segunda-feira, 2 de abril de 2012
Rafael Ribeiro
A Diretoria Regional de Ensino da cidade e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) argumentam que a professora segue o currículo escolar para falar de temas ligados à religião. A Secretaria Estadual da Educação começou a apuração preliminar de 30 dias para apontar sua decisão.
Ontem, a Vara da Infância e da Juventude do MP também abriu investigação. Trabalharão em duas frentes. Uma, com o promotor Jairo de Lucca, acompanhará os trabalhos da secretaria para decidir se abrirá ou não inquérito contra Roseli. O foco prioritário, no entanto, é a saúde do menino. A promotora Vera Lúcia Acayaba de Toledo liderará campanha com vários órgãos públicos, entre eles Conselho Tutelar, Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania), Secretaria Municipal da Saúde e a própria Secretaria Estadual da Educação para combater o bullying religioso na escola.
A professora Roseli compareceu à reunião realizada ontem no Fórum de São Bernardo, mas ficou em sala separada. Segundo o pai do aluno, Sebastião da Silveira, 64 anos, uma pessoa ligou oferecendo vaga em outra instituição, mas a sugestão foi rejeitada. "Meu filho vai continuar na escola. Ele vai ter de aprender a lidar com a diferença e não criar uma dependência minha", disse.
"Pelo menos o caso está sendo tratado. Se de forma correta, o tempo vai dizer. Por enquanto, vejo intenção grande de todos os órgãos em se fazer de tudo para apurar o que aconteceu e ajudar esse e outros jovens", disse o advogado.