QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2013
Wyllys vai processar Feliciano por difamação em vídeo
Wyllys afirmou que pastor faz 'campanha nojenta' contra ele |
O vídeo “Marco Feliciano Renuncia” de oito minutos (ver abaixo) foi postado na segunda-feira (18) por um assessor de Feliciano e rapidamente se espalhou pela rede social por dar a entender que o deputado tinha saído da presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, da Câmara.
Mas a “renúncia” do pastor, no caso, diz o vídeo em referência aos protestos contra o deputado, é à “privacidade” e às “noites de paz e sono tranquilo”, para cuidar dos direitos humanos. O vídeo termina com o pastor com cara de choro, colocando-se como vítima. Feliciano admitiu que o responsável pelo vídeo é um assessor seu, mas acrescentou que desconhecia o conteúdo.
Wyllys afirmou que o vídeo faz parte de uma “campanha nojenta”, com “frases mentirosas” atribuídas a ele em relação aos cristãos, além da insinuação de que defende a pedofilia.
O deputado falou que a autoria do vídeo já está identificada, faltando, agora, saber quem atribuiu a ele críticas aos cristãos. Falou que, se ficar provado que foi o pastor ou algum assessor dele, "vou entrar com outra representação criminal", disse.
Os deputados petistas Domingos Dutra (MA) e Erica Kokay (DF) também assinaram a representação contra Feliciano que estava prevista para ser protocolada hoje.
O vídeo da "renúncia" desagradou inclusive integrantes do PSC, aumentando, assim, as pressões do próprio partido de Feliciano para que ele renuncie. Na manhã de hoje, o líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), afirmou ao G1 que Feliciano estava analisando a possibilidade de renunciar, o que o pastor negou.
Moura disse que o partido não tem poder para destituir Feliciano da presidência da comissão. “Regimentalmente, só cabe a ele tomar essa decisão”, disse.
Realizou-se hoje à tarde a segunda sessão da Comissão de Direitos Humanos desde que Feliciano foi eleito o seu presidente. Desta vez, a sessão foi em conjunto com a Comissão de Seguridade Social, para tratar dos direitos humanos dos portadores de transtornos mentais.
Feliciano chegou por volta das 2h30 amparado por seguranças e foi recebido por gritos “retrocesso não” de manifestantes. Oito minutos após o início da sessão, Feliciano passou a condução da pauta para o deputado Henrique Afonso (PV-AC).