sábado, 2 de abril de 2011

..áfrica' Poção milagrosa' gera filas de até 26 km e atrai milhares na Tanzânia

Curandeiro pediu que seguidores contenham o afã e interrompam visitas Um pastor da Tanzânia pediu a seus seguidores que parem de ir à remota região em que ele vive em busca de uma ''poção milagrosa''. As visitas à sua casa começaram a causar caos na região, porque atraem milhares de pessoas, e as filas se estendem por dezenas de quilômetros. O reverendo Ambilikile "Babu" Mwasapile, de 76 anos, disse que não quer que ninguém mais compareça a suas sessões de curandeirismo até a sexta-feira, dia 1º de abril, prazo que deu para que as multidões de peregrinos diminuam. Uma repórter da BBC contou que as filas para uma visita a Mwasapile chegam a ter 26 quilômetros de comprimento. De acordo com a mídia local, cerca de 52 pessoas morreram quando esperavam para vê-lo. A crença na magia e nos poderes dos curandeiros tradicionais são costumeiras na Tanzânia. Alguns curandeiros afirmam, por exemplo, que partes do corpo de pessoas albinas são eficazes na produção de encantos, o que provocou o assassinato de inúmeros albinos nos últimos anos. Proibição Em 2009, o governo da Tanzânia proibiu a atuação de todos os magos e curandeiros tradicionais no país. Mas na segunda-feira, o primeiro-ministro do país, Mizengo Pinda, disse que não iria tomar qualquer ação para impedir as sessões de Mwasapile. A popular poção do curandeiro da Tanzânia é feita de ervas e água, que ele vende por 500 shilings tanzanianos (o equivalente a pouco mais de R$ 0.50). A repórter da BBC Caroline Karobia, quando visitou a região em que Mwasapile vive, disse ter encontrado cerca de seis mil pessoas aguardando para ver o pastor aposentado da Igreja Luterana Evangélica da Tanzânia. Filas para ver curandeiro e provar de sua poção são quilométricas A maior parte delas dorme ao relento ou dentro de seus carros perto da estrada que leva à casa do curandeiro, no vilarejo de Samnuge, que não conta com abrigos, água potável ou banheiros. Assim que se espalharam os rumores sobre o poder de cura da infusão, muitas pessoas começaram a ser retiradas de hospitais por seus pareentes, que acreditam que elas têm mais chance de cura nas mãos de Mwasapile. Muitas acabaram morrendo antes de vê-lo, enquanto outras, segundo relatos, teriam morrido após tomar a sua poção. O ministro da Saúde da Tanzânia, Haji Hussein Mponda, disse à BBC que testes provaram que a mistura é segura para o consumo humano. Ele acrescentou que estão sendo feitos novos testes para avaliar os supostos predicados médicos da infusão. A polícia foi reforçada na região que leva à casa do pastor, a fim de conter as grandes multidões, muitas das quais chegam a vir de outros países, como o Quênia e até outras nações mais distantes. Mwasapile pediu por uma interrupção na visita de seus seguidores, após um encontro com autoridades locais. BBC Brasil
>comentário


E não se trata de nenhum feiticeiro tradicional segundo a filosofia africana animista, trata-se de um pastor luterano aposentado, que ao descobrir uma poção milagrosa, que já tem o aval inclusive do governo da Tanzânia, é puro fetiche, magia africana. O povo tanzaniano, envolvido nas suas próprias misérias e abandonos governamentais apegam-se a estes tipos de salvação, tais comportamentos aqui no Brasil são tidos como de fanatimo, lá na Tanzânia é a propria necessidade por falta de condições principalmente na área de saúde pública. Aqui no Brasil pelo menos temos os Valdemiros da vida, curandeiro de todos os dias na TV brasileira nos horários nobres. E os verdadeiros curandeiros brasileiros, os babalorixás, os pais de santo, os pagés, com raríssimas execessões, como que se envergonhando da sua herança nos conhecimentos da magia e feiticaria herdada justo dos seus descendentes africanos têm um atuar tímido, impotente, muitos por que são uns farsantes e embusteiros, de magia e de feitiço não entendem nada, os demais que detêm conhecimentos se trancam em suas masmorras, parecem ter medo de tudo e de todos, como que se não confiassem nos seus "tacos" fetichistas. É um espelho que muitos devem se mirar para tiraremm suas conclusões
. João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá