quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Americano dá surra em padre que abusou dele 35 anos atrás


terça-feira, 2 de novembro de 2010Americano dá surra em padre que abusou dele 35 anos atrás
A polícia americana prendeu William Lynch (foto), 44, sob a acusação de ter dado uma surra no reverendo Jerold Lindner, 65, por tê-lo estuprado quando tinha sete anos.



Lynch foi solto mediante o pagamento de fiança de US$ 25 mil, o equivalente a R$ 42.610. Pat Harris, seu advogado disse que ele vai negar na Justiça ter agredido o sacerdote.

De acordo com a polícia, Lynch em março ou em abril foi ao asilo na Califórnia onde mora o reverendo e o esmurrou diante de testemunhas. "Parecia que ele queria bater em Lindner para matá-lo", disse uma testemunha. Só agora a polícia conseguiu identificar Lynch.


Em 2002 o Los Angeles Times publicou uma reportagem sobre o abuso. Nela, Lynch afirma que ele e o seu irmão, quando tinha cinco anos, foram violentados em 1975 pelo sacerdote em um acampamento nas Montanhas de Santa Cruz, ao sul de San Francisco. Depois, Lindner forçou um menino a fazer sexo oral em outro.

Lynch contou que ficou traumatizado. Passou a ter pesadelos, tornou-se alcoólatra, teve depressão e tentou se matar duas vezes.

Ele disse ao jornal: “Muitas vezes pensei ir a Los Angeles para ficar diante do padre Jerry [Jerold Lindner]. Eu queria exorcizar todo meu ódio, raiva e amargura. É impossível colocar em palavras o que esse cara fez comigo.”

Em 1998, a ordem Jesuítas da Província da Califórnia pagou a Lynch e ao seu irmão indenização de US$ 625 mil, cerca de R$ 1 milhão.

O reverendo não admite que seja pedófilo, mas outras supostas vítimas o acusam de abuso. Entre elas há parentes.


A sua irmã Kathy McEntire disse ter sido molestada por ele quando ela tinha cinco anos. Depois, quando já tinha se casado, descobriu que seu filho também foi violentado pelo reverendo durante anos. Lindner teria ainda abusado da filha de seu irmão Larry quando ela tinha oito anos.

A Igreja Católica nunca afastou Lindner de suas atividades religiosas. Após as denúncias, a igreja designado-o para cuidar de um asilo onde ele se aposentou e hoje mora.

Lindner também nunca foi julgado pela Justiça.

Com informação da BBC Brasil e do KTLA.com e paulolpesweblog