terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem queimar o Alcorão deve ser morto, afirmam aiatolás


Quem queimar o Alcorão deve ser morto, afirmam aiatolás
O aiatolá Hossein Nuri Hamedani e o Nasser Makarem Chirzai, do Irã, afirmaram nesta segunda-feira (16) que quem queimar o Alcorão deve ser morto.

Trata-se de uma reação à promessa do pastor da Flórida (EUA) Terry Jones de queimar 200 cópias do livro sagrado dos muçulmanos no dia 11 de setembro, quando se completou 9 anos o atentado terrorista que derrubou as torres gêmeas de Nova Iorque.


Jones desistiu da queima, atendendo aos apelos de outros religiosos e do presidente Barack Obama, mas outros pastores, com Bob Old e Danny Allen, fizeram exemplares do Alcorão arderem em fogo.

A agência de notícias Fars reproduziu as seguintes palavras do aiatolá Hamedani: “É obrigatório e necessário opor-se a tais pensamentos [queima do livro] e é obrigatório também matar as pessoas que tenham cometido esse ato”.

O aiatolá Chirazi, de acordo com a mesma agência, observou que a morte de blasfemadores só deve ocorrer após consulta a um “juiz religioso”.

Nos Estados Unidos, o imã Feisal Abdul Rauf acusou a imprensa de estar insuflando a islamofobia.

“A campanha contra ideologia radicais é responsabilidade da mídia, que pode aumentar o radicalismo assim como alimentar um sentimento moderado.”

Ele disse que há extremistas em todas as religiões. "Infelizmente, o islã também tem os que distorcem os valores da religião, mas não se enganem. O islã rejeita categoricamente a morte de inocentes. O terrorismo não representa nossa religião."

O próprio Rauf tem sido apontado como um extremista por querer construir perto do local onde estavam as torres gêmeas um centro de estudos islâmicos. Para o pastor Jones, por exemplo, trata-se de uma provocação
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