quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Padre condenado a sete anos por molestar crianças
Padre condenado a sete anos por molestar crianças no Meio-Oeste de Santa Catarina está internado
Ele está em hospital de Santa Rosa (RS) e não há previsão de alta
Compartilhar
O padre aposentado Avelino Backes, 71 anos, condenado a sete anos de prisão por atentado violento ao pudor contra coroinhas e alunas da catequese em paróquias do Meio-Oeste catarinense, continua internado. Ele está no Hospital Vida e Saúde, em Santa Rosa, no Extremo-Oeste gaúcho, sob custódia da Brigada Militar.
Não há previsão de alta e o quadro clínico está sendo avaliado. Quando for liberado, o religioso deve ser transferido para o presídio local. O mandado de prisão foi decretado em junho deste ano pela Justiça de Capinzal, mas o padre não havia sido encontrado. Avelino foi detido somente na última segunda-feira no Rio Grande do Sul após uma denúncia. Os crimes ocorreram nas paróquias de Piratuba e Ipira na década de 1990.
Denúncias
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, a denúncia partiu de duas vítimas que frequentavam as paróquias administradas pelo religioso, em 1998. No primeiro julgamento, o réu foi condenado a pagar multa por importunação ofensiva e recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado.
Em 2007, a sentença foi reformada para crime de atentado violento ao pudor, com pena de sete anos de prisão. O padre recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e aguardava o resultado em liberdade.
O caso
O padre foi denunciado por meninas com idades entre nove e dez anos que eram coroinhas e alunas de catequese de duas paróquias catarinenses. As meninas queixaram-se aos pais que antes das missas o padre, sob o pretexto de arrumar suas vestes, passava as mãos em suas nádegas e seios. Os ataques ocorriam também durante as aulas de catequese e em passeios e piqueniques realizados pelo grupo em cidades vizinhas.
Perto de casa
Quando recorreu à sentença, o padre informou ao juiz que estava doente, tinha se mudado e pediu para cumprir a pena mais perto da família, no Rio Grande do Sul, caso fosse condenado.
DIARIO.COM.BR
Dia das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
30/09 - Dia das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, Umbanda e seus Segmentos em SP Lei Municipal n° 14.342/07 A Lei Municipal n° 14.342/07, iniciativa do Vereador Wadih Mutran (PP), institui o Dia das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, Umbanda e seus Segmentos, e cujo evento entrou para o calendário oficial da cidade de São Paulo
A Gaxéta
Avó fez sexo com neto de 15 anos para ‘tirar um demônio dele’
quinta-feira, 30 de setembro de 2010Avó fez sexo com neto de 15 anos para ‘tirar um demônio dele’
Entre 28 de julho de 2008 e 1º de agosto do mesmo ano, a professora Toni Stowers-Moore (foto), 53, masturbou seu neto de 15 anos e teve com ele relações com penetração com o propósito de exorcizá-lo de um “demônio sexual” que poderia atacar pessoas inocentes.
É o que Toni disse por telefone a parentes, que gravaram a conversa e a denunciaram à polícia de Durham, no estado da Carolina do Norte (EUA). A professora foi presa no dia 28 de agosto daquele ano, perdeu o emprego de professora-assistente que tinha em escolas públicas e aguarda o julgamento.
O promotor Tracey Cline acusa-a de incesto, abuso de adolescente e estupro.
Inicialmente, Toni argumentou ter havido uma espécie de cerimônia religiosa na qual ela sacrificou o seu corpo para livrar o neto do ‘demônio sexual’.
Agora, ela já estaria admitindo ter violentado o adolescente, provavelmente por orientação de seu advogado para não pegar a pena máxima nesse tipo de caso, de 12 anos de prisão.
Nos Estados Unidos, réu que admite seu crime obtém pena com atenuante, desde que haja um acordo entre defesa e acusação. No caso de Toni, se ela reconhecer a culpa, o tempo da prisão cairá para seis anos.
O julgamento estava previsto para terça-feira (28), mas teve de ser adiado porque testemunhas, o neto e seus pais não compareceram ao tribunal. Todos foram intimados a não faltar mais.
O juiz Donald Stephens chegou a suspeitar que Toni tivesse transtornos mentais, mas mandou prosseguir a tramitação das acusações depois que peritos forenses atestaram a sanidade da professora.
Com informação e reprodução de imagem do ABC News(paulolopesblog)
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Denúncia: Mais um Jovem Vítima de Racismo Morre em SP
Denúncia: Mais um Jovem Vítima de Racismo Morre em SP
Por Guilherme Botelho SP -
A Gaxéta
No dia 23 de setembro último, entrou para o quadro do genocídio cometido e praticado pela Policia Militar de São Paulo, mais um jovem negro. Desta vez foi acometido o jovem Leandro Bento do Amaral aos 17 anos de idade. A imprensa pouco noticiou este fato dantesto, em razão do foco ser as próximas eleições, mas, nós não podemos silenciar e nos calar, ao testemunharmos mais um jovem negro ser vitimado por quem devia protegê-lo, mostrando a política de segurança desenvolvida e aplicada em nosso Estado.
Esse fato infelizmente corrobora e dá cores de sangue ao depoimento e tese de mestrado
do major PM Airton Edno Ribeiro, que expressa com nitidez que o negro ocupa a esfera social de maior vulnerabilidade e, que o policial militar ao atirar em um negro
ganha um ponto em seu prontuário, e ao atirar em um branco, perde um ponto.
Leandro se junta ao dentista Flávio e aos motoboys Eduardo e Alexandre, vitimados pela violência e pelo despreparo desta polícia. Mortes que servem de pano de fundo para os milhares de jovens negros assassinados e que são elencados nos BOs como casos de resistência a prisão e luta pelos pontos de distribuição de drogas...
A gestão das Política Públicas voltadas aos Direitos Humanos, e voltadas para Segurança Pública, somada as ações judiciais impetradas contra o ProUni, restrições ao Estatuto da Igualdade Racial, a aplicação da Lei 10.639/2003, demonstra com clareza todo caráter racista e preconceituoso deste DESgoverno que pretende se perpetuar no poder, com uma finalidade única: deletar todos os brasileiros negros
de São Paulo e do Brasil, pois disse claramente que se eleito criará um Ministério da Segurança Pública, nos mesmos moldes do que ele criou em São Paulo.
Fonte: Guilherme Botelho
Por Guilherme Botelho SP -
A Gaxéta
No dia 23 de setembro último, entrou para o quadro do genocídio cometido e praticado pela Policia Militar de São Paulo, mais um jovem negro. Desta vez foi acometido o jovem Leandro Bento do Amaral aos 17 anos de idade. A imprensa pouco noticiou este fato dantesto, em razão do foco ser as próximas eleições, mas, nós não podemos silenciar e nos calar, ao testemunharmos mais um jovem negro ser vitimado por quem devia protegê-lo, mostrando a política de segurança desenvolvida e aplicada em nosso Estado.
Esse fato infelizmente corrobora e dá cores de sangue ao depoimento e tese de mestrado
do major PM Airton Edno Ribeiro, que expressa com nitidez que o negro ocupa a esfera social de maior vulnerabilidade e, que o policial militar ao atirar em um negro
ganha um ponto em seu prontuário, e ao atirar em um branco, perde um ponto.
Leandro se junta ao dentista Flávio e aos motoboys Eduardo e Alexandre, vitimados pela violência e pelo despreparo desta polícia. Mortes que servem de pano de fundo para os milhares de jovens negros assassinados e que são elencados nos BOs como casos de resistência a prisão e luta pelos pontos de distribuição de drogas...
A gestão das Política Públicas voltadas aos Direitos Humanos, e voltadas para Segurança Pública, somada as ações judiciais impetradas contra o ProUni, restrições ao Estatuto da Igualdade Racial, a aplicação da Lei 10.639/2003, demonstra com clareza todo caráter racista e preconceituoso deste DESgoverno que pretende se perpetuar no poder, com uma finalidade única: deletar todos os brasileiros negros
de São Paulo e do Brasil, pois disse claramente que se eleito criará um Ministério da Segurança Pública, nos mesmos moldes do que ele criou em São Paulo.
Fonte: Guilherme Botelho
Dilma faz reunião com evangélicos e católicos para desmentir boatos
29/09/2010 - 15h23
Dilma faz reunião com evangélicos e católicos para desmentir boatos
Publicidade
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Na tentativa de rebater a onda de boatos que circula entre evangélicos e católicos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reuniu nesta quarta-feira lideranças dos dois segmentos para reforçar que é contra os temas-tabus para os religiosos, como o aborto, e desmentir a fala de que teria dito que nem Jesus Cristo tira dela essa eleição.
Dilma afirmou que esses boatos fazem parte do "submundo da política" e costumam aparecer na reta final das eleições.
A candidata disse que como católica "jamais usaria o nome de Cristo em vão".
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
"Eu lamento a campanha absolutamente difamatória que fazem contra mim dizendo que estou utilizando o nome de Cristo para dizer que nem ele me derrotava na eleição. Eu acho isso um absurdo uma calúnia, uma vilania contra mim. E a imprensa sabe perfeitamente que isso é mentira, é falsidade e a tentativa de sair do submundo da política e denegrir uma pessoa como vocês sabem que sou cristã. Eu jamais usaria o nome de Cristo em vão", disse a petista no evento que aconteceu em Brasília.
A petista afirmou que sempre evitou comentar pesquisas e chegou a pedir o "testemunho" dos jornalistas de que nunca fez tal declaração. Dilma disse que não espera nenhuma mobilização eleitoral dos religiosos, mas só restabelecer a verdade.
"Eu queria repudiar algumas coisas que acontecem por ai e vocês [jornalistas] são testemunhas. Vocês perguntaram aqui, em todas as cidades, se eu me julgava eleita ou se tinha subido no salto. Vou pedir o testemunho porque tudo que falei foi gravado. Eu repudio todas as afirmações que colocam na minha boca , qualquer tentativa de achar que eu ganhei as eleições . Eu recusei sistematicamente julgar esse processo eleitoral por pesquisa.
Dilma disse que nem essas ações a farão subir o tom na reta final da campanha. "Não podemos aceitar no Brasil que sistematicamente em véspera da eleição que esse tipo de prática ocorra. Isso não convém com a democracia, mas tenta construir um ódio que não leva nada a ninguém. Eu farei desse final de campanha um exemplo de que vamos apostar no amor e na esperança para vencer o ódio e o medo", disse.
No caso dos boatos, a equipe de Dilma avalia que eles foram orquestrados, divulgando que a petista seria a favor do aborto e do casamento entre homossexuais.
Dilma reafirmou que é contra o aborto e disse que não defenderá um plebiscito - como defende a candidata do PV, Marina Silva -- e que mesmo com o PT defendendo uma discussão maior sobre o tema não a fará propor nenhuma medida ao Congresso para descriminalizar a prática.
"Somos um partido democrático. Não se trata de desautorizar [a discussão], eu como presidente não irei tomar essa posição. Não sou a favor de modificação a legislação. Deixe ao congresso a iniciativa", disse.
A petista reuniu 24 lideranças católicas e evangélicas, entre eles o candidato a deputado federal por São Paulo Gabriel Chalita (PSB) e o pastor Manoel Ferreira, coordenador do segmento evangélico da campanha dilmista.
Na reunião, a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil0 não mandou representante oficial, mas dois padres estiveram presentes.
Na entrevista coletiva, Dilma pregou parceria com as igrejas e disse que são entidades importantes para ajudar na erradicação da pobreza, no combate às drogas. Dilma disse ainda que presidente não tem religião e pregou a liberdade de crença.
Dilma faz reunião com evangélicos e católicos para desmentir boatos
Publicidade
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Na tentativa de rebater a onda de boatos que circula entre evangélicos e católicos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reuniu nesta quarta-feira lideranças dos dois segmentos para reforçar que é contra os temas-tabus para os religiosos, como o aborto, e desmentir a fala de que teria dito que nem Jesus Cristo tira dela essa eleição.
Dilma afirmou que esses boatos fazem parte do "submundo da política" e costumam aparecer na reta final das eleições.
A candidata disse que como católica "jamais usaria o nome de Cristo em vão".
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
"Eu lamento a campanha absolutamente difamatória que fazem contra mim dizendo que estou utilizando o nome de Cristo para dizer que nem ele me derrotava na eleição. Eu acho isso um absurdo uma calúnia, uma vilania contra mim. E a imprensa sabe perfeitamente que isso é mentira, é falsidade e a tentativa de sair do submundo da política e denegrir uma pessoa como vocês sabem que sou cristã. Eu jamais usaria o nome de Cristo em vão", disse a petista no evento que aconteceu em Brasília.
A petista afirmou que sempre evitou comentar pesquisas e chegou a pedir o "testemunho" dos jornalistas de que nunca fez tal declaração. Dilma disse que não espera nenhuma mobilização eleitoral dos religiosos, mas só restabelecer a verdade.
"Eu queria repudiar algumas coisas que acontecem por ai e vocês [jornalistas] são testemunhas. Vocês perguntaram aqui, em todas as cidades, se eu me julgava eleita ou se tinha subido no salto. Vou pedir o testemunho porque tudo que falei foi gravado. Eu repudio todas as afirmações que colocam na minha boca , qualquer tentativa de achar que eu ganhei as eleições . Eu recusei sistematicamente julgar esse processo eleitoral por pesquisa.
Dilma disse que nem essas ações a farão subir o tom na reta final da campanha. "Não podemos aceitar no Brasil que sistematicamente em véspera da eleição que esse tipo de prática ocorra. Isso não convém com a democracia, mas tenta construir um ódio que não leva nada a ninguém. Eu farei desse final de campanha um exemplo de que vamos apostar no amor e na esperança para vencer o ódio e o medo", disse.
No caso dos boatos, a equipe de Dilma avalia que eles foram orquestrados, divulgando que a petista seria a favor do aborto e do casamento entre homossexuais.
Dilma reafirmou que é contra o aborto e disse que não defenderá um plebiscito - como defende a candidata do PV, Marina Silva -- e que mesmo com o PT defendendo uma discussão maior sobre o tema não a fará propor nenhuma medida ao Congresso para descriminalizar a prática.
"Somos um partido democrático. Não se trata de desautorizar [a discussão], eu como presidente não irei tomar essa posição. Não sou a favor de modificação a legislação. Deixe ao congresso a iniciativa", disse.
A petista reuniu 24 lideranças católicas e evangélicas, entre eles o candidato a deputado federal por São Paulo Gabriel Chalita (PSB) e o pastor Manoel Ferreira, coordenador do segmento evangélico da campanha dilmista.
Na reunião, a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil0 não mandou representante oficial, mas dois padres estiveram presentes.
Na entrevista coletiva, Dilma pregou parceria com as igrejas e disse que são entidades importantes para ajudar na erradicação da pobreza, no combate às drogas. Dilma disse ainda que presidente não tem religião e pregou a liberdade de crença.
Líder evangélico ataca Marina e anuncia apoio a Serra
Líder evangélico ataca Marina e anuncia apoio a Serra
Publicidade
BERNARDO MELLO FRANCO
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
A seis dias da eleição, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, acusou ontem a presidenciável Marina Silva (PV) de "dissimular" suas ideias sobre a liberação do aborto e da maconha e anunciou apoio a José Serra (PSDB).
Ele era o principal líder evangélico a declarar voto na candidata, que é fiel da Assembleia de Deus. A mudança foi comemorada pelos tucanos, que contam com discursos a favor de Serra nos programas de TV do pastor.
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
Malafaia havia anunciado apoio a Marina na sexta-feira, pelo Twitter. Em carta enviada ontem a fiéis, ele a chamou de "pessoa que se diz cristã" e a condenou por defender um plebiscito sobre os dois temas polêmicos.
"Pior do que o ímpio é um cristão que dissimula", escreveu. "Ao propor plebiscito, Marina está jogando para a torcida, para ficar bem com os que são contra e com os que são a favor. Sai de cima do muro, minha irmã!".
O pastor disse ainda: "Como faltaram convicção e firmeza em suas declarações, uma vez que o cristão tem de mostrar a cara posicionando-se de forma categórica contra o pecado, Marina perdeu meu voto. Já que não tenho tantas opções, votarei em Serra para presidente."
A carta foi concluída com um ataque ao PT: "Infelizmente, Marina não nega suas raízes petistas."
A deserção surpreendeu Marina e sua equipe, que foi informada da carta pela Folha. Os verdes ainda festejavam a adesão do pastor.
Em nota, a campanha se disse surpresa: "Por se tratar de um líder religioso bem informado, causou estranhamento a revisão de seu apoio três dias depois, com objeções a posicionamentos defendidos exaustivamente por Marina desde o lançamento da candidatura."
A senadora prega a realização dos plebiscitos sobre aborto e maconha desde o início do ano. O pastor Sóstenes Cavalcante, ligado a Malafaia, alegou que ele não sabia e decidiu mudar o voto ao ouvi-la no debate da TV Record, domingo.
Um dirigente da campanha tucana afirmou que Serra não esperava a adesão de última hora e reforçará a defesa de posições conservadoras para ganhar mais força com os evangélicos.
A aproximação entre Malafaia e Marina preocupava aliados de Dilma Rousseff (PT), especialmente no Rio.
O pastor, que não quis dar entrevista, comanda seis horas diárias na TV aberta. Compra horários na Bandeirantes, na RedeTV! e na CNT. Seu irmão Samuel é candidato a deputado estadual no Rio pelo PR, do ex-governador Anthony Garotinho
A Folha.
Publicidade
BERNARDO MELLO FRANCO
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
A seis dias da eleição, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, acusou ontem a presidenciável Marina Silva (PV) de "dissimular" suas ideias sobre a liberação do aborto e da maconha e anunciou apoio a José Serra (PSDB).
Ele era o principal líder evangélico a declarar voto na candidata, que é fiel da Assembleia de Deus. A mudança foi comemorada pelos tucanos, que contam com discursos a favor de Serra nos programas de TV do pastor.
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
Malafaia havia anunciado apoio a Marina na sexta-feira, pelo Twitter. Em carta enviada ontem a fiéis, ele a chamou de "pessoa que se diz cristã" e a condenou por defender um plebiscito sobre os dois temas polêmicos.
"Pior do que o ímpio é um cristão que dissimula", escreveu. "Ao propor plebiscito, Marina está jogando para a torcida, para ficar bem com os que são contra e com os que são a favor. Sai de cima do muro, minha irmã!".
O pastor disse ainda: "Como faltaram convicção e firmeza em suas declarações, uma vez que o cristão tem de mostrar a cara posicionando-se de forma categórica contra o pecado, Marina perdeu meu voto. Já que não tenho tantas opções, votarei em Serra para presidente."
A carta foi concluída com um ataque ao PT: "Infelizmente, Marina não nega suas raízes petistas."
A deserção surpreendeu Marina e sua equipe, que foi informada da carta pela Folha. Os verdes ainda festejavam a adesão do pastor.
Em nota, a campanha se disse surpresa: "Por se tratar de um líder religioso bem informado, causou estranhamento a revisão de seu apoio três dias depois, com objeções a posicionamentos defendidos exaustivamente por Marina desde o lançamento da candidatura."
A senadora prega a realização dos plebiscitos sobre aborto e maconha desde o início do ano. O pastor Sóstenes Cavalcante, ligado a Malafaia, alegou que ele não sabia e decidiu mudar o voto ao ouvi-la no debate da TV Record, domingo.
Um dirigente da campanha tucana afirmou que Serra não esperava a adesão de última hora e reforçará a defesa de posições conservadoras para ganhar mais força com os evangélicos.
A aproximação entre Malafaia e Marina preocupava aliados de Dilma Rousseff (PT), especialmente no Rio.
O pastor, que não quis dar entrevista, comanda seis horas diárias na TV aberta. Compra horários na Bandeirantes, na RedeTV! e na CNT. Seu irmão Samuel é candidato a deputado estadual no Rio pelo PR, do ex-governador Anthony Garotinho
A Folha.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Político evangélico fundamentalista
28 de Setembro-
Político evangélico fundamentalista
Precisamos evitar as formas possíveis de estabelecimento de um Governo Teocrático, como está acontecendo em Guarulhos O laicismo começou a ser adotado primeiro no campo da filosofia e depois no campo da ciência. Por extensão, o princípio do laicismo passou a ser também aplicado à Política confundindo-se com o chamado liberalismo político, cujos princípios devem prevalecer numa sociedade verdadeiramente democrática. O liberalismo político é a Doutrina que visa estabelecer a liberdade política do indivíduo em relação ao Estado, porque defende os direitos inatos do homem; preconiza oportunidades iguais para todos; estabelece a separação entre a igreja e o Estado; exige que a atividade estatal se restrinja à proteção da liberdade religiosa, liberdade de imprensa (direito de expressão), assim como assegura o direito de propriedade individual (propriedade privada).
Tais são as características de um Estado Democrático. O nosso país, por esta razão, necessita consolidar a Democracia preservando a condição de Estado Laico, e, para
tanto, precisamos evitar as formas possíveis de estabelecimento de um governo teocrático, como está acontecendo em Guarulhos, com templos evangélicos com símbolos da prefeitura e do PT, administrados por religiosos, para não retroagirmos à idade Média, Se tal fato acontecer, já está acontecendo, cadê a democracia “foi pro espaço, em nome de Deus”, como ocorreu no Afeganistão sob a liderança religiosa dos Talibãs, e em outros lugares com os Aiatolás.
Essa é a razão de não ser nada saudável colocar Deus no centro da política, como justificativa para se cometer uma série de arbitrariedades em nome D’ele, da mesma forma que é indevida a intromissão estatal ao promover o ensino religioso nas escolas públicas, destruindo o grande ideal da República – o caráter Laico do Estado, também é totalmente indevido: fazer proselitismo político à custa da religião. Nesse sentido, não podemos esquecer que os conflitos políticos e religiosos ocorridos na História da Humanidade foram decorrentes, exatamente, do fundamentalismo religioso. Em boa sinonímia, fundamentalismo quer dizer estar fundamentado, embasado em determinado princípio, podendo aplicar-se à ciência, política, religião ou filosofia.
No fundamentalismo religioso e político, porém, residem os maiores perigos, isto porque os seus líderes procuram fundamentar-se apenas em algumas convenientes,
geralmente de suas doutrinas religiosas ou idéias políticas de modo exacerbado, alimentando o fanatismo, e podemos constatar no mundo atual que o fundamentalismo está sempre aliado à intolerância e ao desrespeito ao cidadão, pois seus fomentadores, na tentativa de conseguirem seus objetivos, passam por cima da ética e da moral sem nenhuma cerimônia. Devemos ressaltar, no entanto que qualquer religioso pode postular um cargo eletivo, mas nunca se intitular representante da religião que professe.
O seu mandato é para servir ao povo e não à sua comunidade religiosa, como todo cidadão, qualquer religioso também é inteiramente livre para escolher o seu candidato, e até mesmo filiar-se a um partido político, mas como o nosso país está contextualizado dentro de uma sociedade cristã, não podemos esquecer que Jesus cumpriu sua missão sem necessidade de portarias ou decretos, mesmo assim, com essa prudente forma de agir, acabou indo à cruz, devido à ambição política de Judas, a pretexto de acelerar a vitória do Evangelho, eis porque ele asseverou “DAI A CESAR O QUE É DE CESAR E A DEUS O QUE É DE DEUS”. Com essa máxima cristã, podemos concluir que Deus nunca subiu aos palanques políticos. Axé Odara.
Fonte: Luiz Antonio Cardoso Pinto
QUOCIENTE ELEITORAL-Entenda como funciona a eleição para deputado
ELEIÇÕES 2010 / QUOCIENTE ELEITORAL
Entenda como funciona a eleição para deputado
Contagem divide os votos primeiro pelo partido e depois pelos candidatos.
Secom - AL
Sistema faz com que nem sempre os mais votados sejam eleitos
G1
No próximo domingo, 3 de outubro, eleitores vão às urnas em todo o Brasil para eleger presidente da República, governador, senador e deputados federais, estaduais e distritais. Para os três primeiros cargos, a eleição é majoritária, ganhando quem tem mais voto.
No caso dos deputados, no entanto, o sistema é proporcional, e os escolhidos são definidos após muitos cálculos. Estão em disputa nestas eleições 513 vagas na Câmara dos Deputados e 1.059 vagas nos legislativos dos estados e do Distrito Federal.
Na urna, os eleitores vão digitar quatro números para escolher seu candidato a deputado federal e cinco números para optar para deputado estadual ou distrital. Os dois primeiros números são sempre o do partido do candidato. O número do partido é importante porque nas eleições proporcionais é pelos partidos ou coligações que são divididas as cadeiras no Legislativo.
saiba mais
Juristas defendem flexibilizar regras para voto
TSE prorroga prazo para pedir 2ª via do título
Na hora da totalização dos votos, a Justiça Eleitoral exclui os votos brancos e nulos, que não beneficiam nenhum candidato, para fazer a divisão das vagas. Na sequência, é calculado o quociente eleitoral. Este é o número que cada partido ou coligação precisa alcançar para conseguir uma cadeira no Legislativo.
Para calcular o quociente eleitoral, divide-se o número de votos válidos (conta que exclui os brancos e nulos) pelo número de cadeiras em disputa. Se forem 100 mil votos e dez cadeiras em disputa, por exemplo, o quociente eleitoral é 10 mil.
Com o quociente eleitoral definido, parte-se para a fase de distribuição das cadeiras. Nesta fase divide-se o número de votos do partido pelo quociente eleitoral. O número inteiro da divisão, desprezando os algarismos após a vírgula, é o total de cadeiras que o partido ganha nesta primeira fase. No exemplo acima, se um partido recebeu 27 mil votos e o quociente for 10 mil, o partido teria direito a 2 vagas nesta fase.
Como a divisão geralmente produz números quebrados, sobram algumas vagas que são divididas por meio de outra conta, que inclui apenas os partidos que obtiveram cadeira na primeira fase. No cálculo das sobras divide-se o número de votos do partido ou coligação pelo número de vagas conquistadas na primeira fase mais o número 1. Ganha a vaga o partido que obtiver a maior média na divisão. A divisão das sobras segue sendo feita desta forma até que todas as cadeiras sejam preenchidas.
Após os dois cálculos, chega-se ao número de cadeiras por partido. São considerados eleitos os primeiros candidatos de cada partido ou coligação.
Como as vagas são divididas pelos partidos ou coligações, nem sempre os candidatos que recebem mais votos acabam eleitos. Se o candidato estiver em uma chapa com muitos candidatos bem votados é possível que ele não consiga se eleger mesmo tendo mais votos do que adversários de outros partidos ou coligações que conquistam vagas devido à configuração interna de suas chapas.
Puxadores de voto
Com a divisão feita por partidos, algumas legendas focam suas campanhas nos chamados “puxadores de voto”. Eles recebem este nome porque conseguem muitos votos e ajudam a eleger companheiros de partido ou coligação na hora da divisão das vagas.
Exemplos de eleições anteriores mostram essas situações. Em 2002, por exemplo, Enéas Carneiro conquistou 1,5 milhão de votos na eleição para deputado federal em São Paulo e levou para a Câmara outros quatro deputados do Prona. O último eleito do Prona naquela ocasião recebeu 382 votos. Em outras chapas no estado, candidatos que alcançaram mais de 100 mil votos não conseguiram se eleger devido à concorrência interna.
Pastor é preso por vender droga em templo da Igreja Deus é Amor
terça-feira, 28 de setembro de 2010Pastor é preso por vender droga em templo da Igreja Deus é Amor
COTIDIANO / "SANTA" COCAÍNA
Pastor evangélico é preso por vender droga em igreja
Marcio Henrique, 24, da Igreja Pentecostal "Deus é Amor", comercializava cocaína e já estava na mira da Polícia
Divulgação
A Polícia Civil já investigava o pastor, que comercializada cocaína em Ribeirão Cascalheira
MAYARA MICHELS
DA REDAÇÃO
O pastor Márcio Henrique da Silva Vieira, 24, da Igreja Evangélica "Deus é Amor", foi preso acusado de tráfico de drogas na região de Água Boa (Nordeste de Mato Grosso), na sexta-feira (24), após a Justiça decretar a preventiva.
De acordo com a Polícia Civil, o pastor utilizava o escritório da própria igreja para comercializar a droga. Ele comprava, separava a cocaína em papelotes e negociava a venda no local.
"Após uma denúncia anônima, abordamos Márcio na terça-feira [21], quando ele chegava em Ribeirão Cascalheira [900 km a Nordeste de Cuiabá], mas, ao avistar a viatura da polícia, ele fugiu para um matagal, ao lado da rodovia. No carro dele, um Escort branco, encontramos 53 gramas de cocaína e papelotes com resíduos", disse ao MidiaNews o delegado responsável pela prisão, Marco Leão.
Uma vez que o pastor já responde a um inquérito policial pelo crime de tráfico de entorpecentes, ele teve a prisão preventiva decretada. Sem saber, ele foi até a delegacia na sexta-feira para se apresentar à Polícia e tentar reaver seu veículo.
Segundo o delegado Leão, em depoimento, Márcio Vieira disse que é apenas usuário de drogas e que, na última compra, ele adquiriu R$ 1 mil em drogas para consumo próprio.
"Ele já estava sendo investigado, pois, além da comercialização dentro do escritório da igreja, ele mesmo entregava as drogas nas cidades próximas. Ninguém desconfiava porque ele dizia que iria prestar serviço nas igrejas Deus é Amor", disse o delegado.
No escritório da igreja, foram encontrados papelotes com resíduos de droga, além de embalagens para distribuição. O pastor foi preso e encaminhado para a cadeia de Água Boa.
Até o momento, não há informações de outras pessoas da igreja envolvidas no crime.
RAFAEL FABREGAT
RAFAEL FABREGAT
"O Candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário da maioria das religiões"
"O Candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário da maioria das religiões"
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Exu Tata Caveira
Exu Tata Caveira
Adalberon nunca teve escrúpulos. Aos quarenta e dois anos tornara-se um comerciante rico e influente na pequena ilha onde sua palavra era quase lei. Amealhou sua fortuna a custa de trapaças e mentiras. Causara grande sofrimento a muitos rivais que hoje padeciam na miséria enquanto sua riqueza somente aumentava. Hoje, porém daria o golpe mais espetacular já imaginado pela sua mente treinada em maquinações perversas. Iria até o conselho dos cidadãos e com seu testemunho falso acusaria Cleto de enriquecimento ilícito por roubo nos cofres públicos. Era uma mentira muito bem urdida por ele próprio. O rapaz tornara-se seu melhor amigo e ele melhor que ninguém sabia de sua inocência. Porém Tormena, a mulher de Cleto, tornara-se sua obsessão. Faria seu juramento e de antemão sabia que não haveria chance para o jovem. Seria degredado e morreria longe da terra onde nascera deixando a mulher e a fortuna nas mãos de quem era seu amigo e confidente, ele. Passara a noite em claro planejando a forma mais eloqüente de prestar seu testemunho e orgulhava-se intimamente de sua capacidade e inteligência. No dia anterior fora visitar o prisioneiro e jurara defende-lo. - Tudo farei meu caro, para que saia ileso dessa acusação vil que te impingem! - O rapaz comovido agradeceu: - Muito obrigado meu amigo, sei de vosso apreço por mim e minha família e confio que com seu desmentido, amanhã mesmo estarei livre junto aos meus. Porém, se algo der errado prometa-me que cuidará de meus negócios para que a querida Tormena não seja enganada por pessoas inescrupulosas. - A resposta veio aliada a um abraço apertado - Não te atormentes tudo farei por ti e tua bela esposa. Sairás livre!
Ao final do julgamento, Adalberon sorria intimamente, tudo ocorrera da forma planejada. Apenas uma coisa o incomodava, a lembrança do olhar que Cleto lhe lançara no momento em que jurara serem verdades as mentiras apregoadas Foi um misto de surpresa, ódio e repulsa que ele sentira de forma profunda. Mas isso passaria o que importava era poder ser abraçado pela bela mulher, para ela, juraria ter feito de tudo para salvar seu marido, mas as provas eram concludentes demais. Ela, inocente e desamparada não tardaria a perdoá-lo. Então seriam felizes. Ao chegar à residência do casal notou um movimento estranho, ouviu gritos, acalmou-se, no entanto. Era natural que a jovem se desesperasse diante do ocorrido. Uma das escravas da casa, ao ve-lo, correu ao seu encontro: - Senhor! Dona Tormena se enforcou! - A surpresa o fez cambalear, o chão sumiu de seus pés. A única lembrança que teve foi do olhar lançado pelo jovem Cleto a ele. Uma dor profunda tomou seu peito. Caiu, enquanto a escrava tentava segura-lo. Nada havia a ser feito. O coração do ambicioso homem parara definitivamente.
Durante muitos anos Adalberon expiou seus inúmeros delitos em zonas espirituais inferiores. Hoje nos trabalhos onde se apresenta como E xu Tata Caveira, mostra-se taciturno e equilibrado, tem um dos períodos mais longos de expiação em sua lei. Tornou-se então um conselheiro fiel e justo e, sempre que possível, enaltece as virtudes da verdadeira amizade. Sarava Sr. Tata Caveira!
Luiz Carlos Pereira
fonte:LUIZ CARLOS PEREIRA
Religiosa que fez voto de pobreza não tem direito à
Religiosa que fez voto de pobreza não tem direito à
indenização em demissão
Extraído de: Poder Judiciário de Santa Catarina - A 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça confirmou sentença da Comarca de Videira que negou o recurso de Teonila de Fátima da Silva, senhora que solicitou R$ 47 mil em indenização por danos materiais e morais ao ser desligada involuntariamente da Congregação das Irmãs do Divino Salvador, após 14 anos de serviços prestados na instituição. Desde os 22 anos, Teonila dedicava-se à vocação religiosa. Como aspirante, auxiliava nas atividades das irmãs salvatorianas, junto ao Colégio Imaculada Conceição de Videira, onde executara serviços domésticos na residência das irmãs e serviços de enfermagem no setor de pediatria. Já como noviça, viu seu rendimento cair nas avaliações e foi recomendada a fazer tratamento psicológico pois passou a apresentar comportamento agressivo perante as colegas. Na ação, alegou que enfrentou dificuldades de ordem econômica e social ao ser demitida, bem como teve problemas de adaptação ao mercado de trabalho, pois só havia recebido instrução teológica. A congregação, por sua vez, explicou que Teonila ingressou de forma livre e voluntária na congregação e, ao faze-lo, prestou votos de pobreza, castidade e obediência, inclusive com a renúncia aos bens materiais e remunerações. "Quando do ingresso na vida religiosa, a autora teve ciência das etapas que teria que percorrer para após ser admitida à profissão religiosa. Nota-se, ainda, que em seu depoimento, estava ciente que todo o trabalho remunerado que viesse a ter, durante a vida religiosa, seria doado à congregação" explicou o relator do processo, desembargador Mazoni Ferreira. De acordo com as testemunhas, a senhora tinha ciência de suas avaliações e fora comunicada da dispensa. Quanto aos danos morais, o magistrado explicou que a autora não os demonstrou. "Não emerge dos autos a convicção de que a Congregação ofendeu moralmente a autora ao não considerá-la apta para ingresso na profissão religiosa." A decisão foi unânime. (Apelação Cível n. 2007.048412-8)
Quanto mais religioso, mais pobre tende a ser um país, diz pesquisa
27/09/2010 - 08h16
Quanto mais religioso, mais pobre tende a ser um país, diz pesquisa
Publicidade
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA
Quanto mais religiosos são os habitantes de um país, mais pobre ele tende a ser. Essa é a conclusão de uma pesquisa Gallup feita em 114 nações e divulgada no último dia 31 que mostra uma correlação forte entre o grau de religiosidade da população e a renda "per capita".
Correlação, vale lembrar, é um conceito traiçoeiro. Quando duas variáveis estão correlacionadas, tanto é possível que qualquer uma delas seja a causa da outra como também que ambas sejam efeitos de outros fatores.
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
Desde o século 19, a sociologia tem preferido apostar na tese de que a pobreza facilita a expansão da religião. "Em geral, as religiões ajudam seus adeptos a lidar com a pobreza, explicam e justificam sua posição social, oferecem esperança, satisfação emocional e soluções mágicas para enfrentar problemas imediatos do cotidiano", diz Ricardo Mariano, da PUC-RS.
"As religiões de salvação prometem ainda compensações para os sofrimentos e insuficiências desta vida no outro mundo", acrescenta.
O sociólogo, porém, lembra que há outros fatores: "A restrição à liberdade religiosa, ideologias secularistas e o ateísmo estatal dos países socialistas contribuíram para a baixa importância que sua população atribui à religião, como ocorre na Estônia, campeã nesta matéria, e na própria Rússia".
Já na Europa Ocidental, diz Mariano, "modernização, laicização do Estado e relativismo cultural erodiram bastante a religiosidade".
A grande exceção à regra são os EUA. Com uma das maiores rendas "per capita" do planeta, 65% dos norte-americanos atribuem importância à religião em sua vida diária. Tal índice é bem superior à média dos países mais ricos, que é de 47%.
Sem descartar um papel para as explicações sociológicas mais tradicionais, que chama de "fator ópio do povo", Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) aventa algumas hipóteses na direção contrária, isto é, de que a religião é causa da pobreza. "Ela promove o fatalismo e o deus-dará", diz.
Em certos lugares, notadamente alguns países islâmicos, ela desestimula a educação e impede a adoção do pensamento científico.
Além disso, afirma Sottomaior, "a religião não apenas não gera valor como sequestra bens, dinheiro e mentes que deixam de ser empregados em atividades econômicas e de desenvolvimento".
RELIGIOSOS
Para religiosos ouvidos pela Folha, é a riqueza que pode reduzir o pendor das pessoas à religiosidade.
Segundo o padre jesuíta Eduardo Henriques, "a abertura a Deus é inversamente proporcional à segurança oferecida pela estabilidade econômico-financeira, com exceções, é claro. Espiritualmente falando, os pobres tornam-se sinais mais eloquentes de que ninguém, pobre ou rico, basta a si mesmo. Por isso Jesus chamou os pobres de bem-aventurados".
Já para o pastor batista Adriano Trajano, a pesquisa mostra que quanto maior for o estado de pobreza e pouco desenvolvimento econômico no país, "maior será a busca por subterfúgios sobrenaturais, pois a religião tem esse poder de transportar o necessitado a um mundo de cordas divinas". "Que a religião desempenha um papel importante nas sociedades, não há dúvida, resta saber até que ponto esse papel favorece a vida?", pergunta.
O teólogo adventista Marcos Noleto é mais radical: "Há uma incompatibilidade da fé prática com a riqueza. Assim como dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço, na mente do homem não há lugar para duas afeições totais. Veja que Deus escolheu um carpinteiro e não um banqueiro para ser o pai de Jesus".
sábado, 25 de setembro de 2010
28 de setembro - Dia da Lei do Ventre Livre
28 de setembro - Dia da Lei do Ventre Livre Em 28 de setembro de 1871, após vários meses de discussão entre os deputados dos partidos Conservador e Liberal, foi aprovada pela Câmara, e também pelo Senado a lei do Ventre Livre. Embora tenha sido objeto de grandes controvérsias no Parlamento, a lei representou, na prática, um passo tímido na direção do fim da escravatura. De poucos efeitos práticos imediatos, deu liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir dessa data, mas os manteve sob a tutela dos seus senhores até atingirem a idade de 21 anos. A mãe, todavia, continuava escrava, mas a criança já estava livre.
Até os 8 anos a criança ficava com a mãe. Depois dessa idade, se fosse embora, o senhor da mãe recebia uma indenização do estado mas a criança não recebia nada. Caso contrário ficaria até a idade limite, prestando serviços. Em defesa da lei, o Visconde do Rio Branco apresentou a escravidão como uma “instituição injuriosa”, menos para os escravos e mais para o país, sobretudo para sua imagem externa. Com a lei, o índice de mortalidade infantil entre os escravos aumentou, pois além das péssimas condições de vida, cresceu o descaso pelos recém-nascidos.
Fonte: Portal São Francisco
Ilhado
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
ÁGUA OMMIN.... OMI! OJOBOMI PAÔ TETEREGUM (TETEROMI) OJOBOMI PAÔ OJOBOMI PÁ
21Setembro
ÁGUA OMMIN.... OMI! OJOBOMI PAÔ TETEREGUM (TETEROMI) OJOBOMI PAÔ OJOBOMI PÁ Espargir, espargir água é chuva caindo Senhor para quem fazemos o culto hoje. (A chuva significa bênçãos e felicidades) ÁGUA E AXÉ
Elemento importantíssimo no culto de Orixá.
Da água dependem: o agbô, omieró, as folhas (ewê), o ossé, as comidas e tantos outros fundamentos.
Os orôs precisam e dependem da água.
O omiotorô, o Axé de Nanan, e a água sagrada que refresca e sacraliza.
Dá-se nas quartinhas, água aos Orixás, numa alusão de mantê-los refrescados e sem sede.
A água gera umidade... Não há Axé que nasça sem umidade. Quanto mais úmido, mais Axé.
É sagrada porque é um alimento.
É fertilizadora do solo.
Na mitologia africana: a água é fundamental na criação do mundo e do homem. No princípio Oduduwa encontra muita água...
Água é a força das grandes mães: Iyás Nla. Força da mulher e energia feminina. Origem da vida. Água e terra: fertilidade e sobrevivência.
Iyabás... ommin... omi: Nanã, Yemanjá, Olokun e Oxun. Todos os Orixás mulheres são representados por rios – água – inclusive Yewá, Obá e Yansan.
Oxumarê, sobe ao Orun em forma de vapor e cai como chuva. Águas de Oxalá! O mais importante ato de purificação. A água banha Oxalá: atitude de reparação e reconhecimento da importância do Grande Pai..
ÁGUA E OS SERES HUMANOS
O corpo humano possui 70% de água.
Os animais, as frutas, as verduras, os vegetais precisam de água e só assim podem contribuir para a vida humana.
A pesca, só na água.
Chuva: água de consumo...represas.
Comida e banho, higiene – saúde.
Os rios, mares, lagoas, fontes, bicas, lençóis d´água, chuvas: fontes infinitas de Axé e de força vital.
O planeta terra: 60% de água.
A água também causa a morte. é avassaladora. tráz enchentes e inundações. Ninguém segura a água!
A ÁGUA MANTÉM E RENOVA O AXÉ DO HOMEM E DO ORIXÁ.
A ÁGUA MANTÉM VIVA A HUMANIDADE.
Fonte: PROJETO GRUPO DE ESTUDOS - 2007
Imagem: Angola Bela Zebelo
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Contra a liberação do aborto, arcebispo de Belém divulga carta antipetista
23/09/2010 - 18h15
Contra a liberação do aborto, arcebispo de Belém divulga carta antipetista
Publicidade
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
A Folha On Line
O arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, divulgou carta com um manifesto antipetista que recomenda a "todos os cidadãos e cidadãs brasileiros" que, nas próximas eleições, "deem seu voto somente a candidatos e partidos contrários à descriminalização do aborto".
A carta reproduz o documento "Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras", elaborado no 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida, realizado em julho pela Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), com sede em São Paulo.
Pastor evangélico pede a fieis que não votem em candidatos do PT
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
O documento lista nove pontos que mostram que o PT ou o governo do presidente Lula defenderam a descriminalização do aborto e cita indiretamente a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
O texto relata, por exemplo, que no 4º Congresso Nacional, em fevereiro, o PT apoiou o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, "assinado pelo presidente e pela ministra da Casa Civil [cargo ocupado por Dilma até abril]", no qual reafirmou a defesa da descriminalização do aborto.
Procurado pela reportagem, o arcebispo de Belém não quis comentar a carta.
No final de agosto, os bispos da Regional Sul 1 referendaram o documento e recomendaram sua divulgação.
O coordenador da Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul 1, padre Berardo Graz, disse que a posição da regional poderá ser defendida em missas ou em reuniões das pastorais.
Segundo ele, o PT "cometeu o pecado" de incluir a descriminalização do aborto em seu programa e por isso foi citado no documento. Outros partidos, como o PV e o PSOL, reúnem candidatos com diversos posicionamentos sobre o aborto.
A CNBB informou, por meio de sua assessoria, em Brasília, que sua posição sobre as eleições foi explicitada na "Declaração sobre o Momento Político Nacional", divulgada em maio, em que incentiva que sejam eleitas "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida", entre outros pontos.
Questionada pela Folha, no final de agosto, Dilma disse que é "pessoalmente" contra o aborto, mas que, caso seja eleita, tratará o assunto como "caso de saúde pública". O diretório do PT não se manifestou sobre o documento.
Contra a liberação do aborto, arcebispo de Belém divulga carta antipetista
Publicidade
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
A Folha On Line
O arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, divulgou carta com um manifesto antipetista que recomenda a "todos os cidadãos e cidadãs brasileiros" que, nas próximas eleições, "deem seu voto somente a candidatos e partidos contrários à descriminalização do aborto".
A carta reproduz o documento "Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras", elaborado no 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida, realizado em julho pela Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), com sede em São Paulo.
Pastor evangélico pede a fieis que não votem em candidatos do PT
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
O documento lista nove pontos que mostram que o PT ou o governo do presidente Lula defenderam a descriminalização do aborto e cita indiretamente a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
O texto relata, por exemplo, que no 4º Congresso Nacional, em fevereiro, o PT apoiou o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, "assinado pelo presidente e pela ministra da Casa Civil [cargo ocupado por Dilma até abril]", no qual reafirmou a defesa da descriminalização do aborto.
Procurado pela reportagem, o arcebispo de Belém não quis comentar a carta.
No final de agosto, os bispos da Regional Sul 1 referendaram o documento e recomendaram sua divulgação.
O coordenador da Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul 1, padre Berardo Graz, disse que a posição da regional poderá ser defendida em missas ou em reuniões das pastorais.
Segundo ele, o PT "cometeu o pecado" de incluir a descriminalização do aborto em seu programa e por isso foi citado no documento. Outros partidos, como o PV e o PSOL, reúnem candidatos com diversos posicionamentos sobre o aborto.
A CNBB informou, por meio de sua assessoria, em Brasília, que sua posição sobre as eleições foi explicitada na "Declaração sobre o Momento Político Nacional", divulgada em maio, em que incentiva que sejam eleitas "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida", entre outros pontos.
Questionada pela Folha, no final de agosto, Dilma disse que é "pessoalmente" contra o aborto, mas que, caso seja eleita, tratará o assunto como "caso de saúde pública". O diretório do PT não se manifestou sobre o documento.
Pastor evangélico pede a fiéis que não votem em candidatos do PT
23/09/2010 - 18h18
Pastor evangélico pede a fiéis que não votem em candidatos do PT
Publicidade
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO
Folha On Line
Replicando o discurso de parte da Igreja Católica, o pastor evangélico Paschoal Piragine Júnior, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, pediu aos fiéis, durante um culto de domingo no final de setembro, que não votem em candidatos do PT.
O pedido, que foi divulgado no Youtube e exibido mais de 2 milhões de vezes, teve como base o posicionamento do partido sobre o aborto, o projeto de lei pela criminalização da homofobia e o divórcio, entre outros tópicos.
"Há um partido político que fechou questão sobre esses temas, que é o PT. [...] Ou seja: se um deputado, se um senador do PT votar contra, de acordo com sua consciência, qualquer uma dessas leis, ele é expulso do partido", disse Piragine.
Contra a liberação do aborto, arcebispo de Belém divulga carta antipetista
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
O pastor citou o caso de dois deputados federais petistas que se posicionaram contra o aborto e, por causa disso, foram punidos pelo PT --Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC), atualmente filiados ao PV.
"A igreja católica, então, emitiu nota pública dizendo: 'Não votem em ninguém do PT'. Eu diria para você a mesma coisa", disse ele, referindo-se à carta de um bispo da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pregando o voto contra o PT, em julho deste ano.
O pastor fez ainda críticas ao PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos), encampado pelo governo federal e que, segundo ele, tem as mesmas propostas defendidas pelo PT.
"Se você olhar [no PNDH], você vai ver como a máquina estatal está mobilizada. 'Isso aqui é responsabilidade de pressão do Ministério da Justiça, do Ministério da Saúde...' E se os ministros de Estado que estão ligados a esse governo não trabalharem assim, perdem o seu cargo", disse o pastor.
À Folha, Piragine afirmou que estudou os estatutos de PT e PV, mas chegou à conclusão que apenas o PT impede o parlamentar de se posicionar contra tópicos aprovados em congresso partidário. Ainda segundo o pastor, este é o posicionamento apenas dele, e não da igreja.
O presidente do PT-PR, Ênio Verri, negou que o PT expulse ou puna os parlamentares que se posicionem contra o aborto ou qualquer dos tópicos abordados. "Não existe isso. Eu tenho essa posição contra o aborto e sou o presidente do partido. É [questão de] foro íntimo", disse.
Segundo ele, os deputados Bassuma e Afonso foram punidos pela forma como se manifestaram sobre a questão, sem levá-la para discussão com o partido, e não pelo posicionamento em si.
Verri lembrou que vários pastores e evangélicos são filiados ao PT. "Há o respeito e isso é histórico no PT."
Pastor evangélico pede a fiéis que não votem em candidatos do PT
Publicidade
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO
Folha On Line
Replicando o discurso de parte da Igreja Católica, o pastor evangélico Paschoal Piragine Júnior, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, pediu aos fiéis, durante um culto de domingo no final de setembro, que não votem em candidatos do PT.
O pedido, que foi divulgado no Youtube e exibido mais de 2 milhões de vezes, teve como base o posicionamento do partido sobre o aborto, o projeto de lei pela criminalização da homofobia e o divórcio, entre outros tópicos.
"Há um partido político que fechou questão sobre esses temas, que é o PT. [...] Ou seja: se um deputado, se um senador do PT votar contra, de acordo com sua consciência, qualquer uma dessas leis, ele é expulso do partido", disse Piragine.
Contra a liberação do aborto, arcebispo de Belém divulga carta antipetista
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
O pastor citou o caso de dois deputados federais petistas que se posicionaram contra o aborto e, por causa disso, foram punidos pelo PT --Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC), atualmente filiados ao PV.
"A igreja católica, então, emitiu nota pública dizendo: 'Não votem em ninguém do PT'. Eu diria para você a mesma coisa", disse ele, referindo-se à carta de um bispo da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pregando o voto contra o PT, em julho deste ano.
O pastor fez ainda críticas ao PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos), encampado pelo governo federal e que, segundo ele, tem as mesmas propostas defendidas pelo PT.
"Se você olhar [no PNDH], você vai ver como a máquina estatal está mobilizada. 'Isso aqui é responsabilidade de pressão do Ministério da Justiça, do Ministério da Saúde...' E se os ministros de Estado que estão ligados a esse governo não trabalharem assim, perdem o seu cargo", disse o pastor.
À Folha, Piragine afirmou que estudou os estatutos de PT e PV, mas chegou à conclusão que apenas o PT impede o parlamentar de se posicionar contra tópicos aprovados em congresso partidário. Ainda segundo o pastor, este é o posicionamento apenas dele, e não da igreja.
O presidente do PT-PR, Ênio Verri, negou que o PT expulse ou puna os parlamentares que se posicionem contra o aborto ou qualquer dos tópicos abordados. "Não existe isso. Eu tenho essa posição contra o aborto e sou o presidente do partido. É [questão de] foro íntimo", disse.
Segundo ele, os deputados Bassuma e Afonso foram punidos pela forma como se manifestaram sobre a questão, sem levá-la para discussão com o partido, e não pelo posicionamento em si.
Verri lembrou que vários pastores e evangélicos são filiados ao PT. "Há o respeito e isso é histórico no PT."
Serra diz que quem persegue imprensa vai perseguir também religiões
23/09/2010 - 17h28
Serra diz que quem persegue imprensa vai perseguir também religiões
Publicidade
RODRIGO VARGAS
ENVIADO ESPECIAL A SINOP (MT)
Folha On Line
O candidato tucano à Presidência, José Serra, criticou hoje em Mato Grosso o que chamou de "cerco" à liberdade de imprensa.
Questionado em entrevista sobre como vê "ataques" do governo federal à mídia, Serra disse que há pessoas que defendem a imprensa só quando ela "fala bem".
"O que vem incomodando essa gente é que a imprensa vem apresentando notícias que mostram abusos, nepotismo e maracutaia com o dinheiro público. Essa imprensa incomoda os donos do poder. E é só isso. Não é nenhuma objeção doutrinária que eles têm. É uma posição de conveniência. Não há país democrático no mundo sem imprensa livre. Aqueles que perseguem hoje a imprensa vão mais tarde perseguir credos religiosos. E essa perseguição não tem fim", disse.
Serra esteve na cidade de Sinop (a 508 km de Cuiabá), onde participou de uma caminhada e visitou uma sede da Apae.
A região está coberta por uma névoa originada de queimadas. O candidato criticou o combate aos incêndios por parte do governo federal.
Serra diz que quem persegue imprensa vai perseguir também religiões
Publicidade
RODRIGO VARGAS
ENVIADO ESPECIAL A SINOP (MT)
Folha On Line
O candidato tucano à Presidência, José Serra, criticou hoje em Mato Grosso o que chamou de "cerco" à liberdade de imprensa.
Questionado em entrevista sobre como vê "ataques" do governo federal à mídia, Serra disse que há pessoas que defendem a imprensa só quando ela "fala bem".
"O que vem incomodando essa gente é que a imprensa vem apresentando notícias que mostram abusos, nepotismo e maracutaia com o dinheiro público. Essa imprensa incomoda os donos do poder. E é só isso. Não é nenhuma objeção doutrinária que eles têm. É uma posição de conveniência. Não há país democrático no mundo sem imprensa livre. Aqueles que perseguem hoje a imprensa vão mais tarde perseguir credos religiosos. E essa perseguição não tem fim", disse.
Serra esteve na cidade de Sinop (a 508 km de Cuiabá), onde participou de uma caminhada e visitou uma sede da Apae.
A região está coberta por uma névoa originada de queimadas. O candidato criticou o combate aos incêndios por parte do governo federal.
Juíza de SP autoriza preso homossexual a receber visita íntima
Juíza de SP autoriza preso homossexual a receber visita íntima
Em decisão inédita na Justiça de São Paulo, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani (foto), da Vara das Execuções Criminais de Taubaté (SP), autorizou um preso no Centro de Detenção Provisória daquela cidade a receber visita íntima do seu companheiro homossexual.
No entendimento da juíza, como perante a lei há igualdade entre todos, negar ao presidiário homossexual esse tipo de visita seria discriminação. Observou que o princípio da dignidade humana que reconhece a liberdade de orientação sexual.
Argumentou que é tempo de “renovação”, como mostra o debate da sociedade para derrubar preconceito e intolerância.
Lembrou que a Justiça do Estado do Pará já concedeu à população carcerária homossexual o direito de receber visitas íntimas.
Se aprovado, um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo legalizará os encontros homossexuais ans prisões.
Com informações do Tribunal de Justiça de São Paulo.
paulolopes
Homem corta a mão de suspeito de estuprar evangélica
quinta-feira, 23 de setembro de 2010Homem corta a mão de suspeito de estuprar evangélica
Um homem até agora não identificado pela polícia decepou na segunda-feira a mão de um acusado de ter estuprado uma missionária de 46 anos de um templo de Limeira (SP) da Igreja Assembleia de Deus. Limeira é uma cidade de 282 mil habitantes e fica a 154 km de São Paulo.
O suspeito tinha sido denunciado à polícia pela missionária, e ele a procurou em sua casa para ameaçá-la de morte de modo que não contasse mais nada sobre o estupro. Mas lá encontrou um homem que estava protegendo a missionária, e houve um confronto corporal.
De acordo com o B.O. (Boletim de Ocorrência) na polícia, na luta o protetor da missionária tomou do agressor uma lâmina de 30 cm usada para corte de cana-de-açúcar, conhecida por podão (um exemplo ao lado), e cortou a mão direita do oponente.
O suspeito – que passou a correr o risco de ser linchado pela vizinhança – fugiu, mas, como sangrava muito, se entregou à polícia para receber cuidados médicos.
O agressor conheceu a missionária quando ela deu uma palestra em uma clínica de dependente químico. Ele confessou o estupro e o roubo de R$ 500 e dois celulares da missionária. Falou que antes de atacá-la tinha fumado crack.
O delegado José Henrique Ventura disse que a missionária está se recuperando do abalo emocional.
Com informação do Portal Terra.
O “Grande” Otelo (1915 – 1993)
O “Grande” Otelo (1915 – 1993) Sebastião Bernardes de Souza Prata, seu nome civil, não era carioca. Era mineiro, de Uberlândia. Nasceu em 1915. Ganhou o sobrenome da família que o educou - Prata - até que ele resolvesse se aventurar no Rio de Janeiro e em São Paulo em busca de sua vocação: ser ator.
Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista. Na Ópera Nacional, onde estudou, ganhou dos colegas o apelido de Pequeno Otelo. Ele preferiu e se auto-entitulou The Great Otelo, mais tarde abrasileirado e dando a ele o nome pelo qual se tornaria conhecido: Grande Otelo. Assim começou a carreira de um dos maiores atores brasileiros, que passou pelos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio. Passou também pelo teatro, pelo cinema e pela televisão, deixando sempre a lembrança de personagens marcantes.
Sua principal atividade foi o cinema. Apareceu pela primeira vez na tela em Noites Cariocas, em 1935. Trabalhou em alguns filmes conhecidos como Futebol e Família (1939) e Laranja da China (1940), conseguindo fama suficiente para ser chamado para trabalhar no primeiro filme produzido pela Atlântida: Moleque Tião, de 1943. O sucesso se consolidou quando Otelo formou dupla com outro grande mito do cinema nacional: Oscarito. Juntos, participaram de mais de dez chanchadas como Carnaval no Fogo, Aviso aos Navegantes e Matar ou Correr. Foi também protagonista da versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. E em 1977, atuou no filme A Força de Xangô, de temática religiosa Afro-Brasileira.
Mas ele não era apenas comediante. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia e Rio, Zona Norte. Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar em Paris, em novembro de 1993 às vésperas de seus 78 anos, a caminho do Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde seria homenageado. Em 1969, recebeu no Festival de Brasília, o Troféu Candango, na categoria de melhor ator por Macunaíma. No Festival de Gramado, recebeu o Troféu Oscarito, em 1990.
Memória Viva
Wiki
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Especialistas criticam silêncio dos candidatos à Presidência sobre questão racial
Especialistas criticam silêncio dos candidatos à Presidência sobre questão racial
Envie para:
22 de setembro de 2010 às 17:37
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A menos de 15 dias das eleições, o tema desigualdade racial não está entre os mais citados nos programas políticos dos candidatos à Presidência da República. Para o professor de antropologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa – INCT, da Universidade de Brasília (UnB), José Jorge de Carvalho, o silêncio é sintomático e demonstra o desinteresse dos candidatos. “É preocupante o silêncio dos candidatos. O poder no Brasil não quer que o Estado assuma a herança de desigualdade racial como algo que deve ser priorizado”, disse.
Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um crescimento da população que se declara preta ou parda nos últimos dez anos. Enquanto em 1999 5,4% se considerava preta e 40% parda, em 2009 este percentual passou para 6,9% e 44,2% respectivamente.
Outros indicadores, entretanto, como analfabetismo, analfabetismo funcional, acesso à educação e a diferença de rendimentos demonstram que a desigualdade persiste. Na categoria ocupação profissional, por exemplo, os brancos representam 69,6% dos empregadores, enquanto os pretos são 3,0% e os pardos 27,4%. Entre os sem carteira assinada e os empregados domésticos, os pretos e pardos são maioria, representando juntos 57,8% e 61,8% respectivamente.
Após mais de dez anos de tramitação no Congresso Nacional, o Estatuto de Igualdade Racial (Lei 12.288) foi aprovado este ano, com a supressão do sistema de cotas raciais nas universidades, um dos principais pleitos da comunidade negra.
Ainda este semestre o tema deverá voltar ao debate público, quando será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade de cotas nas universidades. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi a primeira, em 2002, a adotar um programa de reserva de vagas para alunos negros.
Apesar da inexistência de uma lei federal, segundo a pesquisa do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), ligado à UERJ, este ano as ações afirmativas, incluindo as cotas raciais e sociais, já são realidade em 71,4% das 98 universidades estaduais e federais do país.
Para o professor Carvalho, o país avançou muito nos últimos anos no acesso de alunos negros nas universidades. “Apesar do número de professores negros nas universidades não chegar a 1%, conseguimos incluir mais estudantes negros nos últimos oito anos do que em todo o século 20. Era de se esperar que isso fosse pauta imprescindível da disputa eleitoral”, afirmou.
A superação da violência e da discriminação étnico-racial são outros desafios para o próximo presidente. Segundo Carvalho, a juventude negra de 16 a 24 anos tem três vezes mais chance de ser assassinada do que os jovens brancos. “Hoje se fala no genocídio da juventude negra. As ações afirmativas são políticas pacificadoras, quando se transmite mais cidadania se evita que jovens negros entrem na delinquência e combate-se a intolerância e o racismo”, disse.
A Educafro, uma rede de 200 pré-vestibulares para pobres e negros, enviou aos candidatos à Presidência da República uma carta de comprometimento às reivindicações da comunidade negra. O diretor executivo da entidade, Frei David, destacou três pontos principais do documento.
“Queremos que os políticos assumam as orientações definidas pelo Estatuto da Igualdade Racial e ponham em prática todos os compromissos previstos no Plano Nacional de Políticas de Igualdade Racial, entre eles, que seja feito um trabalho de treinamento e conscientização das polícias. É preciso reduzir a matança de negros devido ao racismo institucional”, afirmou.
Por fim ressaltou a necessidade de fiscalização do cumprimento da Lei 11.645 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas e universidades.
As assessorias de imprensa dos candidatos à Presidência da República Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foram procuradas pela reportagem da Agência Brasil. A assessoria da candidata Dilma Rousseff informou que não poderia se manifestar, pois o programa de governo da candidata não estava concluído. O comitê do candidato José Serra não respondeu. A candidata Marina Silva disse que é favorável às cotas raciais para que seja reparado um erro histórico cometido contra os negros.
Edição: Aécio Amado
Envie para:
22 de setembro de 2010 às 17:37
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A menos de 15 dias das eleições, o tema desigualdade racial não está entre os mais citados nos programas políticos dos candidatos à Presidência da República. Para o professor de antropologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa – INCT, da Universidade de Brasília (UnB), José Jorge de Carvalho, o silêncio é sintomático e demonstra o desinteresse dos candidatos. “É preocupante o silêncio dos candidatos. O poder no Brasil não quer que o Estado assuma a herança de desigualdade racial como algo que deve ser priorizado”, disse.
Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um crescimento da população que se declara preta ou parda nos últimos dez anos. Enquanto em 1999 5,4% se considerava preta e 40% parda, em 2009 este percentual passou para 6,9% e 44,2% respectivamente.
Outros indicadores, entretanto, como analfabetismo, analfabetismo funcional, acesso à educação e a diferença de rendimentos demonstram que a desigualdade persiste. Na categoria ocupação profissional, por exemplo, os brancos representam 69,6% dos empregadores, enquanto os pretos são 3,0% e os pardos 27,4%. Entre os sem carteira assinada e os empregados domésticos, os pretos e pardos são maioria, representando juntos 57,8% e 61,8% respectivamente.
Após mais de dez anos de tramitação no Congresso Nacional, o Estatuto de Igualdade Racial (Lei 12.288) foi aprovado este ano, com a supressão do sistema de cotas raciais nas universidades, um dos principais pleitos da comunidade negra.
Ainda este semestre o tema deverá voltar ao debate público, quando será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade de cotas nas universidades. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi a primeira, em 2002, a adotar um programa de reserva de vagas para alunos negros.
Apesar da inexistência de uma lei federal, segundo a pesquisa do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), ligado à UERJ, este ano as ações afirmativas, incluindo as cotas raciais e sociais, já são realidade em 71,4% das 98 universidades estaduais e federais do país.
Para o professor Carvalho, o país avançou muito nos últimos anos no acesso de alunos negros nas universidades. “Apesar do número de professores negros nas universidades não chegar a 1%, conseguimos incluir mais estudantes negros nos últimos oito anos do que em todo o século 20. Era de se esperar que isso fosse pauta imprescindível da disputa eleitoral”, afirmou.
A superação da violência e da discriminação étnico-racial são outros desafios para o próximo presidente. Segundo Carvalho, a juventude negra de 16 a 24 anos tem três vezes mais chance de ser assassinada do que os jovens brancos. “Hoje se fala no genocídio da juventude negra. As ações afirmativas são políticas pacificadoras, quando se transmite mais cidadania se evita que jovens negros entrem na delinquência e combate-se a intolerância e o racismo”, disse.
A Educafro, uma rede de 200 pré-vestibulares para pobres e negros, enviou aos candidatos à Presidência da República uma carta de comprometimento às reivindicações da comunidade negra. O diretor executivo da entidade, Frei David, destacou três pontos principais do documento.
“Queremos que os políticos assumam as orientações definidas pelo Estatuto da Igualdade Racial e ponham em prática todos os compromissos previstos no Plano Nacional de Políticas de Igualdade Racial, entre eles, que seja feito um trabalho de treinamento e conscientização das polícias. É preciso reduzir a matança de negros devido ao racismo institucional”, afirmou.
Por fim ressaltou a necessidade de fiscalização do cumprimento da Lei 11.645 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas e universidades.
As assessorias de imprensa dos candidatos à Presidência da República Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foram procuradas pela reportagem da Agência Brasil. A assessoria da candidata Dilma Rousseff informou que não poderia se manifestar, pois o programa de governo da candidata não estava concluído. O comitê do candidato José Serra não respondeu. A candidata Marina Silva disse que é favorável às cotas raciais para que seja reparado um erro histórico cometido contra os negros.
Edição: Aécio Amado
terça-feira, 21 de setembro de 2010
CAMINHANDO A GENTE SE ENTENDE
CAMINHANDO A GENTE SE ENTENDE
21 de setembro de 2010
Esta frase tem embutida na mesma uma dose muito grande de boa vontade e amorosidade, para conosco e para com nossos semelhantes. Não fora o radicalismo e intransigência tão comuns em nós seres humanos, principalmente no que diz respeito às virtudes e opções dos outros, nós poderíamos viver em uma sociedade mais justa, mais humana, porém, isto se torna muito difícil, justo por esta característica que temos em sempre procurar antes de honrar as atitudes alheias, primeiramente criticá-las. Como se fossemos melhores que os nossos semelhantes. Aliás. Tudo que é nosso é sempre melhor do que aquilo ou aquele outro, dos outros.
E quando o assunto é religião, então! Ninguém quer dar o braço a torcer, e terminamos por enveredar por um mundo de discussões vãs sobre postulados religiosos, gerando com isso todo esse radicalismo religioso que todos nós sabemos, e que termina descambando para o preconceito religioso.
Sorte nossa que hoje após longos sofrimentos e atos preconceituosos de ambos os lados, estamos enfim, deslanchando para um entendimento futuro, talvez não seja para nós, mas talvez para nossos filhos ou netos. Mas já é um bom começo.
Portanto, vamos continuar caminhando, mas acima de tudo, criando outras frentes de trabalhos e luta em defesa dos nossos postulados religiosos e liberdade religiosa, atitude esta que os demais religiosos estão também buscando.
Não queremos supremacia sobre nenhum outro dogma religioso, queremos sim, respeito ao nosso, e que sejamos tratados e respeitados como filhos de Deus também, e não como póstatas do demônio.
Axé!
João Batista de Ayrá/Babalorixá/Advogado/Jornalista
21 de setembro de 2010
Esta frase tem embutida na mesma uma dose muito grande de boa vontade e amorosidade, para conosco e para com nossos semelhantes. Não fora o radicalismo e intransigência tão comuns em nós seres humanos, principalmente no que diz respeito às virtudes e opções dos outros, nós poderíamos viver em uma sociedade mais justa, mais humana, porém, isto se torna muito difícil, justo por esta característica que temos em sempre procurar antes de honrar as atitudes alheias, primeiramente criticá-las. Como se fossemos melhores que os nossos semelhantes. Aliás. Tudo que é nosso é sempre melhor do que aquilo ou aquele outro, dos outros.
E quando o assunto é religião, então! Ninguém quer dar o braço a torcer, e terminamos por enveredar por um mundo de discussões vãs sobre postulados religiosos, gerando com isso todo esse radicalismo religioso que todos nós sabemos, e que termina descambando para o preconceito religioso.
Sorte nossa que hoje após longos sofrimentos e atos preconceituosos de ambos os lados, estamos enfim, deslanchando para um entendimento futuro, talvez não seja para nós, mas talvez para nossos filhos ou netos. Mas já é um bom começo.
Portanto, vamos continuar caminhando, mas acima de tudo, criando outras frentes de trabalhos e luta em defesa dos nossos postulados religiosos e liberdade religiosa, atitude esta que os demais religiosos estão também buscando.
Não queremos supremacia sobre nenhum outro dogma religioso, queremos sim, respeito ao nosso, e que sejamos tratados e respeitados como filhos de Deus também, e não como póstatas do demônio.
Axé!
João Batista de Ayrá/Babalorixá/Advogado/Jornalista
Lendas Africanas / Professora Valeria Teixeira
Colaboração - Professora Valeria Teixeira / Etemin Aguecy (nação jêje mahin - axé kwê sejá sinin)
* Moradora de Nova Campina / Pedagoga.
* Pesquisadora das Religiões de Matrizes Africanas no Brasil.
* Eleita em 11 julho de 2009, Conselheira pelas Entidades Religiosas no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial e Étnica de Duque de Caxias.
Apesar da ligação estreita que o Brasil manteve por séculos com regiões da África, até pouco tempo o desejo predominante era extirpar do Brasil, toda lembrança africana. Mas, nós não vamos permitir que esse fato aconteça. Para isso, vamos recriar histórias contadas pelos nossos ancestrais, os negros africanos!
OXÓSSE É IRMÃO DE OGUN
Oxósse era irmão de Ogun e tinha pelo mesmo, um carinho muito especial. Um dia, quando Ogun voltava da guerra, encontrou Oxósse temeroso e sem reação, cercado de inimigos que já tinham destruído quase toda a sua aldeia e, que estavam prestes a atingir sua família e tomar suas terras. Ogun vinha cansado da guerra, mas ficou irado e sedento de vingança. Procurou dentro de si mais forças para continuar lutando e partiu na direção dos inimigos. Com sua espada de ferro, pelejou até o amanhecer. Quando por fim, venceu os invasores, sentou-se com o irmão e o tranqüilizou com sua proteção dizendo que, sempre que houvesse necessidade, ele iria ao seu encontro para auxiliá-lo. Ogun ensinou Oxósse a caçar, a abrir os caminhos pela floresta e matas cerradas. Oxósse aprendeu com o irmão a nobre arte da caça, sem a qual, a vida seria muito mais difícil. Ogun ensinou o irmão a defender-se por si próprio e a defender sua gente. A partir daí, Ogun sabia que poderia partir para a guerra sem se preocupar com a sua aldeia e seus familiares. Ogun fez de Oxósse o provedor. Ogun é o grande guerreiro e Oxósse é o grande caçador.
OXÓSSE GANHA DE ORUMILÁ A CIDADE DE KETU
Certo dia, Orumilá precisava de um pássaro raro para fazer um feitiço de Oxum. Ogun e Oxósse saíram em busca da ave pela mata a dentro, nada encontrando por dias seguidos. Numa manhã porém, restando-lhes apenas um dia para o feitiço, Oxósse deparou-se com a ave e percebeu que só lhe restava uma única flecha. Mirou com precisão e a atingiu. Quando voltou para a aldeia, Orumilá ficou encantado e agradecido com o feito do filho: sua determinação e coragem. Ofereceu-lhe então, a cidade de Ketu para governar até a sua morte, fazendo dele o orixá da caça e das florestas.
OXÓSSE É REI DO KETU POR OXUM
Oxósse ia para uma caçada buscar comida para sua gente quando avistou Oxum nas águas doces. Encantou-se com sua beleza, com seu deslumbramento nas águas cintilantes. Oxósse entrou no rio para alcançar o orixá e lá ficou de amores com Oxum, esquecendo-se da fome de sua tribo. Seus companheiros sentiram-se traídos e começaram a tirar flechas em Oxósse. Oxum, que já estava enamorada por ele, começou a cantar uma cantiga de encantamento para defendê-lo das mortíferas flechadas dos perseguidores, que tiveram de fugir: “A TI RÊ OKÊ ATI RE NU BALÉ BA RE IÔ” Oxum guiou Oxósse na fuga, encontrando guarida na cidade de Ketu, onde Oxum deu a Oxósse o posto de Rei, o Alaketu. Assim, Oxósse, o caçador, também foi rei de Ketu.
OXÓSSE DESOBEDECE OBATALÁ E NÃO CONSEGUE MAIS CAÇAR
Havia uma grande fome e faltava comida na Terra. Então, Obatalá enviou Oxósse para que ele aí caçasse e provesse de sustento todos os que estavam sem comida. Oxósse caçou tanto, mas, tanto, que ficou obsessivo: ele queria matar e destruir tudo o que encontrasse. Obatalá pediu-lhe que parasse de caçar, mas, Oxósse não obedeceu e continuou caçando. Um dia, encontrou uma ave branca, um pombo. Sem se importar que os animais brancos sejam de Obatalá, Oxósse matou o pombo. Obatalá voltou a pedir que ele não caçasse mais. Porém, Oxósse continuou caçando. Uma noite, Oxósse encontrou um veado e atirou nele muitas flechas. Mas, as flechas não lhe causaram nenhum dano. Oxósse aproximou-se mais e flechou a cabeça do animal. Nesse momento, o veado se iluminou. Era Obatalá disfarçado, ali, todo flechado por Oxósse. Oxósse não conseguiu caçar nunca mais, profundo foi seu desgosto.
EXU SE TORNA REI DE IJELU
Exú gritava e esbravejava, afirmando que o fogo, cuja origem desconhecia, havia consumido uma enorme fortuna, que trouxera embrulhada em seus pertences, que como muitos testemunharam, foram confiados ao dono da casa. Na verdade, ao chegar, Exú entregou ao seu hospedeiro um grande fardo, dentro do qual, segundo declaração sua, havia um grande tesouro, fato este, que foi testemunhado por enumeras pessoas do local. Rapidamente, a notícia chegou aos ouvidos do Rei que, segundo a lei do país deveria indenizar a vitima de todo o prejuízo ocasionado pelo sinistro. Ao tomar conhecimento do grande valor da indenização e ciente de não possuir meios para saldá-la, o rei encontrou, como única solução, entregar seu trono e sua coroa a Exú, com a condição de poder continuar, com toda sua família, residindo no palácio. Diante da proposta, Exú aceitou imediatamente, passando a ser deste então o rei de Ijelu.
VODUN KEVIOSO
Quando o Vodun kevioso veio ao mundo, não passava de um pequeno covarde que só possuía um galo que cantava e um cabrito que berrava. Convencendo-se de que não poderia viver desta forma, resolveu consultar Ifá, em busca de auxílio. Seu Babalawo chamava-se Afeke e foi ele quem, consultando Ifá, encontrou Okanran Meji, que exigiu que kevioso oferecesse um ebó composto de duzentos e uma pedrinhas, um saco, uma cabra, cento e cinqüenta moedas do mesmo valor e mais quinze de valor diferente.
As pedras foram colocadas dentro de um saco e entregues a kevioso depois do sacrifício, representando o seu poder e a sua força. As moedas foram dadas ao Babalawo, em pagamento.
Na verdade depois que kevioso passou a possuir estas pedras, seus olhos tingiram-se de vermelho, passou a ser muito corajoso e as pessoas temem a sua aproximação. Quando encolerizado, enfia a mão no saco e lança suas pedras em forma de raio, destruindo quem quer que o tenha provocado. Foi assim que kevioso, o covarde, tornou-se um exemplo de coragem para todos os homens.
MAWU E IFÁ
Ifá chegou a este mundo antes de seus mensageiros Legba, Miñona e Abi, que estão sob suas ordens, ao contrário de Igbadu que esta acima dele. Criado por Mawu, Ifá desceu do céu trazendo para a terra todas as árvores, todas as plantas, todos os animais, todos os pássaros e todas as pedras.
Naquela época, existia sobre a Terra somente um protótipo de ser humano, muito pequeno, negro e muito parecido com o homem. Ao chegar ao Ayé, Ifá transmitiu todo o seu conhecimento a este estranho ser, a que, deu o nome de “Koto”.
Logo que Mawu criou os seres humanos, Koto transmitiu-lhes toda a ciência que havia recebido de Ifá: o conhecimento de todas as coisas e principalmente, o conhecimento do próprio Ifá. Koto, que sabia o nome de tudo quanto existia, ensinou aos homens, esquecendo-se, no entanto, de transmitir o nome de uma única arvore, a qual os homens chamaram de “Kotoble” e depois de Wugo. Assim, foi apenas a uma única árvore, dentre todas as coisas que existem no mundo, que os homens deram nome.
ITAN
Shangô queria ser muito poderoso e respeitado e para isto consultou Ifá. Na consulta surgiu Okanran Meji, que determinou um sacrifício, que iria garantir ao orixás, tudo que desejava. Feito o ebó, Todas as vezes que Shangô abria a boca para falar, sua voz saia possante como um trovão e inúmeras labaredas acompanhavam suas palavras.
Diante do poder de seu marido Oyá resolveu consultar o Oráculo com a finalidade de se tornar tão poderosa quanto ele. Na consulta surgiu Okanran Meji, que lhe determinou o mesmo ebó. Quando Shangô descobriu que sua mulher havia adquirido um poder igual ao seu, ficou furioso e começou a maldizer Ifá por haver proporcionado tamanho poder a uma simples mulher.
Humilhada, Oyá recorreu a Olorun para que desse um paradeiro ao impasse. Olorun determinou então que a partir daquele dia, a voz de Shangô soaria como o trovão e que provocaria incêndios onde ele bem entendesse, mas para que isto pudesse acontecer, seria necessário que Oyá, falasse primeiro, para que o fogo de suas palavras (os raios) provocassem o surgimento do som das palavras de Shangô (o trovão), assim como o fogo que elas produzem sobre a terra (os incêndios provocados pelos raios que se projetam sobre a terra).
E por este motivo até hoje, não se pode ouvir o ribombar do trovão sem que antes, um raio ilumine o céu.
ITAN
Naquele tempo, o céu e a terra estavam tão perto um do outro, como o teto do chão, sendo que a terra era habitada por homens muito pequenos, muitíssimo menores do que os de hoje existem. Céu e Terra eram então muito amigos e costumavam ir juntos a caça de animais, que sempre dividiam irmamente entre si. Sempre que Céu capturava alguma caça, oferecia uma parte à Terra, que agia da mesma maneira quando abatia qualquer animal.
Certo dia durante a caçada Terra capturou um emon. Na hora de repartir o animal, Terra falou: “Como Sou mais velha, ficarei com a parte da cabeça”. Ao que Céu retrucou: “Sabes muito bem que sou maior e portanto a parte da cabeça deste animal, cabe a mim por direito. Dá-me logo essa parte e não se fala mais nisso!”.
Como não chegassem a nenhum acordo, Céu furioso, resolveu afastar-se de Terra, indo morar muito distante de seu ex-amigo. Com o distanciamento de Céu, Terra ficou muito árida, por falta de chuva, o que provocou um total desequilíbrio no ciclo de vida. As sementes deixaram de germinar, as fêmeas deixaram de gerar filhos e desta forma, tudo estava condenado a desaparecer.
Diante do problema, os homens, dirigindo-se à Terra, recomendaram: “Para apaziguar a ira de Céu, deves caçar outro emon e enviá-lo a seu ex-amigo”.
Terra tratou então, de abater outro emon, que foi transportado pelos pássaros, à nova morada de Céu. Foi o pássaro Aklãsu, o encarregado de fazer o transporte, sob a promessa de lhe ser construída uma casa, em pagamento. Quando Aklãsu voltava de sua missão, foi apanhado a meio caminho, por uma forte chuva, que Céu enviara em agradecimento à gentileza recebida. Ao chegar a Terra, Aklãsu percebeu que a casa que lhe haviam prometido não fora sequer construída, tendo que permanecer ao desabrigo.
Diante disto, disse aborrecido: “Vocês não foram fiéis ao que me prometeram, mas não faz mal, minhas grandes asas são mais que suficientes para me protegerem da chuva!”. E por isto, até hoje, não se vê o Aklãsu se esconder da chuva por mais forte que ela seja. Pousado nos galhos das mais altas árvores, protege a cabeça com as próprias asas e pensa: “Amanhã, logo que esta chuva passar, construirei uma casa para mim!” E logo que a chuva passa, ele diz: “Para que preciso de uma casa? Não existem inúmeras casas para mim, entre todas as árvores?” E voa feliz sob os raios do Sol, agitando suas imensas asas para secá-las.
ITAN
Dizem as histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia Tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência.
E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado um ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, Tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza.
Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que ele encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que pareciam tratar-se de moedas.
Claro que através deste caminho de odú (Ejioko Meji), entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e nem o tanto que temos, afim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões.
ITAN
Um certo casal, apesar de se amarem muito, viviam brigando por absoluta falta de compreensão. A desarmonia superava o amor e a convivência já era insuportável, por este motivo, foram procurar o Bokono do lugar, em busca de orientação. Feita a consulta, surgiu Ejioko Meji, que determinou um sacrifício composto de um casal de eyele funfun, fitas de várias cores, orí da costa, igbi meji, etc.
Como o casal não possuísse recursos suficientes, foi preciso que a mulher preparasse muito mingau de akasa, que o marido ia vender no mercado para obter dinheiro para o material do ebó. Oferecido o ebó, o que só foi possível pelo trabalho conjunto do casal, voltou a reinar a paz e a compreensão entre os dois, que continuaram a trabalhar da forma que fizeram para obter o dinheiro do sacrifício.
ITAN
Havia um homem que, por sua enorme sabedoria, era muito procurado por seus vizinhos e demais moradores da cidade. Certo dia, o sábio adoeceu e sua morte era aguardada a qualquer momento. Usando de seus conhecimentos, o ancião resolveu enganar a morte e para isto, preparou um ebó com o igbi, dois pombos, um preá, mel e efun, colocando tudo num buraco que cavou no chão. Quando a morte aproximou-se sob a forma de um grande pássaro, o homem correu até o local onde havia depositado o ebó e pegando o igbi, colocou-o sobre sua cabeça, que antes havia untado com bastante mel.
O pássaro Ikú, pensando tratar-se do ori do sábio, cravou as garras afiadas no igbi, carregando-o para o mundo dos mortos. Desta forma, o velho, com seu saber, conseguiu ludibriar a morte.
ITAN
Enure era o nome do homem que, apesar de muito trabalhador e esforçado, não conseguia progredir na vida, por ser perseguido permanentemente por dois inimigos muito poderosos, chamados Perseguição e Inveja. Orientado por amigos que testemunhavam sua penúria, Enure foi consultar o Oluwo, surgindo Eta Ogunda, que determinou um sacrifício para Exú. Feito o ebó, Enure conseguiu livrar-se de Perseguição e Inveja, que pela ação de Exú, esqueceram seu endereço, passando, a partir de então, a ser visitado constantemente, por Progresso e Riqueza.
ITAN
Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a Olorun (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.
ITAN
Naquele tempo, o macaco demonstrava ser o maior Oluwo do país, sendo, por este motivo, invejado e odiado pelos demais Oluwos que eram o galo, o carneiro e o bode. Certo dia, macaco saiu em longa viagem, tendo antes oferecido um ebó composto de nove idés dourados e um peixe assado. No dia posterior à viagem, o rei Olofin precisou consultar Ifá e para isto, convocou a sua presença os três adivinhos para que fizessem, em conjunto, uma consulta.
Os três, maldosamente, para livrarem-se da concorrência do Macaco, determinaram um ebó no que era exigido o sacrifício deste animal. Olofin, imediatamente ordenou que seus caçadores saíssem na captura do macaco que, graças ao ebó que havia oferecido, conseguiu escapar de todos as armadilhas que lhe foram armadas. Frustrados pelo fracasso da caçada, os caçadores voltaram a presença do rei, sem contudo conduzirem o animal para ao sacrifico. Como o caso era urgente e não mais podendo esperar, Olofin resolveu, na falta do macaco, oferecer o ebó com os animais que tinha a mão, ou seja, um galo, um carneiro e um bode, o que trouxe para ele excelente resultado.
ITAN
Ajinaku (o elefante), era antigamente um animal muito pequeno. Seu desejo era ver suas forças aumentadas e com esta intenção, foi procurar um adivinho chamado Sheke Sheke La Allo Ekuru (Sheke-Sheke: ruído que produzem, aos serem sacudidas, os pequenos caramujos “Ekuru”).
Durante a consulta, apresentou-se Ika Meji, que exigiu o seguinte sacrifício: Um cesto cheio de igbis, quatro cabaças e quatro pilões. Estas coisas deveriam ser entregues a Oduduwa. Ajinaku seguiu a prescrição e apresentou-se diante do Orixá, portando os objetos pedidos.
Oduduwa ordenou-lhe então, que enfiasse os pés de Ajinaku nos pilões, como se fossem sapatos e que os cobrisse com um grande pano. Durante oito dias consecutivos, o Orixá fez preces pelo Elefante. No oitavo dia, Ajinaku retirou os panos e pode verificar que os quatro pilões haviam se transformado em prolongamentos de suas pernas, ficando, a partir de então, alto e forte como o vemos hoje.
ITAN
Um certo adivinho, consultou Ifá para três personagens: Dekpa (madeira para a sustentação de telhados), Jokú (espécie de lentilha utilizado pelos Mina, num tipo de Jogo), e Azigokwin (feijão pintado conhecido como ekpaboro pelos yoruba). Por ocasião de sua chegada ao mundo, estes três personagens foram juntos consultar Ifá, para saberem qual seria seu destino sobre à terra. Ifá lhes recomendou sacrifícios, que somente os dois primeiros ofereceram.
Foi por não haver cumprido com esta obrigação, que azegokwin é hoje posto no fogo, cozido e comido. Os outros têm uma importância muito maior: um permite que se construam casas e o outro que se ganhe dinheiro. Sem o terceiro, no entanto pode-se passar muito bem.
AXEXÊ
OYÁ orisá do princípio feminino ativo, senhora do ar em movimento. Patrona dos ventos, das tempestades e dos raios, seu dia é a quarta-feira, suas ferramentas o irueshin, espanta-mosca sagrado, e ainda, a espada. Suas cores são o marrom, o vermelho e o rosa. Carrega também o cargo de senhora dos mortos. Oyá homenageia o pai!!!
Era uma vez em Ketu um grande caçador, líder de todos os caçadores.
Ele adotou como filha uma menina de nova Oyá, esperta e ágil. Ela se tornou muito querida do grande caçador e ficou muito conhecida pelo povo do lugar.
Chegou o dia em que o grande caçador morreu, o que deixou sua filha muito triste.
Oyá quis muito homenagear o pai morto.
Enrolou os instrumentos de caça do pai com um pano. Preparou os pratos de que ele mais gostava. Durante sete dias, dançou e cantou em homenagem ao pai, chamando a atenção dos caçadores do local.
Na sétima noite, seguida pelo outros caçadores, Oyá entrou pela mata e depositou as coisas do pai ao pé de uma árvore sagrada.
Olorum, que tudo vê, ficou muito tocado com a filha adotiva do caçador e a ela deu o poder de guiar os mortos até o òrun, o céu. Transformou o caçador em orisá e oyá na senhora dos reinos dos mortos.
Desde então, quando alguém morre, é Oyá quem o leva para o órun, mas não sem antes ser devidamente homenageado pelos entes que ficam na terra, com festa, comida, canto e dança.
Foi criado o ritual do axexê.
OFERENDA E REMÉDIO
IFÁ foi consultado por sacrifício; filho de Orúnmila...
IFÁ foi consultado por remédio; filho de Osanyin...
Um dia Osanyin falou ao Rei Ajáláyé que era mais velho (mais sábio e poderoso) que Orúnmila. Por seu poder e conhecimento ele era muito superior à Orúnmila.
Osanyin alardeou todos os feitiços que costumava fazer e todos os remédios que preparava.
O Rei Ajáláyé avisou Orúnmila: Osanyin disse-me que é maior que você (mais sábio e poderoso) e agora o Rei quer saber; se você é maior que Osanyin ou se é Osanyin que é maior do que você Orúnmila!!
Orúnmila acedeu; verdadeiramente ele é mais velho que Osanyin.
Seja lá o que for que o Rei Ajáláyé disser para testá-los (Osanyin e Orúnmila) ele só lhes diria no momento do teste, então o Rei Ajáláye falou: desejava que cada um dos dois fosse buscar o filho mais velho, ambos os trouxeram.
Então o Rei Ajáláyé disse que deveria ser feito; deveriam enterrar o filho de Orúnmila dentro de sete dias. Se Orúnmila fosse mesmo poderoso a criança estaria viva quando a desenterrassem; deveriam estar falando como uma pessoa viva!!!
Osanyin também deveria enterrar seu filho e se acontecesse que ambos estivessem vivos nenhum seria maior do que o outro perante o Rei. Ele concordaria que ambos eram grandes homens.
Porém se um deles falhasse significaria que não era o que proclamava ser.
Osanyin pediu que lhe trouxessem o seu filho mais velho que era chamado: REMÉDIO.
Orúnmila trouxe o seu chamado: OFERENDA.
Um buraco na terra foi cavado e os dois filhos foram enterrados vivos.
Orúnmilá foi para casa e consultou IFÁ estaria seu filho OFERENDA vivo daqui à sete dias?
A resposta de IFÁ era de que Orúnmila deveria oferecer EKÚRÚ, bolos de feijão, pimenta da costa, um galo, um bode, um pombo, um coelho e dezesseis búzios. Orúnmila fez as oferendas determinadas, preparou-as para serem colocadas em quatro locais; uma na estrada, uma na encruzilhada, uma para ESÚ, uma na praça do mercado.
Orúnmila obedeceu as indicações sacrificando o coelho, ESÚ colocou no coelho o seu poder e ressuscitou, o coelho cavou um buraco na encruzilhada que dava até onde o filho de Orúnmila estava enterrado e, assim o coelho levou alimento para ele OFERENDA, assim o filho de Orúnmila estava comendo.
O filho de Osanyin: REMÉDIO possuía muitos feitiços ao ficar com fome e nada tinha para comer. Colocou sua força na terra que se abriu para ele chegar até o filho de Orúnmila e perguntou à OFERENDA o que ele tinha comido nestes três dias? Ele estava quase morto de fome.
O filho de Orúnmila disse que seu pai tinha enviado comida para ele.
REMÉDIO pediu que OFERENDA por favor, lhe desse algo, ah!! Como poderia ele OFERENDA dar algo para REMÉDIO comer? Existia uma disputa que os envolvia, se começasse a alimentá-lo em cinco dias ele não estaria morto e assim OFERENDA não poderia dar a vitória ao seu pai Orúnmila, então REMÉDIO rogou: Por favor, dê-me comida que quando chegar o dia de nos desenterrarem e vierem nos chamar, eu REMÉDIO não responderei.
OFERENDA então alimentou REMÉDIO até que chegou a data chamaram então o filho de Osanyin; REMÉDIO que não respondeu, deram como certo de que REMÉDIO estava morto.
Chamaram OFERENDA, filho de Urúnmila e OFERENDA respondeu: SIM!! ESTOU VIVO!!
OFERENDA apareceu são e bem disposto. REMÉDIO apareceu também são e bem disposto!!
Osanyin perguntou: se você não estava morto, por que não me respondeu? REMÉDIO disse que não poderia ter respondido pois OFERENDA não lhe deixaria responder, disse que ambos tinham feito um pacto; que se OFERENDA alimentasse REMÉDIO ele não atenderia ao chamado de seu pai Osanyin, desta forma Orúnmila ganharia a senioridade (supremacia).
REMÉDIO disse então a seu pai Osanyin que se ele não tivesse comido por (recebido comida através de OFERENDA) sete dias teria morrido.
Então tornou-se um provérbio: OFERENDA não deixou REMÉDIO responder. OFERENDA é mais poderoso do que REMÉDIO.
Significa que as OFERENDAS, também chamadas de sacrifício são melhores de confiar de que em REMÉDIOS.
Assim Orúnmila obteve maior prestígio do que Osanyin, dizem que IFÁ deve ser saudado como:
IFÁ aquele que é mais eficaz do que REMÉDIO.
No mês de agosto, nas tradicionais casas de Candomblé do Brasil, são realizadas cerimônias em homenagem a Obaluaye: o Olubajé.
OBALUAYE é associado à criação e considerado como o grande regente do planeta. A terra, no sentido mais amplo da palavra, é sua matéria de origem, sobre a qual detém o poder e domínio absolutos.
A terra é uma unidade cósmica, viva e ativa. Ela é o fundamento de todas as manifestações. Tudo o que compõe a terra, ou seja, sua extensão, a variedade de seu relevo e da vegetação que nela cresce, enfim, tudo o que está sobre a terra está em conjunto e constitui uma grande unidade.
A terra encontra-se no começo e no fim de toda a vida. Toda a forma nasce dela, vive, e retorna para ela no momento em que a parte de vida que lhe tinha sido concedida se esgotou. OBALUAYE está relacionado à terra e à tudo o que dela advém, ao retorno, ao pó, à transformação, à regeneração, ao renascimento, pois é sabido que "tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta para a terra é de novo provido de vida".
LENDA DE OBALUAYE
Nana, esposa de Orixalá, gerou e deu à luz a um filho. Sua criação não foi perfeita, nascendo uma criança doente, com muitas chagas recobrindo seu pequeno corpo. Ela não conseguia imaginar que maldição era aquela, que trouxe de suas entranhas uma criatura tão infeliz!
Sentindo-se impossibilitada de cuidar daquela criança, pois mal conseguia olhar para ela, resolveu deixá-la perto do mar. Se a morte a levasse seria melhor para todos.
Yemonjá, que estava saindo do mar, viu aquele pequeno ser deitado nas areias da praia. Ficou olhando por algum tempo, para ver se havia alguém tomando conta dele, mas ninguém aparecia. Então, a grande divindade das água foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou mais perto, pôde compreender que aquela criança tinha sido abandonada por estar gravemente enferma. Sentindo uma imensa compaixão por aquela pobre criatura, não pensou em mais nada, a não ser em adotá-lo como a um filho.
Com seu grande instinto maternal, Yemonjá dispensou a ele todo o carinho e os cuidados necessários para livrá-lo da doença. Ela envolveu todo o corpo do menino com palhas, para que sua pele pudesse respirar e, assim, fechar as chagas.
Obaluayê cresceu e continuou usando aquele tipo de roupa, e ninguém, a não ser sua querida mãe, tinha visto seu rosto. Era um ser austero e misterioso, provocando olhares curiosos e assustados de todos. Ninguém conseguia imaginar o que se escondia sob aquelas palhas.
Oyá, certa vez, o encarou, pedindo que descobrisse seu rosto, pois queria desvendar, de uma vez por todas, aquele mistério. Obaluayê, sem lhe dar a menor atenção, negou-se a fazê-lo. Ela, que nunca se deu por vencida, resolveu enfrentá-lo. Usando toda sua força, evocou o vento, fazendo voar as palhas que o protegiam.
Quando a poeira assentou, Oyá pode ver um ser de uma beleza tão radiante, que só poderia ser comparado ao sol. Nem mesmo ela, como orixá, conseguia erguer os olhos para ele. Assim, todos entenderam que aquele mistério deveria continuar escondido.
Uma outra lenda nos mostra que esse poderoso orixá, em suas andanças pelo mundo, pode presenciar o desenrolar de muitas guerras. Os povos que Olorun criou e deu vida brigavam por um pedaço de terra. Muitas pessoas morriam, para que seus líderes pudessem conquistar extensões maiores para seu reinado. Os limites, para esses guerreiros, eram insuperáveis, e as guerras não tinham mais fim. Obaluayê não entendia o motivo destas guerras, já que Olorun havia criado a terra para todos.
As lutas traziam muita dor e destruição, e ninguém mais sabia dar o devido valor à vida humana. Os homens só pensavam em seus interesses materiais.
Obaluayê, indignado com essa situação, resolveu mostrar a eles que a vida é o maior tesouro que alguém pode ter.
O poderoso orixá traçou, então, com seu cajado, um grande círculo no chão, no centro dos conflitos. Colocou dentro dele todo tipo de doença existente. Todo guerreiro, que por ali passasse, iria contrair algum tipo de doença.
De fato, foi o que aconteceu. Muitas pessoas adoeceram, inclusive os líderes dos exércitos. Só isso conseguiu por fim às guerras.
As doenças se transformaram em epidemias, deixando populações inteiras à beira da morte.
Um babalawô revelou o mau presságio, pedindo a todos que refletissem sobre o que estava acontecendo, por culpa deles próprios. Obaluayê havia mandado essas mazelas para a terra, a fim de mostrar que, enquanto temos saúde e uma vida plena, não devemos nos preocupar excessivamente com coisas materiais. Desta vida nada se leva, a não ser o conhecimento e a experiência que acumulamos.
Assim, os que aceitaram esses desígnios e fizeram oferendas, conforme explicou o babalawô, conseguiram livrar-se de suas enfermidades e restabelecer sua dignidade. Mas, infelizmente, nem todos agiram assim.
Fonte: Huayrãn Ribeiro
Caminhada contra intolerância religiosa reúne milhares no Rio
19/09/2010 14h50 - Atualizado em 19/09/2010 14h53
Caminhada contra intolerância religiosa reúne milhares no Rio
Católicos, muçulmanos, umbandistas e judeus defendem a liberdade religiosa.
Atriz Zezé Motta diz que já sofreu preconceito na infância.
Carolina Lauriano
Do G1 RJ
Caminhada religiosa reúne pessoas de várias religiões na Praia de Copacabana (Foto: Carolina Lauriano)Católicos, judeus, muçulmanos, umbandistas, índios, ciganos, candomblecistas e evangélicos se reuniram, entre fiéis de outras religiões, neste domingo (19), na orla de Copacabana, para a III Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. O objetivo é combater a intolerância religiosa.
Milhares de pessoas se concentraram desde as 11h no Posto 6 e marcharam, por volta das 14h, em direção ao Leme, na Zona Sul do Rio.
O babalaô Ivanir dos Santos, que no Brasil representa a religião do candomblé, é o principal idealizador da caminhada. Segundo ele, uma das vontades do movimento é por em prática o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi entregue à Presidência da República em 2008.
Ele também acredita que é preciso investimentos na educação, pois o preconceito começa já na infância. “Uma forma de combater a intolerância é combater a ignorância. É preciso medidas na educação”, disse.
Um dos objetivos dos organizadores é a aplicação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBD), tornando obrigatório o ensino de história e cultura da África e das populações negras brasileiras nas escolas do país.
Zezé Motta diz que já sofreu preconceito religioso
A atriz Zezé Motta (no meio) participou da caminhada
religiosa (Foto: Carolina Lauriano)A atriz Zezé Motta, participante do evento, contou que sofreu preconceito religioso na infância. “Me lembro quando era pequena, minha mãe ainda era da umbanda e eu não podia falar no colégio nem com amigos que ela frequentava umbanda, senão seríamos discriminados. Essa união aqui hoje é maravilhosa, sinal de que estamos melhorando”, disse ela.
Zezé contou ainda que foi criada em colégio kardecista, mas depois passou por outras religiões. “Quando saí de lá rodei, rodei, sempre em busca de uma relação com o divino. Passei um ano no Santo Daime. Me batizei aos 15 anos, como testemunha de jeová, tenho intimidade com o candomblé, mas voltei a ser kardecista”, declarou.
O evento é organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), que desde 2008 promove a caminhada, após uma série de casos de preconceito contra a religião. De acordo com a organização do movimento, em setembro de 2008, 20 mil pessoas participaram da marcha. Em 2009, o público foi de 80 mil pessoas.
Autoridades representantes de dezenas de religiões se reuniram para declarar o apoio à diversidade de credos.
“Nós como judeus não permitimos que haja discriminação, para que ninguém se sinta diminuído por sua crença”, afirmou a presidente da Federação Israelita do Estado do Rio, Léa Pustilnic Lozinsky.
O sheik Ahmad, representante da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio, disse que um dos motivos de estar presente na caminhada é a crença do muçulmano no diálogo religioso.
Durante o percurso são realizadas diversas atividades culturais, como shows, roda de capoeira, cirandas e dança cigana.
Assinar:
Postagens (Atom)