terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vereador evangélico oferece carro de R$ 85 mil para construção de museu de umbanda




Publicado por Tiago Chagas em 13 de dezembro de 2011


Um vereador evangélico da cidade de São Gonçalo-RJ afirmou que doará seu carro de R$ 85 mil para a construção de um Museu da Umbanda. A afirmação ocorreu depois que a Prefeitura da cidade de São Gonçalo demoliu a casa que existia no local e que segundo os adeptos da religião, foi criada a umbanda. Desde então, os militantes da religião lutam por verba para a construção do Museu da Umbanda.

A prefeita da cidade, que é evangélica, é acusada de perseguição religiosa. Segundo o Jornal do Brasil, o babalawo Ivanir dos Santos, um dos interlocutores, afirmou que as tentativas de contatos com a prefeita Aparecida Panisset não tem sido respondidos: “Estamos aqui em nome da Comissão. Desde que toda esta história começou, buscamos o diálogo, pois não demonizamos e nem excluímos qualquer pessoa. Mas não podemos obrigar a prefeita a nos receber. Estamos nesta audiência pública porque, por algum motivo, o vereador Amarildo sentiu-se sensível à causa. Em nome da Comissão, quero, desde já, agradecer e ratificar que não haverá desistência em relação ao tombamento do lugar onde a Umbanda nasceu”.

Por esse motivo, o vereador Amarildo Aguiar afirmou que doaria seu veículo para que os adeptos da umbanda conseguissem uma forma de iniciar as obras. Aguiar, que é membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) da Câmara de Vereadores, afirmou durante uma audiência pública que “se a Prefeitura de São Gonçalo não resolver o problema do Museu da Umbanda, quero, diante de todos, colocar meu carro quitado no valor de R$ 85 mil para ajudar a construir o espaço, que para os brasileiros é muito importante”.

O líder dos umbandistas ressaltou a diferença de atitude entre o vereador e a prefeita, que possuem a mesma religião. “Proponho que se faça uma rifa a fim de mobilizar todos. É importante que se faça, também, uma comissão com pessoas responsáveis para convencer o proprietário do local a desapropriar o imóvel. O ato de doação deste carro é muito mais simbólico que material. O vereador segue a mesma religião da prefeita. No entanto, ele nos recebeu desde o início, preocupou-se com o caso e marcou esta audiência hoje. Isso mostra que quem quer faz. Por que ela não fez?”, questionou Santos.

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