quinta-feira, 7 de abril de 2011

MORTES EM ESCOLA NO RIO DE JANEIRO -11 MORTES E 22 FERIDOS...

fotos: G1 Terrível trafédia se abateu nesta quinta feira por volta das 11 da manhã,sobre a Escola Municipal Tasso de Oliveira em Realengo, quando um homem, ex-aluno da escola de 24 anos de nome Wellington Menezes de Oliveira, estava armado com dois revólveres calibre 38 e vários carregadores. Ele entrou na escola dizendo que iria proferir uma palestra, momento em que invadiu uma sala de aula e começou a disparar contras as crianças. Contabilizam-se entre os mortos 10 meninas e um menino,. Ainda segundo testemunhas, antes de entrar na escola ele feriu duas outras pessoas do lado de fora. O atirador foi abordado por uma policial militar dentro da escola quando já se dirigia ao terceiro andar, tendo sido ferido no abdomen, momento no qual atirou contra si mesmo. O policial está sendo visto como herói. Segundo teor de uma carta deixada pelo atirador, ele estaria com o vírus do HIV, entre outras afirmações “desencontradas” que a Delegacia de Homicídios está avaliando, e logo passará a imprensa se o tresloucado assassino teria outras motivações. O tirador por ser ex-aluno da escola, não teve dificuldade no acesso ao interior da mesma. A escola se encontra isolada, e todos os feridos já foram removidos para o Hospital mais próximo, o Albert Schweitzer. Sobrevivente conta como foi.... Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos. “Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola. “Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.
Do G1 RJ

A Polícia Civil corrigiu na noite desta quinta-feira (8) o número de mortos no atentado a uma escola em Realengo, na Zona Oeste do Rio, para 11 mortos. Mais cedo, o diretor de Polícia técnica e científica da Polícia Civil, Sérgio Henrique, havia afirmado que 13 crianças morreram no ataque.

As 11 crianças são vítimas do ataque à escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.

A Polícia divulgou lista de vítimas:
1- Karine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5- Larissa dos Santos Atanázio, (aguardando documento)
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
11- menina não identificada - aguardando identificação de familiares



Os precedentes no Brasil..

Em VEJA de 10/11/1999:

Em 1999, Mateus Meira e o massacre que chocou o Brasil O horror fora da tela


Era só o que faltava. Na semana passada, o Brasil se horrorizou com a chegada por aqui de um tipo de crime até então inédito no país e que já se tornou uma das grandes preocupações da polícia dos Estados Unidos: o assassinato em massa. O estudante de medicina Mateus da Costa Meira, de 24 anos, invadiu uma sala de cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, e disparou a esmo contra a platéia. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas. A perplexidade e a sensação de insegurança geradas pelo crime abriram uma discussão sobre os motivos que levaram Meira a cometê-lo. Não faltaram críticas aos filmes com cenas violentas e à falta de segurança nos shoppings. Examinar a vida de Meira foi a solução encontrada por VEJA para entender o episódio. A revista mergulhou na vida do rapaz de classe média e encontrou um desajustado. Na Santa Casa de Misericórdia, onde estudava, não tinha sequer um amigo e tampouco namorada. Vivia sozinho e jamais recebia visitas. Sua única companhia eram as “misteriosas vozes” que o perseguiam e amedrontavam. Sofria de delírios, alucinações e crises de agressividade e havia interrompido um tratamento psiquiátrico. Para piorar, passara a consumir cocaína dois meses antes do crime. … O que aconteceu depois Em julho de 2004, quase cinco anos depois do crime, o ex-estudante Mateus da Costa Meira foi condenado em São Paulo a 120 anos e seis meses de prisão. Em 2007, porém, os magistrados do Tribunal de Justiça do estado decidiram reduzir a pena do atirador a 48 anos e nove meses. De qualquer forma, ele ficará no máximo 30 anos atrás das grades, como reza a lei brasileira. Durante todo o julgamento, a defesa tentou sustentar que ele sofre de desvios mentais, na tentativa de obter uma redução de até dois terços da pena. “Ele invadiu uma sala de cinema de forma covarde. Ele planejou o crime e matou pessoas de bem. Foi um crime em grande estilo”, disse a juíza Maria Cecília, logo depois de ler a sentença. Mateus ficou preso no Centro de Observação Criminológica (COC) do Complexo do Carandiru, em São Paulo, de 2000 até a desativação do presídio, em 2002, quando foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. Em fevereiro de 2009, foi transferido para a Penitenciária Lemos Brito, em Salvador (BA), onde está até hoje. Em maio daquele ano, Mateus tentou assassinar seu colega de cela com uma tesoura. Na época dos assassinatos no shopping, o caso causou muita polêmica sobre a influência de filmes e jogos violentos sobre os jovens. O game Duke Nukem chegou a ser proibido – um dos preferidos de Mateus, o jogo tinha cenário e ações semelhantes aos do assassinato. Com a redução da pena do atirador, bastam 8 anos e 45 dias na prisão (um sexto do total da pena) para que o criminoso possa pedir transferência para o regime semi-aberto. Como foi preso em flagrante em novembro de 1999, o atirador atingiu o tempo mínimo em janeiro de 2008 – segue na cadeia até hoje, porém. com fatos e fotos do acervo digital