terça-feira, 13 de março de 2018
Publicado
em 13/03/18 12:11 Atualizado em 13/03/18 14:18
Investigado por estupros,
pastor conhecido como Maníaco da Orelha é preso, em MG
Pastor investigado por diversos abusos sexuais e
por estupro de vulnerável foi preso em Minas Gerais Foto: Divulgação da Polícia
Civil de Minas Gerais
JORNAL Extra
Um pastor
da Igreja do Evangelho Quadrangular foi preso na manhã desta terça-feira, em
sua casa em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na Operação
Libertação da Polícia Civil de Minas Gerais. Wilson Jorge Ferreira, de 51 anos,
é investigado por diversos abusos sexuais e por estupro de vulnerável desde
maio de 2017. O caso está em andamento na Delegacia Especializada de Combate a
Violência Sexual da capital do estado.
Apontado
como um dos líderes da congregação e atuante na região de Belo Horizonte há 25
anos, o pastor ficou conhecido pelo
apelido de Maníaco da Orelha, por sempre iniciar seus assédios lambendo as
orelhas das vítimas.
Segundo a delegada Larissa Mascotte, responsável pelas investigações,
pelo menos 10 vítimas são esperadas para prestarem depoimentos nesta semana.
"Em
nenhum dos casos em investigação houve conjunção carnal. Segundo se apurou, o
suspeito colocava a mão na genitália das vitimas, lambia a orelha delas e as
aliciava. Também estamos investigando um caso de uma menina, que na época dos
fatos era menor de idade, e relatou que foi estuprada entre 12 e 16 anos de
idade", destacou.
Também
foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, sendo
apreendidos diversos aparelhos eletrônicos.
Mascotte
disse ainda que várias das vítimas e testemunhas já foram ouvidas, como consta
no inquérito policial.
"Há
notícias de pelo menos outras dez vítimas que deverão prestar depoimentos sobre
os fatos nos próximos dias. A prisão preventiva foi representada pela Polícia
Civil para manutenção da ordem pública, além do fato de algumas vítimas terem
relatado que estavam sendo ameaçadas pelo autor", afirmou Mascotte Delegada Larissa Mascotte em
entrevista coletiva em BH Foto: Divulgação da Polícia Civil de Minas Gerais
A
delegada informou que o pastor se aproveitava de sua posição na Igreja para abusar
sexualmente das vítimas e depois as ameaçava para que não denunciassem os
abusos, ou ainda as difamava nos cultos visando desacreditá-las.
"O
silêncio é o maior inimigo das vítimas nesses casos. É muito importante essas
mulheres procurem a delegacia para denunciar", disse.
O caso
segue em investigação e deverá ser remetido à Justiça concluído nos próximos
dias. O pastor responderá por importunação ofensiva ao pudor, estupro de
vulnerável e estupro simples.