domingo, 22 de novembro de 2015
Professor perde salário de
R$ 14 mil por ato racista
Professor perdeu um emprego público com
estabilidade e salário de R$ 14 mil por cometer ato racista durante aula na
Universidade Federal do Espírito Santo. Meça suas palavras, parça.
Em
novembro de 2014, a Ouvidoria da Ufes recebeu duas denúncias envolvendo o
professor Malaguti. Uma delas realizada por alunos do curso de Ciências
Sociais. Na ocasião, Malaguti teria feito declarações racistas dentro de sala
de aula durante uma discussão sobre cotas raciais.
“Eu
detestaria ser atendido por um médico negro ou advogado negro”
Segundo
os presentes ele teria justificado sua frase com a seguinte explicação:
“Tenho
dificuldade em adaptar minha linguagem culta para explicar conteúdos para uma
turma incapaz, onde há presença de alunos cotistas, que não possuem capacidade
de interpretação de termos complexos”
Com o
intuito de apurar as denúncias, foi nomeada uma Comissão de Sindicância a fim
de apurar se a atitude do professor configurou infração disciplinar, com base
na a Lei 8.112 (que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores publicos
civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais), e apresentar a conclusão do
processo.
E a
conclusão não poderia ter sido diferente. Resultou na DEMISSÃO do professor.
Depois de 31 anos como professor concursado da Universidade Federal do Espírito
Santo, o professor Manoel Luiz Malaguti perdeu o emprego, a estabilidade e um
salário de R$ 14.000,00.
Este
gesto simbólico serve de exemplo para os aprendizes de racistas que destilam
ódio racial nas redes sociais. Se até professor concursado é punido, imagine
você analfabeto funcional que acredita em hierarquia racial.
Veja aqui
neste vídeo uma entrevista do professor dias após a denúncia. Ele ainda se
vangloriando do gesto que resultou em sua demissão.
Fonte: enfu