segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sacerdotes são certificados como Comunicadores Populares









Sacerdotes são certificados como Comunicadores Populares

RJ - No último dia 6 de julho, dez religiosos - entre Umbandistas, Candomblecistas, Muçulmanos e devotos de Krishina - foram certificados como Comunicadores Populares Religiosos. Numa iniciativa inédita no país, a CCIR (Comissão de Combate à Intolerância Religiosa), em parceria com a Faculdade Pinheiro Guimarães, capacitou religiosos - que já atuavam em veículos de comunicação alternativos, segmentados por orientação religiosa. Todos os alunos fizeram o ‘Curso de Extensão de Comunicadores Populares’, voltado para religiosos, na Faculdade Pinheiro Guimarães, com o financiamento do CEAP (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas). Além do curso, os professores daquela instituição de ensino, ofereceram consultoria gratuita aos veículos.
O objetivo da iniciativa é o de preparar os religiosos que atuam na comunicação segmentada para enfrentar o aparato midiático dos neopentecostais. A CCIR entende que é preciso melhorar a qualidade dos veículos que divulgam a religião, como forma de diminuir os ataques. "Temos que divulgar nossa cultura para não sermos demonizados. Muitas igrejas neopentecostais usam seus veículos de comunicação para demonizarem as demais religiões, principalmente, as de matrizes africanas. Utilizam concessões públicas para fortalecer estereótipos e preconceituosos", afirma o interlocutor da CCIR, o Babalawo Ivanir dos Santos.
A importância desse evento se deve também ao fato de os formandos, estarem ligados aos mais variados segmentos religiosos, como por exemplo: Candomblecistas, Umbandistas, Muçulmanos, e Hare Krishina, destacando-se pelo Candomblé: Doté Heraldo de Xangô (radialista), Doné Shirley de Yemanjá, Marcos Pena, Yango de Obailuayê (mídia impressa) e Ekedi Márcia. Pela Umbanda: Babá Aurélia. A Turma teve como Patrono o Babalawô Ivanir dos Santos e como apresentador do evento o Babalorixá Renato do Obailuayê.
Este evento abre um precedente para a melhoria da qualidade técnica e intelectual dos divulgadores da cultura religiosa em seus vários segmentos, para com isso, poder fazer frente às mídias que divulgam outras culturas religiosas, mormente as evangélicas e católicas, que devido a sua grande presença nos órgãos de mídias, realizam um trabalho massificador junto ao grande público.
Reportagem João Batista de Ayrá (advogado/jornalista/babalorixá) e Yango de Obailuayê