segunda-feira, 21 de março de 2011

Pastor evangélico é preso após espancar esposa


18.03.11 16h30
Vizinhos ouviram a gritaria e acionaram a polícia

foto:Reprodução

O pastor foi preso pelo crime de violência doméstica, previsto na chamada Lei Maria da Penha
DA REDAÇÃO

O pastor da Igreja Pentecostal Amor Divino, Juvenal Justino da Silva Filho, 31, foi preso por espancar a esposa, de 30 anos, que teve a prótese dentária arrebentado por um soco. Vizinhos ouviram a gritaria e acionaram a PM que levou o pastor para o Cisc do Planalto. O soco deixou marcas na mão do pastor.

O pastor foi preso pelo crime de violência doméstica, previsto na chamada Lei Maria da Penha. Até a filha do casal, de 12 anos, foi a favor da mãe. A prisão ocorreu no bairro Voluntários da Pátria, em Cuiabá.

No Cisc do Planalto, o pastou negou a agressão. Alegou que o casal caminhava pela rua e ela caiu e para não bater o rosto no chão colocou a mão para absorver o impacto.

Durante a prisão, a esposa do pastor recebeu uma ligação do seu celular da esposa do pastor coordenador da Igreja na Capital. Mulher estava apreensiva com os fatos.

A vítima disse que está casada há 12 anos e é agredida com freqüência. Ontem, no entanto, resolveu Por ser crime inafiançável, o pastor será encaminhado para uma unidade prisional da Grande Cuiabá.

fonte: Mídia News

comentário do blog:

Este tipo de comportamento agressivo e desumano, embora ainda muito corriqueiro, tende a diminuir, por conta da Lei Maria da Penha, que no seu bojo impõem sanções penais pesadas aos maridos ou companheiros agressores. É bem verdade que as punições poderiam estar atingindo índices mais significativos, não fosse a própria atuação das mulheres, que por medo, por covardia, ou até por que dependem economicamente dos agressores, não procuram as delegacias de mulheres para denunciar tais agressões. Entendemos que por trás desse problema, existe algo muito maior e que não foi atacado pelo Estado, ou seja, as condições precárias e sub-humanas em que vivem milhões de famílias no Brasil, e que dependem unica e exclusivamente do varão (pai, esposo ou companheiro), sendo certo que essa situação trava o atuar do estado no campo da punição dos atos de agressão as mulheres. Bem verdade, que embora deficiente e capenga esta lei, ela tem trazido bos resultados, pelo menos às mulheres das classes sociais mais instruídas e menos dependentes do varão familiar. Acreditamos que em um médio prazo, os efeitos dessa lei possam atingir as camadas sociais menos favorecidas, mas não esquecendo o estado, que tudo passa por uma melhor divisão de rendas e novas e melhores políticas públicas visando aumentar o índice de empregos em todos os níveis.

João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá