo a emoções. Em ambos, está em jogo a liberdade não só a sexual, mas a de pensamento e geral, uma vez que ganham poder a vozes dos que "quem defende pedófilos é pedófilo também".

23/10/10 17:41
Pangéia disse...
A auto-emasculação desse padre é prova cabal de que ele tem culpa no cartório pela pedofilia. Se não tivesse culpa, sua consciência não pesaria e ele não sentiria culpa, remorso ou sei lá o quê para castrar a si próprio.

fonte:paulolopesweblog

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jornal de Uganda publica nome de gays e conclama: 'Enforque-os'

quinta-feira, 21 de outubro de 2010Jornal de Uganda publica nome de gays e conclama: 'Enforque-os'
Um semanário de Uganda publicou no início deste mês nomes e endereço de cem gays e lésbicas com os dizeres em uma faixa amarela: “Enforque-os”.


Trata-se do recém-lançado Rolling Stone, que não tem nenhuma ligação com a revista americana do mesmo nome que se dedica à música e à cultura pop.

Giles Muhame, editor do jornal, afirmou à TV CNN que o “enforque-os” foi uma maneira de chamar a atenção das autoridades para que prendam os homossexuais.

Desde que a reportagem foi publicada, pelo menos quatro gays foram atacados. No ano passado, cerca de 20 homossexuais foram agredidos.

Há cerca de um ano, uma parlamentar tentou que fosse aprovada uma lei que instituísse no país a pena de morte aos gays e lésbicas.

A lei não foi aprovada, mas um pastor, Salomão Masculino, acredita que ela voltará a ser apreciada pelo parlamento com chances desta vez de obter a maioria dos votos.

Masculino quer que as autoridades façam uma investigação para identificar os motivos de a “homossexualidade estar aumentando no país”.

O regime de governo do país africano Uganda é República presidencialista. Tem cerca de 32 milhões de habitantes e seu atual presidente é Yoweri Museveni. A renda per capita é de aproximadamente US$ 930, uma das mais baixa do mundo.

Entidades de direitos humanos de todo o mundo estão condenando a onda de homofobia no país.

Com informação do NYT.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Edir, Malafaia e bispos reduziram as eleições


domingo, 17 de outubro de 2010Edir Macedo critica Malafaia por apoio à candidatura de Serra

Edir, Malafaia e bispos reduziram as eleições
a um plebiscito sobre aborto e união gay

O bispo Edir Macedo (foto), da Igreja Universal, cita em seu blog a Bíblia para criticar o apoio do pastor Silas Malafaia (foto), da Assembleia de Deus, à candidatura do tucano José Serra. Ele escreveu que “em 1 Reis 13 encontramos um homem de Deus sendo enganado por aqueles que deveria orientá-los”.

Macedo afirmou que Malafaia foi enganado quando deixou de apoiar o PV e rejeitou o PT porque ambos os partidos supostamente defendem o aborto o casamento gay, bandeando-se para o lado do candidato do PSDB.

Antes, em um programa do Ratinho, no SBT, Malafaia criticou Macedo por ser favorável ao aborto e por apoiar a candidatura da Dilma Rousseff.

No blog, Macedo ressaltou que, “como não há nada escondido que não seja revelado, veio a declaração do próprio Serra de que é favorável ao casamento de homossexuais”.

Ele omitiu que Serra se manifestou favorável à união civil de homossexuais, e ao não casamento na igreja, porque esse é um assunto que cabe aos religiosos decidir, de acordo com o tucano.

Macedo também escreveu sobre a “bomba” que foi, segundo ele, a revelação de que a mulher de Serra, a Mônica, fez uma aborto, de acordo com o que ela teria admitido há alguns anos a suas alunas, e quem passou essa informação à imprensa foi uma delas.



O fundador da Universal acusou o casal Serra de “hipocrisia” e a campanha do tucano negou que Mônica tenha interrompido uma gestação.

Nesta reta final do segundo turno das eleições está havendo uma guerra de manipulação de informação além do que se imaginava, com um foco religioso sem precedente, com ativa participação também de padres e bispos.

Parece que as eleições foram reduzidas a um plebiscito sobre o aborto e a união gay. Serra, o segundo colocado nas pesquisas, tem procurado tirar proveito disso.

O bispo Edir Macedo tem sido um dos mais atuantes nessa guerra suja. Suas empresas de comunicação – TV Record, site R7 e jornais espalhados pelo Brasil – estão dando apoio descarado à petista Dilma, a candidata de Lula, a quem a Igreja Universal já considerou ser a encarnação do Satanás. Mas isso foi em priscas eras.

Em seu blog, Edir Macedo insinuou que Malafaia tem algum interesse com o seu apoio a Serra. E deve ter mesmo. Da mesma forma que Edir também os seus interesses envolvendo-se com a campanha de Dilma, que até recentemente não sabia se acreditava ou não em Deus e que agora se diz uma devota desde criancinha.
paulolopesweblog

Malafaia diz a Edir: ‘Sua tv promove prostituição, assassinato, roubo’


Malafaia diz a Edir: ‘Sua tv promove prostituição, assassinato, roubo’
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, acusou ontem o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, de usar os “bilhões de dízimo e oferta do povo de Deus” para promover na TV Record a “prostituição, adultério, homossexualismo, sensualidade, assassinato, roubo”.

“Você superfatura o programa da Igreja Universal na Rede Record”, disse. E isso, segundo ele, é uma concorrência desleal para com as outras emissoras. “Deus nos livre da Rede Record como primeira colocada no Ibope nacional.”

No dia anterior, Macedo, em seu blog, criticou Malafaia por apoiar a candidatura do tucano José Serra com a insinuação de que há “algum interesse” nisso.

Macedo citou a Bíblia (1 Reis 13) para chamar Malafaia de ‘pastor velho’, “um homem de Deus sendo enganado por aqueles que deveria orientá-los”.

Com a veemência, Malafaia se dirigiu diretamente a Macedo: “Você é teologicamente ignorante”, “você foi comprado [pelo governo Lula]”, “você vai acertar contas com Deus”.

Em um vídeo de 24 minutos, Malafaia citou Provérbios 17:28 (‘Até o tolo quando se cala se passa por sábio”) para dizer que Edir Macedo “é pior que tolo porque falou o que não devia”.

No dia em que Macedo em seu blog fez referência ao “pastor velho”, Malafaia telefonou para o senador Marcelo Crivella (PRB), sobrinho do bispo da Universal, para dar um recado: “Avisa o seu tio para ele se preparar porque isso não vai ficar assim”.



Com informação do vídeo do Malafaia e do site da Veja
Comentário do blog:
Eta Lalá! A briga está se tornando feia, entre essas duas ramificações da igreja evangélica, de um lado, a igreja do bispo Edir Macedo e do outro a do Pastor Silas Malafaia, ambos estão se digladiando por conta do apoio que ambos estão dando a candidatos diferentes neste segundo turno das eleições, no caso do Malafaia, este, fechou com o candidato José Serra, e Edir Macedo com a candidata Dilma Roussef.
É evidente, que ambos sob o agasalho da religiosidade, na realidade estão brigando por futuros benefícios políticos, não resta a menor dúvida, pois o tema "aborto"está servindo de pano de fundo para que lideranças políticas religiosas, adotem posturas a favor ou contra o aborto. Esquecendo-se essas pessoas, que o Estado brasileiro segundo o artigo 5º da nossa Cosntituição Federal, é "laico", ou seja, contrário ao monitoramento da sociedade brasileira, quanto a sua opção religiosa, que deve ficar a critério de cada um de "per si".
Os interesses políticos são evidentes, de um lado o Edir Macedo reelegeu seu sobrinho e também bispo da Universal, o Senador Marcelo Crivela, e o Pastor Malafaia, elegeu um irmão seu com mais de 140 mil votos, passando ambos, a ter voz no Congresso Nacional, no caso do Macedo, este, já há mais tempo. Claro e evidente que o apoio a ambos os candidato não se dar por conta apenas de posturas religiosas quanto ao tema "aborto".
As duas noticias acima, mostram muito bem até onde pode chegar uma divergência político/religiosa.A baixaria fere o sentimento político e religioso, até do mais puro e ingênuo cidadão.
E nós eleitores, vamos continuar assistindo a outros "rounds" entre ambos, que com suas baixarias estarão na mídia impressa, ouvida e televisada,tudo isto em nome da liberdade religiosa e de imprensa. Fazer o que ? Vamos por a nossa barba de molho.
João Batista de Ayrá/babalorixá/advogado/jornalista

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Igualdade e dignidadeTJ do Rio garante herança em relação homoafetiva


Igualdade e dignidade.
Tribunal de Justiça do Rio garante herança em relação homoafetiva.
Por Marina Ito.
As regras da sociedade de fato devem ser aplicadas aos sócios que se unem com objetivos comerciais. Não é o que acontece em uma relação entre pessoas, que se unem a partir de laços de amor e afeto. A conclusão é da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que fez a diferença ao reconhecer a união estável de duas mulheres e garantir a uma delas um apartamento comprado pelas duas.

O relator da apelação, desembargador Ferdinaldo Nascimento, aplicou a Lei 9.871/94, que regulamenta os direitos dos companheiros a alimentos e sucessão. De acordo com o inciso III, do artigo 2º, da lei, “na falta de descendentes e de ascendentes, o (a) companheiro (a) sobrevivente terá direito à totalidade da herança”.

“A Lei 8.971/94 não pode fazer distinção entre companheiros heterossexuais e companheiros homossexuais, nem pode tratar a relação entre homem e mulher como sendo uma união estável e do outro lado da balança tratar as relações entre homem-homem e mulher-mulher como sendo meras sociedades de fato”, disse.

Para o desembargador, reconhecer o direito de herança da mulher falecida ao seu companheiro homem e não tratar da mesma forma a companheira de uma mulher que morreu afronta a Constituição, violando a “igualdade e a dignidade da pessoa humana”.

Ferdinaldo Nascimento afirma, ainda, que na falta de lei sobre o assunto, o Judiciário tem de decidir, aplicando “a analogia, os costumes e os princípios gerais de Direito”. “Em prol de parceiros homossexuais, há relevantes consequências no plano do Direito e na esfera das relações sociais que não podem ser simplesmente desprezadas, sob pena de o Poder Judiciário prestar um desserviço a toda a sociedade, em constante transformação”, escreveu na decisão.

O desembargador lembrou, ainda, que o Judiciário tem equiparado em outras situações as relações homoafetivas às uniões estáveis heterossexuais, reconhecendo o direito à previdência ou adoção. “Na área administrativa, os órgãos públicos brasileiros vem baixando resoluções e instruções normativas permitindo que pessoas do mesmo sexo tenham outros direitos, tais como, o visto permanente, o direito a naturalização, dentre outros. Na área previdenciária, ao seu turno, aqueles que vivem em união estável homoafetiva, passaram a ter mais direitos reconhecidos, seja no âmbito privado como público, podendo ser considerados como beneficiários de pensões por falecimento dos companheiros. Esse já é o entendimento do Instituto Nacional do Seguro Social”, acrescentou.

O desembargador mencionou, ainda, o artigo 14, inciso I, da Lei estadual 5.260, do Rio de Janeiro, que equipara a união estável homossexual a heterossexual para que o parceiro possa receber pensão por morte. Também citou projeto de lei tramitando no Congresso sobre o assunto, além de decisões do Superior Tribunal de Justiça.

No caso concreto, uma professora entrou com uma ação declaratória de reconhecimento de união homoafetiva. Ela queria que fosse reconhecido o direito a um imóvel que as duas compraram. A companheira morreu em 1995 e seus três irmãos reivindicavam quase 80% do imóvel, com base no contrato de financiamento do apartamento junto a Caixa Econômica Federal.

“Mostra-se desinfluente para o reconhecimento da co-propriedade o fato de a autora ter ingressado inicialmente com 20,62% de seus rendimentos para a comprovação da renda familiar, haja vista que essa era uma análise inicial feita pela Caixa Econômica Federal, que financiou o imóvel para as companheiras. Estas, no dia a dia, dividem despesas, tarefas e responsabilidades, que, no final das contas ficam em igualdade de condições”, entendeu a 19ª Câmara.

domingo, 17 de outubro de 2010

Jurista afirma que aborto é tema para o Congresso, não para presidente

Jurista afirma que aborto é tema para o Congresso, não para presidente
Discussão equivocada e troca de acusações sobre o aborto banalizam o tema, diz coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Direito Sanitário da USP

São Paulo – Para a professora de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (USP), Sueli Gandolfi Dallari, não cabe à Presidência da República legislar sobre o aborto. O tema cabe ao Congresso Nacional, e a posição dos candidatos ao comando do Executivo não define as normas sobre a questão. Por isso, o tema não condiz com uma campanha presidencial, além do fato de ser um tema que desperta paixões de parte a parte.

A especialista, que coordena o Núcleo de Pesquisa de Direito Sanitário da USP, afirma que "não é importante a opinião do presidente" sobre o aborto. Segundo ela, faz muito mais sentido do ponto de vista da saúde pública discutir o assunto em nível municipal, no caso da organização dos serviços para os casos já previstos em lei.

Uma discussão mais global sobre a descriminalização do aborto caberia, na verdade, aos candidatos ao Legislativo. "De forma alguma aos candidatos à Presidência", critica. O tema emergiu diante das críticas da campanha de Dilma Rousseff (PT), candidata governista, aos boatos sobre sua posição a respeito do tema. Na internet, em panfletos distribuídos em espaços religiosos e em programas de rádio, a postulante ao Palácio do Planalto é acusada de ser favorável ao aborto.

O fato é apontado como um dos responsáveis pela transferência de votos da petista para Marina Silva (PV). Embora Dilma afirme ser contra o aborto e tenha se comprometido a não influenciar na legislação sobre o tema – deixando-o ao Congresso Nacional, caso haja disposição dos parlamentares – novas investidas vêm sendo promovidas. O oposicionista José Serra (PSDB) faz referências recorrentes à religião e materiais de campanha citam a questão para fomentar a rejeição à petista.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Sueli avalia que discutir o aborto, como vem acontecendo nos bastidores da campanha presidencial, acaba banalizando o problema, além de ser uma fuga aos temas que realmente são próprios da Presidência da República. "É muito ruim o tipo de debate que está acontecendo, não é um tema dos candidatos à Presidência", condena.

Do ponto de vista eleitoral, ela explica que se trata de um tema parlamentar e por isso deveria ter sido alvo de debate dos candidatos ao Legislativo, pelos concorrentes a vagas de deputados e senadores. "Seria debate no Legislativo, mas a gente sabe que é difícil debater nessa propaganda eleitoral que se tem. No horário eleitoral gratuito ninguém discute, aparecem só figurinhas", constata.

Sueli defende que o aborto é um problema de saúde pública e deve ser discutido abertamente pela sociedade. "É um tema de valores, mas a gente tem de enfrentá-lo como sociedade, num debate franco, aberto. Não pode ser discutido sem debate e com troca de acusações", postula.

Líderes religiosos tiram proveito da polêmica sobre aborto


Líderes religiosos tiram proveito da polêmica sobre aborto, diz pesquisadora
Professora da UFRJ entende que líderes religiosos tentam forçar candidatos a assumir compromissos futuros em torno de temas morais, como o aborto


Pregação eletrônica: religiosos usam tecnologia para difundir boataria equivocada sobre Dilma e o aborto (Foto: Reprodução)
São Paulo – A primeira semana do segundo turno da disputa presidencial parece ter aberto uma corrida sem precedentes pelo voto evangélico. A boataria em torno do aborto foi apontada pela campanha de Dilma Rousseff (PT) como fator para explicar o crescimento de Marina Silva (PV) na reta final - fortemente votada entre evangélicos e religiosos em geral - e a queda da ex-ministra.

Caso a avaliação esteja correta, é o caso de se perguntar qual o tamanho deste eleitorado e de que maneira se comporta. Como lembrou o deputado Ciro Gomes em entrevista à Rede Brasil Atual, trata-se de um tema que envolve “questões religiosas, questões morais, éticas, sanitárias, emocionais, psicológicas”. Em suma, “questões terríveis.” Ou seja, não é apenas o eleitorado evangélico que se vê tocado pelo assunto na hora de definir o voto.


De todo modo, alguns fatos lançaram holofotes para a força de segmentos evangélicos na disseminação de informações na reta final do primeiro turno. O principal envolveu o pastor Paschoal Piragine Júnior, de Curitiba. O video em que ataca Dilma, falando que querem enfraquecer a família e criminalizar os que são contra a “prática da homossexualidade”, foi visto por três milhões de pessoas no YouTube. E foi distribuído em DVDs Brasil afora.

Maria das Dores Campos Machado, professora do Núcleo de Pesquisas em Religião, Gênero, Ação Social e Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estuda a influência dos líderes religiosos sobre a vida política.

Ela indica que várias igrejas têm como base social um público feminino de baixa escolaridade. “Não se chega a essas mulheres se não se tiver uma ligação com essa liderança religiosa, que é realmente fundamental. O pastor acaba sendo uma correia de transmissão das ideias políticas.”

De acordo com os dados do Censo 2000 do IBGE, os evangélicos representavam, no início da década, 15,6% da população. Pensando em termos eleitorais, um segmento nada desprezível. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indica que a bancada evangélica terá crescimento na legislatura a ser iniciada em 2011. Nas eleições deste mês, foram eleitos 63 deputados e três senadores evangélicos, crescimento de 23 cadeiras na comparação com o Congresso atual.

Mas isso não significa consenso. “O mundo evangélico é de extrema disputa de poder. Um universo muito pragmático onde as disputas são muito acirradas e levadas para fora do templo”, lembra a professora da UFRJ.

Embora o aborto seja um raro tema com poder unificador dos fiéis, isso não se dá entre os líderes religiosos. É preciso entender a profunda fragmentação e o funcionamento de cada uma dessas denominações religiosas. A Assembleia de Deus, à qual se integra Marina Silva, não tem uma posição coesa em torno de candidatura nas eleições. Há pastores com diferentes posições.

A Igreja Universal, por outro lado, é vista como uma instituição de caráter mais centralizado, de discurso mais homogêneo. A essa denominação se filia o senador reeleito Marcelo Crivella (PRB-RJ), que esta semana participou de reunião da coligação de Dilma.

O encontro teve como finalidade detectar problemas e afinar discursos. Crivella indicou que trabalhará junto às lideranças para desfazer os boatos em torno de Dilma. Um deles indica o vice da petista, Michel Temer, como um satanista que provocará a morte da ex-ministra para ficar com o poder. “Agora, com mais tempo, um pouquinho mais de bom senso, os candidatos conseguem expressar a verdade e as coisas vão voltar ao normal”, argumenta o senador.

Compromissos futuros
Na tarefa política de fazer as coisas voltarem ao normal, é difícil dimensionar qual será o tamanho da ajuda dada por outros líderes político-religiosos a Crivella. A base evangélica eleita para o Congresso é bem dividida em termos partidários. Embora o PRB, governista, tenha levado nove das 66 cadeiras de evangélicos, há parlamentares em partidos da oposição e há os que se alinhem sempre com o eleitorado, independentemente da sigla de filiação. Há, dentre esses líderes, os que aceitam discutir o aborto em caso de fetos anencéfalos, e há os que não aceitem discutir o tema sob nenhuma perspectiva.

“Descriminalização não é o mesmo que transformar o aborto em método contraceptivo. Precisamos fazer uma discussão clara sobre o tema, fora do momento eleitoral, para que as pessoas não fiquem suscetíveis a informações que deturpem as ideias”, lamenta Maria das Dores Campos Machado, que considera que a discussão acalorada e distorcida terá como vítimas as mulheres que todos os anos precisam utilizar o sistema de saúde após recorrerem a um aborto.

A professora da UFRJ avalia que os líderes religiosos fazem uma disputa política como a de qualquer outro setor, ou seja, querem chamar os candidatos a compromissos futuros. “Não nos iludamos. Os líderes religiosos não são ingênuos. O que querem é forçar uma negociação, forçar que sejam ouvidos neste momento.”

Se for este o caminho, funcionou. Dilma ficou em uma saia-justa, pressionada por dois lados opostos a assumir uma posição definitiva. De um lado, setores do PT que entendem que o melhor seria descriminalizar o procedimento. De outro, os que querem uma condenação enfática do aborto. A posição original da candidata, que era a defesa de uma ampla discussão da sociedade sobre o tema, virou presa fácil daqueles que desejam dar outro rumo a esta informação.

O adversário José Serra (PSDB), que em 1998 assinou norma no Ministério da Saúde legalizando o aborto em caso de gravidez resultante de violência (estupro), esta semana preferiu resumir em uma frase seu pensamento a respeito, sem explicar exatamente o que quis dizer e, portanto, sem entrar em detalhes. “Nunca disse que era a favor do aborto, porque sou contra o aborto."

Foi a decisão mais difícil da minha carreira", diz juíza que autorizou aborto de anencéfalo

Foi a decisão mais difícil da minha carreira", diz juíza que autorizou aborto de anencéfalo
Lourdes Helena Pacheco da Silva explicou os motivos da escolha
Guilherme Mazui | guilherme.mazui@zerohora.com.br
Em entrevista à Zero Hora na tarde de ontem por telefone, a magistrada falou sobre os motivos que a levaram a autorizar o aborto da gestante de Rio Grande, que acabou desistindo do ato.

Zero Hora – O que pesou na decisão de autorizar a interrupção da gestação?

Lourdes Helena Pacheco da Silva – É um caso complexo, delicado. Precisei me instruir antes, por isso acionei o Ministério Público, que ouviu os médicos que acompanhavam o caso. O parecer dos médicos indicou a incompatibilidade deste feto em questão com a vida, já que, além da má formação cerebral, o bebê possui outros problemas. Segundo os médicos, sobreviveria por pouco tempo. Foi a decisão mais difícil da minha carreira.

ZH – Por quê?

Lourdes – Por ser um caso que envolve diretamente vida e morte. A decisão é irreversível. O Supremo (Tribunal Federal) julga há anos um caso similar e ainda não emitiu a sentença, tamanha a complexidade da questão. Em nove anos de carreira, jamais tinha passado por um caso deste.

ZH – A desistência da gestante surpreendeu a senhora?

Lourdes – É uma decisão dela. O judiciário cumpriu sua função, e de forma ágil. Tratamos o caso com total urgência. O alvará que autoriza o aborto segue valendo.

ZH – A sentença saiu quatro semanas após o ingresso da ação pela Defensoria Pública. É um prazo considerado rápido?

Lourdes – As decisões não são tomadas em 24 ou 48 horas. É preciso cumprir caminhos, respeitar etapas e prazos. Dentro deste trâmite, o judiciário foi muito ágil. O médico faltou a primeira audiência, e marcamos outra, em Pelotas, onde ele reside, no dia 31 de maio. A transcrição dos depoimentos chegou a mim no dia 11 de junho, sexta-feira. Repassei os papeis ao Ministério Público, que repassou seu parecer no dia 15. Dia 17 a gestante estava com o alvará em mãos.

ZERO HORA

Feto é encontrado em banheiro de igreja em Viamão

Feto é encontrado em banheiro de igreja em Viamão, na Região Metropolitana
BM acredita que feto tenha sido abandonado no local neste sábado
Um feto foi encontrado na tarde deste sábado dentro de um saco de lixo no banheiro masculino da Igreja Universal do Reino de Deus, no centro de Viamão, na Região Metropolitana.

Segundo a Brigada Militar, o feto, com idade entre cinco e seis meses, foi localizado por um fiel por volta das 15h. Como a igreja realiza a limpeza no lugar diariamente, a polícia acredita que ele tenha sido abandonado neste sábado.

O caso será investigado pela 3ª Delegacia de Polícia de Viamão. O feto será submetido à perícia. Não há informações sobre quem poderia ter deixado a sacola no banheiro.

ZEROHORA.COM

Papa canoniza freira excomungada por denunciar padre pedófilo


sábado, 16 de outubro de 2010
Papa canoniza freira excomungada por denunciar padre pedófilo
Em 1871 a freira Maria Helena Mackillop (1842-1909), na foto, foi excomungada pelo bispo Laurence Sheil, de Adelaide (Austrália), por denunciar com firmeza um padre pedófilo.


O episódio mostra que a pedofilia dentro da Igreja Católica vem de longa data e o acobertamento dos abusos pela hierarquia também.

Neste domingo (17), a freira será canonizada pelo papa Bento 16 – será a primeira santa da Austrália.

Cinco meses depois da excomungação, Sheil, em seu leito de morte, teve de recuar de sua decisão frente à vida exemplar de Maria. Ela foi a fundadora da ordem das irmãs de São José do Sagrado Coração de Jesus, entre outras obras. O padre pedófilo já tinha sido afastado de suas atividades.

Iniciado em 1925, o processo de canonização relata dois milagres atribuídos à freira após a sua morte. Dois devotos teriam se curado de câncer após orar pela freira.

Ao canonizar a freira, o próprio papa parece esperar que ocorra um milagre, o de que a Igreja Católica recupere um pouco do prestígio que perdeu nos últimos anos diante de uma abundância de denúncias contra padres pedófilos, inclusive na Austrália.

O fato é que, 101 anos após a sua morte, a freira permanece com um exemplo: ela se recusou à lei do silêncio que possibilitou que muitos sacerdotes tarados permanecessem impunes nesses anos todos.

Com informação de pesquisa feita pelo blog.

Rússia veta meios de comunicação aos charlatões espirituais


domingo, 17 de outubro de 2010Rússia veta meios de comunicação aos charlatões espirituais

Divulgação como esta seria proibida na Rússia

Em seu programa de tv, Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial, às vezes pede que os devotos, do outro lado da tela, coloquem um copo d’água sobre o aparelho de tv para que, com as orações, se obtenha um líquido milagroso.

Na Rússia, também existe esse tipo de coisa. Os ‘bruxos’ Alan Chumak e Valdimir Kashpirovski, para uma audiência de milhares de pessoas, prometem (ou prometiam) curar cancerosos, entre outros doentes, que estivessem assistindo ao programa.

Mas o parlamento russo acaba de aprovar uma lei que proíbe charlatões espirituais, como religiosos milagrentos do tipo Valdemiro Santiago, curandeiros, videntes, futurólogos e devotos do ocultismo em geral de terem acesso aos meios de comunicação, incluindo a internet, com o objetivo de explorar a população.



Estão incluídos nesta lista os malandros que prometem êxito nos negócios e o retorno de maridos infiéis ou de ex-amantes. (No Brasil, até gente supostamente esclarecida, com curso superior, cai no conto desses vigaristas.)

“É ridículo tratar uma dor de dentes esfregando na bochecha um rabo de rato”, disse a deputada Tatiana Yákovleca, do comitê de Saúde da assembleia legislativa.

Para ela, enganar a população com a promessa de curar câncer e Aids – como é comum também no Brasil, observa este blog – “é crime”. A nova lei tem o apoio da IOR (Igreja Ortodoxa Russa).

Tatiana informou que lei foi criada para deter a multiplicação de charlatões que obtêm dinheiro fácil com a exploração da credulidade e da ignorância de parte da população, a mais pobre.

Ela estima que a Rússia tenha 800 mil curandeiros que movimentam anualmente US$ 2 bilhões. O número de médicos não passa de 620 mil. Pela estimativa oficial feita em 2007, a população do país naquele ano era de 141 milhões de pessoas. Cerca de 20% desse contingente já recorreu aos charlatões uma ou mais vezes.

Ressalta-se que o parlamento russo não deixou de admitir a existência de milagre, respeitando as crenças religiosas, mas decidiu restringir as atividades de quem se aproveita da fé dos crentes ingênuos.


No Brasil, escudados pela lei de liberdade de religião, os charlatões agem livremente. Aqui, em um único programa de televisão, os milagrentos neopentecostais, por exemplo, curam mais do que Jesus Cristo em toda a Bíblia.

E o Ministério Público não faz nada, como se isso fosse normal, por temer a acusação de discriminação religiosa e o poderoso rolo compressor desses charlatões, que possuem horário nas emissoras de tv e bancada parlamentar.


Isso tem um nome: conivência, para não dizer covardia
paulolopesweblog

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mulher de Kaká já se desligou da Igreja Renascer em Cristo


quinta-feira, 14 de outubro de 2010Mulher de Kaká já se desligou da Igreja Renascer em Cristo

Algumas das mensagens de Carol escreveu e apagou

Carol Celico (foto), 23, escreveu no Twitter que “é bom não pertencer a homens, não pertencer a denominações, mas pertencer somente a Jesus! Eu sou Dele, e você?”

Essa e outras afirmações com o mesmo tom no microblog são indicativos de que a mulher do jogador Kaká já se desligou da Igreja Renascer. “Não pertencer a homens” seria uma referência ao apóstolo Estevam Hernandes e bispa Sônia, sua mulher, fundadores da igreja.

Kaká também já teria decidido deixar a denominação por estar descontente com a administração do dinheiro do dízimo. O jogador é – ou era até recentemente – um dos maiores dizimista da Renascer.

A assessoria de Carol comunicou que a moça não falará sobre o assunto, mas confirmou que ela, desde o início do ano, está se “dedicando exclusivamente a projetos pessoais que não estão ligados a nenhuma denominação religiosa”.

Para Kaká, a gota d’água que o teria levado a se afastar da Renascer foi o desmoronamento do teto de mais um templo, desta vez no bairro da Mooca, zona Leste de São Paulo. Na tarde de 23 de agosto, uma segunda-feira, parte do teto caiu, assustando a vizinhança.

Nota oficial da Renascer afirmou que o “desabamento foi programado” porque o templo encontra-se em reforma.

A própria Igreja Renascer está desabando por causa das seguidas deserções de pastores e fiéis, com reflexos na arrecadação de dízimo. Tem faltado dinheiro para o pagamento de aluguel e da conta de energia elétricas dos templos, entre outras coisas básicas.


Hernandes tem pressionado os pastores e bispos para que convençam os fiéis a abrirem mais as mãos. O resultado é que alguns cultos têm sido tenso, como um celebrado em setembro pelo bispo Gabriel.

Depois de falar com veemência da campanha de ofertas para a reconstrução da sede da igreja que em janeiro de 2009 desabou, no bairro do Cambuci, em São Paulo, Gabriel disse: “Quem não participar deste desafio da igreja estará em maldição.”

Um dos fiéis que desistiu da igreja disse: “Este bingo evangélico não tem mais sentido. O Evangelho de Cristo há muito ficou para trás e a prioridade tem sido o sustento nababesco da família [de Hernandes]. Estamos assistindo o fim melancólico da Renascer.”

Com informação do Genizah e Gospel+
paulolopesweblog

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diversidade Religiosa e Direitos Humanos

Diversidade Religiosa e Direitos HumanosDeus quer que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs. Ou: Alá quer que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs. Ou então: Javé quer que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs. Ou ainda: Olorum quer que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs.
Deus, Alá, Javé, Olorum, O Grande Espírito, A Deusa, Brahman...São muitos nomes pelos quais os seres humanos chamam o Criador. Mas a vontade dEle é uma só: que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs.
Se é esta a vontade do Criador, quem somos nós para desafiá-la? E, no entanto, nós a desafiamos. Todas as vezes que discriminamos nosso semelhante porque ele pensa diferente, ou faz suas preces de maneira diferente, ou chama o Criador por um nome diferente, nós desafiamos a sua vontade. Porque Ele deu a seus filhos e filhas a maior de todas as graças: a capacidade de pensar. De pensar livre. De pensar diferente.
Quem somos nós, então, para desafiar a vontade do Criador? E, no entanto, nós a desafiamos. Discriminamos, ofendemos, praticamos atos de violência contra nosso semelhante, com a desculpa de que ele é “diferente”. Foi assim no princípio dos tempos. É assim nos dias de hoje, neste milênio que mal começou.
Às vésperas do início deste século XXI, em agosto do ano 2000, atendendo ao chamado da Organização das Nações Unidas (ONU), centenas de representantes das diferentes religiões do planeta, entenderam que a chegada do novo milênio, era uma boa oportunidade, mais uma, para nos amarmos como irmãos e irmãs. E de darmos as mãos pela Paz na Terra.
Reunido em Nova York, no Encontro de Cúpula Mundial de Líderes Religiosos e Espirituais pela Paz Mundial, lideranças evangélicas, católicas, budistas, judaicas, islâmicas, espíritas, hinduístas, taoístas, bahá’is, esotéricas e de tantas outras religiões antigas e modernas firmaram um compromisso. O Compromisso com a Paz Global.
O documento começa com uma série de considerações, sobre as quais vale a pena refletirmos:
-as religiões têm contribuído para a Paz no mundo, mas também têm sido usadas para criar divisão e alimentar hostilidades;
-o nosso mundo está assolado pela violência, guerra e destruição, por vezes perpetradas em nome da religião;
-não haverá Paz verdadeira até que todos os grupos e comunidades reconheçam a diversidade de culturas e religiões da família humana dentro de um espírito de respeito mútuo e compreensão.
Diferentes religiões ensinam que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Algumas tradições afirmam que o Criador fez esse primeiro homem com punhados de terra de todas as cores, a fim de nos ensinar que todas a raças são, na verdade, uma só, e todos os seres humanos são iguais em valor, independentemente da cor de sua pele. “Sou negro, branco, amarelo, vermelho, mestiço...”, dizia Gandhi, o grande líder que pregava a Paz e a igualdade entre os seres humanos e se valeu da não-violência na luta vitoriosa pela independência da Índia.
Um dos maiores líderes pacifistas da história da humanidade, Mahatma (“Grande Alma”) Gandhi era hinduísta, mas como bom exemplo de diálogo entre as religiões, amava o Sermão da Montanha, no qual Jesus anunciou: bem-aventurados os misericordiosos, os obreiros da Paz, os justos, os que fazem o bem, os que sofrem perseguição.
Ele próprio, Gandhi, por sua vez, nos ensinou: “Uma civilização é julgada pelo tratamento que dispensa às minorias”.
Seremos dignos das bem-aventuranças? Temos sido misericordiosos e justos? Mereceremos absolvição quando formos julgados pelos nossos atos para com os humildes, os que sofrem perseguição, as minorias?
A desproporção entre cristãos (maioria da população brasileira) e seguidores de religiões tidas como “minoritárias” é tão grande que a proposta 110 do Programa Nacional dos Direitos Humanos, implantado em 1996, é exatamente “prevenir e combater a intolerância religiosa, inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e a cultos afro-brasileiros”.
Além da vontade do Criador e das leis terrenas, o respeito pelas minorias é, também, uma questão de bom senso. Até porque quem é maioria aqui pode virar a minoria logo ali na outra esquina. Maioria no Brasil, os cristãos são minoria em países como a Indonésia, por exemplo. Mais uma vez, a regra de ouro da fraternidade: não façamos ao outro o que não queremos que seja feito a nós mesmos.
Preocupada com os constantes conflitos religiosos no mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em 1981, a Declaração sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas em religião ou crença.
“Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito inclui a liberdade de ter uma religião ou qualquer crença de sua escolha, assim como a liberdade de manifestar sua religião ou crença, individual ou coletivamente, tanto em público quanto em particular”, diz o primeiro artigo da Declaração da ONU, para, mais adiante, advertir:
“A discriminação entre seres humanos por motivos de religião ou crença constitui uma ofensa à dignidade humana (...) e deve ser condenada como uma violação dos Direitos Humanos e das liberdades fundamentais, proclamados na Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
No Brasil, o artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, prevista no texto da Constituição de 1988, determina que a educação religiosa nas escolas públicas assegure “o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”. Ou seja: é obrigatório respeitar a liberdade religiosa do aluno: é proibido tentar convertê-lo para esta ou aquela religião.
O Código Penal Brasileiro, por sua vez, considera crime (punível com multa e até detenção) zombar publicamente de alguém por motivo de crença religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou culto, e ofender publicamente imagens e outros objetos de culto religioso.
Mas a intolerância está aí, a desafiar a lei dos homens e a vontade do Criador. E as religiões afro-brasileiras têm sido as principais vítimas dessa intolerância.
Terreiros de umbanda e candomblé são os locais de culto das religiões de matriz africana. São, portanto, tão sagrados quanto qualquer outro templo, de qualquer religião. E, no entanto, esses terreiros têm sofrido constantes ataques, em diversos pontos do Brasil. Objetos de cultos são destruídos, seguidores de umbanda e candomblé chamados de “adoradores do diabo” e suas celebrações e festas religiosas interrompidas, de forma desrespeitosa, por pessoas de outras religiões.
Para os seguidores da umbanda e do candomblé, é bom repetir, o terreiro é um templo sagrado. Ninguém, de nenhuma religião, gostaria que tal violência fosse cometida contra seu próprio templo. Quem discrimina assim o seu semelhante comete, além de intolerância religiosa, outro crime e pecado chamado racismo. Racismo é crime porque assim diz a lei. E é pecado porque o Criador, como nos ensinam várias religiões, fez o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança, chegando até, segundo relatam algumas tradições, a usar areia de todas as cores, para deixar claro que todas as cores, que todos os seres humanos são iguais.
Quando forma arrancados de sua terra natal, jogados em navios negreiros e escravizados no Brasil, mulheres e homens africanos perderam quase tudo. Mas resistiram, mantendo sua religião, sua fé em Olorum (o Criador) e em outras divindades. Perderam quase tudo, mas não suas raízes, firmemente fincadas na ancestralidade. Além de território sagrado, os terreiros de umbanda e candomblé são, portanto, locais de resistência e preservação cultural, guardiões da memória de um povo.
Mas, para aqueles que discriminam e desrespeitam uma religiosidade simplesmente por ser diferente da sua, parece difícil entender essa verdade...
A propósito, conta uma tradição oral de matriz africana que no principio havia uma única verdade no mundo. Entre o Orun (mundo invisível, espiritual) e o Aiyê (mundo natural) existia um grande espelho. Assim, tudo que estava no Orun se materializava e se mostrava no Aiyê. Ou seja, tudo o que estava no mundo espiritual se refletia exatamente no mundo material. Ninguém tinha a menor dúvida em considerar todos os acontecimentos como verdades. E todo o cuidado era pouco para não se quebrar o espelho da Verdade, que ficava bem perto do Orun e bem perto do Aiyê.
Neste tempo, vivia no Aiyê uma jovem chamada Mahura, que trabalhava muito, ajudando sua mãe. Ela passava dias inteiros a pilar inhame. Um dia, inadvertidamente, perdendo o controle do movimento ritmado que repetia sem parar, a mão do pilão tocou forte no espelho, que se espatifou pelo mundo.
Mahura correu desesperada para se desculpar com Olorum (o Deus Supremo).
Qual não foi a surpresa da jovem quando encontrou Olorum calmamente deitado à sombra de um Iroko (planta sagrada, guardiã dos terreiros).
Olorum ouviu as desculpas de Mahura com toda a atenção, e declarou que, devido à quebra do espelho, a partir daquele dia não existiria mais uma verdade única.
E concluiu Olorum: “De hoje em diante, quem encontrar um pedaço de espelho em qualquer parte do mundo já pode saber que está encontrando apenas uma parte da verdade, porque o espelho espelha sempre a imagem do lugar onde ele se encontra”.
Portanto, para seguirmos a vontade do Criador, é preciso, antes de tudo, aceitar que somos todos iguais, apesar de nossas diferenças. E que a Verdade não pertence a ninguém. Há um pedacinho dela em cada lugar, em cada crença, dentro de cada um de nós.

Fonte: “Diversidade Religiosa – Direitos Humanos” – Secretaria Especial dos Direitos Humanos

O direito de religião no Brasil

O direito de religião no BrasilA Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação queremos dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo.
Deve existir uma divisão muito acentuada entre o Estado e a Igreja (religiões em geral), não podendo existir nenhuma religião oficial, devendo, porém, o Estado prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões.
O fato de ser um país secular, com separação quase que total entre Estado e Religião, não impede que tenhamos em nossa Constituição algumas referências ao modo como deve ser conduzido o Brasil no campo religioso. Tal fato se dá uma vez que o Constituinte reconheceu o caráter inegavelmente benéfico da existência de todas as religiões para a sociedade, seja em virtude da pregação para o fortalecimento da família, estipulação de princípios morais e éticos que acabam por aperfeiçoar os indivíduos, o estímulo à caridade, ou simplesmente pelas obras sociais benevolentes praticadas pelas próprias instituições.
A liberdade religiosa foi expressamente assegurada uma vez que esta liberdade faz parte do rol dos direitos fundamentais, sendo considerada por alguns juristas como uma liberdade primária. A liberdade de religião não está restrita à proteção aos cultos e tradições e crenças das religiões tradicionais (Católica, Judaica e Muçulmana), não havendo sequer diferença ontológica (para efeitos constitucionais) entre religiões e seitas religiosas. Creio que o critério a ser utilizado para se saber se o Estado deve dar proteção aos ritos, costumes e tradições de determinada organização religiosa não pode estar vinculado ao nome da religião, mas sim aos seus objetivos.
Se a organização tiver por objetivo o engrandecimento do indivíduo, a busca de seu aperfeiçoamento em prol de toda a sociedade e a prática da filantropia, deve gozar da proteção do Estado.Por outro lado, existem organizações que possuem os objetivos mencionados e mesmo assim não podem ser enquadradas no conceito de organização religiosa (a maçonaria é um exemplo desse tipo de sociedade).
Penso que em tais casos o Estado é obrigado a prestar o mesmo tipo de proteção dispensada às organizações religiosas, uma que vez existe uma coincidência de valores a serem protegidos, ou seja, as religiões são protegidas pelo Estado simplesmente porque as suas existências acabam por beneficiar toda a sociedade (esse benefício deve ser verificado objetivamente, não bastante para tanto o simples beneficiamento para a alma dos indivíduos em um Mundo Superior — os atos, ou melhor, a conseqüência dos atos, deve ser sentida nesse nosso mundo).
Existindo uma coincidência de valores protegidos, deve existir uma coincidência de proteção. Devemos ampliar ainda mais o conceito de liberdade de religião para abranger também o direito de proteção aos não-crentes, ou seja, às pessoas que possuem uma posição ética, não propriamente religiosa (já que não dá lugar à adoção de um determinado credo religioso), saindo, em certa medida do âmbito da fé, uma vez que a liberdade preconizada também é uma liberdade de fé e de crença, devendo ser enquadrada na liberdade religiosa e não simplesmente na liberdade de pensamento. (uol)
De facto, o princípio laico, enquanto princípio da separação entre o Estado e as confissões religiosas, tem a ver essencialmente com o Estado e não com a sociedade ou com os cidadãos. O Estado bem como a escola pública devem ser laicos, mas a sociedade e os cidadãos não têm de o ser.
O Estado deve ser religiosamente neutro, não podendo favorecer nenhuma religião, mas não tem de impor a neutralidade religiosa aos cidadãos nos espaços públicos (aliás, porquê só nas escolas e não também noutros estabelecimentos públicos, como serviços de saúde, etc.?). Nem o Estado nem as escolas públicas devem adoptar símbolos religiosos (nomeadamente a cruz, como era tradicional nas escolas dos países católicos), mas só por si o princípio laico não constitui razão para proibir o seu uso pelos cidadãos.
O mais até onde se pode e deve ir é a proibição de uso de símbolos religiosos pelos docentes e demais responsáveis das escolas, enquanto tais e no exercício de funções públicas, visto que nessa qualidade eles representam o Estado (assim sucede na Alemanha, onde o Tribunal Constitucional deu luz verde à proibição do véu islâ Independentemente da sua suposta fundamentação, haveria que compatibilizar a referida proibição com a liberdade religiosa, um dos direitos fundamentais das pessoas em qualquer catálogo de direitos humanos.
Ora, por menos amplo que seja o âmbito de protecção da liberdade religiosa (liberdade de crença, liberdade de culto, não se ser prejudicado por motivo de religião, objecção de consciência por razões religiosas, etc.), haverá de convir-se que dentro desse âmbito cabe em princípio a liberdade de cada um de, querendo, mostrar publicamente a sua profissão religiosa (salvo, porventura, em casos especiais em que isso envolva uma ‘’provocação’’ da liberdade religiosa de outros).
Nada pior para o princípio laico do que ser invocado em vão para justificar restrições indevidas à liberdade religiosa. Entendido na sua racionalidade própria, o princípio laico tem a ver com a proibição da identificação religiosa do Estado (bem com a intromissão das igrejas no Estado).
Nesse entendimento ele não só não conflitua com a liberdade religiosa, como, ao invés, é uma garantia dela.

fonte A Gaxéta