quinta-feira, 22 de julho de 2010

CNBB critica decisão que permite adoção de crianças por gays


CNBB critica decisão que permite adoção de crianças por gays
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JOHANNA NUBLAT
LARISSA GUIMARÃES
da Sucursal de Brasília

A adoção por casais gays, direito reconhecido em decisão inédita anteontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), tira da criança a possibilidade de crescer em um ambiente familiar formado por pai e mãe, afirma o padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

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Nem sempre o que é legal é moral e ético, afirma ele. "Cremos que a questão da adoção por casais homossexuais fere o direito da criança de crescer nessa referência familiar." Para padre Bento, as crianças têm o direito de conviver com as figuras masculina e feminina no papel de pais.

A decisão do STJ tratou do caso específico de duas mulheres de Bagé (RS) e pode influenciar processos futuros. O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.

O pastor Paulo Freire, presidente do conselho de doutrina da igreja evangélica Assembleia de Deus, tem posição semelhante a do padre Bento. "A criança precisa da figura do pai e da mãe para entender a vida", afirmou.

Para Freire, a instituição não é contra homossexuais. "Somos contra o casamento deles." Continua e diz que a existência de dois pais ou duas mães confunde a criança sobre as figuras tradicionais da paternidade.

"Se a criança não tem um pai e vive só com a mãe, sabe, mesmo assim, o que é a figura do pai. O casal homossexual que adota, foge disso", diz o pastor.

A FEB (Federação Espírita Brasileira) discorda de que a adoção por um casal gay pode ter efeitos negativos sobre a criança. "O mais importante em termos de educação e família é o amor. Com ele, não se entra na questão da sexualidade", disse Geraldo Campetti, diretor-executivo da FEB.

Para Campetti, o importante é a preservação da família e a formação do caráter. "O maior problema das uniões é a promiscuidade, tanto em relações entre homem e mulher quanto em relações entre pessoas do mesmo sexo."

Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), as críticas à decisão do STJ incitam o preconceito. "Casais de homem e mulher com filhos representam hoje 50% das famílias. Filhos criados com avó, pais e mães solteiros... todos, então, têm problemas?", critica.

comentário do blog:

Esta questão, aos poucos vai sendo pacificada pelos nossos Excelsos Tribunais, sob a visão do bem estar da criança, e passando ao largo das posturas religiosas, que na maioria são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, bem como a adoção de crianças por parte de homosexuais. Se formos analisar a situação friamente sob o prisma da ética e da moral, jamais iríamos conceber tais situações. Mas em um país onde a questão do menor abandonado cada dia se agrava mais, apesar dos programas governamentais e não governamentais (ONGs), que existem por aí, mas, que sequer chegam perto de uma solução para este problema (menor abandonado). Quando questionam que uma criança precisa obrigatoriamente ter o referencial paterno, ou seja, um pai e uma mãe (um casal) sob pena de se desenvolver nessas crianças uma confusão mental de tal monta, que poderá talvez influenciar a sua opção sexual, nós até concordamos com esta teoria, porém, o que é melhor para uma criança abandonada, a sociedade correr esse risco, ou deixá-la que continue jogada a sua própria sorte nos orfanatos pelo Brasil a fora ? A situação da criança abandonada cada dia se torna mais gritante em nosso país, basta ver nos cruzamentos nas grandes cidade, e também nas pequenas, debaixo das marquises, debaixo dos viadutos, nas praças, e lá estão elas,abandonadas, a mercê dos perigos do dia e da noite, e do aliciamento por parte de pedófilos e criminosos, que acabam por "adotá-las", para serem usadas no crime, e aí, aquela será mais uma vida que se perderá neste amontoado de estatísticas de crianças mortas, drogadas, abusadas sexualmente, ou presas por furto ou roubo, na maioria das vezes para alimentar-se (furto ou roubo famélico), ou para comprar drogas. É nisso que este senhores dos alto das suas batinas e mantos sacerdotais e ternos importados precisam pensar. Será que eles a frente de suas igrejas, congregações e etc, mantêm algum tipo de programa assistencial as crianças abandonadas na sua comunidade ? Falar e criticar sob o prisma religioso, ético ou moral é muito fácil, mas e o bem estar no aconchego de uma lar, de um colo amigo e carinhoso não fazem um bem muito maior ? Pensem nisso senhores! E que Deus, Geová, Jesus Cristo, Maomé, Buda, e Oxalá nos abençoi, Axé.