sábado, 16 de novembro de 2019


segunda-feira, 16 de maio de 2011



Felipa, onde vivem 46 famílias descendentes de escravos trazidos da Ilha de Bolore, em Guiné Bissau, na África. O Maranhão é um dos estados com maior percentual de negros do país. Mais de 70% da
população se autodeclara negra e lá também é encontrada grande quantidade de quilombos. Segundo o Centro de Cultura Negra, existem 527 comunidades quilombolas no estado, mas somente 23 delas têm o título de propriedade. Cento e vinte e três anos depois da libertação,
os descendentes de escravos que vivem em quilombos ainda lutam pelo direito à terra. Com poucos recursos para produzir, muitos quilombolas vivem em situação de pobreza. Os indicadores sociais são desanimadores. A maioria dos adultos mal sabe ler e escrever.
Neste dia 13 de maio, comunidades quilombolas de várias partes do Maranhão estarão reunidas. A festa será ao som de tambor de crioula, dança típica dos quilombos. Henrique França, coordenador do Centro de Cultura Negra do Maranhão, comenta que celebrar o dia 13
de maio é acima de tudo, denunciar e refletir contra o racismo.

COMENTÁRIO ( 16/11/2019)

O Maranhão, depois da Bahia, foi o Estado que mais recebeu levas e mais levas de negros trazidos ao Brasil na condição análoga a de escravos, daí a pesquisa retratada supra, fazer jus a verdade sobre o negro no Brasil, queremos acrescentar ainda, que a população do Maranhão, juntamente com a população indígena, que a época era a maioria, com a vinda dos negros, tornou-se maior ainda, o que se tornou uma preocupação aos brancos colonizadores, o que facilitou a invasão francesa principalmente, que foi a mais importante, que deu uma alavancada no progresso no Maranhão, isto sem falar na herança cultural, deixada pelos franceses, daí, o Maranhão ter ficado conhecido nos anais da história, como um dos maiores centros culturais do Brasil, conhecida a sua Capital São Luís, como a Atenas Brasileia, e onde até os dias atuais, se fala o melhor português no Brasil, sendo o maranhense dotado de uma inteligência acima do normal, em relação aos demais estados da Federação, que o diga os grandes nomes nas letras, nas artes cênicas, na música, na política, etc. Como por exemplo: Ferreira Goulart, Artur Azevedo, João Lisboa, Jorge Versillo, Alcione, Joãozinho Trinta, Bequimão, José Sarney, grandes cantores e  compositores do folclore maranhense do Bumba Meu Boi, como Chagas, João Chiador, Humberto do Maracanã, Coxinho, entre outros. Na religiosidade do Tambor de Mina, outros nomes também se destacaram ao longo da história afro-descendente, por exemplo: Ribamar Curador (José de Ribamar de Castro Lisboa), José Cupertino (que levou a Umbanda para o Maranhão), José Negreiro grande feiticeiro, que marcava dia e hora para o indigitado cair), Vô Severa, Mãe Mundica Tainha (grande  feiticeira), Mãe Denira do Bairro de Fátima, grande feiticeira e a primeira conselheira espiritual do ex-presidente José Sarney, pois foi através dela que ele venceu grandes inimigos políticos e começou a dar os seus primeiros passos na política maranhense, Jorge Itacy, Euclides Talabiam ( que levou o Candomblé para o Maranhão), Pai Bita do Maranhão, que transformou a Cidade de Codó em um grande centro de Umbanda/Terecô, entre muitos outros.
Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.
Comentário - de João Batista de Ayrá, Babalorixá/Voduno, advogado, jornalista, e pesquisador - E-Mail. drjbayra@hotmail.com   - colaboração do seguidor deste Blog OXAGUIAN ILEJEGBO