terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Deuses e Deusas do Mar na Mitologia Universal
Deuses e Deusas do Mar na Mitologia Universal
07.12.11
Aegir é o deus do mar da mitologia nórdica. É um dos Vanir, isto é, um dos deuses do elemento líquido ligado a natureza. Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois estes acreditavam que Aegir aparecia de vez em quando na superfície para tomar a carga, homens e navios com ele para seu salão no fundo do oceano. Por isso eram feitos sacrifícios para apaziguá-los, muitas vezes sendo sacrificados prisioneiros antes de se começar a velejar. Aegir também é conhecido pelo entretenimento generoso que ele providenciava aos outros deuses.
Posêidon (ou Posídon), deus grego dos mares, era filho de Cronos, deus do tempo, e Réia, deusa da fertilidade. Eram seus irmãos Zeus, o principal deus do panteão grego, e Hades, deus dos infernos. Quando os três irmãos depuseram o pai e partilharam entre si o mundo, coube a Posêidon o reino das águas. Seu palácio situava-se no fundo do Mar Egeu e sua arma era o tridente, com que provocava maremotos, tremores de terra e fazia brotar água do solo. Pai de Pégaso, o cavalo alado gerado por Medusa. O temperamento impetuoso de Posêidon, cuja esposa era Anfitrite, conduziu-o a numerosos amores. Em sua honra celebravam-se os Jogos Ístmicos, constituídos de competições atléticas e torneios de música e poesia, realizados a cada dois anos no istmo de Corinto.
Netuno era um dos filhos que foi regurgitado pelo pai, Saturno, após este tomar a porção que Júpiter o deu. Após ganhar a guerra dos Titãs, Júpiter, que reinava no céu, consagrou Netuno como deus dos mares, enquanto Plutão ficou com os domínios subterrâneos. Contudo, Netuno não ficou satisfeito, queria ainda mais, e sempre disputava outros territórios com os deuses do Olimpo. Certa vez disputou até com Júpiter, por isso foi castigado, tendo que construir para o rei Laomedonte as muralhas da cidade de Tróia. Netuno era um deus muito rabugento. Quando estava de mau-humor, criava terremotos do fundo do mar com seu tridente.
Tiamat - No mito babilônio da criação o primeiro ser foi Tiamat, Mãe de todos os deuses e detentora das tábuas dos destinos, que se apresentava como uma grande serpente – ou dragão- e regia as águas salgadas dos mares. Fecundada pelas águas doces pertencendo ao seu amado Apsu, do seu imenso ventre nasceram todas as formas de vida, perfeitas e monstruosas, até que no final nasceram os deuses. Após um tempo, os filhos divinos se revoltaram contra seus pais, mataram Apsu e o primogênito Marduk despedaçou Tiamat, criando das metades do seu corpo o céu, a Terra e todas as águas.
Sedna, Deusa do mar dos Inuits - Senhora dos animais marinhos. Doadora da fertilidade - retrata a trajetória mítica de uma jovem mortal passando por decepções afetivas e filiais. Ao ser sacrificada pelo seu pai (para ele se salvar) representa o caos seguido pela abundância, pois ao mergulhar nas profundezas do mar, a jovem Sedna se transformou na mãe arquetípica fornecedora do alimento para o seu povo.
Mazu (Mito Oriental)- A lenda diz que ela não chorou quando nasceu, e por este motivo recebeu um nome que significa "menina silenciosa". Ela ficava na praia para orientar os barcos de pesca para casa, mesmo nos mais perigosas e difíceis clima. Seu pai e seus irmãos eram pescadores e um dia, enquanto eles estavam no mar, houve uma terrível tempestade e sua família temia o pior. Ela então caiu em transe enquanto rezava pela vida de seu pai e irmãos. E o milagre aconteceu e eles foram salvos. Após sua morte, as famílias de muitos pescadores e marinheiros começaram a rezar para ela, em homenagem a seus atos de coragem para tentar salvar aqueles no mar. Muito de sua popularidade, em comparação com outras divindades do mar, resultou de seu papel como uma protetora de compaixão maternal. A adoração por Mazu se espalhou para todas as zonas costeiras da China continental. Hoje, existem cerca de 1.500 templos Mazu em todo o mundo.
Olokun (que aparece ora como Orixá masculino, ora como feminino) e Yemayá ou Yemanjá dividem na África a regência do mar. Originariamente Yemanjá era divindade das águas doces, regente do rio Ogum, associada à fertilidade das mulheres, maternidade, criação do mundo e continuidade da vida. Por ser regente do plantio e colheita (dos inhames) e da pesca, seu nome ficou Yeyé Omo Ejá, a “Mãe dos filhos peixes”. Nas representações míticas e nas várias imagens, seus poderes - gerador e nutridor - são revelados pelos seios fartos e as ancas largas. Nos mitos Ela aparece como uma Grande Mãe, protetora das cabeças dos mortais, generosa nas suas dádivas e representando os diversos papéis da mulher: mãe, filha, esposa, irmã.
Na transposição para o Brasil foi transferido para Yemanjá a regência do mar, que na África pertencia a seu pai ou mãe, Olokun, pois segundo conta uma lenda “ as lágrimas derramadas pelos escravos na travessia do oceano salgaram as águas doces de Yemanjá”. Mas mesmo considerada Orixá do mar, Yemanjá continua sendo saudada no Candomblé como Odo Iyá, Mãe do rio, da qual sua filha Oxum herdou o domínio das águas doces.