sexta-feira, 22 de julho de 2011
Hospital em MS autoriza presença de curandeiros
A medicina dos 'brancos' recebeu ajuda hoje de curandeiros da etnia guarani-caiuá para salvar Thiely, uma índia de 8 anos. Ela está internada no setor de isolamento do Hospital Regional de Campo Grande para amputar uma das pernas. "(Ela) Está com câncer que iniciou no joelho e já inutilizou todo o fêmur", explica o oncologista pediatra, Marcelo de Souza, 43 anos.
Os curandeiros chegaram ao hospital por volta das 16 horas, depois de uma viagem de 460 quilômetros, vindos da Aldeia Porto Lindo, situada em Japorã, extremo sul do Estado, na divisa com o Paraguai. Para eles, João Antônio Fernandes, 87 anos, Vergília Romeiro, 52 anos e Adair Ramiro, 22 anos, a menina será curada sem a necessidade da amputação da perna tomada pela doença. Acreditam no poder de xamãs.
O diretor-presidente do hospital, Ronaldo Queiroz, explicou que a "pajelança" foi aceita dentro do setor de isolamento porque "a criança está em estado grave e não pode ser removida". Thiely teve a doença diagnosticada há dois meses por médicos da Secretaria Nacional da Saúde Indígena, durante atendimento periódico realizado na aldeia. "Foi muito difícil convencer a família a internar a menor", lembra Souza.
comentário
Acho importante respeitar as crenças e a religião de cada povo, independente de estarmos num hospital, num centro espírita, na rua, numa tribo. Pela saúde, todos os caminhos legais são válidos. Se existisse mais tolerância, a violência e o desrespeito não teriam dominado esse país.
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Os curandeiros chegaram ao hospital por volta das 16 horas, depois de uma viagem de 460 quilômetros, vindos da Aldeia Porto Lindo, situada em Japorã, extremo sul do Estado, na divisa com o Paraguai. Para eles, João Antônio Fernandes, 87 anos, Vergília Romeiro, 52 anos e Adair Ramiro, 22 anos, a menina será curada sem a necessidade da amputação da perna tomada pela doença. Acreditam no poder de xamãs.
O diretor-presidente do hospital, Ronaldo Queiroz, explicou que a "pajelança" foi aceita dentro do setor de isolamento porque "a criança está em estado grave e não pode ser removida". Thiely teve a doença diagnosticada há dois meses por médicos da Secretaria Nacional da Saúde Indígena, durante atendimento periódico realizado na aldeia. "Foi muito difícil convencer a família a internar a menor", lembra Souza.
comentário
Acho importante respeitar as crenças e a religião de cada povo, independente de estarmos num hospital, num centro espírita, na rua, numa tribo. Pela saúde, todos os caminhos legais são válidos. Se existisse mais tolerância, a violência e o desrespeito não teriam dominado esse país.
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