domingo, 13 de outubro de 2019

Mulher é condenada por injúria após ofender duas candomblecistas na PB

Uma mulher foi condenada a um ano e nove meses de prisão e 35 dias-multa pelo crime de injúria após ofender duas candomblecistas em março de 2019 na Paraíba. De acordo com os autos do processo, a condenada chamou o casal de mulheres de “macumbeiras, sapatão e pomba gira dos infernos”.
Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), em João Pessoa — Foto: Ednaldo Araújo/TJPB
A mulher foi denunciada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) pelos crimes de injúria referente a raça, cor, etnia ou religião, duas vezes. Em depoimento, as vítimas narraram que convivem maritalmente há mais de 13 anos e são da religião do candomblé. Ambas confirmaram que a condenada enviou mensagens para uma testemunha com injúrias à religião das duas.
Na sentença, o juiz Geraldo Emílio Porto, da 7ª Vara Criminal de João Pessoa, destaca que os fatos descritos foram comprovados durante a fase de instrução e demonstram que a mulher praticou o crime de injúria.
Segundo o texto da sentença, a acusada, inconformada com o relacionamento amoroso que o esposo dela manteve com uma das testemunhas, passou a ofender, por mensagens, a cunhada da testemunha e a companheira dela. A condenada teria informado que as duas vítimas teriam facilitado o relacionamento extraconjugal do cônjuge dela com a testemunha.
Conforme o juiz, a ré, em uma única ação, realizou dois crimes ao mesmo tempo e, por isso, deveria sofrer as sanções com o aumento da pena previsto no artigo 70 do Código Penal, “levando-se em consideração a quantidade de infrações penais praticadas”, ressaltou o magistrado.
A pena foi convertida em duas penas restritivas de direito, sendo uma de prestação de serviços à comunidade e outra na prestação pecuniária no valor de um salário mínimo. Ainda cabe recurso à decisão.

‘Narcopentecostais’: casos de intolerância religiosa crescem com expansão de facção no Rio

Só em 2019, até setembro, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa contabilizou 176 terreiros fechados após ataques ou ameaças de traficantes
Por Rafael Soares, Da Época
Imagem contendo itens sagrados em religião de matriz africana
Itens sagrados em religião de matriz africana (Foto: Georgenes Sampaio)
Aos 23 anos, Wendel Rodrigues Oliveira é um homem de fé. Em 27 de junho, postou no Instagram uma foto da Bíblia em seu colo, com a legenda: “Indo à casa do pai agradecer por cada dia de vida e pela paz que ele vem concedendo à comunidade do Parque (Paulista) e pelo seu povo”. Mas ele é também um homem do crime, e o relógio de ouro na foto com o livro sagrado é só um indicativo de seu poder. Na comunidade que cita em suas preces, o Parque Paulista, um bairro em que moram mais de 30 mil pessoas de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o jovem é conhecido como Noventinha e comanda o tráfico de drogas. Foragido da polícia, tem mandados de prisão em seu nome por isso e por assassinato.
Esse fenômeno paradoxal dos traficantes evangélicos não é novo no Rio, mas vem se alastrando rapidamente nos últimos dois anos.Desde 2017, dobrou o número de favelas que o grupo de Noventinha domina no Rio, na esteira da derrocada de uma das facções rivais. Antes concentrada na Zona Norte do Rio, a facção se espraiou por outras regiões e chegou à Baixada Fluminense.
O crescimento desses “narcopentecostais” acrescentou uma chaga a mais nas favelas que essa facção domina. Além do tráfico de drogas e da violência cotidiana, a devoção torta aos Evangelhos se reflete na intolerância em relação às religiões de matriz africana — o que, vale sempre ressaltar, não encontra respaldo entre os verdadeiros evangélicos, que pregam a convivência pacífica e a tolerância.
Só em 2019, até setembro, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, organização que reúne membros de várias religiões e representantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público, contabilizou 176 terreiros fechados após ataques ou ameaças de traficantes — mais da metade dos casos na Baixada Fluminense. No ano passado, a comissão não recebeu nem 100 denúncias.
As investigações da Polícia Civil revelam que o aumento dos casos está diretamente ligado a um plano expansionista da facção. Quem está por trás das ordens para os ataques são os traficantes que se dizem evangélicos e se apresentam nas redes sociais como o “Exército do Deus Vivo”, como os pastores evangélicos costumam se referir aos fiéis.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

ADVOGADO CRIMINALISTA DO JÚRI DR. JOÃO BATISTA MARTINS DE SOUZA –OAB/RJ. 59615.
ACIDENTE DE TRÂNSITO E DO TRABALHO
AÇÕES TRABALHISTAS
ASSISTÊNCIA JURÍDICA EM GERAL
DRJBAYRA@HOTMAIL.COM - TEL: 21 99136-4780
DUQUE DE CAXIAS, RJ.ATUAMOS EM TODO O BRASIL, PRINCIPALMENTE NO TRIBUNAL DO JÚRI.

ASSESSORIA ESPIRITUAL AFRO BRASILEIRA

BABALORISHÁ JOÃO BATISTA DE AYRÁ
WHATSAPP (21) 991.364.780
Sede em Duque de Caxias, RJ.

VAMOS MELHORAR DE VIDA ATRAVÉS DA MAGIA E DE FEITIÇOS

Os tempos estão muito difíceis, desemprego, desapego de pessoas queridas, todos os seguimentos religiosos, evangélicos, espíritas, católicos oferecem caminhos, porém, somente o candomblé, com as suas quiumbandas, quimbandas, candomblé de caboclo e xambá entre outras magias, é que está preparado para dar uma resposta mais rápida a tantos problemas, tudo através de magia e feitiços, é só nos procurar, e iremos trabalhar com todas as formas de magias para restituí-lo ao seu caminho de prosperidade e progresso, temos em nossas mãos as mais variadas formas de magias e feitiços para recolocá-lo nos trilhos, é só querer, venha no procurar, e o subteremos a um tratamento de choque espiritual, pois Deus não quer ninguém na miséria ou na míngua, venha ser feliz, temos os mais variados tipos de oráculos jogo de búzios, assistência com Exus Eguns, e outras entidades, não somos os melhores, mas temos caminhos espirituais que muitos não possuem, receitas do tambor de mina jêge nagô e catimbó do Maranhão. É SÓ MARCAR UMA CONSULTA, PELO TEL.(21)99136-4780,E.MAIL:DRJBAYRA@HOTMAIL.COM E O DESENGANO DA VISTA É VER.

AS BRUXAS E BRUXEDOS SEMPRE ESTIVERAM EM NOSSAS VIDAS, VAMOS TIRÁ-LOS!
OBS: ESTE ANÚNCIO É O RESULTADO DE CENTENAS DE PESSOAS QUE NOS INDAGAM SE NÃO FAZEMOS ATENDIMENTO ESPIRITUAL, A RESPOSTA, É QUE DEVIDO AS INÚMERAS ATIVIDADES COMO ADVOGADO E JORNALISTA, QUASE NÃO NOS SOBRA TEMPO PARA ESTES TIPOS DE TRABALHOS, PORÉM, AGORA RESOLVI ARRANJAR UM TEMPO MAIOR, PARA AJUDAR AS PESSOAS, QUE TANTO PRECISAM. É SÓ ME CONTATAREM.
O QUE OFERECEMOS:
EBÓ IKÚ (tirar azar, morte, caminhos fechados), EBÓ LONÃ (abertura de caminho), Limpeza astral e espiritual, EBORI (comida a cabeça para restituir o equilíbrio material e espiritual), AMANSSI (sangue verde de ervas na cabeça),OBI D’ÁGUA, EBÓ DE SAÚDE, trabalhos com BABÁ EGUM, tirada de inimigos dos caminhos, firmeza nos trabalhos e negócios, fechamento de corpo contra feitiços e quizilas e muito mais.
É SÓ MARCAR UMA CONSULTA, PELO 
TEL. (21)99136-4780,

E.MAIL:DRJBAYRA@HOTMAIL.COM. 

E O DESENGANO DA VISTA É VER
Congresso derruba 18 vetos de Bolsonaro à Lei de Abuso de Autoridade
Foram mantidos 15 de 33 pontos vetados por Jair Bolsonaro
Sessão que analisou os vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Abuso de Autoridade Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
Adicionar legenda


Sessão que analisou os vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Abuso de Autoridade Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo


BRASÍLIA — O Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira, 18 dos 33 pontos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro na Lei de Abuso de Autoridade . Com isso, esses trechos reinseridos pelos parlamentares, que equivalem a 10 artigos, passam a valer desde já como lei. Já os vetos de Bolsonaro mantidos pelo Congresso ficam definitivamente fora da lei.
sessão foi antecipada em uma semana , por decisão de Alcolumbre, depois da Operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), acusado de receber propina no período em que foi ministro da Integração Nacional do governo de Dilma Rousseff.
Um dos pontos que agora estão na legislação prevê pena de um a quatro anos de detenção para os juízes que decretarem a prisão de réus em “desacordo com as hipóteses legais” — o item foi criticado por magistrados e procuradores por ser muito abrangente e permitir interpretações que possam inibir investigações. Na visão do jurista Walter Maierovitch, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o trecho da lei não deve ter grande efeito prático do jeito que foi redigido na prática.
— Este ponto da lei trata sobre prisões em descordo com as hipóteses legais e nessas hipóteses estão a prisão temporária, preventiva e em flagrante. Agora, o juiz pode decretar prisão motivada pela convicção dele, existe o princípio da livre convicção do juiz. Ainda que a prisão seja reformada em outra instância, isso não é abuso de autoridade. Abuso será tipificado em situações em que a prisão fuja completamente do que está previsto na letra da lei.
Os parlamentares também decidiram punir com pena de seis meses a dois anos de detenção quem negar ao "interessado, seu defensor ou advogado a qualquer procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, exceto peças cujo sigilo seria imprescindível". Outro ponto que voltou ao texto é a punição para os investigadores que anteciparem, inclusive via redes sociais, "atribuição de culpa, antes de concluídas as investigações".
A articulação foi feita no fim de semana, quando Alcolumbre ligou para colegas em busca de consenso sobre a derrubada de parte dos vetos à lei aprovada pelo Congresso em agosto e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês.
O presidente do Senado continuou procurando senadores pedindo a derrubada dos vetos nesta terça-feira. Ele montou uma força-tarefa, liderada pelos senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Eduardo Braga (MDB-AM), para ligar para os colegas e visitar gabinetes.
Marcos Rogério disse que o presidente Jair Bolsonaro não foi bem assessorado nas discussões:
— O presidente foi mal orientado ao vetar alguns trechos. Não acredito, por exemplo, que ele concorde com prisão sem embasamento legal. É um absurdo — disse o senador.



O QUE MUDA NA LEI


Bolsonaro havia feito


Foram mantidos


15 vetos e


33 vetos em


derrubados


artigos


18 vetos


da lei


Veja os principais:


3


Pena de seis meses a


dois anos para o


ITENS


responsável por investi


-


PERMANECEM


gação que antecipar,


NA LEI DE


inclusive por rede


ABUSO DE


social, atribuição de


AUTORIDADE


culpa, antes de con


-


cluído o caso


1


4


Punição de um a


Pena de detenção de


quatro anos de deten


-


um a quatro anos para


ção para a autoridade


quem obrigar o preso a


que decretar medida


produzir prova contra si


de privação da liber


-


mesmo ou contra ter


-


dade (prisão) em desa


-


ceiro


cordo com as hipóte


-


ses legais


2


5


Pena de seis meses a


Pena de um a quatro


dois anos de detenção


anos de detenção ao


para o agente público


responsável por perse


-


que omitir sua identi


-


cução penal, civil ou


dade ao prender alguém


administrativa sem justa


causa fundamentada ou


contra quem sabe ino


-


cente



3


Pena de seis meses a


dois anos de para quem


ITENS


submeter o preso ao


EXCLUÍDOS


uso de algemas quando


DA LEI DE


não houver resistência


ABUSO DE


à prisão, ameaça de


AUTORIDADE


fuga ou risco à integri


-


dade física do preso


1


4


Pena de detenção de


Pena de três meses a


um a quatro anos para


um ano a quem coibir,


quem prender alguém


dificultar ou impedir,


sem que haja flagrante


sem justa causa, a


nem ordem escrita de


reunião, a associação


autoridade judicial


ou o agrupamento pací


-


fico de pessoas para


fim legítimo


2


5


Pena de seis meses a


Pena de seis meses a


dois anos para quem


dois anos de detenção,


fotografar ou filmar um


e multa, a quem omitir


preso ou investigado,


dado ou informação


sem seu consentimento


sobre fato juridica


-


ou mediante constrangi


-


mente relevante e não


mento ilegal


sigiloso
Weverton Rocha (MA), líder do PDT no Senado, se manifestou contra a busca e apreensão contra o líder do governo, mesmo sendo da oposição.
— Vamos falar a verdade aqui. A polícia do (ministro Sergio) Moro invadiu o gabinete do Bolsonaro — disse Weverton durante a sessão do Senado.
Líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) afirmou que a operação da PF teve interferência na votação. Na manhã desta terça-feira, Alcolumbre e um grupo de senadores tiveram uma reunião com o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para apresentar um recurso contra a decisão que permitiu o cumprimento dos mandados — o despacho foi assinado pelo ministro Luís Roberto Barroso.
— Lamentavelmente, isso (busca a apreensão) pesou. Quem está insatisfeito com a ação contra ele deveria assinar a CPI dos Tribunais Superiores, e não votar essa lei que dificulta o combate ao crime. Hoje, é dia de festa no mundo do crime — disse o senador, que defendia a manutenção de todos os vetos de Bolsonaro.
Na última hora, em acordo articulado por Alcolumbre, PT e PCdoB retiraram dois destaques que poderiam atrasar a votação e mudar o resultado.
Os vetos criaram polêmica no Congresso. Na Câmara, líderes do centrão pregam abertamente a derrubada desde que eles foram anunciados. O clima azedou de vez depois do mandado de busca e apreensão contra Bezerra. A ação foi autorizada pelo ministro do Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bezerra e seu filho, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), foram alvo da Operação Desintegração.
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator da Lei de Abuso de Autoridade na Câmara, comemorou o resultado da votação e ironizou a decisão de Barroso que autorizou o cumprimento de mandados contra Fernando Bezerra Coelho:
— Foi muito melhor do que eu esperava. Obrigada, Barroso — disse Barros.
Na tribuna, a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP), pediu, em vão, que as decisões de Bolsonaro fossem mantidas pelos parlamentares. Segundo ela, o contrário representaria a "fragilização dos órgãos de controle":
— Haverá um clima de constrangimento e insegurança por parte de delegados, promotores, juízes, pessoas que conduzem operações no combate ao crime organizado, no combate à corrupção, no combate aos crimes violentos e promoveremos um enorme benefício ao crime organizado.
Alcolumbre negou que se trate de uma resposta ao mandado contra Bezerra, dizendo que a derrubada de parte dos vetos é um "desejo legítimo do Parlamento". Ele também disse que não considera a votação uma derrota para o governo.

— É o fortalecimento do Congresso — afirmou.