sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


04/01/2013 - 16h55

Igreja Anglicana passa a permitir a ordenação de bispos homossexuais

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A Igreja Anglicana concordou em permitir que clérigos homossexuais, e mesmo em uniões civis estáveis, se tornem bispos, contanto que permaneçam celibatários, segundo decisão do último sínodo.
A reunião da Câmara dos Bispos aconteceu em meados de dezembro. Um resumo das decisões havia sido publicado no site 
DE SÃO PAULOda Igreja Anglicana no último dia 20, mas a mudança de orientação, contida no meio do texto, passou despercebida da imprensa britânica até esta sexta (4).
A questão dividia os membros da Igreja desde um caso em 2003 envolvendo o clérigo homossexual Jeffrey John, que seria ordenado bispo de Reading. John, atualmente deão de Saint Albans, foi forçado a não aceitar o cargo após protestos de fiéis tradicionalistas.
O mesmo clérigo foi também candidato a bispo de Southwark em 2010, mas foi rejeitado devido à sua orientação sexual, de acordo com a BBC.
CLÉRIGOS, MAS NÃO BISPOS
A Igreja Anglicana já permitia que homossexuais assumidos se tornassem clérigos, desde que jurassem permanecer celibatários e se arrependessem dos atos homossexuais realizados no passado. Em julho de 2012, porém, a Câmara dos Bispos afirmou que iria rever sua posição para que, possivelmente, abrangesse também os bispos da instituição.
Os bispos afirmaram que não emitir mais orientações até a publicação de um relatório final acerca das visões da Igreja sobre a sexualidade, mas indicaram que as uniões civis não serão mais uma barreira nas nomeações de novos bispos.
"[A Câmara dos Bispos] confirmou que os requisitos nas declarações de 2005 no que concerne à elegibilidade para ordenação daqueles em uniões civis cujos relacionamentos são coerentes com os ensinamentos da Igreja Anglicana se aplicam igualmente em relação ao episcopado", diz a súmula da assembleia.
O documento de 2005 afirmava que a Câmara dos Bispos não via as uniões civis homossexuais como "intrinsecamente incompatíveis com as ordenações sagradas", desde que fossem dadas garantias de que a relação não era sexualmente ativa.
Com informações do "Guardian".