segunda-feira, 16 de maio de 2011
Felipa, onde vivem 46 famílias descendentes de escravos trazidos da Ilha de
Bolore, em Guiné Bissau, na África. O Maranhão é um dos estados com maior
percentual de negros do país. Mais de 70% da
população se autodeclara negra e lá também é encontrada grande quantidade de
quilombos. Segundo o Centro de Cultura Negra, existem 527 comunidades
quilombolas no estado, mas somente 23 delas têm o título de propriedade. Cento
e vinte e três anos depois da libertação,
os descendentes de escravos que vivem em quilombos ainda lutam pelo direito à
terra. Com poucos recursos para produzir, muitos quilombolas vivem em situação
de pobreza. Os indicadores sociais são desanimadores. A maioria dos adultos mal
sabe ler e escrever.
Neste dia 13 de maio, comunidades quilombolas de várias partes do Maranhão
estarão reunidas. A festa será ao som de tambor de crioula, dança típica dos
quilombos. Henrique França, coordenador do Centro de Cultura Negra do Maranhão,
comenta que celebrar o dia 13
de maio é acima de tudo, denunciar e refletir contra o racismo.
COMENTÁRIO ( 16/11/2019)
O Maranhão, depois da Bahia, foi o Estado que mais
recebeu levas e mais levas de negros trazidos ao Brasil na condição análoga a
de escravos, daí a pesquisa retratada supra, fazer jus a verdade sobre o negro
no Brasil, queremos acrescentar ainda, que a população do Maranhão, juntamente
com a população indígena, que a época era a maioria, com a vinda dos negros,
tornou-se maior ainda, o que se tornou uma preocupação aos brancos
colonizadores, o que facilitou a invasão francesa principalmente, que foi a
mais importante, que deu uma alavancada no progresso no Maranhão, isto sem
falar na herança cultural, deixada pelos franceses, daí, o Maranhão ter ficado conhecido nos anais da história, como um dos maiores
centros culturais do Brasil, conhecida a sua Capital São Luís, como a Atenas
Brasileia, e onde até os dias atuais, se fala o melhor português no Brasil,
sendo o maranhense dotado de uma inteligência acima do normal, em relação aos
demais estados da Federação, que o diga os grandes nomes nas letras, nas artes
cênicas, na música, na política, etc. Como por exemplo: Ferreira Goulart, Artur Azevedo, João
Lisboa, Jorge Versillo, Alcione, Joãozinho Trinta, Bequimão, José Sarney,
grandes cantores e compositores do
folclore maranhense do Bumba Meu Boi, como Chagas, João Chiador, Humberto do
Maracanã, Coxinho, entre outros. Na religiosidade do Tambor de Mina, outros
nomes também se destacaram ao longo da história afro-descendente, por exemplo: Ribamar
Curador (José de Ribamar de Castro Lisboa), José Cupertino (que
levou a Umbanda para o Maranhão), José Negreiro grande feiticeiro, que
marcava dia e hora para o indigitado cair), Vô Severa, Mãe Mundica Tainha
(grande feiticeira), Mãe Denira do
Bairro de Fátima, grande feiticeira e a primeira conselheira espiritual do
ex-presidente José Sarney, pois foi através dela que ele venceu grandes
inimigos políticos e começou a dar os seus primeiros passos na política
maranhense, Jorge Itacy, Euclides Talabiam ( que levou o Candomblé para o
Maranhão), Pai Bita do Maranhão, que transformou a Cidade de Codó em um grande
centro de Umbanda/Terecô, entre muitos outros.
Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.
Comentário - de João Batista de Ayrá, Babalorixá/Voduno, advogado,
jornalista, e pesquisador - E-Mail. drjbayra@hotmail.com - colaboração do seguidor deste Blog OXAGUIAN ILEJEGBO