quinta-feira, 24 de março de 2011

Jean Wyllys relata ameaças de morte à Comissão de Direitos Humanos


.23/03/2011
Deputado do PSOL-RJ diz ter sido ameaçado por meio do Twitter.
Comissão de de Direitos Humanos aprovou moção de repúdio.


Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
(Foto: Saulo Cruz / Agência Câmara)Defensor das causas homossexuais na Câmara, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) relatou à Comissão de Direitos Humanos ter sofrido ameaças de morte.

O relato foi feito na reunião da comissão desta quarta-feira (23). A presidente da comissão, Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), apresentou uma moção de repúdio às ameaças sofridas pelo deputado.

“Desde que eu assumi o mandato, eu tenho sofrido com esse movimento de intimidação, mas eles [agressores] não vão conseguir me intimidar. Eu não quero fazer generalizações, mas eu sei que são fanáticos religiosos que estão fazendo isto”, disse o deputado.

Segundo Jean Wyllys, as ameaças vieram por quatro mensagens postadas na sexta-feira (18)na página do deputado no Twitter. Ele afirma que não conseguiu identificar os agressores, pois as páginas foram bloqueadas.

O deputado disse acreditar que as ameaças estejam partindo de pessoas que são contra suas propostas, especialmente a de uma emenda à Constituição (PEC) que prevê o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

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Jean Wyllys anuncia em discurso de estreia PEC do casamento gay“Casamento civil é um direito de todos, e eu vou lutar por esse direito”, afirmou o deputado.

O deputado afirmou que já está reunindo provas para registrar na polícia as ameaças. "Eu vou procurar a Justiça e buscar meus direitos. Eu não estou amedrontado, mas vou tomar todas as medidas que me são de direito", afirmou.

Além da defesa do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, Jean Wyllys articula a criação da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT [Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero], que tem lançamento previsto para a próxima terça-feira (29).

Iara Lemos
Do G1, em Brasília

comentário do blog:

Já era de se esperar essa reação, posto que, diante de uma atuação que se inicia brilhante é lógico que as forças reacionárias se movimentasem para tentar na base da violência barrar o trabalho que o deputado Jean Wyllis se propõem a fazer. Motivos pelos quais,não somente a comunidade gay, mas também toda a religião afro-brasileira, devem cerrar fileiras formando um cinturão de proteção espiritual e normativo ao deputado para que ele continue seus trabalhos de tal envergadura. Pois são temas que interessam não somente a comunidade gay brasileira, mas também, aos religiosos afro, visto que esses temas são utilizados pelos opositores da religião afro como entraves para que a religião seja aceita como tal, ou seja, uma religião com os mesmos direitos de cultuação que possuem as demais, tudo por que eles rotulam a mesma, de religião de adoradores de demônios e de gays e lésbicas. Porém, olvidam-se esses canalhas preconceituosos que é justamente nessa religião que se agasalham todos aqueles que são renegados por suas opções sexuais. Muito embora esses opositores construam suas vidas e seus templos justo com a chamada evangelização pautada no nome do tal demônio que eles tanto crititicam como sendo o baluarte da religião afro. Pois nas casas de santo de religião afro, não se cultuam o tal demônio de "rabo e de chifre", criado pela doutrina católica, que na concepção deles seria o responsável por todos os dissabores da humanidade, no candomblé e na umbanda cultuam-se a força viva dos deuses da natureza, dentre eles o Orixá Exu que representa a força mágica de transformação do universo, regendo também todas as relações do homem em todas as suas facetas, simbolizando um misto de amor e ódio,anjo e demônio, que todos os homens possuem dentro de si, muito embora tenham sido criados à semelhança de deus. Mas o povo afro é o fruto da resistência da luta pelo respeito aos seus esforços para a construção desse país chamado Brasil, que já foi chamado de Terra de Santa Cruz e Terra de Vera Cruz.Conclamamos finalmente que todo aqueles eleitores ou não do deputado Jean Williys se solidarizem com o seu trabalho mandando e-mails, cartas, fax, telefonemas e outros à sua assessoria.
João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá.