quinta-feira, 15 de julho de 2010
Argentina aprova em votação apertada o casamento gay
Argentina aprova em votação apertada o casamento gay
Em votação apertada, o Senado da Argentina, após 14 horas de debates, aprovou na madrugada desta quinta (15) o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foram 33 votos a favor e 27 contra. Houve três abstenções.
A Argentina é o primeiro país da América Latina e o segundo no continente americano a legalizar o casamento gay. No mundo, Canadá, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, Islândia, Portugal, Espanha e África do Sul têm legislação nesse sentido.
Nas últimas semanas, a proposta da união gay provocou fervorosa discussão na sociedade argentina, a ponto de o cardeal primaz Jorge Bergoglio ter afirmado que se tratava de uma luta entre Deus e o Satanás.
Apesar dessa veemência e do prestígio do cardeal na Igreja Católica – no conclave que escolheu Joseph Ratzinger para papa ele ficou em segundo lugar -- houve padres que defenderam abertamente a aprovação da lei.
Nesta madrugada, do lado de fora do prédio do Senado, enquanto os parlamentares discutiam, de um lado estavam católicos que pediam com orações à Virgem Maria que não houvesse aprovação, do outro representantes do movimento gay se manifestavam pela liberdade de união.
No plenário, nos argumentos dos senadores, houve um vale-tudo. Um senador argumentou que a Igreja Católica não deveria ser contra a lei porque os murais da Capela Sistina foram pintados por Michelangelo, “um famoso homossexual”.
O Vaticano teme que outros países da América Latina sigam o exemplo da Argentina.
No Brasil, a questão também tem enfáticos defensores e opositores. Os evangélicos são mais contundentes contra o casamento gay até mesmo do que a cúpula da Igreja Católica do país.
Com informação das agências internacionais.
> Cardeal argentino diz que casamento gay é obra do diabo. (julho de 2010)
> Malafaia compara casamento gay a sexo com cachorro. (maio de 2010)