terça-feira, 29 de maio de 2012
Atualizado em 29 de maio, 2012 - 15:40 (Brasília) 18:40 GMT
Um padre britânico desenvolveu uma técnica inusitada para atrair fiéis: ele cospe fogo durante a missa.
Na missa de Pentecostes, na Igreja de St. James em Cheltenham, região sudoeste da Inglaterra, Nick Davies revelou a novidade aos cerca de 150 presentes.
O reverendo contou que tudo começou em churrascos com os amigos. Ele aprendeu o truque apenas para divertir as pessoas.
Mas, ele resolveu levar a brincadeira para a missa quando lembrou da história do dia de Pentecostes quando, de acordo com a Bíblia, os discípulos de Jesus estavam juntos quando sentiram a presença do Espírito Santo e apareceram o que pareciam ser línguas de fogo.
Para Davies, esta imagem da Bíblia é difícil de imaginar e, por isso, ele resolveu usar o truque com o fogo.
BBC
Mordomo do papa é indiciado por vazamento de informações
Atualizado em 26 de maio, 2012 - 13:21 (Brasília) 16:21 GMT
O mordomo e assistente pessoal do papa Bento 16, Paolo Gabriele, foi indiciado no caso que investiga o roubo de documentos confidenciais do Vaticano e o vazamento de informações para a imprensa.
Gabriele, de 46 anos, é um dos poucos funcionários que têm acesso à parte privada do apartamento papal.
Autoridades confirmaram que ele foi preso devido à posse ilegal de documentos e que ele está recebendo assistência legal de dois advogados.
A série de vazamentos na mídia italiana, apelidada de Vatileaks, revelou supostos casos de corrupção, má administração e conflitos internos no Vaticano.
O mordomo vive com sua mulher e três filhos em um apartamento dentro dos muros do Vaticano, onde a mídia italiana disse que foi encontrada uma pilha de documentos confidenciais.
"Eu confirmo que a pessoa detida na quarta-feira por posse ilegal de documentos particulares é o senhor Paolo Gabriele, que permanece detido", disse o porta-voz da Santa Sé padre Federico Lombardi, segundo a TV italiana Rai.
Como não há prisões no Vaticano, Gabriele estaria detido em uma das três salas "seguras" nos escritórios da força policial do Vaticano.
Se condenado, ele poderá ser condenado a até 30 anos de prisão por posse ilegal de documentos de um chefe de Estado, que seriam provavelmente cumpridos em uma prisão italiana, devido a um acordo entre a Itália e o Vaticano.
O escândalo do Vatileaks vem dominando manchetes de jornal e programas de TV na Itália nos últimos dias.
Na semana passada, um livro chamado "Vossa Santidade", contendo trechos de cartas confidenciais e bilhetes trocados entre o papa e seu secretário, foi publicado por um jornalista italiano.
O Vaticano chamou o livro de "criminoso" e prometeu processar o autor, a editora e o responsável pelos vazamentos.
Os documentos entregues à imprensa incluem uma carta do atual embaixador do Vaticano em Washington para o papa, mencionando tratamento preferencial, nepotismo e corrupção entre administradores da Cidade do Vaticano.
Havia também documentos com críticas ao número dois do papa, o cardeal Tarcisio Bertone, e relatos de pagamentos suspeitos feitos pelo Banco do Vaticano (Instituto para as Obras Religiosas, IOR).
Na última quinta-feira, o presidente do Banco do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, foi destituído do cargo.
Fontes ligadas à investigação dizem que ele também teria vazado documentos, apesar de a razão oficial para a demissão ter sido a falta de resultados na função.
O próprio Tedeschi disse que a decisão de removê-lo da liderança do banco foi uma punição devido à sua tentativa de tornar o banco "mais aberto".
BBC
Comissão de juristas pretende tornar homofobia crime no País
Senado quer ampliar a quantidade de situações em que pessoa pode responder na Justiça por discriminação AE |
selo
A comissão de juristas do Senado responsável por propor o novo Código Penal pretende tornar crime a homofobia e ampliar a quantidade de situações em que uma pessoa pode responder na Justiça por discriminação. Pelo texto, poderá ser processado quem pratica discriminação ou preconceito por motivo de gênero, identidade ou orientação sexual e também em razão da procedência regional.
Leia também: Governo recebe 3,4 denúncias de homofobia por dia
Pela legislação atual, só podem responder a processo judicial quem discrimina por causa da raça, da cor, da etnia, da religião ou da procedência nacional. Assim como na legislação em vigor, que segue a Constituição Federal, a conduta será considerada imprescritível (o discriminado pode processar a qualquer momento), inafiançável e não passível de perdão ou indulto.
A comissão manteve para os crimes a mesma pena aplicada hoje pela Lei 7.716, de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor: de 2 a 5 anos de prisão. A ideia é incorporar toda essa legislação ao novo Código. A pena para a prática pode ser aumentada em um terço até a metade caso a discriminação tenha sido cometida contra menores.
As condutas
Os juristas decidiram apresentar um rol de condutas que seriam consideradas discriminatórias. Entre elas, impedir o acesso de alguém, devidamente habilitado, a uma repartição pública ou privada, assim como a promoção funcional de alguém, por exemplo, pelo fato de ser mulher, homossexual ou nordestino. O crime também estaria configurado se a discriminação ocorrer em meios de comunicação e na internet.
O presidente da comissão e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, considerou um avanço a proposta aprovada. A comissão tinha prazo até o fim do mês para entregar o anteprojeto ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os trabalhos, porém, foram prorrogados até o dia 25 de junho.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Pastor liderava grupo de sequestradores em Porto Velho
Pastor liderava grupo de sequestradores em Porto Velho
Nazareno também é servidor público da Prefeitura de Porto Velho, e dono de uma casa de recuperação para dependentes químicos, mas, ao invés de recuperar os jovens viciados, recrutava-os para o crime.
Ele foi preso no último sábado,19, no bairro Cidade do Lobo após ter, segundo o delegado José Marcos – responsável pelo caso –, praticado extorsão mediante sequestro de duas vítimas, ambas mulheres. Junto com o pastor também foram presos: Alex Moreira Viana, 25, Claudio Sérgio Góes, 25, e um menor de 18 anos, apontados por participar da quadrilha liderada por Nazareno.
O líder do grupo já tinha passagem pela polícia. Em 2004, foi preso por roubo e, segundo ele, era taxista.
Notícias Cristãs com informações do Rondônia Dinâmica
Se for republicar, informe autores, tradutores, editora, links de retorno e fontes. Não é autorizado o uso comercial deste conteúdo. Não edite nem modifique o conteúdo. Extraído do site NOTÍCIAS CRISTÃS: http://www.noticiascristas.com/2012/05/pastor-liderava-grupo-de-sequestradores.html#ixzz1wI7rGopV
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Decisão polêmica22/05/2012 | 16h04
Conselho mantém decisão de retirar crucifixos das salas do Judiciário gaúcho
Conselho da Magistratura do TJ entende que não cabe reformulação de decisão anterior
O Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) decidiu que os prédios do Judiciário gaúcho continuarão sem crucifixos nos seus espaços públicos. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira pelos membros do conselho.
Eles não atenderam a um pedido da Associação de Juristas Católicos no sentido de que os crucifixos voltassem a ornamentar as salas do Judiciário, como acontecia até fevereiro.
Foi naquele mês que, pela primeira vez, o Conselho da Magistratura tomou decisão administrativa, no sentido de remover os símbolos religiosos dos espaços onde ocorrem julgamentos. Isso ocorreu em atendimento a um pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e também de outras entidades, que argumentam que a Constituição Brasileira considera o Estado brasileiro laico — portanto, sem religião oficial.
Na decisão, o conselho considerou que não cabe reformulação a uma decisão anterior de um presidente do TJ-RS, Marcelo Bandeira Pereira, que já optara pela remoção dos crucifixos.
Eles não atenderam a um pedido da Associação de Juristas Católicos no sentido de que os crucifixos voltassem a ornamentar as salas do Judiciário, como acontecia até fevereiro.
Foi naquele mês que, pela primeira vez, o Conselho da Magistratura tomou decisão administrativa, no sentido de remover os símbolos religiosos dos espaços onde ocorrem julgamentos. Isso ocorreu em atendimento a um pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e também de outras entidades, que argumentam que a Constituição Brasileira considera o Estado brasileiro laico — portanto, sem religião oficial.
Na decisão, o conselho considerou que não cabe reformulação a uma decisão anterior de um presidente do TJ-RS, Marcelo Bandeira Pereira, que já optara pela remoção dos crucifixos.
ZERO HORA
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Babalorixá Valdemiro BaianoFalecido aos 79 anos, homem negro, alto, rápido e imponente
Valdemiro Costa Pinto - 13 de dezembro de 1928 - 21 de fevereiro de 2007
Conhecido como Valdomiro de Xangô ou simplesmente Baiano, apelido que ganhou no Rio de Janeiro em razão da sua origem baiana. Valdemiro foi iniciado pelo Babalorixá Cristóvão de Ogun, filho de santo de Dona Maria da Paixão, também conhecida por Maria de Olorokê. Dona Maria e seu marido, Tio Firmo ou Babá Erufá, ambos ex-escravos, foram os fundadores do Axé Olorokê, tradicional terreiro da nação Efan em Salvador, Bahia. Na década de 1970 passou a fazer parte da nação Ketu ao tomar suas obrigações com Mãe Menininha do Gantois. Tornou-se um dos principais difusores do candomblé da Nação Ketu, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a partir da década de 1980. Era filho de Xangô e Ogum. Pai Valdemiro foi iniciado aos 15 anos de idade, e teve filhos de santo espalhados em vários estados do Brasil, como Ceará, Paraná, Bahia, São Paulo e no Rio de Janeiro, assim, viveu constantemente em viagens dando assistência aos diversos filhos.
Em sua vida, Pai Valdemiro fundou três Casas de Axé: a primeira na cidade Rio de Janeiro, a segunda na Chacrinha em Caxias, e a atual, no Parque Fluminense também em Caxias, já na década de 1940, o Ilê Babá Ogún Megégé Axé Barú Lepé (casa de candomblé de Xangô), conhecida também por terreiro de Santo Antonio dos Pobres ou mais popularmente entre os adeptos da religião como o terreiro do Parque Fluminense, todas no Estado do Rio de Janeiro. Afirmava que quem deu início ao candomblé na Baixada foi Pai Joãozinho da Goméia e que em seguida veio seu Pai de Santo Cristóvão Lopes dos Anjos. Atualmente, o terreiro encontra-se em processo de tombamento como patrimônio histórico pelo Ministério da Cultura.
Valdemiro Baiano não tinha ideais políticos, mas possuía uma visão crítica dos problemas do candomblé. Em entrevista afirmou: “O que eu acho muito no candomblé é a desunião, um só quer derrubar o outro. Um quer sempre mais do que outro, o candomblé é muito desunido. O protestantismo é mais unido, o candomblé mede força”. Ressaltou que essa desunião é hereditária no candomblé, vem da África. ”Já as nações mediam forças entre si e isso é próprio do candomblé, nós podemos melhorar, mas não tem como acabar com isso”.
Em sua época, rezava a tradição no Brasil que a condição de Sacerdotes do Candomblé era exclusivamente feminina. Ao tornar-se “Pai de Santo” enfrentou fortes manifestações de preconceito e discriminação. Com o tempo passou a ser referência no grupo de lideranças religiosas dos cultos afro-brasileiros.
Tornou-se muito conhecido e influente nas comunidades de terreiros. Conviveu com outros nomes importantes do Candomblé, como: Joãozinho da Goméia, Bobó de Yansan, Diniz de Oxun, entre outros.
Indiscutível! Pai Valdemiro de Xangô deixou grande e expressiva contribuição para a resistência e enfrentamento à perseguição do legado cultural e religioso africano no Brasil: o ‘saber’ do misterioso culto dos Orixás.
Após o falecimento de Valdomiro de Xangô, seu filho Sandro de Oxoguian foi empossado como sucessor.
Pesquisa realizada pelo Jornal A Gaxéta
segunda-feira, 21 de maio de 2012
FG News : Separada, ex-primeira-dama vira evangélica e, aos 47, decide trabalhar |
Enviado por folhagospel em 21/05/2012 09:50:08 (109 leituras) |
Aos 47 anos de idade, Rosane Malta (antes conhecida como a ex-primeira-dama Rosane Collor) revelou a amigos que pretende começar a trabalhar.
Sem experiência profissional nem formação acadêmica, ela ainda não sabe onde, nem como, mas diz estar disposta a dar uma sacudida na vida. Solteira sem filhos, Rosane vive sozinha na mansão nababesca construída quando ainda era casada com o ex-presidente na capital alagoana e divide seu tempo entre a academia de ginástica e as atividades religiosas e sociais da igreja evangélica batista El Shaddai, à qual se converteu alguns anos atrás. Aos poucos amigos com quem tem algum contato, Rosane tem se queixado do tédio e da solidão. Na mansão, ela vive cercada apenas de funcionários e seguranças escolhidos e contratados pelo ex-marido, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e diz que não deixa o imóvel com medo de ficar sem um teto para morar. O objetivo é comprar um apartamento próximo à orla de Maceió, arrumar um emprego e, se possível, um namorado. Além disso, Rosane tem reclamado da falta de dinheiro. Ela move desde 2008 duas ações contra Collor no valor de R$ 1,2 milhão. A Justiça de Alagoas demorou mais de três anos só para conseguir citar o senador (cujo endereço e local de trabalho são mais do que conhecidos), mas os advogados de Rosane estão confiantes em uma decisão favorável nos tribunais de Brasília, onde a influência do ex-presidente não é tão grande. Rosane culpa o ex-marido por todos os revezes de sua vida. Desde o fato de nunca ter engravidado até os escândalos que a estigmatizaram pelo resto da vida como as suspeitas de desvio na LBA e a compra de lingerie com recursos provenientes do esquema de PC Farias, passando pela dificuldade em ter uma vida social completa em Maceió. Além disso, alimenta teorias conspiratórias quanto à sua segurança pessoal e costuma dizer que é uma das únicas sobreviventes do grupo próximo ao então presidente. A Rosane de hoje não é diferente da ex-primeira-dama apenas no nome. Depois da cafonice arrogante dos tempos de Casa da Dinda e da fase perua de grife, quando o casal dividia o tempo entre São Paulo e Miami, ela hoje é uma mulher de meia idade discreta de olhar triste. No culto da terça-feira passada Rosane passaria despercebida no templo da igreja El Shaddai localizado no bairro de classe média alta de Jatiuca, não fosse quem é. Vestida de maneira sóbria com calça e camisa claras, ela interagiu com os demais fiéis, cantou hinos e orou. Segundo frequentadores da igreja, Rosane é uma das discípulas mais assíduas e participa com afinco das obras sociais. Ironicamente, Rosane foi levada à El Shaddai pela amiga Cecília, que há 20 anos era conhecida como Mãe Cecília, responsável por celebrações misteriosas nos quintais da Casa da Dinda que envolviam sacrifícios de animais. Procurada pelo iG, Rosane se recusou a dar entrevista alegando que isso poderia prejudicar o andamento das ações que move contra Collor na Justiça. Fonte: Jornal Dia Dia |
O poder dos ebós Estigmatizados na sociedade, os chamados ‘bozós’ têm seu uso associado unicamente à bruxaria
18.05.12
fotos: divulgação
Um grande ‘agdá’ de barro, repleto de comida, farofa de dendê, galo morto, cachaça, velas e charutos, colocado numa movimentada encruzilhada da Barra, transformou a vida da dona de casa Marli*. Ela acredita que bozós foram responsáveis pelo fim de um relacionamento amoroso. Não acreditava "nestas coisas", mas depois do que viveu diz não ter mais como duvidar. Passou pelo bozó em plena luz do dia e, chegando na portaria do prédio em que morava, lembra que teve um sentimento horrível, uma vontade de se jogar embaixo de um ônibus. Chegou em casa chorando e teve o desespero acalentado pelo marido. Hoje, ela tem explicação para a angústia, aparentemente sem motivo, que sentiu.
Em menos de um mês do ocorrido, foi surpreendida com um pedido de separação. "Durante 15 anos, eu era uma pessoa magnífica: a melhor dona de casa, melhor mãe, melhor mulher do mundo e, de uma hora para outra, tudo mudou radicalmente", recorda ainda com indignação. A justificativa para o divórcio ele não escondeu: estava apaixonado por outra mulher. Uma colega de trabalho e também mãe-de-santo. "Sempre soube do interesse dela porque ele me contava dos convites para jantar, das perguntas sobre nosso relacionamento. Ele falava da paquera com deboche. Dizia que ela era feia, preta e gorda e eu confiava tanto no nosso amor que nunca ia imaginar isso".
Inconformada com a situação, Marli* chegou a procurar ajuda em terreiros. O líder da casa a que recorreu revelou que três bozós tinham sido feitos contra ela e outros estavam sendo preparados. "Disseram que o trabalho era para ele esquecer o filho também. Saí de lá rindo porque, para mim, isso ainda era impossível". Mesmo após a separação, Osmar* continuava visitando o filho diariamente. "Ele era apaixonado pelo menino. A criança não podia ter uma gripe que ele ficava louco", recorda.
A última vez que Osmar viu o filho ele ainda era um bebê. Hoje, Ítalo* tem 15 anos e a tristeza de não ter conhecido o pai. "Ele sumiu, desapareceu. Não procura o menino para nada. Não sabe se está vivo ou morto, se é gordo ou magro". A experiência transformou a vida de Marli. Mãe solteira desde então, ela enfrenta dificuldades, inclusive financeiras, para criar o único filho. "Acredito que bozós existem e têm poder para o mal, para o bem, não. Mas, pelo menos no meu caso, o feitiço virou contra o feiticeiro. Ela morreu há dois anos, cancerosa", fala com rancor.
Vítimas do preconceito
Inúmeras histórias como a de Marli contribuem para a estigmatização dos ebós. Muitos têm pavor só de pensar em bozó. Os que não têm medo têm, pelo menos, respeito à energia que acreditam existir por trás daquele prato de comida que encontram no caminho. A evangélica Marta nunca foi a um terreiro de candomblé, mas tem uma definição precisa de ebós: "São coisas que destroem a vida de qualquer um". Apesar de atribuir um poder maligno aos trabalhos feitos, ela garante que não teme despachos. "Canso de passar por cima. Outro dia, passei por um carneiro morto na encruzilhada, panela de barro, pano vermelho e tudo. Sei que o mal existe, mas o maior é Deus. Porque antes de existir o mal, existiu Jesus para desfazer esta obra".
Apesar de o candomblé ser uma religião de predominância tão forte na Bahia, a desinformação ainda é grande e contribui para o fortalecimento desta visão preconceituosa. Mas quem é adepto ou conhece um pouco do ritual dos terreiros tem uma visão diferente da maior parte da população, que prefere mesmo é passar longe dos bozós e não quer nem ouvir falar em macumba. Apesar de muitas vezes ser associado a forças negativas e até diabólicas, ebó, na língua iorubá, significa doação, sacrifício, oferenda. "Ebó é para a melhora da gente. A gente faz para uma limpeza de corpo, arria e melhora. Faz parte da nossa caminhada", revela Marileide Brito de Jesus, filha-de-santo do terreiro Ilê Axé Máa Asé Ni Odé, localizado em Simões filho. Pai Balbino de Paula, líder do Terreiro Ilê Axé Opô Aganju, de Lauro de Freitas, também defende as oferendas. "O ebó é para o bem, para abrir caminhos, para a saúde, para a prosperidade".
Não há estudos ou registros que apontem a origem dos ebós. Sabe-se apenas que o ritual foi iniciado pelos africanos e que, antes mesmo de chegar ao Brasil com os negros trazidos compulsoriamente para o trabalho escravo, a prática foi alvo de preconceito. Em terras africanas, os ebós sofreram as primeiras discriminações. Por volta do século XV, os portugueses que iniciavam o processo de colonização, estranharam a forma com que os negros cultuavam seus deuses. Diante do diferente, a reação foi de rejeição. "Os portugueses viam as oferendas e achavam que aquilo não era uma religião. Era qualquer coisa aproximada, rústica, rudimentar. Rotularam como coisa feita e daí surgiu o nome feitiço. Foi o primeiro preconceito devido à impossibilidade de compreender a religião africana além do conceito eurocêntrico de religião revelada, como a Católica", explica o antropólogo e Babalorixá Júlio Braga.
A tradição dos ebós não nasceu no Brasil, mas é perpetuada pelos terreiros de candomblé de todo o país, que lutam para manter a tradição das oferendas. No livro de autoria de Júlio Braga intitulado Na gamela do feitiço, ele analisa a discriminação contra os terreiros de candomblé nas décadas de 20 e 30. "Foi uma guerra santa que aconteceu na Bahia, na primeira metade do século passado", define. O ataque começou através dos ebós, que logo foram chamados de feitiços, mas, no fundo, atingiam a concepção de religião afro-brasileira. A repressão aos rituais chegava a ser caso de polícia e atendia aos interesses da sociedade dominante que não aceitava a forma diferente de culto dos negros.
Os ebós, que estavam nas ruas, eram os principais alvos dos ataques. A reclamação era sempre justificada pela sujeira. Textos dos principais jornais da época, como Jornal da Bahia e Diário de Notícias, davam conta desta situação. "Os jornalistas imbuídos do papel de defensores da classe dominante e da religião oficial faziam matérias dizendo que foram colocadas porcarias, coisas feitas, em frente à faculdade para matar o médico tal", recorda o antropólogo, que considera as sucessivas agressões à religião como uma tentativa de eliminar os terreiros de candomblé no estado. "Houve uma guerra e a religião conseguiu sobreviver a duras penas. Como desde aquela época as leis brasileiras já garantiam o direito a liberdade de culto, era inconcebível querer acabar com o candomblé simplesmente para atender aos interesses da Igreja Católica e da sociedade dominante".
Medo e terror
O ebó ainda hoje é, muitas vezes, visto como algo estranho que causa medo e terror. É considerado por muitos uma estupidez, um primitivismo. "Há uma série de metáforas para esconder uma preocupação maior de não querer perceber a sociedade brasileira como multirracial e pluricultural, mas o sentimento religioso afro-brasileiro é tão forte que a sociedade brasileira, historicamente, não teve como extingui-lo. As religiões afro-brasileiras venceram pelo cansaço, mas o preconceito persiste", acusa o Babalorixá.
A rejeição não conseguiu acabar com a manifestação das oferendas no candomblé, mas, por força destas ações de exclusão, os terreiros foram, paulatinamente, se deslocando dos grandes centros urbanos. Não é por acaso que muitos estão localizados nas áreas periféricas de Salvador. Em bairros populares, como Itinga e São Caetano, a reação diante de um ebó arriado é menor do que seria na Graça, Barra e Vilas do Atlântico. "Na periferia, a comunidade tem um cotidiano muito próximo da vida dos terreiros. O preconceito vem de outras categorias sociais. Não digo nem de branco ou de preto para não parecer uma dicotomia de cor. Acho que a questão é mais de classe social", conclui o antropólogo.
*Os nomes foram trocados para preservar a identidade das fontes.
fonte: A Gaxéta
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Polícia do Distrito Federal prende pastor sob acusação de pedofilia
18 de maio de 2012
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu opastor José Roberto Gois , 36, da Igreja Evangélica Renovada, sob a de acusação de abusar sexualmente de pelo menos duas crianças e uma adolescente de Águas Lindas (GO).
O número de vítimas pode chegar a mais de dez, segundo a polícia. O pastor nega que tenha praticado a violência.
A polícia começou a investigar Gois após ele ter sido denunciado pela mãe de um menino de 4 anos. Uma menina de 8 anos teria começado a sofrer o abuso quando tinha 2 anos. A terceira vítima tem 14 anos.
A delegada Valéria Martirena informou que o pastor tinha em seu computador fotos de adolescentes tiradas por ele.
Havia também, na casa do evangélico, DVDs infantis que ele usava para atrair os filhos dos fiéis.
Com informação das agências.
fonte:Zig Gospel
Edir Macedo escreve que quem não paga dízimo é ‘ladrão de Deus’
O bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal, transcreveu em seu blog vários trechos da Bíblia para afirmar que crente que não paga dízimo é “ladrão de Deus”. O blog reproduz uma foto de um bandido mascarado arrombando uma janela.
Para Macedo, essa é a explicação de a maioria dos crentes ser “fracassada”. “Sabem confessar promessas como ‘O Senhor é o meu pastor e nada me faltará…’ Mas não vivem isso. Antes, são servos dos ímpios e incrédulos.”
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 18/5/2012 10:12
Homem é preso na Tailândia com corpos de bebês para magia negra
BANCOC, 18 Mai (Reuters) - A polícia tailandesa prendeu um
cidadão britânico nesta sexta-feira depois que os corpos de seis bebês, que
teriam sido usados em um ritual de magia negra, foram encontrados dentro de
malas de viagem em um quarto de hotel em Bancoc.
Chow Hok Kuen, de 28 anos, um cidadão britânico nascido em Hong
Kong e de pais taiuaneses, foi preso na Chinatown de Bancoc e detido por posse
de restos humanos, afirmou a polícia.
Autoridades acreditam que ele tentava contrabandear os
cadáveres para Taiwan.
"Os corpos são de crianças com idades entre dois e sete meses.
Alguns foram encontrados cobertos com folhas de ouro", afirmou à Reuters o chefe
da subdivisão da unidade para Proteção das Mulheres e Crianças da polícia, Wiwat
Kumchumnan.
Não ficou claro de onde vieram os corpos.
Kuen estava hospedado em um hotel em Khao San Road, a área de
viajantes de Bancoc, mas os corpos foram encontrados em outro hotel.
A polícia havia recebido um aviso de que os corpos das crianças
estavam sendo oferecidos a clientes ricos por meio de um anúncio publicitário de
serviços de magia negra.
Os cadáveres foram comprados de um taiuanes por 200.000 baht
(6.400 dólares) e poderiam ser vendidos por até seis vezes esta quantia em
Taiwan, informou a polícia.
Rituais de magia negra ainda são praticados na Tailândia, onde
videntes oferecem cerimônias para reverter a má sorte.
Kuen pode ser condenado a um ano de prisão e a multa de 2.000
baht se for considerado culpado.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Desafiando preconceito, cresce número de igrejas inclusivas no Brasil
Luís Guilherme Barrucho
Da BBC Brasil em São Paulo
27 de abril, 2012 -
Encaradas pelas minorias como um refúgio para a livre prática da fé, as igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras.
Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país.
O número ainda é baixo se comparado à quantidade de católicos e evangélicos, as duas principais religiões do país, que, em 2009, respondiam por 68,43% e 20,23% da população brasileira, respectivamente, segundo um estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, elas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais.
O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas.
Hoje, segundo o IBGE, há 60 mil casais homossexuais no Brasil. Para grupos militantes, o número de gays é estimado entre 6 a 10 milhões de pessoas.
Segundo a pesquisadora Fátima Weiss, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mapeia o setor desde 2008, havia apenas uma única igreja inclusiva com sede fixa no Brasil dez anos atrás.
"Com um discurso que prega a tolerância, essas igrejas permitem a manifestação da fé na tradição cristã independente da orientação sexual", disse Weiss à BBC Brasil.
O número de frequentadores dessas igrejas - que são abertas a fiéis de qualquer orientação sexual - acompanhou também a emancipação das congregações. Se, há dez anos, os fiéis totalizavam menos de 500 pessoas; hoje, já são quase 10 mil - número que, segundo os fundadores dessas igrejas, deve dobrar nos próximos cinco anos.
Resistência
As igrejas inclusivas ainda enfrentam forte resistência das comunidades católicas e evangélicas. Embora a maior parte delas siga a tradição cristã - pregando, inclusive, o celibato antes do casamento e a monogamia após o matrimônio - ainda não são reconhecidas oficialmente por nenhum desses dois grupos.
Não raro, em igrejas tradicionais, os homossexuais são obrigados a esconder sua opção sexual. Descobertos, acabam sendo expulsos - ou, eventualmente, submetidos a tratamentos de "conversão" para se tornarem heterossexuais.
"Segundo a Bíblia, homossexualidade é pecado. Na igreja evangélica, gay só entra caso queira se converter e, para isso, tem de se tornar heterossexual. É uma regra de Deus", disse à BBC Brasil Silas Malafaia, fundador de uma das principais igrejas evangélicas do Brasil, a Assembleia de Deus - Vitória em Cristo.
"Tenho vários casos de ex-gays na minha igreja. Trata-se de um desvio de comportamento; afinal, gays têm a mesma ordem cromossômica que nós, heterossexuais. Depende deles, portanto, mudar sua opção sexual para serem aceitos na nossa comunidade", acrescenta.
A pernambucana Lanna Holder, de 37 anos, acreditava poder "curar" a atração que sentia por mulheres que, segundo ela, vinha "desde a infância". Usuária de drogas e alcoólatra, Lanna converteu-se a uma igreja evangélica aos 21 anos, passando a fazer pregações no interior do Brasil.
"Enquanto todas as meninas brincavam de boneca, eu soltava pipa e jogava futebol", lembra ela à BBC Brasil.
Lanna tornou-se uma das principais pregadoras da igreja Assembleia de Deus, a mais importante do ramo pentecostal no Brasil. Casou-se aos 24 anos e, dois anos depois, teve um filho.
Mas durante uma viagem aos Estados Unidos em 2002, conheceu outra pregadora, Rosania Rocha, brasileira que cantava no coral de uma filial da igreja em Boston. Um ano depois, elas tiveram um caso amoroso às escondidas e acabaram expulsas da comunidade.
De volta ao Brasil em 2007, Lanna teve a ideia de criar uma igreja voltada predominantemente para homossexuais que, como ela, não ganharam acolhida em outra vertente religiosa. Ela montou a "Comunidade Cidade Refúgio", no centro de São Paulo.
De reuniões pequenas, com apenas 15 pessoas, a igreja possui hoje 300 fiéis e planeja abrir uma filial em Londrina, no Paraná, até o fim deste ano.
Origem
O embrião das igrejas inclusivas começou a surgir no Brasil na década de 90, em pequenas reuniões feitas normalmente sob sigilo.
Nos Estados Unidos, entretanto, elas já existem há pelo menos quatro décadas, praticando o que chamam de "teologia inclusiva", com um discurso aberto à diversidade.
Um das pioneiras foi a Igreja da Comunidade Metropolitana (ou Metropolitan Church), a primeira a ter sede própria no Brasil, em 2002.
Da BBC Brasil em São Paulo
Atualizado em 27 de abril, 2012 - 06:34 (Brasília) 09:34 GMT
Convertido aos 14 anos a uma igreja evangélica, o carioca Marcos Gladstone, de 36 anos, hoje gay assumido, sempre acreditou que seria "recuperado" da atração que sentia por homens.
Durante quatro anos, ficou noivo de uma mulher, mas pouco antes de se casar, decidiu revelar à família dela sobre sua orientação sexual.
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"Não sentia amor pela minha noiva; apenas amizade. Quando disse à família dela que era gay, a fofoca se espalhou rapidamente. Ela chegou a ficar três dias sem comer", recorda.
Vítima de preconceito, Gladstone resolveu fundar em 2006, junto com seu parceiro, Fábio Inácio, de 31 anos, a "Igreja Cristã Contemporânea", pregando "um discurso de tolerância" e voltada predominantemente para o público gay.
No início, contavam apenas com cinco membros. Hoje, a igreja já tem 1,2 mil fiéis e seis filiais espalhadas pelo Brasil, além da sede no Rio de Janeiro.
Festas temáticas
Uma das formas encontradas pelas igrejas inclusivas para atrair novos fiéis e integrá-los aos membros antigos é promover festas temáticas.
Na igreja 'Comunidade Cidade de Refúgio', fundada por Lanna Holder - ex-missionária da igreja evangélica Assembleia de Deus que acabou expulsa por ser lésbica - são comuns as baladas gospel, realizadas uma vez por mês.
Na festa, chamada de "EletroGospel", bebidas alcoólicas não são permitidas. "O objetivo é que todos se divirtam com moderação. Somos cristãos e, portanto, contra qualquer promiscuidade", afirmou Lanna.
Já na 'Igreja Cristã Contemporânea', os fiéis são convidados a participar de retiros espirituais, que ocorrem durante o Carnaval.
Segundo Gladstone, a igreja recebe centenas de e-mails por dia de gays que têm medo de "sair do armário".
"Nosso trabalho é de aconselhamento. É muito importante que um jovem homossexual não se sinta sozinho mesmo quando a família não aceita sua orientação sexual."
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