quarta-feira, 23 de junho de 2010
Universal usa como prova de adultério 'saco raspado' de pastor
Universal usa como prova de adultério 'saco raspado' de pastor
Romualdo Panceiro (foto), 50, da Igreja Universal, se dirige a um pastor: “Como ela vai saber que o seu saco é raspado?”
Não se ouve nada de resposta, numa indicação de que o pastor se deu por abatido pelo homenzarrão de gestos largos e bruscos.
“Ela”, no caso, é uma mulher casada da região de Jaboticabal (SP) que vinha tendo um caso com o pastor, sem que o marido soubesse. A moça, não se sabe por que, denunciou o amante à Igreja Universal e, como prova de que falava a verdade, disse que ele aparava os pelos pubianos.
“Você acha que ela iria arriscar a reputação dela inventando uma coisa a seu respeito?”, insistiu Panceiro.
O episódio ocorreu em 2008 durante uma videoconferência onde Panceiro, o segunda na hierarquia da igreja, disse que a partir daquele momento a demissão por má conduta de pastores não mais se daria “nos bastidores”, nos escritórios da igreja, mas durante encontros como aquele, para que todos soubessem o que lhes aconteceria caso saíssem da linha.
Aparentemente, o pastor de “saco raspado” e outro também acusado de adultério compareceram à videoconferência sem saber que seriam usados no showzinho de Panceiro.
“Então, meu caro, dito pelo não dito, você vai procurar trabalho. Você entendeu? Você entendeu? Pode sair”, disse Panceiro ao pastor de pelos aparados.
Há mais de dez anos que o ex-drogado Panceiro é a mão forte, o punho, de Edir Macedo na condução da Igreja Universal.
É Panceiro que cobra diretamente dos pastores das sedes regionais um bom ‘faturamento’ dos dízimos e das ofertas. Ele mete medo nos pastores, nos adúlteros e sobretudo nos que não obtêm boa arrecadação dos fiéis e nos que tentam desviar para o seu bolso as contribuições.
A demissão sumária dos dois pastores faz parte dos vídeos de videoconferências da Universal aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso. Em outras imagens, Panceiro, o mesmo que não admite adultério, diz aos pastores para se aproximar dos bandidos, de modo a tirar proveito deles.
É o mesmo Panceiro, também, que está sendo investigado pela polícia e Ministério Público de São Paulo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
fonte: weblogpaulolopes