quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Denunciados por morte de africano deixam prisão em Cuiabá

RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

A Justiça de Mato Grosso concedeu liberdade provisória aos três acusados de participação no espancamento e na morte do estudante africano Toni Bernardo da Silva, 27, em uma pizzaria de Cuiabá em setembro.

O empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27, e os policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro, 24, e Wesley Fagundes Pereira, 24, pagaram fiança de dois salários mínimos cada um e foram libertados na terça-feira (11), após 19 dias de prisão.

Indiciados pela Polícia Civil sob suspeita de homicídio qualificado (penas de 12 a 30 anos), os três acabaram sendo denunciados sob uma acusação menos grave pelo Ministério Público: lesão corporal seguida de morte (4 a 12 anos).

"Estou convencida de que a prisão preventiva não se torna mais indispensável como exige a legislação processual penal, devendo, por consequência, ser substituída por outra medida cautelar diversa da prisão", disse a juíza Maria Rosi de Meira Borba, na decisão.

Segundo o inquérito policial, o estudante, natural da Guiné-Bissau, foi morto a socos e pontapés após envolver-se em uma briga com o empresário Sérgio Marcelo, que estava com a namorada na pizzaria.

Os policiais militares, que estavam de folga, ajudaram a imobilizar o estudante, que passou, segundo a versão da polícia, a ser agredido até morrer.

Presos em flagrante, os três suspeitos disseram que apenas tentaram imobilizar o estudante, que aparentava estar "embriagado ou sob efeito de drogas."

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) declarou que Toni morreu por asfixia decorrente de ruptura na traqueia.

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