quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O “Grande” Otelo (1915 – 1993)
O “Grande” Otelo (1915 – 1993) Sebastião Bernardes de Souza Prata, seu nome civil, não era carioca. Era mineiro, de Uberlândia. Nasceu em 1915. Ganhou o sobrenome da família que o educou - Prata - até que ele resolvesse se aventurar no Rio de Janeiro e em São Paulo em busca de sua vocação: ser ator.
Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista. Na Ópera Nacional, onde estudou, ganhou dos colegas o apelido de Pequeno Otelo. Ele preferiu e se auto-entitulou The Great Otelo, mais tarde abrasileirado e dando a ele o nome pelo qual se tornaria conhecido: Grande Otelo. Assim começou a carreira de um dos maiores atores brasileiros, que passou pelos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio. Passou também pelo teatro, pelo cinema e pela televisão, deixando sempre a lembrança de personagens marcantes.
Sua principal atividade foi o cinema. Apareceu pela primeira vez na tela em Noites Cariocas, em 1935. Trabalhou em alguns filmes conhecidos como Futebol e Família (1939) e Laranja da China (1940), conseguindo fama suficiente para ser chamado para trabalhar no primeiro filme produzido pela Atlântida: Moleque Tião, de 1943. O sucesso se consolidou quando Otelo formou dupla com outro grande mito do cinema nacional: Oscarito. Juntos, participaram de mais de dez chanchadas como Carnaval no Fogo, Aviso aos Navegantes e Matar ou Correr. Foi também protagonista da versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. E em 1977, atuou no filme A Força de Xangô, de temática religiosa Afro-Brasileira.
Mas ele não era apenas comediante. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia e Rio, Zona Norte. Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar em Paris, em novembro de 1993 às vésperas de seus 78 anos, a caminho do Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde seria homenageado. Em 1969, recebeu no Festival de Brasília, o Troféu Candango, na categoria de melhor ator por Macunaíma. No Festival de Gramado, recebeu o Troféu Oscarito, em 1990.
Memória Viva
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