sábado, 2 de abril de 2011

Máfia da fé age no comércio da Capital Porto Velho

publicado em 01/04/11 ás 06h43

Rede de lojas desconta dízimo em folha de pagamento e repassa para suposta igreja; católico não..



Funcionários de uma grande rede de lojas de Porto Velho são obrigados pelos patrões a pagar dízimo para uma igreja evangélica. Segundo denúncia feita a O Estadão, mensalmente, cada empregado tem 10% do salário repassado aos cofres da tal igreja. A contriuição é regra fundamental para que o funcionário se mantenha no emprego. Um candidato funcionário do grupo, que diz ter sido dispensado ainda na entrevista para emprego por não ser evangélico, relata que por ter um bom currículo foi convocado para passar por um processo de seleção em uma loja de eletrodomésticos. Durante a entrevista com o empregador, segundo ele, a primeira pergunta foi sobre sua religião. Ao dizer que era católico, foi eliminado de imediato. O empregador ainda fez questão de dizer que a empresa contrata, apenas evangélicos. O candidato diz que esta não é a primeira vez que passa por tal situação. Em outras lojas já foi preterido por causa da religião e por isso resolveu denunciar. "Nos últimos meses a eliminação e as perguntas sobre religiosidade se tornaram frequentes. Na minha opinião os evangélicos estão tomando conta do comércio e discriminam outras denominações", reforça. Desempregados confirmam exigência Outros fiéis da igreja católica também enfrentaram problemas para contratação em lojas da cidade. "Eles nos chamam pelo curriculum, mas na hora da entrevista, esquecem a experiência. Eu posso ser melhor que o outro candidato, mas por ser católico, não consigo o emprego", conta indignado outro candidato a emprego. Injusto Quem frequenta a mesma igreja também se diz indignado com a situação, apesar de não ter sentido na pele o preconceito. "Não consigo acreditar que esse tipo de problema possa estar existindo. É injusto o que fazem, principalmente em relação a emprego", reforça.
>comentário


É de muita gravidade tal fato, e as autoridades policiais, o Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho devem entrar em conjunto nesse caso e investigar e tomar as medidas jurídicas cabíveis, o mais rápido possível.A sociedade está sendo agredida, e o Ministério Público que possui o 'munus"(a função) de "custus legis(defensor da lei e da sociedade), tem o dever legal de fazer valer a Constituição Federal que estabelece no artigo 5º a laicidade do estado, a liberdade de culto que deve ser garantida a todo e qualquer cidadão brasileiro, e este, não pode, e não deve ser discriminado em qualquer área social, trabalhista, política ou jurídica, por qualquer questão relativa a sua opção sexual ou religiosa. E no caso vertente a notícia que se tem é de que essa e outras empresas como que formando um verdadeiro cartel criminoso, utilizam-se das ofertas de empregos em suas empresas para negociar a concessão de vagas nas mesmas, tendo como ponta dessa rede as igrejas evangélicas, que se beneficiariam do desconto obrigatório do dízimo de 10% (dez por cento) sobre o salário do obreiro, desconto este, realizado na fonte, sem possibilidade por parte do funcionário de sequer contestar tal irregularidade, e como a preferência na concessão do emprego recai sempre na figura de candidatos evangélicos, estes, pelo próprio processo de lavagem cerebral a que são submetidos nas suas próprias igrejas, se tornam vítimas mais fáceis. O problema é que esses possíveis mafiosos, não contavam com a afluência de outros candidatos que professavam outros dogmas religiosos, e estes, ao serem preteridos, puseram a "boca no trobone" e denunciaram os fatos as autoridades. Imagina se um dos candidatos se atreve a dizer que tem como religião a de matriz africana (umbanda e candomblé), budista, islâmica ou espírita ? Vamos acompanhar e aguardar as providências judiciais, por que isso na realidade é um tentativa de implantação de uma ditadura religiosa, na qual se buscam o domínio de outras religiões não somente pela imposição de um dogma, mas também pelo poderio econômico, por que se a moda pega, qual a religião outra sem capacidade financeira teria coragem de peitar uma (que deus nos livre) ditadura evangélica com tentáculos financeiros tão grandes.Diante de tais fatos, o grande jurista baiano Ruy Barbosa, deve ter se revolvido no túmulo, pois ele que escreveu: “Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou cientificas, coroadas ou populares. Detesto os estados de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação pública” Rui Barbosa (1849-1923) escritor e politico baiano, foi duas vezes candidato à Presidente da Republica.
fonte: estadaoweb João Batista de Ayrá/advogado/jornalista/babalorixá