segunda-feira, 23 de abril de 2012
Fiéis acreditavam que imagem chorava lágrimas de sangue.
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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o furto de uma igreja que terminou com a destruição de uma imagem de Nossa Senhora das Dores no marco divisório entre Poços de Caldas (MG) e Águas da Prata (SP). A imagem, que segundo os fiéis, supostamente chorava lágrimas de sangue, teve a cabeça arrancada.
Segundo o delegado Luciano Pires Galetti, só as investigações vão apontar a real motivação do crime. "Nós ainda não temos suspeitos, mas vamos investigar se a real intenção dos autores foi subtrair o dinheiro do cofre ou se foi danificar a imagem. Ainda é muito cedo para dizer sobre qualquer especulação", disse o delegado. Segundo ele, o caso será tratado como furto qualificado.
O ataque
A invasão aconteceu durante a madrugada deste domingo (22). A suspeita é de que criminosos pularam o muro e invadiram o salão de festas onde teriam conseguido um pedaço de madeira para arrombar a porta lateral. Entre as mais de 15 imagens guardadas dentro da igreja, apenas a de Nossa Senhora das Dores foi encontrada quebrada. A cabeça foi levada junto com o dinheiro de um cofre.
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A notícia foi dada momentos antes de uma missa que aconteceria na igreja Nossa Senhora Aparecida e São Roque. Ao receberem a notícia, alguns fiéis passaram mal. Uma menina precisou ser carregada. O pároco da igreja onde a santa estava exposta, padre Celso Lucas da Silva, disse que estava muito abalado com a destruição da imagem, mas mesmo assim decidiu manter a missa, que foi marcada pelas lágrimas dos devotos.
Lágrimas de sangue
Há uma semana, fiéis lotavam uma paróquia que fica na divisa entre Poços de Caldas eÁguas da Prata para acompanhar uma imagem de Nossa Senhora das Dores que supostamente chorava lágrimas de sangue. A imagem foi comprada em Aparecida (SP) e já estava na paróquia há cerca de dois anos e meio.
Segundo os devotos, as primeiras lágrimas eram transparentes, mas agora o rosto estava manchado de vermelho com um líquido semelhante a sangue. A imagem estava guardada em uma pequena sala onde esperava para ser devolvida à capela de São Roque da Fartura, distrito de Águas da Prata. Porém, devido ao fenômeno, a imagem permaneceu no altar da igreja de Nossa Senhora Aparecida e São Roque, onde ficou protegida por uma redoma de vidro.
O bispo de São João da Boa Vista (SP), Dom Davi Dias Pimentel, foi comunicado e orientou para que a imagem continuasse exposta para os fiéis. O fenômeno ainda não tinha passado por nenhuma análise científica.