segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Barra do Piraí pode ter primeiro santo da cidade


PATRONO DOS PRESIDIÁRIOS
Barra do Piraí pode ter primeiro santo da cidade
A expectativa é grande no Vale do Paraíba. Franz de Castro Holzwarth, o advogado morto em 1981 durante rebelião no presídio de Jacareí, em São Paulo, pode ser o primeiro santo nascido em Barra do Piraí. Amigos, familiares e até quem não conheceu Franz torcem para que seja decretada sua beatificação.


Amiga e irmão de Franz de Castro falam da possibilidade de sua beatificação

— É motivo de muita alegria para o povo barrense. Não só para quem é católico. Pessoas de outras religiões também estão acompanhando o processo — explica o padre Leandro Nunes da Igreja de Santana.

Padre Leandro, que tem 29 anos, sequer conheceu Franz, mas atua na divulgação da história do advogado. Segundo ele, a aclamação popular é fundamental no processo.

— Estamos na função de tornar a vida dele cada vez mais conhecida. É importante que os fiéis enxerguem os seus passos de santidade.

Os restos mortais de Franz de Castro que estavam no cemitério de Barra do Piraí foram levados para a diocese de São José dos Campos e depositados na Igreja Matriz de São José, no último dia 17. Segundo o bispo da diocese, Dom Moacir Silva, a intenção é aproximar Franz dos fiéis.

— O translado para um lugar de mais fácil acesso faz parte do processo. Vai ficar mais próximo de fiéis que quiserem pedir intercessão da Igreja, onde ele sempre atuou.

Alguns moradores de Barra do Piraí estranharam a transferência dos restos mortais de Franz. No entanto, padre Leandro diz que o procedimento é necessário.

— Além de maior segurança, isso vai promover nos fiéis mais conhecimento sobre Franz.

O processo da causa de beatificação do servo de Deus, Franz de Castro Holzwarth, foi aberto em março de 2009 pela diocese de São José dos Campos. Servo de Deus é o título dado aos fiéis já falecidos cujo processo de canonização já foi aberto. Agora o processo está na fase diocesana, que recolhe depoimentos de pessoas que conviveram com o candidato a santo e presenciaram sua morte, além de documentos. No dia 22 de dezembro, encerra-se a fase diocesana e toda a documentação é levada para Roma, onde será analisada. O prazo para a última fase é de dois a três anos.
fonte: Extra On Line