quinta-feira, 18 de março de 2010

Policiais vão aprender a lidar com religiões afro



Religiosos exigem respeito policial

Ministério Público reúne representantes de religiões de matriz africana em Maceió O Ministério Público Estadual funcionou, durante a manhã de ontem, ao som dos atabaques do candomblé. Uma audiência pública convocada pela Promotoria de Direitos Humanos, reunindo representantes de religiões de matriz africana e o Comando de Policiamento da Capital (CPC-PM), para discutir queixas e ocorrências sobre possíveis excessos de ações policiais nos terreiros de candomblé, levou à sede da Procuradoria Geral de Justiça, dezenas de líderes espirituais e seguidores religiosos.

Enquanto os babalorixás e ialorixás participavam da audiência, no auditório localizado no 5° andar, e discutiam meios de combater a abordagem truculenta de alguns policiais, do lado de fora seguidores da religião tocavam seu ritmo e dançavam em frente à sede da Procuradoria.


Policiais vão aprender a lidar com religiões afro

A partir de agora, qualquer incidente relativo ao barulho dos batuques vindos dos terreiros localizados em Maceió deve ser tratado diretamente entre o Comando de Policiamento da Capital (CPC) e os representantes da religião de matriz africana umbanda e candomblé. A decisão foi anunciada ontem pelo coordenador do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, Flávio Gomes da Costa, durante reunião na sede do Ministério Público Especial (MPE), no bairro do Poço. Além disso, também será realizado um curso de capacitação para policiais. A meta é fazer com que eles aprendam um pouco sobre a história da religião para que outros incidentes sejam evitados.

Nossa ideia foi abrir um canal de negociação, uma espécie de linha direta, para que os dois lados conversem e se entendam, explicou o promotor Flávio Gomes da Costa.

Repórteres
Elisana Tenório
Fabiana Silva

Fonte: O Jornal/AL


Fonte: Gazeta de Alagoas/AL http://diversidade