sexta-feira, 7 de maio de 2010

Igrejas evangélicas fazem mais barulho que bares


Igrejas evangélicas fazem mais barulho que bares
Protesto de vizinho de uma igreja

Embora existam em São Paulo mais bares do que igrejas, 55 mil contra 22 mil, as cerimônias religiosas, sobretudo as evangélicas, superaram em 2009 as casas noturnas em barulho e caos no trânsito.

Desde 1994, quando foi implantado o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) na cidade, essa foi a primeira vez que as igrejas lideram o ranking de reclamações da população. A informação é da Agência Estado.

Vizinhos das igrejas evangélicas afirmaram ao jornal que estão cansados de reclamar à fiscalização sem que o barulho diminua.

Uma das mais barulhentas é a sede da IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus), que fica na rua Carneiro Leão, no Brasil. Recentemente, o templo ficou interditado por 53 dias. O prédio funcionava com alvará vencido.

Os moradores da região reclamam da falta de educação dos fiéis. Muitos deles urinam na rua e jogam lixo em qualquer lugar.

“A reclamação não é da cerimônia religiosa, mas do barulho e do caos no trânsito e do bolsão de ambulantes”, disse a moradora Rosa Aparecida Fernandes, 66.

No começo do ano passado, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tinha decidido fechar a igreja, mas recuou diante das pressões de Valdemiro Santiago, o fundador da seita, que ameaçou promover um protesto com mais de um milhão de pessoas no Brás.

Em relação às igrejas católicas, as reclamações mais frequentes se referem ao congestionamento no trânsito por ocasião de cerimônias, como a de casamento. Um exemplo é a Igreja Santo Ivo, no Largo da Batalha.

O Ministério Público continua defendendo o fechamento das igrejas que produzem barulho acima dos níveis tolerados, com base em resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) de 1990.

O vereador e evangélico Carlos Apolinário (DEM) afirma que os promotores têm preconceito religioso.

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