"A foto ao lado é um exemplo de uma sessão de descarrego no Brasil, somente para ilustrar o comentário."
Kazuaki Kinoshita, monge do grupo religioso Nakayama-shingo-shoshu, derivado de uma seita budista, e Atsushi Maishigi, de 50 anos, teriam amarrado a menina Tomomi em uma cadeira e jogado água sobre ela de uma altura de 2,5 metros, em uma prática batizada de "ablução por cachoeira".
Segundo o jornal Yomiuri Shimbun, o pai de Tomomi disse à polícia: "Minha filha estava possuída, então realizamos um ritual nela para exorcizar os demônios e para que ela ficasse bem".
"Mas ela resistiu e se tornou violenta, então tivemos de amarrá-la a uma cadeira."
Problemas mentais
A menina sofreria de problemas mentais e físicos desde o fim do ensino fundamental e já teria sido exposta à prática mais de cem vezes desde março, pouco antes de ela deixar de frequentar a escola, segundo relatos da mídia japonesa.
Na noite de terça-feira, a menina teria ficado embaixo do jato d'água por cinco minutos, antes de desmaiar. Uma ambulância foi chamada ao local e a menina foi levada a um hospital, onde foi declarada morta por asfixia.
Os dois acusados negam as alegações.
"Nossas ações buscavam exorcizar os espíritos do mal e não eram abuso físico", eles teriam dito à polícia, segundo o jornal Mainichi Daily News.
comentário
Se fosse no Brasil, os pais dessa indigitada criança teriam outras opções de tratamento espiritual, não descartando é óbvio, o tratamento médico que deve ser buscado em primeiro lugar, e em falhando este ( o que pode acontecer), deve-se buscar a chamada medicina alternativa, dentro desta, o espiritismo, o candomblé e a umbanda, que possuem condições de detectar se um estado possessivo é realmente decorrente da prevalência de um espírito sobre o ser humano, como também, podem detectar se é uma farsa. Graças a Deus, que essa prática de desobssessão violenta não é utilizada em nosso país, ficanado esta (desobssessão)adstrita, quando muito, a algumas incorporações, geralmente incentivadas pelo já tradicional "sai, sai,demônio" (que admite prova em contrário), em alguma igreja pentecostal.
João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá