terça-feira, 20 de dezembro de 2011



Sítio do Acais em Alhandra (PB) tombado sob a Guarda de Religiões de Matriz Afro-Brasileira
O Conselho Deliberativo do IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) aprovou por unanimidade o tombamento do Sítio do Acais, localizado no município Alhandra, no litoral sul do estado da Paraíba. A decisão é considerada histórica em função de ser uma luta travada por Umbandistas, Juremeiros e Juremeiras de todo o Brasil desde da década de 70 e por ser também o primeiro tombamento em solo paraibano sob a guarda das Religiões de Matriz Afro-Indígena-Brasileira
Religião
Afro-Brasileiras - Matriz Africanas
Sítio do Acais em Alhandra (PB) tombado sob a Guarda de Religiões de Matriz Afro-Brasileira
O Conselho Deliberativo do IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) aprovou por unanimidade o tombamento do Sítio do Acais, localizado no município Alhandra, no litoral sul do estado da Paraíba. A decisão é considerada histórica em função de ser uma luta travada por Umbandistas, Juremeiros e Juremeiras de todo o Brasil desde da década de 70 e por ser também o primeiro tombamento em solo paraibano sob a guarda das Religiões de Matriz Afro-Indígena-Brasileira.
O sítio do ACAIS, nos anos 30, foi habitado por antigos Benzedores e
Juremeiros. Maria do Acais, Zezinho do Acais, Mestre Flósculo, eram visitados e solicitados por pessoas de todas as partes do mundo para trabalhos de cura. As terras foram passando de geração a geração na
família até que foram vendidas. Desde então este sítio tem sido alvo de
destruição da memória dos Juremeiros e da cultura paraibana em sua
essência e hoje se encontra em estado lamentável.


A devastação estava acabando com a área sagrada

Juremeiros e Juremeiras de todo o Brasil, incluindo a Universidade
Federal da Paraíba - UFPB, a Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e a Universidade Estadual da Paraíba - UEPB vem constantemente lutando para que seja preservada a memória da Jurema Sagrada representada naquelas terras pelos pés de jurema, pelo memorial de Zezinho do Acais e pelo túmulo do Mestre Flósculo que está localizado atrás da Igreja São João Batista, capela situada em frente às terras em que ficava o sítio.

A Federação Cultural Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema - FCP
UMCANJU, promoveu, no mês de março de 2009, a vitoriosa Passeata da Paz em Alhandra lutando pelo tombamento do sítio. Na decisão do IPHAEP consta que a FCP UMCANJU, juntamente com a Sociedade Iorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, serão os órgãos responsáveis pelo destino dado ao Sítio do Acais.


Cidade Sagrada - Juremeiros em culto religioso



Fonte de pesquisa: jornal a Gaxéta