sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ÍNDIO DE VERDADE TEM QUE MORRER DE MALÁRIA, TÉTANO E PARTO, DIZ APRESENTADORA DE TV DO MATO GROSSO
A Jornalista Fabélia Oliveira, apresentadora do programa “Sucesso do Campo” que foi apresentado no último dia 8, na Rede Goiás, afiliada da Rede Record, fez comentários atacando os índios ao criticar o samba-enredo da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense.
Entitulado “Xingu, o clamor que vem da floresta”, faz crítica ao agronegócio e a usina de Belo Monte, onde a apresentadora questionou “qual o conhecimento o tradicional malandro carioca tem para falar do homem do campo, para falar do índio, da floresta, para dizer que está certo ou errado e para dizer que alguém pede socorro. Eles falam que a floresta está pedindo socorro, mas não abrem mão da tecnologia do dia-a-dia, eles não abrem mão do veículo que eles andam”, disse.
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“Ah, mas o Xingu está pedindo socorro, por quê? Alguém foi lá? Alguma coisa contra os índios? Não. Eles (índios) querem preservar a cultura e estão corretos, sou a favor dessa preservação se for o índio original, agora deixar a deixar a mata preservada para comer comida de geladeira não é cultura indígena, não”, continuou Fabélia.
“A minha opinião pode chocar muitos brasileiros. Eu sinto muito. Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Porque há um controle populacional natural. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Se quer lá, ele vai comer, ele vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham antigamente, aí justifica”.
A jornalista não parou por aí. A apresentadora criticou a perda da cultura indígena e afirmou que os agricultores é que são heróis: “Já passei em aldeias indígenas que tivemos que pagar o maior pedágio, que era cinco vezes superior ao tradicional e com estradas horríveis, e estava lá o índio de óculos de sol, aparelho nos dentes, antena parabólica e caminhonete. Isso não é heroísmo, heroísmo é o produtor que trabalha sol a sol dia-a-dia”.
A Rede Goiás não se pronunciou sobre o caso pois o programa é terceirizado e “as opiniões são de responsabilidade dos idealizadores”.