segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Em Angola, aidéticos deixam remédios por crer em cura na Iurd


Em Angola, aidéticos deixam remédios por crer em cura na Iurd

Sessão de cura na Universal de Luanda (imagem do Youtube)

Pacientes com o vírus HIV de Angola estão desistindo da assistência médica da Aspalsida (Associação de Soropostivos e Ativista da Luta contra a Sida) para se tornar fiéis da Igreja Universal por acreditar na pregação dos pastores de cura divina.

Ana Paz, dirigente da associação, afirmou que a expectativa dos pacientes por um milagre com a intercessão da Igreja Mundial tem sido uma das principais causas dos abandonos do tratamento.

Por isso ela solicitou das autoridades apoio na divulgação de esclarecimento sobre a síndrome e como mantê-la sob controle. Ana citou a Republica da Zâmbia como exemplo de divulgação eficiente de informações de combate à epidemia.

Ex-colônia de Portugal, Angola tem população de cerca de 17 milhões de habitantes. Apenas 42% dos angolanos são alfabetizados.

A estimativa oficial é de que 500 mil pessoas estejam contaminadas pelo HIV. Menos de 60 mil recebem tratamento médico sistemático. Atualmente, a Aspalsida cuida de 527 adultos e 96 crianças, além de dar palestras em escolas e hospitais.

Há vários templos da Igreja Universal em Angola, onde se instalou há 18 anos. Só em Luanda, a capital do país, existem quatro.

A Folha Universal informou que recentemente houve na Catedral da Fé da Iurd em Luanda “a maior corrente de tratamento espiritual da região”. “O bispo Robson [Martins] falou da necessidade de o povo se revestir da armadura de Deus, para que nenhuma maldição prospere”, registrou o jornal.

“Os angolanos puderam testemunhar a manifestação do poder de Deus. Milhares de pessoas que chegaram ali enfermas e sofrendo com uma maldição ficaram curadas após a oração e foram libertas dos males que agiam em sua vida há décadas.”

Com informação da Angola Press e da Folha Universal.

Comenntário do Blog:

É triste e lamentável que em um país de 17 milhões de habitantes onde apenas 42% são alfabetizados, aconteça algo semelhante. Não que o poder de Deus não seja tão grande a ponto de curar doenças, mas a histeria coletiva tem sido a causadora de muitos desastres na humanidade, basta lembrar os fanáticos daquela seita que em uma ilha ceifou centenas de vidas, após a injestão de bebida alucinógena. Acredito que tal fato acontecendo em Angola, é caso de saúde pública, a partir do momento em que as pessoas estão abandonando o tratamento médico legal, para buscar uma cura subjetiva, o que não pode acontecer, a população precisa ser orientada a não abandonar seus tratamentos oficiais não obstante as suas crenças. E as crenças, sejam elas quais forem deveriam se abster de causar este tipo de polêmica, graças a Deus que no Brasil, as pessoas são mais politizadas, e jamais, quisera Deus, teremos um fato dessa natureza.